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07/12/2018

CINÉTICA QUÍMICA

Química: Uma ciência central,


Capítulo 14, 10a ed., Theodore L.
Brown; H. Eugene LeMay, Jr.; and
Bruce E. Bursten

Resumo
1. Fatores que influenciam nas velocidades de reação
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2. Velocidades de reações
3. Concentração e velocidade
4. Variação da concentração com o tempo
5. Temperatura e velocidade
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6. Mecanismos de reação
7. Catálises

1
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Cinética Química
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o Estuda a velocidade em que ocorre um certo processo químico.


o Além de informações sobre a velocidade com que ocorrem as
reações, a cinética também lança luz sobre o mecanismo de
reação (exatamente como ocorre a reação).
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Fatores que influenciam nas velocidades de reação


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1 – Estado físico dos reagentes


A maior parte das reações que estudamos são homogêneas: nelas participam
os gases ou dissoluções líquidas.
Mas, se os reagentes estão em fases diferentes, como um gás e outro sólido,
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sua área de contato limita a reação.


Por exemplo, um medicamento em forma de partilha se dissolve no estomago
e entra na corrente sanguínea mais lentamente, que o mesmo medicamento
em forma de pó.

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Fatores que influenciam nas velocidades de reação


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2 – Concentração dos reagentes


Quase todas as reações química se tornam mais rápidas quando se aumenta
a concentração de um ou mais reagentes. A medida que a concentração, a
frequência de colisão das moléculas aumenta, e está origina maiores
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velocidades.
Por exemplo, a limalhas de ferro arde com dificuldade no ar, que contem
20`% de O2, mais se incendeia com chama e brilhante em oxigênio puro.

Fatores que influenciam nas velocidades de reação


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3 – Aumento da temperatura
A velocidade das reações química aumenta com a elevação da temperatura.
Pois, o aumento da temperatura aumenta a energia cinética das moléculas,
movendo-se mais rapidamente aumento os choques com mais frequência e
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originado maiores velocidades de reação.


Por exemplo, os alimentos são refrigerados com a finalidade de retardar a
degradação, ou melhor, garantindo um maior período de tempo para
consumo com qualidade.

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Fatores que influenciam nas velocidades de reação


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4 – A presença de catalisador
Os catalisadores são agentes que aumentam as velocidade de reação sem se
transformarem (alterações).
Por exemplo, na fisiologia (sistema biológico) quase todas as espécies vivas
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depende das enzimas, umas moléculas de proteína que atuam como


catalisadores e aumenta a velocidade de certas reações bioquímicas.

Velocidades de Reação
A velocidade de reação pode ser determinada mediante monitoramento das
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variação da concentração dos reagentes ou produtos em função do tempo


[A] versus t
Considere uma sequência de reação hipotética, A → B, representada na
figura abaixo (volume = 1,0 L).
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Velocidades de Reação
A velocidade desta reação pode ser expressa como a velocidade de
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desaparecimento do reagente A
𝐴 𝑡2 − 𝐴 𝑡1 ∆𝐴
𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝐴 = − =−
𝑡2 − 𝑡1 ∆𝑡
0,54 − 1,00 mol L−1
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𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝐴 = − = 2,3 × 10−2 mol L−1 s −1


20 − 0 s
ou a velocidade de aparecimento do produto B.
𝐵 2 − 𝐵 1 ∆𝐵
𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝐵 = =
𝑡2 − 𝑡1 ∆𝑡
0,46 − 0,00 mol L−1
𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝐵 = = 2,3 × 10−2 mol L−1 s −1
9 20 − 0 s

Velocidades de Reação
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Velocidades de Reação
Variação da velocidade com o tempo.
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C4H9Cl(aq) + H2O() C4H9OH(aq) + HC(aq)

t/s [C4H9C)/mol L-1


0,0 0,1000
Nesta reação, as concentrações de
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50,0 0,0905
100,0 0,0820 cloreto de butila, C4H9C, foram
150,0 0,0741 medidas a vários tempos, t.
200,0 0,0671
300,0 0,0549
400,0 0,0448
500,0 0,0368
11
800,0 0,0200
10.000 0

Velocidades de Reação
Velocidade
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t/s [C4H9C]/mol L-1 A velocidade média da


