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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

TECNOLOGIA EM FABRICAÇÃO MECÂNICA

HIGOR EDUARDO PROCHNO

MOTORES MONOFÁSICOS, TRIFÁSICOS E DE PASSO

PONTA GROSSA
2021
HIGOR EDUARDO PROCHNO

MOTORES MONOFÁSICOS, TRIFÁSICOS E DE PASSO

Trabalho de conclusão da disciplina


de Elementos de Máquinas
Operatrizes, com o objetivo de
avaliação final.

Orientador: Prof. Paulo Sergio


Parangaba Ignacio.

PONTA GROSSA
2021
RESUMO

Os motores elétricos estão muito presentes em nossas vidas, tanto em


questão domiciliar como industrial, sendo aplicados em secadores de cabelo,
ventiladores, cooler de computador assim como em exaustores industriais,
bombas de óleo térmico, bombas de água, etc. São equipamentos muito
versáteis para transformação de energia elétrica em energia mecânica.

Dentre os motores elétricos temos varias subclassificações, como


corrente contínua, corrente alternada, síncronos, paralelos, composto, etc.

Neste trabalho iremos focar principalmente nos motores elétricos


monofásicos, trifásicos e de passo.
INTRODUÇÃO

Os motores elétricos são máquinas elétricas que possuem como


característica transformar energia elétrica em energia mecânica. São muitos os
tipos de motores elétricos, e podemos separá-los basicamente em três grandes
grupos que são os motores de corrente alternada, motores de corrente
contínua e os motores universais.
Dentre os motores de corrente alternada possuímos principalmente os
monofásicos e os trifásicos, que serão estudados nesse trabalho, onde os
motores monofásicos que são aqueles motores alimentados apenas por um
condutor de fase e que geralmente são usados quando não há uma rede
trifásica disponível na instalação. Por esse motivo que eles são amplamente
utilizados para fins domésticos, comerciais e em poucas situações eles são
usados na indústria. Normalmente os motores elétricos monofásicos são
utilizados em aplicações que exigem menores potências, geralmente inferiores
a 3KW.

E os motores elétricos trifásicos que podem ser facilmente encontrados


nas indústrias para as mais variadas aplicações como em torno, fresa, esteiras
rolantes, além de outras aplicações fora das indústrias, como em elevadores e
escadas rolantes.

Para os motores elétricos de corrente contínua temos os motores de


passo, que são de corrente contínua e possuem pelo menos quatro bobinas
que quando energizadas de acordo com uma sequência, fazem com que o seu
eixo se mova de acordo com ângulos exatos, submúltiplos de 360.

Esses motores são usados em aplicações que exigem uma alta


precisão, sendo amplamente utilizados em impressoras tradicionais,
impressoras 3D e em outros diversos sistemas de controle de posição
operados digitalmente.
DESENVOLVIMENTO

1. Motores monofásicos

Os motores monofásicos são assim chamados porque os seus


enrolamentos de campo são ligados diretamente a uma fonte monofásica. Os
motores monofásicos de indução são a alternativa para locais onde não se
dispõe de alimentação trifásica, como residências, escritórios, oficinas, zonas
rurais etc. Sua utilização pode ser justificada apenas para baixas potências.
Entre os vários tipos de motores elétricos monofásicos existentes, os motores
com rotor tipo gaiola destacam-se pela simplicidade de fabricação e,
principalmente, pela robustez e manutenção reduzida. Estes motores partem
com enrolamentos auxiliares, que são dimensionados e posicionados de forma
a criar uma segunda fase fictícia, permitindo a formação do campo girante
necessário para a partida.

Em motores monofásicos as perdas são divididas em:

– Perdas mecânicas (atrito e ventilação)

– Perdas Joule no estator e rotor

– Perdas magnéticas no ferro

– Perdas suplementares

As perdas mecânicas são geradas pelo sistema de ventilação e pelo


atrito dos rolamentos. No entanto, estas perdas podem ser reduzidas através
da otimização dos ventiladores e adequação dos mancais.

As perdas Joule no estator e no rotor ,aumentam acentuadamente com a


carga aplicada ao motor. Estas perdas são reduzidas através do aumento da
seção de cobre dos condutores do estator e do aumento das gaiolas
condutoras do rotor.

As perdas magnéticas no ferro são geradas pelo efeito de histerese e


pelas das correntes induzidas (neste caso, correntes de Foucault), e variam
com a densidade do fluxo magnético e com a freqüência. A redução é
conseguida pelo uso de chapas de aço de baixas perdas magnéticas, além da
utilização de maior volume de material para redução da densidade de fluxo
magnético.

