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Movim a) Uae 7) LTT | Cope Gilbert George Monts 1 detalhe da i 46) Fone: Sarah Charlesworth Fgura 185 (deralhe da fg 4) Publicado originalmente pela ‘Tree Gallery Publishing Led, Millbank, Londres SWIP 4RG © soos Tue Galery © aon Cosae Naty Edges Talos os etos reservados Projeto de cpa: Slate Anderson, Londves Projet gefico:Isambard Thomas ‘Gomposiio: Claudio Rodrigues cde Moraes Teadugio: Ana Luiza Dantas Borges Preparagio: Celso Cr Revisios Pedro Noto ‘As medidas sio dadas em centimetros, altura x largura x profimdicade CCatalogaco na Fonte do Departamento Nacional do Lives (Gandagio Biblioteca Nacional do RJ, Brasil) Heariney, Ekanor Ps-Madernism / Eleanor Heareney ‘Teadugo: Ana Luiza Dantas Borges ‘Sto Pas Cosa Naif, 2002 Sop soil. “Thao original: Posonodernian ISBN -85.7503.065:5, 1 sia dis resem gta 2: David McCarty DD: 7.9) ‘Coste & Nary Raa General Jardin, 70, 2° andar CEP o1aa-o1o Sao Paulo SP Fone (551) 255-8808 Fax (sn) 5564 info(@eoacmsifysombe InTRODUGAO Assi © “pos-medernismo dese menos pritica de sampling digital no rock, as campanhas politic televisio e os desenhos de moda dos estilistas Jean Paul © pos-modernismo parece permear a vida contempor raros aqueles que, fora dos limites dos departamentos estudos cultur Parte das di © “pos-modernismo”, como o priprio termo si sem o modernismo. Pode entendido como uma rea modernismo, como um retorne 20 estado que precedeu © modernismo, ou iso € conclusdo de varias tendé 19 modernismo. Mas, independente de a re simbiotica ou revolute no se pode ter 0 pés-modernismo sem o mod o filo indisciplinado do modernism nio éde admis defensores mais ardorosos do pos-modernismo pare um consenso sobre o que cle é exatamente. A gravidade da crise de identidade do pas-modernismo pode ser vislumbrada em alguns dos termos usades p. acterizado de maneira variada “uma crise de autoridade smo o conceito de um Deus que esti em toda par é notavelmente avesso a defi quanto os filmes 4 em lugar nenhum, ermo cunhado para Jculadas pela slice e Issey M anga.eexatidio o que é inconcebivel 10 aos ideais do mesmo como uma cont negligenc ‘como parasi mo. O pés-modernismo é que a definigio de modemisme permanese pold gue até mesmo os es de chegar cultural” “amu a da produgio para a reprodusio", ¢ citado em imulacio”, “esquizofiénico” ¢ “antiestético”, 0 pOs-modernismo parece existirsutilmente, como algo que s6 pode serdefinido como a negacio de outra coisa, Para um extudioso co assunto, © pos-modernismo talvez se pareca muito com o reflexo de Narciso na Aguas ele se desintegra no momento em que se tenta pegi-lo, Ess woderna de ser. Taye seja mais facil abordar 6 problema examinando mais de perto algumas situagdes que podem ser chamadas de “pos-modernas”. Considerem, por exemplo, acxclasio da impeensa das cenas reais de carnificina durante a ‘Guerra do Golfo de i991. No lugar delas, foi mostrada uma gravagio, realizada pe tama guerra que acabow na tela da televisa cirtrgicos em alvos abstratos, bi Deum ingulo mais bucdlico, podemos mencionar a fundagio de uma comunidade planejada chamada Celebration, além das fronteiras de Orlando, na Florida, Difundida como uma alternativa is cidades e subtitbios dos Estados, Unidos oprimidos pelo crime, Celebration é uma eriagio ¢ um distrito da Disney mitologia que ion ofereee acompanhado de palavras como “descentrad como se vé, étuma maneira bem pos croniutica, do visor do cquipamento de tiro dos avides, Isso resultou em Jo como um videogame de golpes Corporation, Apelando para a mitologia da América provinei fundamenta os proprios filmes da Disney e parques temiticos, © eetorno a uma era mais delicada, mais amavel — era que 6 existiu no celuldide. m terceiro lugar, uma das atra jcas mais populares na Eranga sto as cavernas de Lascausx, que contém pinturas espetact was de caga da (© fato de as cavernas terem sido fechadas a0 piblico a partir de 1963, € de serem acessiveis somente cépias das mesmas e de suas pinturas em uma pedreira proxima, nio influiu em nada para diminutr a atra sobre milhares de visitantes a cada ano. 0 