Média/mol L-1 s-1
reação de cada intervalo é a
0,0 0,1000
50,0 0,0905 1,9  10-4
variação da concentração
100,0 0,0820 1,7  10-4 dividida pela variação do
150,0 0,0741 1,6  10-4 tempo
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200,0 0,0671 1,4  10-4


300,0 0,0549 1,22  10-4
400,0 0,0448 1,01  10-4
500,0 0,0368 0,80  10-4
800,0 0,0200 0,560  10-4
10.000 0
∆ C4 H9 C
𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑎 = −
12 ∆𝑡
0,1000 − 0,0905 mol L−1
𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑎 = −
50,0 − 0 s −1

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Velocidades de Reação
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Velocidade
t/s [C4H9C]/mol L-1
Média/mol L-1 s-1
0,0 0,1000 o Observe que a velocidade
50,0 0,0905 1,9  10-4
média decresce ao longo do
100,0 0,0820 1,7  10-4
150,0 0,0741 1,6  10-4 processo da reação.
CINÉTICA QUÍMICA

200,0 0,0671 1,4  10-4 o Isto é devido, porque a


300,0 0,0549 1,22  10-4 reação desenvolve-se com
400,0 0,0448 1,01  10-4
0,80  10-4
menos colisões entre as
500,0 0,0368
800,0 0,0200 0,560  10-4 moléculas do reagente.
10.000 0

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Velocidades de Reação
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o O gráfico da concentração versus


tempo para esta reação resulta em
curva.
o A inclinação de uma reta tangente à
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curva em qualquer ponto é a


velocidade instantânea naquele
momento.
∆ C4 H9 C
𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡â𝑛𝑒𝑎 =
∆𝑡
0,017 − 0,042 mol L−1
𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡â𝑛𝑒𝑎 =
14 ∆𝑡 800 − 400 s

𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡â𝑛𝑒𝑎 = 6,2 × 10−5 mol L−1 s−1

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Velocidades de Reação
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Velocidades de Reação
Velocidade de reação e estequiometria
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C4H9C(aq) + H2O() → C4H9OH(aq) + HC(aq)


A reação indica que se produz um mol de C4H9OH para cada mol de C4H9Cl
consumido. Portanto, a velocidade de aparecimento de C4H9OH é igual a velocidade
de desaparecimento de C4H9C :
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∆ C4 H9 C ∆ C4 H9 OH
𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = − =
∆𝑡 ∆𝑡
O que ocorre quando as relações estequiométricas não de um para um mol? Por
exemplo, considere a seguinte reação:
2HI (g) → H2(g) + I2(g)
Para cada H2 ou I2 formado é necessário somente 1/2 HI.
16 1 ∆ HI ∆ H2 ∆ 𝐼2
𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = − = =
2 ∆𝑡 ∆𝑡 ∆𝑡

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Velocidades de Reação
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Para uma reação genérica, como

aA + bB → cC + dD
A velocidade é dada por
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1∆ 𝐴 1∆ 𝐵 1∆ 𝐶 1∆ 𝐷
𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = − =− = =
𝑎 ∆𝑡 𝑏 ∆𝑡 𝑐 ∆𝑡 𝑑 ∆𝑡

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Velocidades de Reação
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Concentração e Velocidade
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Cada reação tem a sua própria equação que dá a sua velocidade em função
das concentrações dos reagentes, isso é chamado lei de velocidade.
Para determinar a lei de velocidade medimos a velocidade em diferentes
concentrações iniciais.
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Para ilustrar o procedimento, consideremos a reação abaixo:


NH4+ 𝑎𝑞 + NO−
2 (𝑎𝑞) ⟶ N2 𝑔 + 2H2 O()

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Concentração e Velocidade
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A tabela abaixo mostra os dados de velocidade da reação entre os íons


amônio e íons nitrito em agua a 25 °C.

