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AGENTE M

MISSÃO FAKEOUT

ARON A. RESENDE
Dedicado para meu professor
Saito

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Meu chefe me chama no meio de uma missã

Meu chefe me chama no meio da missão....................6

A última perseguição.........................................................14

Meu parceiro consegue tirar um pacote.....................20

Oeste está em nossa mira...............................................26

Título N...................................................................................35

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AGENTE M. por Aron A. Resende

Tenha uma boa leitura.

Meu chefe me chama


no meio de uma missão
Horário: 20:00
Data: 20/04/2022
Agente: Michael Airstrike
Local: Mansão Wallchester, Orlando (Estados unidos)
Bairro: Windermere
Missão: Recuperar a safira “olho de Zeus”

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AGENTE M. por Aron A. Resende

Mais uma vez eu estava naquele avião, Falcon 7, usado


para operações especiais e infiltrações pelo ar, era bem
espaçoso, tinha alguns lugares para sentar, paraquedas
para emergências, uma sala para cargas e mais diversos
lugares, esse avião é tão grande que existem salas que
eu não visitei ainda. Ser agente do governo é bem legal
nesses pontos. O avião sobrevoava pela região da cidade
de Orlando, onde continha exatamente o nosso objetivo.
Dave Wallchester, um criminoso procurado por grandes
agências mundiais como FBI e CIA foi acusado de roubar
a maior safira do mundo, conhecida como olho de Zeus,
provavelmente em um laboratório subterrâneo que
somente agentes do governo tinham acesso (além dos
cientistas que trabalham lá), esse laboratório fica 8 metros
abaixo da superfície. Sendo bem sincero não será tão ruim
ter um encontro com ele depois de tanto tempo, faz um
tempo dês da minha última missão nesse laboratório.
—Agente M.! Estou vendo o nosso alvo. —Disse William
em um tom bem alto.
Esse é William, também chamado de Will, piloto da
Falcon 7 a mais de 15 anos, cabelo castanho com um
topete, olhos marrons e profundos, as vezes ele parece
assustador, mas ele é bem gente boa. Devo grande
respeito a ele, afinal, foi ele quem me salvou em muitas
ocasiões quando eu estava a pouco de ser capturado, e
provavelmente morto, como na missão de 2018 em
Washington, mas essa é outra história para outro dia.
— Falarei para você quando for pular, ok?—
Esse sou eu, agente M. Ou Mike, cabelo castanho com
topete para o lado e bem arrumado, olhos castanhos
escuros, um belo sorriso, e um terno preto com mais

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bolsos que 100 pessoas. Sou um dos maiores agentes do


governo, estou nesse trabalho dês dos 13 anos, bem
jovem, mas vai por mim, vale a pena. Atualmente eu
tenho 46 anos, eu já prestei muitos serviços a minha
agência U.C.S.A. (United Countries Secret Agence), uma
agência mundial com sua sede em Orlando. Mas esse
trabalho está começando a ser difícil, então eu vou me
aposentar desse emprego e começar outro, os 46 anos de
carreira começam a ficar muito difíceis quando se chega a
essa idade.
-Certo Agente. -Disse Will.
Faltava alguns quilômetros para chegar ao destino, era
consideravelmente simples, pegar um paraquedas, pular
do avião, aterrissar no telhado, entrar na ventilação,
pegar a safira e voltar pra agência e pedir aposentadoria,
vapt vupt.
-Quando eu pular já pode mandar o carro para me
buscar, 30 minutos é o suficiente.
-Gostaria da Veneno novamente? -Perguntou Will.
Nem precisava perguntar, afinal a veneno era meu carro
favorito, uma Lamborghini veneno melhorada para essas
missões.
—Já enviarei o carro Agente. —
— Não precisa de tanta formalidade. Pode me chamar de
Mike mesmo. —
— Ok então Mike. —
Olhei uma última vez para o avião, ao terminar essa
missão tirarei minha aposentadoria e aproveitarei um
tempo com a família, tanto tempo ocupado nisso, nem dá
para acreditar que eu estava prestes a ter uma liberdade
eterna de tantas responsabilidades.

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AGENTE M. por Aron A. Resende

-Sentiremos sua falta. -Disse Will, olhando pelo


retrovisor com seus olhos profundos, ele sabia que eu ia
me aposentar, era triste ter que abandonar um amigo,
pelo menos no trabalho, fora isso continuamos amigos.
-Digo o mesmo a você, e sentirei falta você também
Falcon. -Dei uma batidinha em uma barra em que eu
segurava.
Ouvi um estalo não muito longe, quem sabe ela não
estava dando adeus? Ninguém sabe.
-Estamos chegando senhor.
-Beleza. -Aguardei um tempo, estava quase acima da
mansão. -Vamos botar pra quebrar.
Pulei da Falcon e ia em direção a aposentadoria.

Pousei no terraço, andei alguns metros e me esconde


atrás do tubo de ventilação, peguei o relógio para contar
meu timer de 30 minutos antes do fim da missão.
-Certo, só marcar 30 minutos contando... AGORA.
Meu timer já estava contando, em exatos 30 minutos eu
já devia dar no pé com a safira e despistar qualquer
pessoa caso seja visto, fácil como pegar doce de criança.
Fiquei de frente para a entrada de ventilação e peguei
uns dos meus aparelhos favoritos, era um projeto de
sabre de luz pequenininho para parecer um chaveiro, eu
achava estiloso e me sentia o Luke Skywalker.
Abri a entrada da tubulação e adentrei nela, era bem
espaçosa, bem ventilada, mas bem suja, eu imaginava
que estaria bem limpo por causa do tanto de gente que
passa por aqui, mas eu estava errado. Desci alguns

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metros e segui em frente, não posso ir muito rápido para


não chamar atenção, mas nem muito devagar para ter
tempo suficiente, passando mais alguns metros, estava
muito escuro, então decidi pegar uma pequena lanterna
de emergência, e desci mais ainda, virei a direita e olhei
para baixo, tinha um corredor dourado com um carpete
vermelho (bem bonito por sinal), devia ser o primeiro
andar, para os lados aparentava ter quadros, mas eu não
conseguia ver de quem era, o buraco era pequeno e
limitava a visão, acredito ser dos familiares do Dave, mas
felizmente eu já estava quase no laboratório.
Alguns metros percorridos e já faltavam 24 minutos
para acabar o tempo, acho que aquele era o level 2 do
laboratório, se não me falha a memória, o cofre fica
exatamente entre o 3 e o 4 por ser um lugar mais seguro
e de difícil acesso.
Sai da tubulação e entrei em um corredor branco com
lambadas de LED azul claro, estava completamente vazio,
era um ótimo lugar para começar definitivamente. Entrei
novamente na tubulação e esperei as pessoas passarem.
Felizmente depois de uns minutos apareceu um homem
sozinho de jaleco branco, óculos e um cabelo bagunçado,
devia ser um dos cientistas, não podia perder essa
oportunidade sai correndo da tubulação e peguei ele.
-O que é isso?!- Disse o cientista fazendo força para sair,
mas eu era mais forte.
Tampei a boca dele com um pano com sonífero, em
alguns segundos ele começou a ficar sonolento e
finalmente dormiu.
Coloquei ele dentro de um armário de limpeza, levaria
um tempo até notarem sua falta, pequei o jaleco, os

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óculos e o crachá. Estava pronto, com um aparelho


consigo captar a retina dele e uma cópia de sua
impressão digital. Perfeito.
Caminhei até o elevador onde para entrar precisava usar
o crachá para identificação. Coloquei o crachá, esperei e
entrei no elevador e desci para o level 3 e meio onde
estava o cofre, por sorte o cara que eu desmaiei tinha
acesso ao cofre.
E que coincidência, dentro do andar tinha fileiras e mais
fileiras de guardas vigiando o cofre, eles eram bem
burrinhos para não perceberem que eu era um agente, ou
eu sou esperto de mais?
Andei pela sala onde era composta de um carpete
vermelho vinho, tetos e paredes cinza com uma
iluminação forte.
E lá estava o cofre, era só alguns metros até eu pegar a
safira, mas, tinha que ter um bloqueio, e esse bloqueio
era um homem de mais ou menos um metro e noventa,
vestido com um terno preto e com uma arma em seu
bolso.
-Espere aí senhor. -Disse o homem começando a me
analisar por completo, passou um detector de metais que
apitou loucamente com o mini laser, ele me olhou com
uma cara de desconfiado e ao olhar o que era aquilo,
olhou para mim e disse:
— Chaveiro bonito, mas infelizmente não é
permitido chaves dentro do cofre. —
Eu estava arrepiado de nervoso de descobrirem minha
identidade, mas felizmente foi só isso, cheguei no scanner
de retina e no identificador de digital, e entrei no cofre.