que torn: era paleoliti io que exercem as situagdes pos-modernas? Cada uma 6 caracterizada por smo ¢ sentida, Portanto, nossa compreensio do nas imagens meciadas. Cac nfléncia de sua remogao de uma realichde cuja auséncia nem 1 cada uma sustenta o dogma pas-moderno de q mundo ¢ baseada, antes de vemos dentro da esfera de ma afirma anogio de que rma mitologia invocada para nos pela midia, pelo cinema ¢ pela publicidade. obre o qual tais represenragdes se assentavam, sendo Tho. Nesse estranho surgem como textos, a hist61 mito, 0 autor morre, a tealidade € repudiada como uma conven farsa de verdad embaragosa? E 0 que significa tudo is podernismo € associado & deposigio das idéias de progresso do Lluminismo, a0 tema independente, a verdade ¢ 20 mundo externo, O resultado melanedlico dos ideais utdpicos que iniciaram © stculo XX desempenhou um papel como 0 fizeram as descobertas em diversos campos cientificos. de estavel, propondo, pelo arrancado de nossos pxés, nos vemos caindo na toca doc nov mundo, as obras de arte exposta como 0 antiquad, a wgem governa ¢ a dcologia se di mo nos metemos nessa sitwa Do ponto de vista filosdfico, 0 pe importante na ruina de tais erengas, assim te or exemplo, a teoria da relatividade de F antiga icéia newtoniana de um sistema de referen contrario, que © tempo € 0 espa sibou para sempre a > existem como um contain es6 podem ser experimentados em relago um com o outro, Contrariando ainda mais a da Incerteza certeza newtoniana, a mecinica quintica introduzitt o Princip de Heisenberg, 0 qual demonsira que, no nivel atmico, 0 ato da observagio altera o objeto observado, Traduzidas em termos leigos,tais idéias se infiltraram na cultura de mod: instabilidade inerente 3 realid. ale contribuiram para uma sensagio de ule, Apesar de derrubarem a nossa percepgio da realidade cotidiana, tais idéias continuaram compativeis com o modernismo, pois comprometiam-se a produvir fatos que todo mundo poderia aceitar como verdadeiros. Porém, em meados do século, até mesmo esse principio sofrew criticas de todo lado. A idéia cientil que proxavelmente eausow o impacto maior na teoria pos moderna for a tese proposta por Thomas Kuhn p pensamento cientifico, Em xplicar a evolugio do Structure of Scientific Revelutio {g62), Kuhn repudiou a idéia convencional de que a ciéncia avansa nova descoberta sendo constraida sobre a anterior ¢ 1a ob pioneira The ma maneira racional, expandindo as idéias que a precederam, Em ver disso, propas a historia da série de rupcuras, ou “paradigmas”, como as chan ue iad pela anulavam as suposigdes anteriores. A ilusio de continuidade se nte de terms ott conceitos que, em um ¢ Jariam significados vito diferentes e, freqiientemente, incompativeis, de tum paradigma a outro. minam © que éconcebivel, 0 que constitei uma que cientifica valida, o que se entende por fato, Desse modo, por exemplo, a idia niana d, Je como agio i distncia era impensivel em um mu aristotélico onde as leis cientificas baseavam-se nos movimentos da materia, mitica fide ide foi compree instrumental, como uma formula mat am simplesmente irteley: maneira a. as velhas questdes se A tese de Kuhn permanece controversa no mundo cientifico, onde seus 1 Mask ansoy Uo ve tia ca inure modems 1982 bo sabre tl, éspands ce M13 « 121 eo Cortes co cunt areas Gatey, oso York criticos destacam descobert cientifico que refutam a s paradigmas e nio entre eles. Mas profissionais de di sentiram-se muito atraidos por suas id notiveis em todos os campos do conhecimento nogio de que © progresso ocorre somente nos nas nao cientificas freqiientemente invocadas pelos proponentes da teoria pos-moderna, Para cles, a nogao de paradigaa resume perfeitamente a idéia de que a verdade ¢ © conhecimento sio relatives, ¢ ss relagdes de que emergem. 30 & compativel com as tcorias lingitisticas do cstruturalismo e pos ismo, que também comesaram a se infiltrar na cultura durante as décadas de 60.