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Histórico

Quem é quem no mundo dos padrões da Internet

Introdução

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ARPANET

1950´s – O Departamento de Defesa dos Estados Unidos queria uma rede de controle
e comando capaz de sobreviver a uma guerra nuclear.

1957 – Foi criada a ARPA (Advanced Research Projects Agency): Agencia governamental
que trabalhava oferecendo concessões e contratos as universidades e empresas
relacionados a pesquisas com redes (principalmente com comutação de pacotes).

1960´s – Foi criada a ARPANET: rede de comutação de pacotes que usava


interconexões de linha alugada ponto-a-ponto convencional de 56 kbps.

1969 – Entrou no ar como uma rede experimental com quatro nós (UCLA, UCSB, SRI e
University of Utah).

1972 – A Arpanet já possuia 37 nós conectados porém, os protocolos utilizados não eram
apropriados para o uso de redes múltiplas, o que culminou com a criação do TCP/IP.

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1970´s – O TCP/IP foi criado especificamente para manipular a comunicação sobre
inter-redes (Cerf e Kahn, 1974).

Os protocolos TCP/IP foram incentivados para uso com o UNIX de Berkeley (BSD),
para alcançar os vários departamentos de ciências das universidades.

Os pesquisadores de Berkeley desenvolveram uma interface de programa (SOCKET),


que permite aplicativos acessarem os protocolos de comunicação.

Internetworking (interligação de redes) é a tecnologia que permite a interligação de


várias redes físicas diferentes e operá-las como uma unidade coordenada.

1980´s – A família de protocolos TCP/IP torna-se o único conjunto de protocolos


utilizados na ARPANET (1983).

O Defense Communication Agency (DCA) dividiu a Arpanet em duas redes distintas:

ARPANET - Para uso não-militar e para pesquisas

MILNET - Para uso militar

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NSFNET

Quando o National Science Foundation (NSF) percebeu o impacto que a Arpanet estava
causando nas pesquisas universitárias, conecta numa rede seis centros de
supercomputação, permitindo que cientistas de todo o país compartilhassem dados e
trabalhem juntos em pesquisas (1985-86).

A NSFNET torna-se a primeira WAN TCP/IP.

Possibilitou que universidade que não tinham contrato com o Departamento de Defesa
fossem conectadas ao backbone.

Apoiou o desenvolvimento de redes regionais que eram depois conectadas ao


backbone NSFNET.

Se conectava à ARPANET o que provocou um crescimento exponencial.

Surge o termo INTERNET para designar redes interligadas que utilizam o protocolo
TCP/IP.

Foi um sucesso instantâneo e logo estava sobrecarregada!

1989 – A velocidade do backbone NSFNET passa para T1 (1,5 Mbps).


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1990´s – Organizações comerciais queriam participar da rede NSFNET, o que não era
possível devido ao estatuto da NSF.

A primeira etapa em direção à comercialização foi o estimulo para criação da ANS


(Advanced Networks and Services) como uma empresa sem fins lucrativos.

Quando a ANS assumiu a NSFNET atualizou os links de T1 (1,5 Mbps) para T3 (45
Mbps) para formar a ANSNET.

Para facilitar a transição e garantir que todas as redes regionais pudessem se


comunicar entre si, a NSF contratou quatro operadoras diferentes de rede que tinham
que manter contato entre si, e permitir que outras operadoras de rede se juntassem ao
backbone.

Durante a década de 1990, muitos outros países também construíram redes nacionais de
pesquisa, moldadas de acordo com a ARPANET e NSFNET.

1990 – A ARPANET é desativada

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1990 – Surge a World Wide Web (WWW) desenvolvida na CERN por Tim Berners-Lee, o que
o mudou definitivamente a forma de organização, apresentação e acesso da
informação na Internet.

OBS: O WWW popularizou a Internet no entanto, outros serviços já existiam na Internet:

Correio eletrônico (e-mail): Permite enviar e receber mensagens. Foi criada já na fase
inicial da Arpanet.

Newgroup: São fóruns especializados, nos quais usuários com interesses comuns podem
trocar mensagens.

Logon remoto: Utilizando os programas TELNET, RLOGIN ou SSH, os usuários de qualquer


lugar na Internet podem se conectar a qualquer outra máquina na qual tenham uma conta.

Transferência de Arquivos: Utilizando o programa FTP é possível transferir arquivos.

Internet Service Providers (ISP) – Grande parte do crescimento da Internet neste


período foi impulsionada por empresa que oferecem aos usuários individuais a
possibilidade de se conectar à Internet.

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1993 – Criada a InterNIC, que é responsável entre outras tarefas por administrar os
domínios e a distribuição dos endereços IPs.

1993-94 – Surgem os navegadores gráficos MOSAIC e NETSCAPE.

1995 – O backbone NSFNET é desativado, passando a ser administrado por diversas


empresas.

Embora a tecnologia TCP/IP seja isoladamente digna de nota, ela é especialmente


interessante porque sua viabilidade foi demonstrada em grande escala. Ela forma a
tecnologia básica da Internet Global, que conecta milhões de indivíduos.

Um dos grande méritos do TCP/IP é que se mostra extremamente versátil,


adaptando-se às novas tecnologias, corrigindo problemas decorrentes de sua própria
arquitetura e atendendo às necessidades das novas aplicações (multimídia,
teleconferências, etc.).

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IAB (Internet Architecture Board) - Formado em 1983, proveu o foco e a coordenação das
pesquisas por trás dos protocolos TCP/IP, conduzindo a evolução da Internet, decidindo quais
protocolos são usados e as políticas oficiais. Foi reorganizado (em 1989) da seguinte forma:

IRTF (Internet Research Task Force): Formado pelos pesquisadores, que originalmente
criaram a Internet. O foco principal do trabalho são as pesquisas de longo prazo.