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Era imenso, com várias fileiras de ouro, joias, tinha até


uma cópia de um sarcófago lá no canto do cofre, a não
ser que seja mesmo um sarcófago.
E lá estava no centro de tudo, a safira, protegida por um
vidro e vários sensores de movimento que com um leve
descuido podem te mandar para uma sela dentro de um
laboratório e ser usado para experiencias bizarras, alguns
nunca voltaram, e outros, mas não estavam normais.
Andei até a safira que estava protegida de uma forma
bem estranha e fácil demais para ser verdade, devia ser
falsa, olhei para os lados, mas não tinha nada até que
meu celular começou a tocar, era meu chefe ligando,
COMO EU PUDE ESQUECER O TOQUE DO CELUALR
LIGADO?
Nesse meio tempo lembrei que minha esposa tinha
pedido para eu deixar o celular com toque ligado para
caso ela precisasse me ligar. Serio que eu esqueci disso
quando comecei?
-Ei não é permitido celulares no cofre. -Disse o mesmo
homem que me parou na entrada. E que sem falar nada
já vinha a mil por hora em minha direção, ó disfarce
estava acabado.
Corri pelos vários corredores e atendi meu chefe que já
estava me ligando pela quinta vez.
-O que você quer? Eu estou ocupado agora. -Disse a
meu chefe.
-Preciso que você venha para a agência, tenho algo para
contar a você.
-Não me diga. Olha se puder eu estou em uma pequena
confusão então tchau. -Disse enquanto corria pelos
corredores.

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AGENTE M. por Aron A. Resende

-Não se atrase ou vai ter sérios problemas no futuro.


-Disse meu chefe com um tom bravo, acho que ele não
ficou feliz com minha resposta.
-Certo? -Eu não entendi esses “problemas no futuro”,
mas OK.
Faltavam 15 minutos para a veneno chegar, estava
atrasando isso tudo, subi pelas prateleiras cheias de joias
e cheguei ao topo, e não é que eu estava certo, a alguns
metros de distância estava uma safira bem protegida por
simples lasers, algumas fileiras cheias de metralhadoras
bem carregadas, alguns sensores de movimento, câmeras
e provavelmente muito mais coisas, mas eu não tinha
tempo para analisar tudo.
Corri por cima das prateleiras em direção a safira, usei
um talquinho para ver onde estava os sensores de
movimento, passei por eles com um pouco de dificuldade
por causa do espaço ser bem estreito, tampei os lasers
com pequenas pedras que não permitiam a passagem dos
lasers, passei disparado pelas metralhadoras que só não
me atingiram por causa do meu uniforme aprova de balas,
agentes tem que estar preparados para tudo. E finalmente
estava lá a safira, era brilhante e bonita, peguei-a e me
arrependi após isso.

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A última perseguição

Não durou muito tempo dês de que eu toquei na safira e


já tinha uma legião de balas vindo em minha direção, eu
agradeço esse uniforme até hoje que me protegeu de
todas as balas. Fugi com a safira pulando pelas
prateleiras, ao olhar pra trás tinha alguns drones vindo em
minha direção, eu não estava surpreso ao ver que tinha
armas acopladas nesses drones, era de se esperar de um
cara rico, eu fugi o mais rápido possível, tinha uma
abertura para a ventilação ali perto, eu estava salvo.
Entrei rápido e comecei a subir o mais rápido possível,
provavelmente tem mais que um drone me buscando na
ventilação, mas eu não podia esperar por eles então eu
simplesmente corri com a safira o mais rápido possível,
estava difícil respirar, talvez tenham desligado o sistema
de ventilação para me prejudicar, mas eu sei que consigo
fugir mesmo com essas dificuldades.
Cheguei no teto, faltava apenas 3 minutos até acabar a
missão e a veneno vir me buscar. Mas a minha felicidade
não durou muito até que vários guardas surgiram com
armas apontadas em minha direção. Eu podia perder meu
tempo com isso então eu simplesmente pulei de cima da
mansão e abri um tipo de planador acoplado a minha
roupa e planei até o portão onde eu teria que esperar
alguns minutos até a veneno chegar.
Quanto mais eu esperava mais perto os guardas
chegavam com carros e motos. Mas bem a tempo a

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AGENTE M. por Aron A. Resende

veneno chegou, eu entrei nela e acelerei o mais rápido


que pude.

Após passar pelo túnel eu achei que estava seguro, e


que nenhum dos guardas teria me seguido, até eu sair
dele e ver um helicóptero com um holofote mirado
diretamente para mim, por que rico pode ter tanta coisa?
E em questão de segundos várias motos e carros
surgiram, todos pintados de preto e blindados, dá para
ver por causa do metal usado. Devia ser uns 5 carros e 6
motos.
Eu despistei alguns entrando em um beco, infelizmente
3 dos carros e todas as motos entraram. Seria difícil
despistar de todos eles. Principalmente as motos.
Algumas das motos ficaram do lado do carro e miraram
suas armas em minha direção, então eu como qualquer
ser vivo normalmente faria nessa situação, simplesmente
bati com o carro nas motos, agora faltavam 4 motos e 3
carros.
Em algum lugar longe tinha uma rua em reforma, eu
atravessei as placas e corri pela rua esburacada. Uma
moto acabou caindo em um dos buracos, agora são 3 de
cada. Um pouco mais a frente tinha um buraco grande,
devia ter 10 metros de profundidade, provavelmente um
cano estourou ou algo do tipo, o buraco era tão grande
que qualquer um que tentasse passar por cima com um
impulso cairia, e tinha uma rampa lá perto, então eu
testei a teoria e aumentei a velocidade para o máximo e
passei na rampa, o carro voou por cima do buraco, e por
pouco eu quase caia dentro. Atrás de mim estavam as

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motos que conseguiram passar pelo buraco passando pelo


redor dele, e aumentaram a velocidade atrás de mim.
Eles puxaram as armas e começaram um tiroteio atrás
de mim, infelizmente o carro não era blindado e acabou
que o primeiro tiro quebrou a janela traseira, o segundo
quebrou o farol traseiro esquerdo, eu me abaixei e usei a
câmera instalada na frente do carro para dirigir.
Eu me sentia nos velozes e furiosos, sai da rua ainda
com vários tiros tentando me acertar mas não
conseguiam, entrei em uma rua muito movimentada todos
os carros começara a buzinar para mim, acho que
arranhei uns 4 carros somente tentando sair de lá, , eu
estava a mil no meu carro passando por outros motoristas
e tentando despista-los, passando por um Camaro de
alguém, que aparentemente não teve um bom dia, afinal
eu acidentalmente encostei no carro dele e ele virou pra
esquerda que era onde eu estava com o objetivo de bater
no meu carro, eu acelerei e passei por ele antes que me
acertasse, e ele acabou acertando uma das motos que
acabou caindo. No final foi ele que me ajudou
Corremos por vários quilômetros e chegamos na região
de Holden Heights, o bairro mais perigoso de Orlando, eu
ainda estava com as duas motos atrás de mim, resolvi
para o carro e abrir a porta, o que fez com que os dois
caíssem da moto, foi uma pancada em tanto e
infelizmente o carro ficou todo quebrado e sem as duas
únicas portas, um deles desmaiou mas o outro ficou
apenas um pouco tonto. Sai de dentro do carro e agarrei
ele.
-Diga ao seu chefe que ele vai ter que suportar uma joia
a menos. -Disse a ele com frieza nos olhos.

