Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Isso significa que, para um número quântico principal n, o número quântico secundário será l =
n - 1.
3. Número quântico magnético (m ou ml): Refere-se à orientação dos orbitais no espaço.
O orbital do tipo s possui forma esférica e, portanto, só há uma orientação possível para ele.
Desse modo, só haverá um valor possível para o número quântico magnético, que será igual a
0:
Representação do orbital s
Em relação ao subnível do tipo p, conforme a figura abaixo indica, existem três orientações
espaciais possíveis, porque ele apresenta-se na forma de um duplo ovoide. Então, para o
subnível p, há três números magnéticos possíveis, -1, 0, +1, que são representados por três
quadradinhos:
Representação dos orbitais p
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
Já o subnível d possui cinco orientações espaciais possíveis, sendo que o número magnético
pode apresentar os seguintes valores: -2, -1, 0, +1, +2:
Por fim, o subnível f possui sete orientações espaciais possíveis, sendo que o número
magnético pode apresentar os seguintes valores: -3, -2, -1, 0, +1, +2, +3:
Esses orbitais costumam ser representados de acordo com um diagrama energético, como o
mostrado a seguir, em que cada “escada” corresponde ao nível e cada “degral” corresponde ao
subnível.
É por isso que cada orbital possui no máximo dois elétrons com spins opostos, que são
simbolizados por setas. Isso é dito pelo Princípio da Exclusão de Pauli.
Por convenção, adotamos o seguinte: a seta para cima corresponde a m s= -1/2, e a seta para
baixo corresponde a ms= +1/2.
ms = -1/2 ou +1/2
ms = ↑ ou ↓
Segundo a Regra de Hund ou Regra de máxima multiplicidade, o preenchimento dos
orbitais de um subnível deve ser feito de uma forma que contenha o maior número possível de
elétrons desemparelhados (isolados). Por isso, temos que preencher primeiro os orbitais
(quadradinhos), colocando somente as setas para cima, e depois voltamos preenchendo as
setas para baixo.
Vejamos um exemplo:
Indique os quatro números quânticos para o elétron mais energético do Cobre (Z = 29):
Resolução:
Primeiro realizamos a distribuição eletrônica no Diagrama de Pauling dos 29 elétrons do cobre:
Veja que o subnível mais energético é o último a ser preenchido, ou seja, o 3d9.
A última seta a ser preenchida, que é o elétron mais energético, ficou no +1, então, o valor do
número quântico magnético é: ml = +1.
*Visto que a seta está para baixo, por convenção, adotamos que o número quântico spin
é: ms = +1/2.
A fórmula percentual ou centesimal, como o próprio nome diz, é aquela que indica a porcentagem
(%) de cada elemento presente na substância, ou seja, a massa de cada elemento químico em 100
partes de massa da substância.
Por exemplo, se temos a fórmula percentual C75%H25%, quer dizer que em 100 gramas dessa
substância há 75 g de carbono e 25 g de hidrogênio.
É possível estabelecer essa relação de proporção de massa porque isso se baseia na lei das
proporções constantes vista no texto “A lei das proporções constantes de Proust”. Ela diz que as
massas das substâncias que reagem em uma determinada reação e as massas das
substâncias que são produzidas sempre se encontram em uma proporção fixa e constante, o
que nos leva a concluir que toda substância pura contém uma proporção fixa de elementos,
que é independente da massa da amostra (é uma propriedade intensiva).
Muitas vezes, nos laboratórios, os químicos não sabem qual é a composição de certa
substância, por isso é necessário analisá-la por meio de algumas técnicas, como a análise de
combustão, para descobrir a massa de cada elemento constituinte. Com esses valores em mão
e sabendo a massa total da amostra, é fácil descobrir a fórmula percentual ou centesimal.
Isso pode ser feito de duas formas, e a primeira delas é simplesmente aplicar uma regra de três
básica. Por exemplo, uma análise de uma amostra de 3,16 g de determinada substância desconhecida
revelou que ela possui 2,46 g de carbono, 0,373g de hidrogênio e 0,329 g de oxigênio. Qual é a fórmula
centesimal dessa substância?