As perdas suplementares são geradas pela f.m.m. Da corrente de carga


que desvia parte do fluxo magnético em vazio para o fluxo de dispersão.

Existem dois tipos de motores monofásicos que, de acordo com o


funcionamento dos mesmos, podem ser classificados em motor universal e
motor de indução. Observe em que situação cada um pode ser utilizado.

O motor universal funciona tanto com corrente alternada como com corrente
contínua. Neste caso, dois contatos deslizantes, chamados de escova, são
responsáveis pela ligação elétrica das bobinas do estator ao rotor. Estas
escovas ligam o estator e o rotor em série e ao inverter esta ligação das
escovas, inverte-se também o sentido de movimento de rotação do motor. O
mesmo é mais utilizado em liquidificadores, máquinas de costura, lixadeiras e
serras. No motor de indução há apenas um enrolamento no estator e o
movimento causado não é rotativo. Neste caso, o rotor possui uma bobina tipo
gaiola, representado por duplos condutores por ser percorrida por duas
correntes, consideradas independentes.

2. Motores trifásicos

Dentre os vários tipos de motores elétricos, o motor trifásico é um dos


mais utilizados pelo maquinário de indústrias que transformam a força elétrica
em energia mecânica, movimentando as engrenagens essenciais para todos os
processos industriais automatizados.

A grande diferença desse modelo está evidente no próprio nome do


modelo: trifásico. Isso significa que, ao contrário dos outros tipos de motores –
especialmente o monofásico –, a rede que alimenta os motores desse tipo
é composta por três fases, além do neutro.
A estrutura e construção de um gerador de indução é a mesma que a de
um motor. Um motor de indução é composto basicamente de duas partes:
Estator e Rotor.

 Rotor: que é a parte móvel

 Estator ou Carcaça: que é a parte fixa

O espaço entre o estator e o rotor é denominado entreferro. O estator


constitui a parte estática e o rotor a parte móvel. O estator é composto de
chapas finas de aço magnético tratadas termicamente para reduzir ao mínimo
as perdas por correntes parasitas e histerese. Estas chapas têm o formato de
um anel com ranhuras internas (vista frontal) de tal maneira que possam ser
alojados enrolamentos, os quais por sua vez, quando em operação, deverão
criar um campo magnético no estator. O rotor também é composto de chapas
finas de aço magnético tratadas termicamente, com o formato também de anel
(vista frontal) e com os enrolamentos alojados longitudinalmente.

Existem dois tipos de geradores ou motores de indução:

Gerador de Indução Gaiola de esquilo: No qual o rotor é composto de


barras de material condutor que se localizam em volta do conjunto de chapas
do rotor, curto-circuitadas por anéis metálicos nas extremidades.

Gerador de Indução com rotor Bobinado: No qual o rotor é composto de


um enrolamento trifásico distribuído em torno do conjunto de chapas do rotor.

O motor de indução é o motor de construção mais simples. Estator e


rotor são montados solidários, com um eixo comum aos “anéis” que os
compõem. O estator é constituído de um enrolamento trifásico distribuído
uniformemente em torno do corpo da máquina, para que o fluxo magnético
resultante da aplicação de tensão no enrolamento do estator produza uma
forma de onda espacialmente senoidal. A onda eletromagnética produzida pelo
enrolamento é uma função senoidal do espaço e do tempo.

A aplicação de tensão alternada nos enrolamentos do estator irá


produzir um campo magnético variante no tempo que devido à distribuição
uniforme do enrolamento do estator irá gerar um campo magnético resultante
girante na velocidade proporcional à freqüência da rede trifásica. O fluxo
magnético girante no estator atravessará o entreferro e por ser variante no
tempo induzirá tensão alternada no enrolamento trifásico do rotor. Como os
enrolamentos do rotor estão curto circuitados essa tensão induzida fará com
que circule uma corrente pelo enrolamento do rotor o que por conseqüência ira
produzir um fluxo magnético no rotor que tentará se alinhar com o campo
magnético girante do estator.

Como o valor das tensões induzidas no rotor no caso de rotor bobinado


dependem da relação de espiras entre o rotor e o estator, o estator pode ser
considerado como o primário de um transformador e o rotor como seu
secundário. Este tipo de motor quando acionado por uma turbina e operando
com uma rotação acima da síncrona pode gerar potencia ativa e entrega-la ao
sistema onde está conectado.