Ensaio [NH4+]/mol L-1 [NO2-]/mol L-1 Veloc Inic Observ/mol L-1 s-1
1 0,0100 0,200 5,4  10-7
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2 0,0200 0,200 10,8  10-7


3 0,0400 0,200 21,5  10-7
4 0,0600 0,200 32,3  10-7
5 0,200 0,0202 10,8  10-7
6 0,200 0,0404 21,6  10-7
20 7 0,200 0,0606 32,4  10-7
8 0,200 0,0808 43,3  10-7

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Concentração e Velocidade
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A velocidade da reação é diretamente proporcional, o que induz a afirmar


que:
𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ∝ NH4+
𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ∝ NO−
2
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𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ∝ NH4+ NO2−


𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑘 NH4+ NO−
2

Esta equação é chamada de lei de velocidade e k é a constante de


velocidade.

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Concentração e Velocidade
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Para uma reação genérica, como


aA + bB → cC + dD
A equação de velocidade tem a forma geral:

𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑘 𝐴 𝑚 𝐵 𝑛
CINÉTICA QUÍMICA

Conhecendo a equação de velocidade de uma reação e sua velocidade com


um conjunto de concentrações de reagentes, pode-se calcular o valor da
constante de velocidade 𝑘. Por exemplo, aplicando os resultados do ensaio
1, na equação da velocidade:

5,4 × 10−7 mol L−1 s −1 = 𝑘 0,100 mol L−1 0,200mol L−1


5,4 × 10−7 mol L−1 s −1
22 𝑘= = 2,7 × 10−4 L mol−1 s −1
0,100 mol L−1 0,200 mol L−1

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Concentração e Velocidade
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Uma vez, conhecendo o valor da constante de velocidade de uma reação,


pode-se calcular a velocidade de reação para qualquer conjunto de
concentrações.
Por exemplo, calcule a velocidade de reação para [NH4+] = 0,100 mol L-1 e
CINÉTICA QUÍMICA

[NO2–] = 0,100 mol L-1?

𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 2,7 × 10−4 L mol−1 s−1 × 0,100 mol L−1 × 0,200mol L−1

𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 2,7 × 10−6 mol L−1 s−1

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Concentração e Velocidade
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Expoente da equação de velocidade


As equações de velocidade quase todas as reações tem a forma geral
Velocidade = k [reagente 1]m [reagente 2]n …
Dos expoentes m e n de uma equação de velocidade se denominam ordem de
CINÉTICA QUÍMICA

reação. Por exemplo, considerando mais uma vez a equação de velocidade da


reação de NH4+ e NO−
2:
𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑘[NH4+ ][NO−
2]
o O expoente de [NH4+] é 1, logo a velocidade é de primeira ordem para o [NH4+ ]
o Também, a velocidade é de primeira ordem para o [NO−2 ]
o Mas, a ordem geral da velocidade da reação é a soma dos expoente, 1 + 1 = 2,
24 logo a reação é de segunda ordem.

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Concentração e Velocidade
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Os expoentes de uma equação de velocidade indicam como influencia a


concentração de cada reagente na velocidade.
Alguns exemplos de equações de velocidade:
o 2N2O5(g) → 4NO2(g) + O2(g) 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑘[N2O5]
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o CHC3(g) + C2(g) → CC4(g) + HC(g) 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑘[CHC3][C2]1Τ2


o H2(g) + I2(g) → 2HI(g) 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑘[H2][I2]
Os valores dos expoentes, ou melhor, da ordem de reação são geralmente
determinados experimentalmente.
Observação: Em quase todas as reações de velocidades, as ordens de reação são 0, 1
25 ou 2.

Concentração e Velocidade
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Concentração e Velocidade
Uso das velocidades iniciais para determinar a ordem da reação nas
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equações de velocidade.
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Concentração e Velocidade
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Variação da Concentração com o Tempo


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Uma equação de velocidade para um dado tempo (temperatura constante), nos diz como
varia a velocidade de reação conforme modificamos as concentrações dos reagentes. Nesse
caso, se faz necessário uso de cálculos matemáticos para prever as equações resultantes.
Reações de Primeira Ordem
Uma reação de primeira ordem é aquela cuja velocidade depende da concentração de um
único reagente elevada a primeira potencia. Nesse caso, temos:
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∆𝐴
𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = − =𝑘 𝐴
∆𝑡
Mediante à cálculo de integração, esta reação se transforma:

𝐴 𝑡
ln 𝐴 𝑡 − ln 𝐴 0 = −𝑘𝑡 ou ln = −𝑘𝑡
𝐴 0
31 ln 𝐴 𝑡 = −𝑘𝑡 + ln 𝐴 0

Variação da Concentração com o Tempo


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Variação da Concentração com o Tempo


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Observação:
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A equação comumente é expressa em termo de logaritmos de base 10:


𝑘𝑡 𝐴 𝑡 𝑘𝑡
log 𝐴 𝑡 − log 𝐴 0 =− ou log =−
2,303 𝐴 0 2,303
O fator 2,303 é proveniente da conversão de logaritmos naturais para logaritmos de base
10.