IETF (Internet Engineering Task Force): Possui como foco de trabalho os problemas de
engenharia de curto prazo e são responsáveis pelos padrões de protocolos e outros
aspectos técnicos da Internet.

É dividido em vários grupos (mais de 70), cada qual focando um problema específico,
como por exemplo: integração do OSI, roteamento e endereçamento, segurança, etc.

INTERNET SOCIETY: Administrada por conselheiros eleitos que são responsáveis por
indicar os membros do IAB.

Quando há necessidade de um padrão, os membros do IAB elaboram e anunciam a mudança


através de uma série de relatórios técnicos chamados RFC´s.
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RFC (REQUEST FOR COMMENTS)

A tecnologia TCP/IP não pertence a nenhum fornecedor específico, nem a qualquer


sociedade profissional ou agência de padrões. Portanto, a documentação dos
protocolos, padrões e políticas são obtidas sem qualquer cobrança.

As RFC s são um conjunto informal de artigos, onde se encontra a maior parte


das informações sobre a Internet (arquitetura, protocolos, etc...)

A série RFC é numerada sequencialmente na ordem cronológica em que as


RFC s são escritas, e facilmente encontrados em diversos sites.

Um documento se torna uma RFC somente após passar por um longo processo
de análise e revisão, sendo que a evolução dos textos ocorre com a troca de
opiniões através do RFC.

As revisões se dividem em grupos como: Obrigatórias, Sugeridas ou


Informativas.
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Cada RFC recebe uma identificação. Quando uma RFC é atualizada, a nova
versão recebe uma outra identificação, e a anterior é mantida.

Podem ser obtidas ou pesquisadas em:

http://www.rfc-editor.org ou em http://www.ietf.org/rfc

Alguns exemplos de RFC:

UDP – 768 Transmissão Email – 821


TCP – 793/1122/1323 Formato das mensagens de email – 822
PPP – 1661/1662/1663 POP3 – 1939
IPv6 – 1550/2460 IMAP – 2060
DNS – 1034/1035 Cookie – 2109
BOOTP – 951/1048/1084 SIP – 3261
DHCP – 2131/2132 RTSP – 2326
IPSec – 2401

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Instituições de Padronização.

ISO (International Standards Organization): É uma organização voluntária


independente cujos membros são as organizações nacionais de padrões de 89
países. Dentre eles estão:

ABNT (Brasil)

ANSI (Estados Unidos)

BSI (Grã-Bretanha)

DIN (Alemanha) e mais 85 participantes

ITU (International Telecommunication Union): Tem a missão de padronizar a


telefonia e aas telecomunicações internacionais.

IEEE (institute os Electrical and Electronics Engineers): É uma organização


profissional que desenvolve padrões nas áreas de engenharia elétrica e de
informática.

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O TCP/IP é na verdade um conjunto de protocolos que são implementados em suas 4


camadas:

APLICAÇÃO

TRANSPORTE
Camadas do TCP/IP

INTERNET
(Inter-Rede)

INTERFACE DE REDE

Intra-Rede
Não faz parte
do TCP/IP
(Físico)

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Modelo OSI x TCP/IP
Correspondências com o modelo OSI:
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Transmissão de Pacotes
Comunicação direta entre 2 hosts:

APLICAÇÃO APLICAÇÃO
Mensagem Idêntica

H H
O TRANSPORTE TRANSPORTE O
S Pacotes Idênticos S
T T
INTERNET INTERNET
A (Inter-Rede) (Inter-Rede) B
Datagramas Idênticos

INTERFACE DE INTERFACE DE
REDE REDE
Frame Idênticos

Intra-Rede
(Físico)

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Montando um pacote TCP/IP em uma rede Ethernet

Transmissão Recepção

Mensagem
DADOS

Pacote
Header
DADOS
TCP
Datagrama
Header Header
DADOS
IP TCP

Header Header Header


DADOS
ETHERNET IP TCP

FRAME ETHERNET

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Modelos de Camadas

Níveis OSI Processo do Processo do Aplicação


5-7 Usuário Usuário

Nível OSI
Transporte
4 TCP UDP
ICMP

Nível OSI Internet


3 IP ARP RARP

Interface de Rede
Níveis OSI
1-2 + Hardware

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Exemplos de protocolos usados no TCP/IP:

Vários: HTTP (Hypertext Transfer Protol): Páginas WEB, SMTP (Simple Mail
Aplicação Transfer Protocol): Envio de Email, FTP (File Transfer Protocol):
Transferência de Arquivos,etc.
TCP (Transmission Control Protocol): Fornece transporte confiável, full-
duplex, de um conjunto de bytes para um processo de usuário. É um
protocolo orientado à conexão
UDP (User Datagram Protocol): Não há garantias que os datagramas UDP
Transporte
alcancem o seu destino. É um protocolo sem conexão para processos
do usuário
ICMP (Internet Control Message Protocol): Mensagens de tratamento de
erros e controle de informações entre roteadores e/ou nós de rede
IP (Internet Protocol): Interliga redes (ou hosts) entregando pacotes TCP, UDP
e ICMP. É um protocolo sem conexão e não-confiável
Internet
ARP (Address Resolution Protocol): Associa um endereço IP com um
endereço de hardware (MAC)

Interface Rede PPP (Point-to-point protocol): Realiza o transporte de datagramas multi-


+ Física protocolos através de links ponto-a-ponto

( ) * )
+(

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