Através de regras de três, temos:
% de C: % de H: % de O:
3,16 g ----- 100% 3,16 g ----- 100% 3,16 g ----- 100%
2,46 g ----- x 0,373 g --- y 0,329 g ---- z
x = 77,8% y = 11,8% z = 10,4%
(Cesgranrio-RJ-1994) A síntese da aspirina (ácido acetilsalicílico) foi uma das maiores conquistas da
indústria farmacêutica. Sua estrutura é:
Fórmula do ácido acetilsalicílico
% de C: % de H: % de O:
180 g ----- 100% 180 g ----- 100% 180 g ----- 100%
108 g ----- x 8 g --- y 64 g ---- z
x = 60% y = 4,4% z = 35,6%
* Pela fórmula:
Para entender o que diz essa lei, considere um exemplo: Ao realizar experimentos,
observamos que 10,0 g de cobre metálico reagem com 5,06 g de enxofre, formando como
produto 15,06 g de sulfeto cúprico.
Veja que os 10 gramas de cobre sobraram como excesso e só reagiu a massa que a proporção
definiu.
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
Viu, só?! Isso ocorre com qualquer quantidade a mais que acrescentarmos. Por exemplo, se
usarmos 10 g de cobre e 8 g de enxofre, sobrarão 2,94 g de enxofre.
Essa é uma lei porque se aplica a todas as reações que envolvem substâncias puras. Mas
observe que isso ocorre somente com substâncias puras (simples ou compostas), e não com
misturas.
Outro ponto que podemos perceber nos dados mostrados na tabela acima é que essas reações
também seguem a Lei de Lavoisier (Lei da conservação da massa), que diz que a massa do
produto é igual à soma das massas dos reagentes.
Tanto a Lei de Lavoisier quanto a Lei de Proust são exemplos de Leis Ponderais, ou seja, são
leis que relacionam as massas dos participantes de uma reação química.
As reações químicas podem ser classificadas de diversas formas, mas as que são inorgânicas
geralmente são subdivididas segundo o número de substâncias formadas, número de
reagentes e presença ou não de substâncias simples e compostas.
Reações de síntese ou adição: São aquelas em que dois ou mais reagentes unem-se para formar
um único produto.
C + O2 → CO2
Reação de decomposição ou análise: É o contrário da reação anterior, ou seja, uma substância é
decomposta em duas ou mais.
É o gás nitrogênio liberado que infla a bolsa, protegendo o motorista de alguma lesão. O sódio
liberado na reação acima ainda reage com outro composto, o nitrato de potássio. Essa reação
libera ainda mais nitrogênio para inflar a bolsa.
Os airbags dos carros inflam graças a uma reação de decomposição
Reação de simples troca ou deslocamento: Nesse caso, uma substância simples reage com uma
composta, originando outra substância simples e outra composta, ou seja, há a troca dos ligantes.
Ilustração para demonstrar como ocorre a reação de simples troca, deslocamento ou oxirredução
No exemplo abaixo, observe que a substância simples era o Cobre (Cu); mas ele ligou-se ao
íon nitrato (NO-3), formando uma nova substância composta, o nitrato de cobre II (Cu(NO3)2), e
uma nova substância simples, a prata (Ag):
Cu + 2 AgNO3 → Cu(NO3)2 + 2 Ag
Essa reação é classificada em Físico-Química como uma reação de oxirredução, pois há
transferência de elétrons entre as substâncias envolvidas. No caso acima, a transferência dos
elétrons ocorre da substância simples para a composta. Observe o Nox.
Assim, na prática, notamos que quando se coloca uma fita de cobre em uma solução de nitrato
de prata, com o tempo, a solução de nitrato de prata vai deixando de ser incolor, ficando
azulada, e a fita fica em um tom prateado. Isso ocorre porque a prata da solução vai sendo
deslocada pelo cobre da fita. O tom azulado da solução deve-se à formação de íons cobre em
solução. Você pode ver essa reação na imagem abaixo:
Precipitação de prata em cobre a partir de uma solução de nitrato de prata [1]
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
Reação de dupla troca ou metátese: Ocorre entre duas substâncias compostas, em que seus
elementos ou radicais fazem “trocas” entre si, formando novas substâncias compostas.