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Variação da Concentração com o Tempo


A equação tem a forma da equação geral da reta, y = mx + b, onde m é a inclinação e b é a
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intersecção da reta no eixo de y.


ln 𝐴 𝑡 = −𝑘𝑡 + ln 𝐴 0

𝑦 = 𝑚𝑥 + 𝑏
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Como exemplo, considere o processo no qual o metil isonitrilo (CH3NC) se


converte em acetonitrilo (CH3CN):
CH3NC → CH3CN
Os dados experimentais mostram que a reação é de primeira ordem e
pode ser escrita na forma:
ln CH3 NC 𝑡 = −𝑘𝑡 + ln 𝐶𝐻3 𝑁𝐶 0

34 Agora, mostre como varia a pressão parcial do metil isonitrilo com


tempo quando a conversão ocorre em fase gasosa a 198, 9 oC.

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Variação da Concentração com o Tempo


𝐥𝐧𝒑(𝐂𝐇𝟑 𝐍𝐂)𝒕 = −𝒌𝒕 + 𝐥𝐧𝒑(𝐂𝐇𝟑 𝐍𝐂)𝟎
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Quando lnp se aplica no gráfico como uma função do tempo, resulta em uma reta.
Portanto, o processo é de primeira ordem e k é negativo e depende do sentido da
35 inclinação da reta: –5,1  10–5 s–1

Variação da Concentração com o Tempo


Reações de Segunda Ordem
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Uma reação de segunda ordem é aquela cuja velocidade depende da concentração de um


reagente elevada a segunda potencia ou das concentrações de dois reagentes diferentes,
cada uma elevada a primeira potencia. Nesse caso, temos:
∆𝐴 2
𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = − = 𝑘∆ 𝐴
∆𝑡
CINÉTICA QUÍMICA

Mediante à cálculo de integração, esta reação se transforma:

1 1
= 𝑘𝑡 +
𝐴𝑡 𝐴0

𝑦 = 𝑚𝑥 + 𝑏
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Variação da Concentração com o Tempo


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Variação da Concentração com o Tempo


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Variação da Concentração com o Tempo


Gráficos dos dados cinéticos da reação
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NO2(g) → NO(g) + ½O2(g)


a 300 oC. O gráfico de ln[NO2] (esquerda) em função do tempo não é linear, o que indica que
a reação não é de primeira ordem. Mas, o gráfico de 1/[NO2] em função do tempo é linear, o
que indica que a reação é de segunda ordem.
CINÉTICA QUÍMICA

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Variação da Concentração com o Tempo


Meia-Vida
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A meia-vida de uma reação, t½, é o tempo necessário para que a concentração inicial
1
reduza a metade de seu valor, 𝐴 𝑡1/2 = 𝐴 0 . A meia-vida de uma reação de primeira
2
ordem é:
1
𝐴0
𝑙𝑛 2
CINÉTICA QUÍMICA

= −𝑘𝑡1/2
𝐴0
1
𝑙𝑛 = −𝑘𝑡1/2
2
𝟏
𝒍𝒏 𝟐 𝟎, 𝟔𝟗𝟑
𝒕𝟏/𝟐 = − =
𝒌 𝒌
40
Observe que para um processo de primeira
ordem a meia-vida não depende da [A]0.