€ 70. Como € apresentado no Curso de Lingistica Gera, ee Ferdinand de Saussure, publicado originalmente em 1916, 0 estruturalismo coneebe a linguagem como uum sistema complexo composto de signos — aq entze 0 signt significado — 0 dependem do sistema maior de suposic stra clagdes entre es elementos que chamamos de palavras. Um signo é a relagio unte — 0 som ou escrita que compde uma palavra —€ 0 ntido dessa palavra permite a percepsao da natureza arbitra esse sistema, no foi feita nenhuma mengio a0 al no mundo, como oposto ao conceito, a ia ow 40 som da palava, Portanto, 0 cstruturalismo questiona a idéia chavo de que a linguagem tem uma conexio natural com as coisas “de fora” O sentido na linguagem, pelo contririo, € io interna, derivando da a antes ¢ significados, 10 envolve tres p Explicar um signo dessa manei rom que, referente” ou “real” isto 6,2 coist na qu ai uma imagem da drvore relagio natural e constante, M. primeiro com a palavra “damas” res alves mantenham uma certa a imagem de uma porta, combinada walheiros”, deixa Uma ilustragao ¢ A palavea " depois, com a palavra conexio entre o significado e seu significante dependent de todo um sistema de percep defin O pos-estruturalismo leva fato,0 mundo teal. que, no esiruturalismo propriamente dito, existe como uma aga prescnga. Entio, o significado desliga-se € © sentido do signi simplesmente uma questio de sua relago com outros significantes. No pos- «striuturalismo, nio criamos a linguagem a partir da nossa experién no sentido de que uma estrutura s nos precede e determina, fazer e, até mesmo. pe A situacio complica-se pelo fato de que o sentido existe soment entre significantes. Desse modo, nio pode nunea ser definido com ex como quando um significante estava preso a.um significado. No pés- éstruturalismo, o sentido esta constantemente sendo adiado, Sempre e algo na tentativa de uma declarag linguagem € assediada pelo que esses intersticios da linguagem pos-estrutural, introduz-se a desconstrucio, tum conceito muito importante para o pés-modernisme. A desconstr uso, como dlesenvolvida nos escritos do filésofo francés Jacques Derrida. & reparar as fissuras abertas no sentido, Podemos ler nas entrelinhas que a claro que a completamente es culturais,relagdes sociais ¢ es filosdticas de género. lcias de Saussure mais longe, eliminando, de te é nercta do mundo. Mas sim o contrario: ela nos cri complexa de cédigos, essoncialmente, o que nos é possive mbolos ¢ conven pari clara ¢ definitiva, Consegtientemente, a io & ou nio pode set dito. a maneira de desconstrugao revela com freqiténcia que o sentido aparente do texto mascara 0 seu contritio, Nisso, Derrida guiou-se pel: segundo a qual experincias, recordagdes e sentiments retitam-se para o subconsciente, onde causam destruisio ¢ confi nogao de repressio de Freud, até serem trazidos de volta i supert ‘A desconstrusdo expe 0 que foi suprimiclo em nome da coe aque qualquer afirmagio de verdade e qualquer apelo a nacureza oa pri primeiros ¢falso, Mais do que isso (ole ama mancira que lembra 0 funcionamento do paradigma de Kubin), acabam se revelando produtos de um sistema particular de signiticasto. livro, io const _ Demonstea 108 uma terminologia que se tornari farniliar aos leitores deste 10 ideoldgicos gue tentam Fazer 6 que é produto de uma cultura ou de sistema de pensamento particular parecer natural e inevitavel. Um exemplo pode ser titi, Uina brive historia do pintura moderna, de Mark Tansey (fig. 1), desconstr6i por brincadeira a interpretagao do modernismo que predominou durante décadas no mundo da arte de meados do século XX. Como formalado pelo critico Clement Greenberg (de quem falaremos mais adiante), ahistoria da arte moderna tem sido uma marcha em diregao pureza, cada disciplina— pintura, escultura, mistca, arquitetura— ignorando, 20s poucos, clamentos estranhos, tais como representagio, nar referencia externa, de modo a scr fiela seu proprio veiculo, Tansey adotou os principios consagracdos da pintura moderna ¢ reduziu-os a0 ridiculo. A, progressio da nogio de pintura como uma janela para 6 mundo em diregio a tuma concepsao da pintura como uma superficie plana, independent Finalmente, seu status como reflexo do ego, sio apresentados c mo um conjunto de anedotas prosaicas. No mais necessitias ¢ inexoraveis, aparccem aqui como, adotar uma técnica ilustrativa sec: que Gr suplantada pela absevagsio moder Aaplica conseqiiéncias surpr Roland Barth artista). A ili nelhor cor distingio entre a Obra o Texto. A Obra lev rndentes. A mais famosa ordena 0 que o tebrico francés chamou de “A morte do autor” (ou, no nosso caso, do de Barthes pode s pprcendida a partir de sua nos de volta i esfera ps vel de onde sai a obra de arte ow we um mundo externa o texto. A tarefa do leitor é simplesmente interpretar, ou, como diz Barthes, constumit”, de acorddo com as intengdes do criador. O Texto, por sua vez, & ma tede de significantes entrelagados ¢ ignificados prorrogados qu compdem 0 pés-estruturalismo, Ou, como descrito por Barthes, 0 Texto € “um espago multidimensional no qual uma variedade de deles original, se mistura ¢ entrechoca, © texto é um tecido de citagdes aidas de imtimeros centros de cu OTesto possa ser elevaad 10 tem autor, ou, pelo menos, nenhuma figura privilegiach que 1s de qualquer matéria-prima da qual é composto. No fim, 0 Texto é criado nio pelo autor, mas pelo leitor que se envoh para atuar, Barthes usa a mecifora dh vista. Compara o com le eo poe nisica para esclarcecr 0 seu ponto de 8 pauta, a que o instrumentista da Do ponto de vista convencional, a morte do autor/artista é um golpe atro7, st ida, Pip oheson Prido da ATET porto en 1979 Fotoyara ge Joe er / Nentectua secon pois destroi todo o ap: 1o da histéria da arte, que se baseia em nogies de lo proprio ¢ talento individ: Também prejudica a base do mercado de arte, De uuma perspectiva comercial, uma obra “da escola de Rembrandt” no Jo ria ela seja em pod atingit os presos estratosféricos de uma obra auténtic proprio mestre, independente do quio art todos os outros niveis. O que €aarte sem o artista? © sistema de continua fi Igualmente estranha é a nogao do texto como obra de arte. © pos- mente uma teoria da literatura, de modo que a transicao da obra para o texto continuaya a manter um livro ou ensaio em sua esfera origi ctiadas a partir de materiais pal la linguagem, Mas obras de arte si0 objetos no mundo. Sio ntidos fisicos da is ¢ apelam tanto aos € do tato quanto a mente, Como pinturas ¢ esculturas podem ser pensadas como “espacos nsionais” no sentido de D, arte ¢ substitui-lo por nos prescindie de algo mais compativel com os requisitos do texto? Como veremos, esse foi o caminho escolhide por alguns proponentes do pos- modernism. Para explicar como a arte extraviou-se tanto das idéias sobre estética ¢ criatividade, convém uma breve histéria do termo “pos modernismo”. Assim como a Revolusao Francesa, que teve maltiplos pontos de partida, cada um levando a um desfecho mais cde partida for proposta p a variedade de pontos 2.0 pos- modernismo, Ja em 1938, a palavra for usaca por Amold Toynbee para um nove cielo histdrico qu ssinalou o fim do dominio ocidental e o declinio do individualismo, do capitalismo e do cristianismo. Curiosamente, embora escrevesse antes do periodo geralmente considerado como do alto modernism, Taynbee ji tinha conceituado muitas das caracteristicas do pés-modernismo tal como as percebemos hoje Oermo “pds-modernismo” introduzittse na conseié meio da arquitetura em 1979, quando Philip Johnson, um dos fundadores da forma aus moderna ilo Chippend. ofe exposta sete anos antes por Robert Venturi em seu Learn cia popular por ada arquite omo Estilo Internacional colocou um topo em dio que criou para a ndo um exemplo pa from Las Vegas histori AT&T (fig. 2). Ao fazer isso, est rnte da tese Venturi defendia 9 retorno as formas. imagens populares que a arquitetura modernista tinha anido dos edificios. ” © topo Chippendale de Johnson era irdnico ¢ autodepreciativo, dando uma falsa aparéncia de aconchego doméstico a uma forma de arquitetura que havia se rornado distante ¢ aucoritani No mundo da arte, a idéia de pés-modernismo comegou a surgir na década de 60, com a emergéncia de tendéncias como a arte pop, 0 minimalismo conceitual ea performance. (Restrospectivamente, evemplos nascentes do pos- modernismo poderiam ser detectados muito antes em obras de artistas como