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AGENTE M. por Aron A. Resende

- S-sim senhor. -Disse ele gaguejando enquanto soltava


ele.
Ele pegou o companheiro e foi embora. Decidi pegar
meu rumo também, afinal eu vi um beco bem suspeito ali
perto na qual eu não tinha interesse de entrar, aqueles
caras que ficavam estavam lá me davam calafrios.

Algumas horas depois eu já estava novamente na minha


agencia que está localizada no bairro Dr. Philips, ela fica
no subterrâneo da cidade, e com um prédio em cima para
disfarçar, com apenas uma entrada por um elevador
dentro desse mesmo prédio. Era bem espaçoso, coloquei
meu dedo sobre o scanner de digital e desci nele
escutando uma música clássica que me deixou mais bravo
do que eu já estava, só pelo fato de meu carro ter sido
reduzido a quase sucata e ter que fica no concerto por 3
meses já era estressante, agora uma música clássica piora
tudo.
Ao chegar na agencia eu dei uma provável última olhada
no meu lugar onde passei 24 anos da minha vida
trabalhando, era bonito, se você olhasse por cima ele
parecia um Y só que meio deformado., um hall gigante
com vista para o andar de baixo, o andar de baixo tinha
uma grande fonte que jorrava agua e em cima tinha um
holograma com informações da empresa e outros
hologramas que especificam missões, agentes andando
pelos corredores conversando e discutindo quem era
melhor nas missões, outros iam a lojinha para pegar um

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AGENTE M. por Aron A. Resende

armamento especial para missões. Tinha outros que


comiam coisas no restaurante e na lanchonete, ou
comprando algo na maquininha de salgadinhos e vendo
que aquilo sempre ficava preso, eu tenho sérios casos de
problemas com aquela máquina de salgadinhos. Vou
sentir saudade desse lugar.
Eu desci pela escada rolante que levava para o primeiro
andar, os elevadores são exclusivos para cadeirantes, mas
não se enganem, esses cadeirantes são melhores nesse
trabalho do que você pensa.
Andei até uma sala, e era lá onde todos os itens
recuperados eram deixados até que fosse decidido o que
seria feito com o item.
Lá eu encontrei uma garota, ela usava terno e óculos,
tinha os cabelos encaracolados e marrons, e tinha uma
pele mais escura.
-Por favor, coloque isso no setor A-13.
-Já é a segunda vez na semana, daqui a pouco seu
armazém particular vai ficar lotado. -Ela sorriu.
-O chefe gosta de enrolar para decidir essas coisas, fica
complicado. -Disse e em seguida, sai da sala.
Subi por outra escada rolante, subindo eu encontrei
minha esposa, Marcy, ela era morena, com lindos cabelos
lisos pretos, e olhos azuis, usava uma saia preta e terno.
-Por que não me atendeu?
-Eu estava ocupado no momento, a safira não podia se
recuperar sozinha afinal de contas.
-Eu estava com saudades, e decidi ligar para você.
-Tenho que admitir que sem você eu teria pegado uma
joia falsa.

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AGENTE M. por Aron A. Resende

-Viu só, por mais que isso possa ter colocado você em
uma furada, eu ainda te ajudei.
-Verdade, obrigado.
Ela me beijou e saiu andado para o elevador.
-Vejo você mais tarde. -Ela gritou
-Com certeza. -Gritei de volta.
Caminhei alguns metros e entrei na sala do chefe onde
era uma sala de vidro onde os agentes mais importantes
recebiam missões, por fora não era possível ver por
dentro, mas do lado de dentro tudo era tão fácil de ver do
lado de fora que nem parecia ter vidro naquele lugar.
-Olá agente M. -Disse meu chefe.
-Olá chefe. -Notei que tinha outro garoto sentado na
cadeira do lado, eu estranhei aquilo, isso nunca aconteceu
comigo. -Quem é ele? —
-Esse senhor M., é seu novo parceiro para a missão final.

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AGENTE M. por Aron A. Resende

Meu parceiro consegue


retirar um pacote

-Calma, essa era para ser a minha última missão, não


vou ter que fazer mais uma!!E ainda com esse menino
que acabou com prováveis 0% de conhecimento de
espionagem -Perguntei a ele com uma raiva imensa
-Sim - Ele parecia estar mais nervoso do que eu
pensava, ele ficou muito sério.
-Desculpa, mas eu tenho que recusar, eu já te disse que
eu estou aposentando e...
-Te pagamos em dobro por essa missão, e ainda
financiamos o conserto do seu carro.
-Qual a missão, onde começar, quando começar e como
começar? -Disse sem pensar duas vezes.
-Enfim, o que eu queria falar primeiramente é que nessa
sua missão você vai precisar de um parceiro, como você
sabe, duas mentes trabalham melhor que uma. -Disse
apontando para o menino que aparentava ter 21 anos,
tinha cabelo escuro bagunçado e curto, usava óculos, era
pálido, usava uma camisa preta, uma calça jeans, uma
jaqueta vermelha vinho e não aparentava ter um bom
porte físico. Tinha serias olheiras em seus olhos e marcas

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AGENTE M. por Aron A. Resende

que aparentavam ser de headsets em volta de seus


ouvidos.
-Garoto poderia sair daqui rapidinho, eu quero ter uma
palavrinha rápida com meu chefe. -Disse pacientemente.
-Ah sim claro senhor. -Disse enquanto se levantava da
cadeira e saia da sala.
Após o menino sair da sala eu encarei meu chefe e
disse:
-Você está de brincadeira que chamou um moleque
como esses para ser meu parceiro?
-Não, isso é sério, eu o chamei por ser um dos mais
inteligentes da Agência, se não fosse ele vários hackers
poderiam ter invadido nossos servidores e roubado dados
sobre nossa localização e informações pessoais dos
agentes. -Pensando por esse lado eu não gostaria que
vários inimigos meus não soubessem onde eu estou,
então ele pode ser útil.
-Certo, mas antes preciso testar ele para ver se ele está
pronto. -Disse olhando para o setor de treino.
-Pode tentar, afinal, precisamos do máximo possível que
podemos exercer a ele.
-Ok -Disse enquanto saia da sala e ia em direção ao
garoto.
Cheguei nele, ele estava sentado em um banco lá perto,
estava olhando coisas em seu caderno, não sei o que era,
mas também não queria saber.
-Olá, pelo visto agora eu e você seremos parceiros de
trabalho, enfim qual seu nome? -Perguntei a ele vendo se
ele já tinha capacidade de passar do primeiro teste.
-Eeeeh oi, meu nome é Zack. -Disse estendendo a mão
para mim.

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AGENTE M. por Aron A. Resende

-Um agente nunca revela seu nome para alguém. -Disse


enquanto apertava sua mão.
-Olhe essa carta. -Disse soltando minha mão.
Ele deixou uma carta em minha mão e nela estava
escrito: “Meu verdadeiro nome é Peter”. E percebi que cai
em uma tática de mestre, agora não sabia se esse nome
era verdadeiro ou não.
-Certo passou do teste de identidade, hora do próximo
teste. -Disse com um sorriso. Talvez ele seja melhor do
que eu pensei.