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Variação da Concentração com o Tempo


A meia-vida para um processo de segunda ordem é:
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1 1
= 𝑘𝑡1/2 +
1 𝐴0
2 𝐴0
2 1
− = 𝑘𝑡1/2
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𝐴0 𝐴0
1
= 𝑘𝑡1/2
𝐴0
𝟏
𝒕𝟏/𝟐 =
𝒌𝑨 𝟎

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Variação da Concentração com o Tempo


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Variação da Concentração com o Tempo


Resumo da cinética das reações de ordem 0 (zero), 1 e 2
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Lei de Concentração em
Ordem Meia-Vida
Velocidade função do tempo
A0
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0 V=k [A] = [A]0 – kt 𝑡1/2 =


2𝑘
ln2
1 V = k [A] ln[A] = ln[A]0 – kt 𝑡1/2 =
𝑘
1 1 1
2 V = k [A] = + 𝑘𝑡 𝑡1/2 =
[A] [A]0 𝑘[A]0

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Temperatura e Velocidade
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A velocidade de quase todas as reações aumenta com a temperatura.


o Quando duas moléculas interagem, uma parte da energia cinética é
transformada em energia vibracional.
o Se a energia é muito grande, as moléculas começam a vibrar fortemente,
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com o qual algumas ligações se rompem.


o A quebra das ligações é o primeiro passo para a reação ocorrer.
o Mas, e se a energia é pequena? Ou muito grande?

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Temperatura e Velocidade
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Para exemplificar, vamos considerar a reação de primeira ordem


CH3NC → CH3NC
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Temperatura e Velocidade
O modelo de colisões torna fácil entender o efeito da temperatura na velocidade de
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reação, porque ao aumentar a temperatura a energia cinética das moléculas e


assim se aumenta a possibilidade de que se superar a energia de ativação durante a
colisão.
O conceito de energia de ativação foi concebido a final do século XIX pelo química
sueco Svante Arrhenius, que demonstrou que a constante de velocidade para uma
CINÉTICA QUÍMICA

reação varia com a temperatura de acordo com a seguinte expressão conhecida


como equação de Arrhenius.

𝒌 = 𝑨𝒆−𝑬𝒂Τ𝑹𝑻
o Ea é a energia de ativação
o R é a constante dos gases
o T é a temperatura absoluta
46 o e é a base dos logaritmos naturais (função exponencial)
o A é o número de choque entre as partículas reacionantes

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Temperatura e Velocidade
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Temperatura e Velocidade
Determinando a energia de ativação
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Tomando o logaritmo natural dos dois lados da equação , temos:


𝑬𝒂
𝐥𝐧𝒌 = − + 𝐥𝐧𝑨
𝑹𝑻
Essa forma apresenta um gráfico de lnk versus 1/T que é uma reta com inclinação
igual a –Ea/R com intercessão de y igual a lnA.
CINÉTICA QUÍMICA

Podemos estimar o valor Ea, por exemplo, empregando duas temperaturas


diferentes, T1 e T2, em uma reação tenha as correspondentes constantes de
velocidades, k1 e k2. Logo temos:
𝐸𝑎 𝐸𝑎
ln𝑘1 = − + ln𝐴 e ln𝑘2 = − + ln𝐴
𝑅𝑇1 𝑅𝑇2
𝐸𝑎 𝐸𝑎
ln𝑘1 − ln𝑘2 = − + ln𝐴 − − + ln𝐴
48 𝑅𝑇1 𝑅𝑇2
𝑘1 𝐸𝑎 1 1
ln = −
𝑘2 𝑅 𝑇2 𝑇1

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Temperatura e Velocidade
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Temperatura e Velocidade
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Mecanismos de Reação
É a sequencia de eventos que descreve o processo real pelo qual os reagentes se
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convertem em produtos.
o As reações podem ocorrer através de uma ou de várias etapas
o A cada um destes processos se chama reação elementar ou processo elementar
Reações elementares e suas leis de velocidade
CINÉTICA QUÍMICA

Molecularidade Reação Elementar Lei de velocidade


Unimolecular A → produtos Velocidade = k[A]
Bimolecular A + A → produtos Velocidade = k[A]2
Bimolecular A + B → produtos Velocidade = k[A][B]
Termolecular A + A + A → produtos Velocidade = k[A]3
Termolecular A + A + B → produtos Velocidade = k[A]2[B]
Termolecular A + B + C → produtos Velocidade = k[A][B][C]
51
A molecularidade de um processo indica quantas moléculas estão envolvidas no processo.

