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MONTEIRO & ASSOCIADOS

ADVOCACIA

EXMO. SR. DR. JUÍZ DE DIREITO DA 2ª VARA DA FAZENDA DE BELÉM,

Processo n.º 0007003-24.2014.8.14.0301

JOAO ALBERTO ARANHA MARQUES, já devidamente qualificado nos autos


da AÇÃO ORDINÁRIA C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, processo em
epígrafe, em face do BANCO DO ESTADO DO PARÁ e INSTITUTO DE GESTAO
PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO PARA, igualmente qualificados, vem, por meio de
seu procurador ao final subscrito, perante Vossa Excelência, requerer a juntada de suas

CONTRARRAZÕES

ao recurso interposto pela requerida.

Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Belém-PA, 29 de setembro de 2021.

Agostinho Monteiro Jr.


OAB-PA nº 9888

Rua Ó de Almeida 207, CEP 66.017-050, Bairro: Campina, Belém – Pará


Fone(fax): 98292-5521/ 9995-3025 - amjr_adv@yahoo.com.br
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO CÍVEL

COLENDA CÂMARA

EMINENTES JULGADORES

Inobstante o devido apreço ao presente recurso, não lhe cabe provimento, eis que
insubsistentes as alegações do recorrente, conforme passamos a analisar.

1 - DA RESPONSABILIDADE DO ESTADO

Toda a defesa elencada pela requerida em sua contestação se baseou na alega


ausência de comprovação dos danos morais sofridos pelo autor, assim como na suposta falta
de provas do dano material suportado.

Com base em tais argumentos da defesa, o juízo a quo efetuou sua condenação,


consignando na sentença:

“O dano de natureza moral passível de reparação, que se faz por meio de


indenização, é - repise-se - aquele de natureza extrapatrimonial, o vexame, o
constrangimento, a humilhação, aquilo que se convencionou chamar de "dor
na alma", que repercute e afetam a condição psicológica do indivíduo. E foi
exatamente o que aconteceu com no caso em apreço, eis que, sem o depósito
de seus proventos, dos quais depende para sua sobrevivência, deixou o
Autor de honrar com compromissos financeiros importantes, o que somente
conseguiu ser sanado com o depósito regular de tal verba, apenas após a
provocação do Demandante pela via judicial..”

Com efeito, o instituto apelante, na contestação e, agora na peça recursal,


RECONHECE O NÃO PAGAMENTO/DEPOSITO em favor do recorrido e, transfere a
responsabilidade ao BANPARÁ, alegando que repassou ao referido Banco por inconsistência
de dados bancários. E ainda alega, não haver comprovação dos dados sofridos pelo autor.
Resta evidente, portanto, a vultosa comprovação liame entre o ato ilícito dos
requeridos e os danos irreparáveis dele deco rrente, os quais não teriam existido caso
os entes requeridos, por meio de seus agentes, tivessem agido de forma proativa, sem que,
com absoluta negligência, se permitisse tal atentado à sua honra com o não depósito seus
rendimentos mensais (aposentador ia).

A proposito:

Art. 186 do Código Civil - Aquele que por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda
que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Art. 927 - Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.

§ único - Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de


culpa, nos casos especificados em Lei, ou quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os
direitos de outrem.

E não se trata de mero dissabor ou aborrecimento, pois o dano cometido ao autor é de


natureza extrapatrimonial, passando por vexame, constrangimento, humilhação,
verdadeiramente "dor na alma", que repercute e afeta a condição psicológica do indivíduo,
fato que com o ato ilícito dos réus, sem o repasse de seus proventos, dos quais depende
para sua sobrevivência, deixou o recorrido de honrar com seus compromissos financeiros
importantes, o que somente conseguiu ser sanado com o efetivo pagamento de tal verba,
isso só ocorrendo após a provocação do demandante pela via, judicial.

2 - DO REQUERIMENTO

À vista de todo o exposto, restando comprovada a total insubsistência das alegações


da recorrente, espera haja por bem esse Egrégio Tribunal, reportando-se a todos os
argumentos já deduzidos no processo, após análise dos temas suscitados, NEGAR
PROVIMENTO ao presente recurso como medida de justiça.

Termos em que,
Pede deferimento.
Belém-PA, 29 de setembro de 2021.

Agostinho Monteiro Jr.


OAB-PA nº 9888

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