Na sala de treinamento eu o levei até a seção de treino


de mira:
-Vamos lá, me mostre o quão bom é sua mira.
-Certo. -Ele gaguejou.
Olhei ele mirando, apontando exatamente para o alvo e
atirou. Crash, ele acertou exatamente no meio.
-Eu treinei isso por meio de jogos de battle royale de
tiro no geral.
-Certo, agora a escalada. -Apontei para uma parede
com pedrinhas suporte para ele escalar.
-Aí droga. -Ele levantava a cabeça até o final da parede.
Uma meia hora depois ele só conseguiu escalar
algumas pedras, mas em geral muita pouca coisa, ele
nem tinha chegado à metade. Muito mal.
-Teste de resistência. -Disse pegando uma mangueira
com um jato mais potente que um gêiser e atirei nele.

[ 21 ]
AGENTE M. por Aron A. Resende

Em questão de apenas bater nele ele já estava voando


até o outro lado da sala.
Depois dele se secar e se acalmar da experiencia eu o
levei ao teste de agilidade. Que continha algumas barras e
elevações do piso. Após ele pegar uma espécie de
elevador ele subiu até o começo do percurso.
-No já você vai. -Coloquei o dedo no começo do timer.
-Já.
Ele saiu em disparada e pulou para agarrar a barra,
pegou impulso e deu um mortal no ar e agarrou na outra
barra e pulou para a próxima elevação correu por outro
lado, pulou sobre a barra e agarrou em uma barra presa
no teto e chega no final. Isso teria acontecido se ele não
tivesse ficado preso na primeira barra e ter que esperar
alguns minutos para a equipe de segurança chegar e
finalmente ajudar ele a descer.
-E você falhou no teste de agilidade e flexibilidade. -Disse
enquanto ele se recuperava do que aconteceu. -Até agora
você só passou de um único teste que era o de mira.
Receio que você não tenha capacidade para participar da
missão. -Continuei falando.
-Espera eu posso tentar alguma coisa, eu sei que tenho
capacidade para isso, eu preciso conseguir. -Ele disse em
uma velocidade tão rápida que eu até me assustei de tão
rápido que foi.
Eu comecei a pensar no que ele podia ser bom para a
missão, então eu lembrei que preciso de alguém com
conhecimento hacker para me ajudar a obter informações
Em espionagens, isso além de ser útil vai dar um grande
avanço em investigações.

[ 22 ]
AGENTE M. por Aron A. Resende

Só existia uma forma dele se mostrar realmente capaz.


Ele teria que consegui tirar um salgadinho da máquina de
salgadinhos, algo impossível até para os mais experientes
daqui.
-Certo, acho que existe algo em que você possa fazer
para passar do teste. -Disse olhando diretamente para a
máquina de salgadinhos.
-SÉRIO? Muito obrigado, muito obrigado mesmo! -Disse
enquanto me abraçava.
Ao chegar lá vimos que tinha uma pessoa arriscando a
sorte para pegar um salgadinho, ele acabou fracassando
miseravelmente tendo um pacote de dioritos preso na
mola a centímetros de cair.
-A cara foi quase dessa vez – Ele falou socando a
máquina.
-Sério que é isso que eu tenho que fazer? -Disse
olhando com um olhar determinado para a máquina -Vai
ser moleza.
-é o que veremos. -Disse rindo da sorte de quem
tentava.
-Agora é a sua vez.
Ele chegou na máquina e deu uma olhada, deus uns
murmúrios de contas e debates entre ele mesmo, eu não
estava entendendo nada. Tudo que eu escutei foi: “sendo
que todos acabam ficando presos na mola talvez algo
relacionado ao dinheiro que você usa para pagar possa
completar a volta, ou talvez o tempo que é agora.”
Ele deu uma olhada em volta, olhou pro relógio, olhou
pra maquina e digitou um dos salgadinhos, colocou uma
moeda e deixou o resto acontecer.

[ 23 ]
AGENTE M. por Aron A. Resende

Uma multidão tinha se formado em volta do menino,


todos em um silencio mortal para ver no que ia dar, cada
um mais tenso que o outro.
A mola girou, todos olharam atentamente para o
produto. A mola deu uma volta, deu duas, deu três,
ESTAVA QUASE SAINDO, mas ela parou novamente a
alguns centímetros. Um grande suspiro de decepção
rodou todos.
-Esperem um pouco -Disse o garoto olhando
diretamente para seu relógio de pulso.
Todos começaram a olhar atentamente para seus
relógios, então as exatos 24 horas, 25 minutos e 35
segundos um barulho surgiu de dentro da máquina, ela
fez um barulho como o de um robô fazendo um pequeno
movimento.
Um pequeno pedaço de plástico surgiu atrás do
salgadinho que ele escolheu, dando um pequeno
empurrão nele, fazendo aquele mesmo salgadinho cair
suavemente no chão da máquina, e aquele mesmo garoto
pegou aquele salgadinho, abriu ele e voltou-se para mim,
comeu um dos salgadinhos e disse:
-Que horas nos começamos o caso?

[ 24 ]
AGENTE M. por Aron A. Resende

Oeste está em nossa mira

Após entrarmos na sala de nosso chefe com uma legião


de pessoas gritando pelo Menino. Tinha até uma briga lá
no fundo sobre qual era seu verdadeiro nome, isso eu
fiquei intrigado, mas em geral eu não tinha nenhum lado
em especifico, afinal, eu também não sabia.
-Eu acho que ele se provou útil, não é mesmo? -Disse
meu chefe rindo da minha cara.
-Sim ele passou... -Disse com muito desconforto.
-Foi fácil como hackear um PC. -Disse o menino
cruzando os braços de orgulho.
-Vai, não vai ser tão ruim, você também já foi assim.
-Ele falou com muito esforço para não rir de minha cara.
-Foi simples, era tudo uma questão do espaço. -Disse
dando uma volta com seu dedo- Se você compara a nossa
agencia, ela se assemelha com um Y meio deformado,
isso porque seus traços representam uma parte do
relógio, a parte menor é as horas, a maior é os segundos
e a media são os minutos. Comparando o tempo
programado na máquina, ela estava 5 minutos adiantado
em relação ao de nossos relógios de pulso. -Então
comparando o formato do Y dava exatamente meia noite
e vinte e cinco, no relógio da máquina nesse exato
momento você devia fazer a compra, ao fazer essa
compra, ela vai estar programada a mexer uma barrinha
de plástico empurra ela nas exatas meia noite e vinte e
cinco do relógio de pulso.

[ 25 ]
AGENTE M. por Aron A. Resende

-Certo. -Disse surpreso com o jeito dele ter pensado


nessa forma- enfim vamos desenvolver isso, o que
aconteceu em geral?
-Enfim. -Ele parou de segurar a risada e começou a falar
seriamente- Recentemente nossa equipe encontrou um
caminhão tombado.
-Grande coisa isso sempre acontece.
-Porem esse caminhão era um caminhão forte, que
possuía o equivalente a um bilhão de dólares, estava em
direção ao Texas, e foi encontrado no novo México. Ele
continha diversas notas. Mas após uma análise, foi
descoberto que essas notas eram falsas. Vejam aqui. -Ele
apontou para duas notas de um dólar na mesa.
-Como pode ver são duas notas iguaizinhas, mesmo
material, mesma forma, mesmo basicamente tudo. Porem
se você pegar a nota da direita e colocar em frente a uma
luz. -Ele pegou uma lanterna que estava em sua mesa e
acendeu ela na nota. -Você consegue perceber que você
consegue ver um reflexo do outro lado da nota quase
perfeitamente. -Ele colocou a nota de volta na mesa e
pegou a outra e fez a mesma coisa. -Como pode ver,
diferente da nota original, essa não conseguia ter um
efeito comparado ao da outra nota, ficando muito claro e
difícil de se ver.
-Então você quer que nós investiguemos esse caso de
notas de banco falsificadas? -Disse achando isso meio
estranho e fácil demais.
-Sim, infelizmente não conseguimos encontrar muitas
informações, o caminhão estava altamente danificado, seu
GPS embutido trincado com sua placa quebrada, além de

[ 26 ]
AGENTE M. por Aron A. Resende

que a placa da frente e de trás ficaram manchadas,


amassadas e quebradas.
-Ok, sabe sobre mais algum caminhão que caiu dessa
mesma forma? -Disse o garoto enquanto mordia seu
dedo.
-Sim, foram encontrados outros nesses locais. -Ele
clicou em sua mesa e criou um holograma dos estados
unidos.
-Eles estão aqui e aqui e aqui. -Ele disse clicando nos
estados de: Oregon, California, Novo México e Montana.
-Certo. -Disse eu e meu “parceiro”.
-Conto com vocês detetives.

