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Universidade Independente de Angola

Faculdade de Direito – 1º ano. Turma: A1

Fernando de Almeida Filipe

“A intervenção do Estado na actividade económica tem como consequência


a criação de um conjunto de instituições que restrengeram o poder e a liberdade
individual de intervenção na actividade económica, isto é, a ordem económica
natural foi substituída pela ordem natural juridicamente determinada. Desta nova
ordem justifica a interdependência entre o direito e a economia, uma vez que
compete à lei jurídica situar o homem, a empresa e a sociedade diante do poder
político, definindo, os seus direitos e as suas responsabilidades e também fixando
os limites dentro dos quais poderá ser exercida a liberdade de acção de cada um
desses agentes da actividade económica”.

a) Com base nesse texto estabeleça a relação entre o direito e a economia


política?

As duas ciências tratam das relações humanas: o direito, buscando administrar o


conflito e a economia, bem como administrar a escassez esta, sem dúvida, a geradora do
conflito.

Sendo os fatores de produção limitados e as necessidades ilimitadas, sempre


haverá a escassez, como sua primeira consequência, o conflito. Surge, então, a
necessidade de normas, leis para gerarem o equilíbrio social necessário e criarem, dessa
forma, condições para produção, com o devido respeito ao meio ambiente, de uma
maior quantidade e qualidade de bens econômicos para que sejam distribuídos de forma
equitativa, gerando uma diminuição da escassez e, como consequência, um menor
conflito social.

Utilizar dos recursos limitados, transformá-los em bens e serviços e distribuí-los


de forma equitativa depende das normas do direito, das leis prescritivas, pois a
disciplina jurídica viabiliza à economia interagir de forma organizada os agentes
econômicos. A economia obtém assim a “eficiência econômica” por meio de uma
minimização dos recursos limitados e maximização dos bens e serviços e novos
recursos (significa produzir o máximo utilizando o mínimo de recursos humanos e
patrimoniais), dentro do respeito aos direitos ambientais, fundamentais para a
sobrevivência humana, gerando o bem-estar social por meio de uma distribuição
equitativa1.

1
ALMEIDA, Luiz Carlos Barnabé de (2012). Introdução ao Direito Económico. São Paulo: Saraiva. pp70-71

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