Mecanismos de Reação
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Mecanismos de Reação
o Em um processo de múltiplas etapas, uma das etapas será mais lenta que as
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outras.
o A reação geral não pode ocorrer mais rapidamente que sua etapa determinante
da velocidade mais lenta.
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Os automóveis diminuem Os automóveis diminuem


sua velocidade na praça A. sua velocidade na praça B.
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Mecanismos de Reação
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Etapa inicial lenta


Por exemplo, a reação abaixo
NO2(g) + CO(g) → NO(g) + CO2(g)
o A lei de velocidade para esta reação se encontra de forma experimental
CINÉTICA QUÍMICA

como
Velocidade = k[NO2]2
o O CO é necessário para ocorrer está reação, mais a velocidade da reação
não depende de sua concentração.
o Isto sugere que a reação ocorre em duas etapas.
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Mecanismos de Reação
o Um mecanismo proposto para esta reação é
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Etapa 1: NO2(g) + NO2(g) → NO3(g) + NO (g) (lenta)


Etapa 2: NO3(g) + CO(g) → NO2(g) + CO2(g) (rápida)
Total: NO2(g) + CO(g) → NO (g) + CO2(g)
CINÉTICA QUÍMICA

o O NO3 intermediário é consumido na segunda etapa.


o Observa-se que o CO não está envolvido na etapa determinante de
velocidade lenta, não aparece na lei de velocidade.

Os automóveis diminuem
55 sua velocidade na praça B.

Mecanismos de Reação
06/12/2018

Etapa inicial rápida


Por exemplo, a reação abaixo
2NO (g) + Br2(g) → 2NOBr(g)
o A lei de velocidade para esta reação se encontra de forma experimental
CINÉTICA QUÍMICA

como
Velocidade = k[NO]2[Br2]
o Devido aos processos termoleculares serem raros, esta lei de velocidade
sugere um mecanismo de duas etapas.

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Mecanismos de Reação
o Um mecanismo proposto para esta reação é
06/12/2018

Etapa 1: NO (g) + Br2(g)  NOBr2(g) (rápida)

Etapa 2: NOBr2(g) + NO(g) → 2NOBr(g) (lenta)

Total: 2NO (g) + Br2(g) → 2NOBr(g)


CINÉTICA QUÍMICA

o A etapa 1 inclui as reações direta e inversa.


o A velocidade da reação geral depende da velocidade da etapa lenta.
o A lei de velocidade para essa etapa seria:
Velocidade = k1[NOBr2][NO]
o Mas, como determinamos a [NOBr2]?
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Mecanismos de Reação
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o O NOBr2 reage de duas formas:


(i) Com NO para formar NOBr.
(ii) Por decomposição para voltar a formar NO e Br2.
o Os reagentes e os produtos da primeira etapa estão em equilíbrio entre si.
Velocidade final = Velocidade inicial
CINÉTICA QUÍMICA

o Logo,
k1[NO][Br2] = k-1[NOBr2]
o Isolando [NOBr2] teremos:
𝑘1
NO Br2 = NOBr2
𝑘−1
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Mecanismos de Reação
o A substituição desta expressão para [NOBr2] na lei de velocidade para a etapa
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determinante da velocidade:
𝑘2 𝑘1
𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = NO Br2 NO
𝑘−1
𝟐
𝑽𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 = 𝒌 𝑵𝑶 𝑩𝒓𝟐
CINÉTICA QUÍMICA

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Mecanismos de Reação
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CINÉTICA QUÍMICA

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Catálises
o A catálise aumenta a velocidade de uma reação ao dimunuir a energia de
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ativação da reação.
o A catálise muda o mecanismo pelo qual ocorre o processo.
CINÉTICA QUÍMICA

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Catálises
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Uma forma na que o


catalisador pode
acelerar a reação é
CINÉTICA QUÍMICA

agrupar os reagentes
e ajudar para que
quebre as ligações.

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Catálises
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Enzimas
o As enzimas são os catalisadores
nos sistemas biológicos.
o O substrato se ajusta dentro do
CINÉTICA QUÍMICA

sítio ativo da enzima de forma


muito similar como uma chave
que se encaixa em uma
fechadura.

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Catálises
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CINÉTICA QUÍMICA

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Catálises
Catálises
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