Passou-se um dia, estávamos pegando um jatinho para


o Novo México, o lugar onde teve o caso mais recente.
Todos os casos ocorreram na região Oeste dos Estados
Unidos, sendo assim, temos já a região onde pode estar
essa fábrica de dinheiro falso.
Antes de entrar no avião, eu tinha explicado a Marcy
que vou ficar um tempo fora para fazer essa missão.
O jatinho era bem confortável, era de teto branco, com
paredes de couro bege e detalhes brancos. Além de que
contem cadeiras de couro vermelho com porta copos. E a
cada cadeira, tinha uma mesa branca com vidro azul em
cima, com uma conexão USB para conectar notebook,
celular, jogos, tudo, ao colocar, além de carregar o
dispositivo, também cria um holograma que você pode
tocar e interagir com o aparelho por lá.

[ 27 ]
AGENTE M. por Aron A. Resende

-Bom, vamos ficar umas 5 horas aqui né?


-Receio que sim.
Ajeitei meu terno que sempre uso para missões, meu
parceiro usava um jeans com uma camisa amarela um
casaco vermelho e carregava também, uma mochila na
qual ele levava um mini laboratório de acordo com ele.
-Bem, vou começar a criar um dispositivo, eu acho que
ele pode ser bem útil nessa nossa missão.
-E eu poderia saber o que é? -Olhei para ele dá outra
fileira de cadeiras.
-Não quero falar, é uma surpresa para quando tudo
estiver se acabando ao nosso redor.
Ele tirou um objeto circular da mochila, cabia na palma
da mão, ele tirou um óculo, um alicate e começou a
mexer em um sistema de fiações. Eu ainda estava
inconformado em relação ao nome dele, então eu
perguntei.
-Afinal, qual seu nome?
-A identidade de um agente é muito importante para o
sigilo de uma missão.
Essa resposta foi como tomar uma facada, de um garoto
20 anos mais novo que você.
-Mas pode me chamar de Cyber, meu codinome. -Ele
disse olhando para mim. -Agora fique mais quieto, uma
alteração em falso pode causar algo horrível.
-E o que exatamente seria esse algo horrível?
-Nada de mais, apenas uma explosão sônica quebrando
até vidros considerados indestrutíveis, e se auto explodir,
criando uma cratera no raio de 500 metros.
Eu olhei para ele e sem falar eu já transmiti a
mensagem. Não ouse fazer isso.

[ 28 ]
AGENTE M. por Aron A. Resende

-Mas, eu já fiz isso tudo antes de começar a missão.


Essa máquina agora só causa uma explosão pequena.
Caso eu erre.
-Ufa. -Respirei aliviado.

O avião decolou, ele funcionava de forma automática,


sendo assim não precisava de piloto.
Quando o avião se estabilizou no ar, eu conectei meu
celular a mesa, e em seguida, subiu um grande
holograma na minha frente, e eu comecei a abrir alguns
arquivos, ler relatórios, e outras coisas.
Eu olhei pro lado, e Cyber estava usando seu alicate, e
mexeu em um fio, e a maquina apitou, ela começou a
fazer um barulho de alarme.
-Aconselho você a se esconder. -Ele pulou para a cadeira
atrás da dele.
Eu fiz o mesmo, primeiro peguei meu celular, e pulei
para a cadeira de trás. E eu escutei um Bip, Bip, Bip. E
bum, a maquina se auto destruiu, o banco inteiro, a mesa,
o chão, parede e teto do avião naquela parte, mudaram
de cor para preto, e o avião balançou todo, mas
rapidamente se estabilizou novamente no ar.
-Ufa, ainda bem que eu tenho um reserva.
Eu simplesmente olhei para ele e disse.
-Não ouse testar essa máquina de novo!

Finalmente tínhamos chegado ao aeroporto internacional


Sunport, e dentro do jatinho, tinha um Fiat 500, na qual
usamos para não chamar muita atenção, andamos com o

[ 29 ]
AGENTE M. por Aron A. Resende

carro dentro da cidade, até finalmente chegarmos onde


ocorreu o possível acidente.
Era uma ladeira, para a direita uma ladeira, e pra
esquerda um morro, que tinha um espaço onde seria
possível colocar o carro. Estacionamos o carro no espaço
que tinha entre o morro e a pista. E fomos para a ladeira,
onde estava o carro forte.
Descemos a ladeira com cuidado, porem Cyber tropeçou
e caiu de cara no chão, depois dele levantar começamos a
investigar, o carro estava em um vão entre uma floresta e
a ladeira, ele estava tombado para a esquerda, e pelo
visto ia em direção a cidade, mas caiu, ainda tinha
algumas notas presas ao carro forte. Olhei para Cyber e
disse.
-Você olha o lado de fora, e eu olho o lado de dentro,
Ok.
-Ok
Subi no carro-forte e entrei pela porta do passageiro,
estava tudo quebrado, o vidro estava estourado e as
cadeiras quebradas, abri o porta luvas com esperança de
encontrar alguma coisa, encontrei coisas básicas, como
papel higiênico, lenços humedecidos e alguns salgadinhos.
Continuei procurando, olhei em todos os locais onde pode
se colocar coisas, e felizmente eu achei uma carteira, e lá
tinha informações do motorista, Jack Williams, tinha 32
anos, e nasceu na floria, Los Angeles. Já teve algumas
passagens na polícia.
Ao longe, Cyber gritou para chamar minha atenção.
-Ei.
-O que?
-Vem cá, você tem que ver isso.

[ 30 ]
AGENTE M. por Aron A. Resende

Sai da parte do motorista e pulei do carro-forte. Ele


estava quase dentro da floreta, encarando o chão.
-O que foi?
-Olha isso. -Ele apontou pro chão. -São marcas de pneu,
isso indica que algo entrou aqui, além de que essas
marcas são recentes, e não tem um caminho que faz
parte da estrada, o que indica que alguém entrou aqui.
-Verdade, temos que investigar isso.
-Vamos.
Entramos na floresta, ela não era muito densa, e tinha
uma fácil passagem que seguia reto com os rastros de
pneu, porém, era muito fechado na parte superior, era
quase impossível ver o céu. Seguimos retos por um longo
trajeto, até os rastros pararem de repente.
-Como assim?
-Espere, me deixe pensar...
Ele ficou parado por um curto tempo, e pegou uma
pedra, e jogou em direção em que estava os rastros, mas
ao invés de continuar indo, a pedra bateu em algo e caiu.
-Temos que sair desse lugar, me segue.
Segui ele, entramos na floresta e nos escondemos nas
moitas, e ele ficou parado olhando para onde os rastros
terminavam, e ficou ali por um tempo, então de lá se
abriu uma porta, onde dois guardas com roupa aprova de
balas saiu, eles olharam em volta, e saíram.
-Como eu pensei. -Cochichou Cyber. -Isso é uma doma,
por fora ela é pintada de forma que ninguém perceba que
tem algo lá dentro. Temos que descobrir a entrada.
-Tenho que admitir, eu subestimei você, talvez você não
seja tão ruim como eu pensava.