Exemplo: Quando se coloca para reagir uma solução de cal hidratada com uma de sulfato de
alumínio (ambas incolores), há a formação de um precipitado branco, como mostra a reação e
a imagem abaixo:
Reação entre hidróxido de cálcio e sulfato de alumínio origina precipitado branco [2]
Observe na reação que o cálcio, que antes estava ligado ao hidróxido, une-se ao sulfato, e o
alumínio, que antes estava ligado ao sulfato, une-se ao hidróxido, formando dois novos
compostos.
Agora que já ficou tudo explicado, veja vários tipos de reações inorgânicas abaixo e tente
classificá-las. Depois você pode conferir na resolução abaixo:
Reações:
Óxidos formados por ligações entre metais e o oxigênio formam compostos iônicos, que
seguem a seguinte regra de nomenclatura estabelecida pela IUPAC (União Internacional da Química
Pura e Aplicada):
Exemplos:
Os prefixos indicados são mono, di, tri, tetra, etc., sendo que o prefixo “mono” para indicar a
quantidade de elementos do ametal não é obrigatório.
CO: monóxido de carbono;
CO2: dióxido de carbono;
NO: monóxido de nitrogênio;
NO2: dióxido de nitrogênio;
N2O: monóxido de dinitrogênio;
N2O5: pentóxido de dinitrogênio;
SiO2: dióxido de silício;
Cl2O7: heptóxido de dicloro;
P2O5: pentóxido de difósforo;
SO3= trióxido de enxofre.
Essa regra também pode ser aplicada no caso do ferro e de outros átomos de elementos que
possuem mais de uma valência:
Fe2O3: trióxido de diferro;
FeO: monóxido de ferro.
Conforme explanado no texto “Ácidos”, segundo a Teoria de Arrhenius, os compostos
pertencentes a essa função inorgânica são aqueles que, em meio aquoso, liberam como único
cátion o hidrogênio (H+(aq)).
Para realizar a nomenclatura dos ácidos, temos primeiramente que verificar se eles são
hidrácidos (ácidos que não contêm oxigênio) ou oxiácidos (contêm oxigênio).
Por exemplo, o HC? é um hidrácido, e o seu ânion é o cloreto (C? -). Assim, substitui-se a
terminação “eto” por “ídrico” e seu nome é ácido clorídrico.
Outros exemplos:
Por exemplo, o nitrogênio forma com o oxigênio o ânion nitrato (NO3-). Assim, ao ligar-se ao
hidrogênio, forma-se o ácido HNO3, esse ácido é chamado, portanto, de ácido nítrico, pois a
terminação “ato” foi trocada por “ico”.
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
Outros exemplos:
Por exemplo, vimos acima que o HClO3 é o ácido padrão, por isso ele termina em “ico”, agora
veja os nomes dos outros ácidos formados pelos elementos hidrogênio, cloro e oxigênio:
HClO4 (4 átomos de oxigênio – um oxigênio a mais que o ácido padrão): ácido perclórico
HClO2 (2 átomos de oxigênio – um oxigênio a menos que o ácido padrão): ácido cloroso
HClO (1 átomo de oxigênio– dois oxigênios a menos que o ácido padrão):
ácido hipocloroso
As bases são compostos inorgânicos que, em meio aquoso, liberam como único ânion o
hidróxido (OH-), e seus cátions variam, sendo, geralmente, metais.
A nomenclatura desses compostos baseia-se nessa sua formação, em que sempre se escreve
primeiro “hidróxido de” seguido do nome do cátion.
(1) Acrescenta-se o algarismo romano que indica o número da carga. Assim, no caso do ferro,
teríamos:
Basicamente, a nomenclatura dos sais é realizada escrevendo-se o nome do ânion que veio do
ácido, trocando-se a sua terminação, conforme mostrado abaixo, terminando com o nome do
cátion que veio da base.
Por exemplo, considere que você deseja saber o nome de um sal cuja fórmula é Fe2(SO4)3.
Sabendo que os índices (números que aparecem na parte inferior direita do elemento indicando
sua quantidade na fórmula) são os valores das cargas dos íons trocadas, temos que os íons
que formam esse sal são:
Fe2(SO4)3 → Fe3+ e SO42-
Se olharmos na tabela, veremos que o nome do ânion SO42- é sulfato e o nome do cátion
Fe3+ é ferro III ou férrico. Assim, o nome do sal Fe2(SO4)3 é sulfato de ferro III ou sulfato férrico.