3. Motores de passo

O motor de passo é um dispositivo capaz de converter um sinal digital


em rotação, com movimentos precisos em seu giro

Assim, esse tipo de motor possui um número fixo de polos magnéticos


que determinam o seus passos, sem necessitar de escovas. O número de
passos determina a precisão de ângulo de rotação do motor de passo.

Dessa forma, esse tipo de motor necessita de circuitos de controle para


controlar a largura de pulso que controla sua operação, assim como enviar a
corrente adequada para cada passo do motor.

Existem os seguintes tipos de motor de passo:

 Relutância Variável: Estator com Enrolamentos e Rotor com várias


polaridades;
 Imã Permanente: Parecido com o motor de Relutância Variável, porém
possui um imã fixo no rotor;
 Híbrido: Imã permanente no eixo e rotor multidentado. É o tipo de motor
de passo mais comum em industrias.
Essa classificação é feita por meio das diferenças na construção dos motores
de passo.

De acordo com uma pesquisa de usuários de motores de passo, muitos


preferem os motores de passo pela sua "facilidade de uso", "operações
simples" e "baixo custo" derivados da estrutura e da configuração do sistema.
É compreensível que muitos usuários vejam esses aspectos positivos em
motores de passo, devido à estrutura simples e à configuração do sistema. No
entanto, alguns usuários podem ser céticos em relação ao desempenho real
do motor em termos de precisão e torque. Não é fácil compreender totalmente
a ideia, a menos que haja exemplos de comparação com outros motores de
controle, como os servomotores. Ao conhecer as características e considerar
métodos diferentes com base em operações necessárias, os motores de
passo certamente podem reduzir o custo do equipamento.

Os motores de passo possuem uma frequência de ressonância natural


uma vez que pode ser modelado como um conjunto massa-mola. Quando se
acionamento está próximo desta frequência pode ocorrer uma mudança
audível no seu ruído bem como um aumento na sua vibração. Este ponto de
ressonância varia com a aplicação e a carga, mas ocorre entre 70 a 120
passo por segundo. Em casos severos o motor pode perder passos nesta
frequência. A forma de evitar este problema é evitar esta faixa de frequência.
O acionamento por meio passo (half stepping) e micro passos reduzem este
tipo de problema. Em aceleração da velocidade, a zona de ressonância deve
ser ultrapassada o mais rapidamente possível.
CONCLUSÃO

Os motores elétricos possuem uma enorme variedade de modos e locais


de aplicação, sendo aplicados em locais onde menos esperamos, como
secadores de cabelo até exaustores industriais.

Com a necessidade de cada aplicação foi desenvolvido tipos diferentes


de motores elétricos, fazendo assim com que se fosse mais adequada sua
aplicação. Dentre esses tipos diferentes de motores temos os motores elétricos
monofásicos, trifásicos e de passo que foram citados nesse trabalho.

Onde os motores monofásicos são de melhor aplicação em locais onde


a energia elétrica é mais comum, 110V e 220V, logo em lugares residenciais
onde não possuem rede elétrica trifásica, fazendo assim com que os motores
elétricos trifásicos não sejam aplicados nesses locais. Normalmente os motores
elétricos monofásicos são utilizados em aplicações que exigem menores
potências, geralmente inferiores a 3KW.

Logo os motores trifásicos precisam de um pouco mais de energia


elétrica e são mais aplicados em ambientes industriais, onde também são
locais que se necessita de mais potência e torque, que é onde os motores
trifásicos se saem melhor contando com toda a sua robustez na fabricação e
funcionamento.

Já os motores de passo são mais utilizados onde se necessita de maior


precisão de movimentação, que não apenas se interessa a rotação que ele
proporciona em um determinado eixo, como é em um motor elétrico
monofásico ou trifásico. Os motores de passo são geralmente aplicados em
impressoras 3d, tornos CNC, entre outras aplicações.

Os motores elétricos são muito uteis para o nosso dia a dia na


transformação de energia elétrica em mecânica, e com certeza nos serão útil
por bastante tempo, visto que todo o mundo está partindo para energia
renovável que está ligado diretamente a elétrica.
REFERÊNCIAS

NBR 7094 – Máquinas Elétricas Girantes – Motores de Indução –


Especificação

Kosow, Irving C. Máquinas elétricas e transformadores 8 ed. São Paulo, Globo,


1989

Perdas no Ferro – Trabalho de Tecnologia – WEG Motores

NOM 014 – Eficiencia Energética de Motores de Corriente Alterna,


Monofásicos, de Induccuón, Tipo Jaula de Ardilla, de Uso General em Potencia
Nominal de 0,180 a 1,500 kW. Limites, Métodos de Prueba Y Marcado

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