[ 31 ]
AGENTE M. por Aron A. Resende

Ele olhou com cara de garoto quando a mãe da o


presente que ele sempre desejou, eu realmente comecei a
pensar no porque eu fiz isso, e tive que arcar com as
consequências de ter um garoto de 21 me olhando com a
cara mais feliz do mundo, o que é bem desconfortável, vai
por mim.
Ele estava olhando para cima, então pegou de dentro da
roupa um pequeno disco, e da mochila um óculo de
realidade virtual e um manete de PlayStation. Colocou os
óculos e ligou o disco, que saiu quatro garrinhas e uma
luzinha vermelha.
-Esse é meu pequeno drone, eu posso controlar ele até
mesmo a dois quilômetros de distância por esse controle
de PlayStation que eu modifiquei e esse óculos de
realidade virtual que eu também modifiquei.
Ele tirou outros óculos e me entregou, eu o coloquei em
minha cabeça e de lá eu consegui ver a visão do drone.
O Cyber pegou o drone e ativou a habilidade de voar, as
quatro garrinhas se viraram para cima e começaram a
girar, e começou a voar.
-Vamos lá.
Ele fez o drone voar para cima, subindo para cima do
domo, ao voar, nós achamos uma abertura no topo do
domo, o drone entrou por ele e desceu, dentro do domo,
tinha uma grande casa dentro, ela era branca, moderna,
com vidros pretos, e ao redor estava alguns guardas
monitorando o local, eu não olhei mas senti que ele
estava engolindo o seco, por algum motivo.
O rastro continuava dentro do domo, e seguia até uma
garagem que felizmente estava aberta, mas para entrar
teríamos que tomar muito cuidado.

[ 32 ]
AGENTE M. por Aron A. Resende

Tinha algumas caixas do lado de fora, elas tinham algo


escrito, mas daquela distancia não dava para ler.
-Ei, aumenta minha imagem naquela caixa por favor,
acho que eu vi algo estranho lá.
Ele aumentou a imagem, estava vendo claramente
agora, estava caixa escrito: “LvM, Las Vegas Moneys” Isso
indicava tudo, esse suposto banco ficava em Las Vegas.
-Eu vou fazer uma coisa arriscada. -Ele acessou as
configurações de funções. -Você confia em mim?
-Confio.
Ele ativou uma função de áudio super alto, que fez um
som de alarme de incêndio. Rapidamente várias pessoas
com jalecos brancos começaram a sair. Deviam ser
cientistas, mas o que faziam naquele lugar.
Eles corriam desesperadamente para fora achando que
realmente estava pegando fogo naquele lugar,
aproveitamos a chance e entramos com o drone dentro
daquela garagem.

[ 33 ]
AGENTE M. por Aron A. Resende

Uma situação complicada.

Entramos dentro da garagem, e ela descia até um


subsolo da casa, descemos com o drone sem ser
percebido pelos cientistas que corriam em alta velocidade,
trombando uns nos outros e tropeçando a cada segundo.
Se eu não estivesse sério naquela situação eu
provavelmente estaria rindo daquilo.
Após um curto tempo descendo, nós chegamos a um
laboratório subterrâneo, ele era todo branco, na parede
com partes elevadas com Led azul claro dentro.
Continuamos seguindo pelo corredor, até chegarmos em
uma sala circular que dava passagem para outros
corredores, e lá dentro tinha um grande monitor.
-Deve ser o monitor principal, onde colocam
informações do que eles fazem.
-Uma boa hipótese, esse drone tem uma forma de
pegar informações?
-Claro, ele consegue criar uma copia das informações,
vamos lá.
Ele guiou o drone até a entrada, USB, em seguida ele
ativou a opção de conector, e se conectou ao
computador. E rapidamente, o drone pegou todas as
informações daquele lugar.
-Certo, agora temos que tirar o drone daquele lugar.

[ 34 ]
AGENTE M. por Aron A. Resende

Ele virou o drone e começou a sair pelo mesmo lugar por


onde entramos, mas infelizmente escutamos algo não
muito agradável.
-O que é aquilo ali?
Alguém tinha encontrado o drone, Cyber acelerou o mais
rápido possível com o drone, enquanto eu fiscalizava o
que acontecia, estávamos sendo atacados, os guardas e
cientistas tentavam pegar o drone como pegam
mosquitos. E eles não estavam longe de acertar, a cada
batida de palma perto do drone, um impulso ele tomava.
E quando estávamos quase saindo, alguém consegui
acertar a assa do drone. E ele começou a cair.
-Não. -Cyber rapidamente ativou a opção de enviar, e
enviou todos os dados para o celular dele em um piscar
de olhos.
Quando o drone finalmente caiu, ele ainda funcionava
um pouco, então Cyber ligou o microfone do drone e
disse.
-Ativar auto destruição do sono.
O drone começou a apitar, e então ele se explodiu, e a
câmera desligou.
Eu tirei o Óculos e olhei pra cima, uma fumaça saia de
dentro do domo, e era verde, a auto destruição tinha
soltado uma quantidade gigantesca de fumaça, que
infestou todo o domo, fazendo todos que estavam dentro
dormissem.
-Certo, nós temos as informações, vamos fugir agora.
-Cyber começou a correr mais rápido do que no dia do
teste.
Eu fui junto, corremos bem rápido de volta para o carro,
seguimos a pequena trilha formada pelas marcas, e nem

[ 35 ]
AGENTE M. por Aron A. Resende

notamos os animais a nossa volta. O soro era de curto


tempo, e em menos de 10 minutos ia acabar o efeito,
fazendo todos acordarem.
Estávamos quase chegando no carro, quando escutamos
algo estranho, era o barulho de um helicóptero,
aceleramos o passo.
Ao sair da floresta, vimos que o carro-forte estava sendo
levado por um helicóptero, era um helicóptero azul com
detalhes cinza, e tinha quatro hélices, e o carro realmente
seria levado se ele não tivesse percebido eu e Cyber.
Ele levantou para cima, e virou para nossa direção, e de
baixo do avião, saiu duas metralhadoras de dentro dela. A
primeira coisa que eu e Cyber fizemos foi olhar um pro
outro e dizer a mesma coisa.
-Corre!!!
Sem pensar duas vezes nos corremos em direção a
floresta, enquanto um helicóptero passava, nós corríamos
tão rápido que eu achei que estava andando na
velocidade da luz, estava passando por moitas, pedras,
arvores, tudo, a adrenalina tinha tomado conta de mim e
eu já estava sem controle de onde estava indo.
Eu só ia desviando do máximo possível de balas, até que
uma passou raspando pela minha perna, eu cai e agora
estava muito exposto, então eu corri para a pedra mais
próxima e me protegi ali, estava tampando o ferimento
para não sair muito sangue, por mais pequeno que fosse
o ferimento.
Eu olhei pro lado, e lá estava Cyber, escondido em outra
pedra lá perto, estava apavorado, todo cheio de
arranhões e com as roupas rasgadas, talvez o caminho

[ 36 ]
AGENTE M. por Aron A. Resende

que ele pegou tivesse muitas coisas que pudessem


arranhar ele.
Quando ele notou que eu estava lá, ele me olhou com a
maior cara de pavor do mundo e fez sinais com a mão
para ir até ele.
-Não olha para trás. -Cochichou enquanto fazia sinais
para eu chegar perto dele.
Eu olhei para trás, e lá estava, um urso andando atrás
de mim. Eu entrei em desespero e comecei a correr
ignorando o ferimento da perna. O urso notou nossa
presença e começou a vir em nossa direção com muita
raiva e agressividade, estávamos em desvantagem, em
uma completa mistura de desespero e adrenalina.
A situação não estava nada boa, tínhamos um urso
vindo atrás da gente, e um helicóptero atirando na gente
também.
-Temos que entrar no carro. -Ele disse correndo pela
mata.
-Por que?
-Lembra daquela maquina, ela um dispositivo de PEM
(Pulso Eletro Magnético), mas tenho que fazer isso dentro
do carro para ele não se desligar com o pulso.
-Certo, eu distraio e você liga a máquina.
-Ok
Ele foi para a direção do carro, agora era só sobreviver.
Continuei correndo por um tempo, eu escutava o urso
gritando muito, as hélices do helicóptero e também a
metralhadora. A situação estava muito tranquila.
Continuei correndo pela floresta, até eu sair dela, indo
parar diretamente no vão entre a floresta e o barranco. E