Duchamp, curjos ready Chirico, demoliu a idé gastas de sua prop estilo escarneciam da nogio do estilo proprio). Uma vez aberto a dis volun para tuma investida contra o dogma greenbergiano ea sua insisténcia no fato de que a uum campo autGnomo, auto-referente, da atividade na. Os ataques vieram de virias ditecdes. A arte pop. festejada no kitsch comercial, reabriu deliberadamente as comportas a cultura dem. da massa, do qual Greenberg achava ter salvo a arte superior. O minimalismo reintroduziu a terrivel “ceatralidade”, tornando o observador parte da obra, requerendo que ele “ativasse” a eseultura movendo-se ao seu redor. A arte conceitial quase obliterou o aspecto otico da obra de arte, 120 valorizada por Greenberg, a0 infectasta com o elemento estranho do texto. Ao observar a sua rte 1ades zombavam da preciosidade do objeto de arte, De da exclusividade da obra de arte recuperando partes e.até mesmo Picasso, 1 mudangas abruptas de Jes, pos-modernismo rapidament a0 gosto fortaleza ser atacada por todos os lados, o sumo sacerdote do modernismo censuirott o reb. ento dos padrdes ¢ culpow o que chamava, agourentamente, de cultura sob 0 don Havia coisa pior pela frente: pos-minimalismo, estatua viva, land an, performance, neo-expressionismo, feminisino ¢ multicultural sto flisten”, “exigéneias Ficeis” e “democratizagao da nio co indust no, s6 para citar alguns dos hortores iminentes, Por volta da década de 80, 0 pos-modernismo casou-se como f -estruturalismo, criando, pela primeira vez, um estilo que comes jcterizar como pos-moderno. Durante o auge do pos. outros art play odernismo, artistas ligaram seus nomes 4 obra de proprias amado de ase chamaram de o. Lrsos empalhados, coelhos de plistico, lava lamps e limpadores de vasos tios invadiram 0 museut, sendo expostos com a mesma protegio e i; vent ixo da histés seguranga concedidas 4 Mona «que haviam sido telegasas 8 lata de weis da pintura académica la arte ficaram, de rep na moda. Novas regras governaram a empresa artistica. A revolugio contra a fé modernista na universalidade, progiesso artistico, significado compartilhado ¢ qualidade estava completa. Wargsuingy Séieedo Grind Pango: Cocco 901-4 ‘Gin sobe tea 2002000 Cobo particular Conctusio exclusivista samente universal do modernismo do estilo de Greenberg, Mas isso também ncadeou uma série de negagdes que produziram consequiéncias inaceitaveis, No momento mais radical, o possmodernismo adotou uma visto relativista da hiseéria «que tornava impossivelrefutar idéias absundas ¢ petigosas como o revisionismo do Holocausto, A obsessio com a representagio levoria uma aceitasao da midia que mada faz para se opor ao feito nareotico do cinema eda televisio sobre o puibico. A reduagio da politica a um jogo de significantes cambiantes deslocou a milivancia politica das ruas para uma torre de marfim e, finalmente, as dentincias da transformasio da arte em objeto comercial nfo evaram ao desaparecimento do objeto de arte, mas coincidiram com o mercado de arte mais aquecido da historia Sera que jd estamos na cra pos-posstnodterna? Em toda parte, ha evidéncias do retornio do real arte de hoje esti repleta de celebagBes do coxpo, da natura, di tradigi x0. A plenitude voltou, O modernismo, ou, pelo mei io de novo na moda, Mas até 0s mais ardorosos dlefensores do ps-modernismo admitiram que o termo tornou-se desacreditado por sta popularidade. Como 0 outtora ps-modernista Hal Foster observou “Nao perdemos. Em certo sentido, aconteccu algo pior:tratado como moda, o pés-modemismo tornou-se dnd" Porém um exarne mia atento revela que © Panorama madou sutilmente. O real retornow em formas que d saudanga da consciéncia representada pelo pés-modernismo, Nao é mais possivel pensar que ahistoria segue um tinico curso, ou que o keitor nio & um componente eesencial ds qualquet resto, que a nossa nog’ lo ego no esté profi da nas relagdes de poder ¢ autorichde, Apesar de todas as contradigaes e «sti claro que © pos-modernismo refez.o mundo em aspectos que jamais poderio ser revogados. za, da reli enotam uma mente n

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