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Lucas Gomes Padilha 433

“A Constituição pretende ser a voz, a letra e a vontade política da sociedade rumo


à mudanças!”. O discurso do então deputado federal Ulysses Guimarães, em 1988,
marcou a promulgação da Constituição Federal, um documento que garante aos
indivíduos os direitos básicos, como o bem-estar social e o desenvolvimento
nacional. No entanto, indubitavelmente, os empecilhos presentes no processo de
adoção no Brasil representa um entrave para o testemunho desses direitos na
prática. Logo, é preciso examinar, com cautela, os principais propulsores da
problemática.
É preciso considerar, antes de tudo, que a demora no processo judicial de
adoção é um elemento propulsor do impasse. Para Norberto Bobbio, filósofo
italiano, a dignidade humana é uma virtude pertencente ao ser humano e, por isso,
o direito ao respeito lhe é cabível pelo Estado. Nota-se, entretanto, a negligência
estatal em não criar uma política pública para redução da demora na adoção, o que
gera, infelizmente,um longo tempo de espera. Dado isso, faz-se importante que as
competências governamentais revisem o seu posicionamento.
Além disso, é imprescindível compreender o efeito da preferência por
Crianças Brancas como outro agente influenciador do revés. De acordo com a
Terceira Lei de Newton, toda ação corresponde a uma reação de igual intensidade,
mas que atua no sentido oposto. Fora dos estudos da Física, é possível perceber
que Falta de pais querendo adotar negros, infelizmente, contribui, em grandes
proporções, para o grande número de crianças na espera por um lar. Assim, a
tomada de medidas para a reformulação do quadro negativo em que a sociedade se
encontra é urgente.
Em suma, o complexo processo de adoção no Brasil, é um problema atual e,
por isso, deve ser combatido. Portanto, a fim de resolver a Preferência por adoção
de Brancos e a demora neste processo, é preciso que o Governo Federal, mediante
criação de novas leis realize uma redução na demora do processo e um incentivo a
adoção de negros e negras. Essa medida deverá ser revisada e avaliada todos os
meses pelo Ministério Público, de cada estado, que terá, também, a função de,
continuamente, agregar mais dispositivos para a resolução do quadro. Com essa
acção, o infortúnio será erradicado e, decerto, a Constituição Cidadã será a vontade
da sociedade rumo à mudanças.

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