[ 37 ]
AGENTE M. por Aron A. Resende

lá estava o Cyber tentando abrir a porta, mas estava


trancada.
Eu tirei a chaves do bolso e gritei com a maior força
possível.
-Pega!!!
Joguei a chave, na direção de Cyber, ele olhou para a
chave e quando chegou perto o suficiente dele, ele
agarrou a chave. Abriu a porta e se sentou no banco.
Eu me virei para a floresta, e eu vi o urso em pé, com os
braços aberto, indo me dar um abraço, com 0% de
chance de eu ter uma fratura na coluna. E o Helicóptero,
que tinha parado de atirar para esfriar a metralhadora.
Aquele era possivelmente meu fim, estava com duas
formas fáceis de morrer, agora só esperar o pior
acontecer.
Até que eu escutei um pequeno barulho de explosão, e
em seguida algo passando por mim, mas eu não
conseguia ver, era invisível, mas possível de sentir, e em
seguida o Helicóptero desligou e caiu causando uma
explosão e fazendo a floresta começar a pegar fogo, o
urso se assustou com a queda do helicóptero e fugiu. Eu
olhei para cima do barranco e vi Cyber saindo do carro
muito feliz e gritando.
-Funcionou, não acredito que realmente funcionou.
Entramos dentro do carro que não foi afetado pelo PEM,
e começamos a rir de nervoso, aquela situação foi muito
estranha, ele me entregou o celular para investigarmos,
ligamos para o corpo de bombeiros para resolverem a
situação em relação ao fogo, e voltamos para o Jatinho.

[ 38 ]
AGENTE M. por Aron A. Resende

Velhos inimigos
No jatinho, antes de decolar, conectamos o celular na
mesa, projetando um holograma interativo na nossa
frente, passamos pelos aplicativos dele, e acessamos
arquivos, fomos em recentes e tinha a pasta com todas as
informações do suposto banco.
-Ele já é programado para separa em categorias todas
as informações, o que nos dá uma acessibilidade maior.
Dentro da pasta existia outras diferentes, uma de
informações de trabalhadores, outra de arquivos pessoais,
dados do banco, relatórios, entre outros.
-Ali. -Cliquei em um que falava sobre o laboratório.
“Relatório de tutorial, laboratório do novo México, usado
para pesquisas de como deixar o dinheiro naquele tom,
usado também como moradia da chefe e seu filho, na
qual o nome dos dois não pode ser apresentado.”
Cyber olhou meio desanimado para aquilo, achei
estranho, mas tinha coisas mais importantes para fazer.
Sai da pasta e entrei em outra de relatórios recente.
-Aqui, relatório dia 17 de março de 2022.
Cliquei no relatório. “Relatório de 17 de março de 2022,
local, novo México casa da chefe, horário 10 horas e 50
minutos. Nosso caminho de Las Vegas até aqui foi

[ 39 ]
AGENTE M. por Aron A. Resende

interrompido por um pedido de última hora pedindo para


nós abandonarmos o carro, fizemos o que foi pedido,
deixando o carro tombado em uma ladeira, e um carrinho
do domo veio buscar a gente. Levando direto ao domo.”
Então foi de última hora aquilo, mas por quê?
-Vamos abrir a pasta de agentes.
Fechei a pasta e abri os agentes.
Eram muitos nomes e pessoas diferentes, Henry, Calvin,
Samantha, entre vários outros, mas um em especial me
chamou a atenção, Dave Wallchester. E isso podia nós dar
uma grande vantagem na investigação. Continuamos
procurando por mais pistas, mas nos deparamos com uma
diferente, não tinha imagem e o nome era chefe.
-Deve ser a pessoa por trás disso tudo. Vamos ver
quem é e essa investigação já pode quase ser declarada
encerrada. -Cliquei na pessoa, com esperança de
conseguir alguma coisa.
Grande erro, aquilo era um programa de auto
destruição de arquivos, e todos os arquivos começaram a
se corromper e se excluírem.
-Não, não, não. -Gritei.
Mas já era tarde, todos os arquivos do banco foram
apagados, não sobrou nada.
-Bom, só nos resta uma coisa a fazer. -Ativei o jatinho
que começou a voar. -Temos que fazer uma visitinha a
um conhecido.

De volta a Orlando, estávamos no aeroporto, tudo era


normal lá, turistas passando, trabalhadores correndo pelo
estabelecimento.

[ 40 ]
AGENTE M. por Aron A. Resende

-Por que temos que ficar aqui? Eu não gosto muito de


estar em lugares com muita gente. -Ele estava nervoso
com a situação.
-Relaxa, pode ficar tranquilo, apenas me siga.
-Continuei andando pelas fileiras de cadeira, já era tarde e
todos estavam cansados, dava para ver na cara.
Andamos até chegarmos no banheiro, entrei com Cyber
atrás, estava surpreendentemente vazio, o que era algo
difícil. Mas era disso que precisávamos.
-Por aqui. -Continuei no banheiro, até chegar em um
espelho um pouco danificado no lado.
O espelho estava quebrado, mas quebrado
especialmente de forma estratégica, coloquei meu dedo
por cima do pedaço quebrado, e uma luz azul saiu dos
cacos, após passar por todo meu dedo, ela ficou verde, e
os cacos cresceram e se abriram, revelando uma
passagem para dento da parede.
-Quer ir primeiro? -Preguntei.
-Que legal. -Ele entrou para o corredor.
Após entrarmos a parede voltou ao lugar, até parecia a
parede para o beco diagonal em Harry Potter, mas isso
era tudo nanotecnologia. O corredor era inteiramente
branco com Led verde do lado, um design futurista e
bonito.
Seguindo o corredor chegamos a outra parte do
aeroporto, uma parte especial para agentes em missões
aéreas, estava rodeado de pessoas, ele tinha dois
andares, as escadas ficavam na parede da direita, que
levava a outro compartimento especializado nos
experimentos de resistência de pilotos e aviões. O andar

[ 41 ]
AGENTE M. por Aron A. Resende

de baixo era especializado em pilotos para ajudar agentes


em missões.
E no meio das escadas estava um grande brasão de um
globo azul com um U.C.S.A. estampado.
Andando um pouco encontrei William.
-Olá sumido, achei que tinha se aposentado. -Ele disse.
-Esse era o plano principal, mas tivemos um pequeno
imprevisto.
-Oi. -Disse Cyber.
-Olha, você não é o garoto que conseguiu pegar um
salgadinho daquela máquina? -Ele apontou para o Cyber.
-Bem, foi eu sim. -Gaguejou Cyber
-Parabéns garoto. -Disse William. -Pode me chamar de
Will.
-Ei, nos temos um problema, e precisamos de sua ajuda.
-Falei antes que algo atrapalhasse ainda mais.
-Claro, do que precisa?
-Precisamos que você nos leve até a mansão
Wallchester. -Respondi
-Certo, mas não vai dar para ser com a Falcon dessa
vez.
-O que aconteceu com ela?
-Ela está em concerto. -Respondeu triste.
-Mas tem outro na qual podemos usar?
-Claro, tem o helicóptero novo caso queiram.
-Perfeito.

