O Ensino Religioso como apresentado na escrita curricular envolve
realidades diversas e por isso mesmo os crentes e não crentes, ou seja, partindo-se do princípio da antropologia da religião consideramos aspectos distintos e diversos das crianças e adolescentes que povoam nossas instituições de Ensino – também unidades de acolhimento, é verdade, mas optamos por tal denominação em consonância com os marcos legais.
Lemos o seguinte: “A escola, nestes casos, incorre o risco de ter, como
sua responsabilidade, o papel fundamental de ser a “mão” que irá...” Temos deixado claro no currículo que não cabe à Escola esta função. Caso assim se concretizasse o Ensino religioso estaria ferindo os fundamentos básicos do modelo de Ensino Religioso que defendemos, sugerimos e que dialoga com os dados legais.
Tratando-se da não autorização das escolas em realizar atividades de
cunho religioso precisa-se especificar melhor quais tipos de atividades são estas, pois é possível a realização de atividades que envolvam uma participação interreligiosa e intercultural sem que venham a ferir a laicidade que permeia o Ensino Religioso, neste caso, atividades de cunho religioso- pedagógico, desde que estejam consonantes com o proposto dentro da dimensão curricular.
Por fim, de fato como percebido no parecer, o Ensino Religioso se dá em
perspectiva de acolhimento, em olhar inclusivo. E, salientar, que o ensino aqui tratado se denomina Ensino Religioso e não educação religiosa como apontado no texto, afinal, não educamos para as religiões.