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MEMÓRIAS LITERÁRIAS DA MINHA INFÂNCIA

Com dois irmãos mais novos que eu, fui presenteada em ter crescido no meio deles. Nossa
casa sempre estava em festa e a brincadeira era garantida. Tínhamos uns aos outros e o time
estava sempre formado, meninas contra meninos. As vezes, estávamos em um time só, os três
juntos contra o silêncio depois do almoço que mainha tanto gostava. Era esconde-esconde,
tica-trepa, vivo ou morto, escolinha entre outras brincadeiras, ia de acordo com o que
imaginávamos e com os recursos que tínhamos disponíveis. Lembro-me que pegávamos
escondido as balinhas de vó, até hoje desconfio que ela escondia só para nós procurarmos já
que a bolsa de doces que ficava dentro de seu armário nunca secava, era sempre cheia de
balinhas que ela trazia ou levava pra igreja, não sei bem explicar, mas sua bolsa sempre estava
cheia delas e nós adorávamos. Esses episódios se repetiam sempre que estávamos reunidos
em casa após a volta da escola, e assim fomos compartilhando nossas vivências e dividindo
experiências que de tão boas fazem-se presentes em minhas memórias. Imagino como se
fosse hoje, quando saia da escola eu me sentia a própria chapeuzinho vermelho , ia passeando
pelo bosque á caminho de casa sempre contemplando a natureza mesmo com aquele medo
do lobo mau aparecer eu seguia levando os doces para a vovozinha. Na hora do recreio
sempre que tinha uns trocados eu comprava as balinhas para repor as que tínhamos pego da
bolsa de nossa vó, e o mais incrível era que ela não percebia a façanha. Dessa forma, cresci
sabendo que Irmãos unidos jamais serão vencidos e que o melhor lugar para viajar no mundo
da nossa imaginação é junto dos nossos amigos e da nossa família.

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