No meio da madrugada, nós pegamos o Helicóptero e


retornamos a mansão Wallchester. A grande construção

[ 42 ]
AGENTE M. por Aron A. Resende

de três andares na superfície e cinco no subterrâneo. Era


elegante até, mas não era nem um pouco boa.
Estávamos a 300 metros acima da mansão, tínhamos
que pular rápido para não terem muitas suspeitas.
Estávamos usando uma roupa preta com planadores
embutidos para quando chegarmos.
-Está pronto Cyber? -Perguntei.
-Aí, é que eu nunca pulei de uma altura tão alta.
Ele olhava nervoso para baixo.
-Qual carro vai querer dessa vez Mike?
-Dessa vez eu vou querer o Hennesey Venon F5, e
dessa vez sem quebrar ele inteiro, deixe ele a uma quadra
da mansão.
-Certo. -Ele começou a digitar as coordenadas no tablet
embutido com o helicóptero.
-Eu ganho carro também? -Perguntou Cyber.
-Não. -Respondi.
-Ah...
-Vamos lá Mike, deixa o garoto curtir.
-Está bem. -Resmunguei um pouco.
-Vamos lá garoto o que você tem em mente.
-Perguntou
-Uma Kawasaki J3 Wheeler. -Disse empolgado.
-Olha temos uma em estoque. -Ele clicou no tablet para
enviar a moto. -Só, não a quebre como o Mike fez com a
Lamborghini Veneno.
-Pode deixar.
-Estamos chegando, pulem agora e abram o planador.
Fizemos isso, pulamos do helicóptero a uma altura de
aproximadamente 300 metros. Na metade do caminho

[ 43 ]
AGENTE M. por Aron A. Resende

abrimos os planadores que estavam inclusos no nosso


traje, e planamos sobre a mansão.
-Cyber, vamos aterrizar no quintal, lá está mais vazio, e
eles reforçaram a segurança no telhado. -Falei por um
rádio dentro da roupa.
-Ei está vendo os guardas? Eles estão na porta, vamos
descer com tudo para cima deles.
-Uma boa ideia. Vamos tentar.
Quando já estávamos no equivalente ao terceiro andar
da casa, nos descemos com tudo em direção aos guardas
no quintal, e demos um chutão tão forte neles que eles
desmaiaram, aproveitamos e pegamos as armas que eles
usavam, mesmo sendo de bala de borracha.
-Tenham bons sonhos. -Disse abrindo a porta para a
cozinha e entrando adentro da mansão.
O quintal levava direto para a cozinha, era muito
espaçosa, era branca, tinha um grande lustre no topo,
com uma grande mesa preta com acentos de couro
branco, e uma grande área para fazer a comida.
-Por aqui. -Caminhei até a porta.
Abri a porta, o corredor estava vazio, ele era vermelho
com piso de madeira dessa vez, lustres no teto e quadros
de família.
A escada para o segundo andar estava ali perto,
continuamos o caminho, a tenção deixava o lugar
abafado, era desconfortável, eu sempre entrava pelos
dutos, e até era mais confortável do que lá, aqui eu
estava muito exposto.
Chegamos na escada, ela era amarela com um carpete
vermelho felpudo. Subimos ela, mas dessa vez tínhamos

[ 44 ]
AGENTE M. por Aron A. Resende

alguns guardas de olho no local, e usavam armas com


balas de borracha.
-É o seguinte, mira no pescoço para desmaiar eles.
-Cochichei para Cyber.
-Certo. -Cochichou de volta.
-No três. -Olhei para os guardas de costas. -Um, dois.
-Corri para cima dos guardas. -TRÊS.
Eles não tiveram tempo para reagir, começamos a atirar
freneticamente para os pescoços deles, porém não
contávamos com o fato dás balas não saírem de forma
silenciosa, fazendo barulhos que todo o corredor poderia
ouvir, e de longe já conseguíamos ouvir.
-Está certo, plano B. -Corri para a entrada de ventilação
mais próxima possível e a abri. -Entra rápido.
Ele veio correndo e entrou na ventilação, eu fui junto, e
fechei a tampa, e do lado de fora era possível ver todo um
batalhão de guardas passando pelo corredor na direção
dos tiros.
-Me diga que você tem decorado todo o sistema de
tubulação dessa mansão. -Ele perguntou baixinho.
-Infelizmente não garoto, Infelizmente.
-Ok, mas eu acho que tenho uma solução. -Ele tirou um
pequeno disco de dentro da roupa preta. -Esse é um robô
que eu estou testando, ele envia frequências sonoras de
forma que ele consiga identificar todo o espaço.
-O que? -Eu não entendi absolutamente nada daquilo.
-Apenas observe.
Ele soltou o disco, que soltou um pequeno ruído que
percorreu todo o duto. Então ele olhou no mini tablet
embutido no disco e olhou para ele.
-Por aqui. -Ele começou a andar pela tubulação.

[ 45 ]
AGENTE M. por Aron A. Resende

Andamos um pouco, subimos pela tubulação e


chegamos ao terceiro andar, mas esse porem já tinha um
nível de proteção bem maior que os outros, tendo seus
soldados com armas de verdades e com proteção ante
balas por praticamente todo o corpo.
-O escritório do Dave deve ser por aqui, eu sinto isso.
-Cochichei.
Ele checou o disco de novo e andou pela tubulação.
-Aqui.
Era um caminho sem saída, mas tinha um duto para o
corredor, que dava para uma porta de madeira carvalho
com os lados folheados a ouro, com dois guardas
fortemente armados, estávamos no teto do corredor.
-Algum plano? -Ele perguntou.
-Sim. -Peguei da minha roupa um pequeno frasco de
vidro com uma fumaça dentro.
Abri o frasco e rapidamente o joguei no corredor,
soltando uma fumaça verde, que ao entrar em contato
direto com os soldados, fez eles adormecerem facilmente.
Descemos a tubulação com cuidado, para não fazer
barulho, trocamos as armas de borracha pelas de
verdade.
-Está na hora. -Fiquei de frente para a porta.
Abri ela, e eu e Cyber entramos já mirando para um
carinha no lugar onde devia estar Dave.
-Cadê o Dave. -Gritei.
-Nunca vou falar.
Ele ficou prestes a apertar um botão vermelho de
emergência. Mas Cyber foi mais rápido, ficando agachado
e atirando no botão de lado, quebrando-o inteiro.

[ 46 ]
AGENTE M. por Aron A. Resende

-Agora você vai falar, por bem ou por mal. -Apontei a


arma.
-Jamais. -Ele se escondeu atrás da cadeira.
-Vejo que terei que apelar. -Peguei um outro frasco na
minha roupa. -Soro da verdade. -Joguei o frasco no chão.
Ele respirou a fumaça que saiu do frasco.
-Agora nos diga, onde está o Dave. -Berrou Cyber.
-Ele está no hotel de Marina Bay Sands, em Singapura.
-Ele respondeu relutantemente.
-Agora me responda foi difícil responder? -Perguntei
para provocar.
-Não -Ele gaguejou.
-Beleza, próxima parada Singapura, vem Cyber. -Andei
até a janela e dei um chutão, a quebrando inteiramente.
-Obrigado pela sua atenção.
Pulamos pela janela e abrimos nossos planadores, e
fomos planando pela mansão, aproveitamos o fato de que
a mansão fica em um pequeno morro, e planamos com
mais facilidade até chegarmos ao local combinado de
deixar os carros e fomos em bora.

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AGENTE M. por Aron A. Resende

Eu dou a maior sorte de todas.


Estávamos exaustos, não dormíamos a muito tempo,
então nós decidimos dormir aquele dia e continuar a
investigação no próximo.
De manhã, nós nos encontramos no aeroporto para
agentes de novo, e dessa vez pegamos um jato especial,
um jato que ia a três mil quilômetros por hora, de forma
que em menos de 5 horas já estaríamos em Singapura.
O jato tinha piloto automático e um dispositivo que
permite você mudar o tipo de controle, podendo ser o de
avião típico, ou até por um teclado e mouse
No jato, eu estava organizando algumas ideias, para o
que fazer nesse momento.

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