Você está na página 1de 5

Mebendazol

Indicação: é indicado para verminoses e parasitoses, no tratamento de


infestações simples ou mistas causadas por Enterobius vermicularis,Trichuris
trichiura, Ascaris lumbricoides, Ancylostoma duodenale, Necator americanus,
Taenia solium e Taenia saginata, em crianças com mais de 1 ano de idade e
adultos.

Nome comercial: Pantelmin

Nome genérico: Mebendazol

Mecanismo de ação: O mebendazol atua localmente no lúmen do intestino


humano, interferindo na formação da tubulina celular do intestino dos vermes
através de ligação específica à tubulina provocando alterações degenerativas
ultraestruturais no intestino. Como resultado, a captação de glicose e as
funções digestivas do verme são interrompidas de tal forma que ocorre um
processo autolítico.

Vias de administração: Exclusivamente oral

Interação medicamentosa: O tratamento concomitante com cimetidina pode


inibir o metabolismo do mebendazol no fígado, resultando em aumento da
concentração plasmática do fármaco, especialmente durante tratamento
prolongado. O uso concomitante de mebendazol e metronidazol deve ser
evitado.

Reações adversas: As primeiras reações adversas identificadas durante a


experiência pós-comercialização baseados nos relatos espontâneos com
Mebendazol estão apresentadas a seguir. Os eventos adversos estão
classificados, dentro de cada sistema, pela frequência.

Reação muito rara (< 1/10.000, incluindo relatos isolados)

 Distúrbios do sangue e sistema linfático: agranulocitose*,


neutropenia.
 Distúrbios do sistema imunológico: hipersensibilidade incluindo
reações anafiláticas e anafilactóides.
 Distúrbios do sistema nervoso: convulsão, tontura.
 Distúrbios gastrintestinais: dor abdominal, náusea, vômito.
 Distúrbios hepatobiliares: hepatite e testes de função hepática
alterados.
 Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo: necrólise epidérmica
tóxica, síndrome de Stevens-Johnson,
exantema, angioedema, urticária e alopecia.
 Distúrbios renais e urinários: glomerulonefrite*.
Cuidados da enfermagem:

Avaliando o paciente para o uso seguro de mebendazol

Avaliar, em mulheres em idade fértil, a presença de gravidez no 1º trimestre


gestacional. Cautela na administração em mulheres grávidas.

Avaliar, em mulheres em idade fértil, a vigência de lactação. Cautela na


administração em mulheres que estejam amamentando.

Avaliar a idade do paciente.

Se constante em protocolo aprovado, solicitar um exame coproparasitológico


de fezes antes do início da terapêutica com mebendazol.

Avaliar o histórico do paciente antes de administrar/prescrever mebendazol


para o uso de carbamazepina ou fenitoína.

Avaliar o histórico do paciente, antes de administrar/prescrever mebendazol,


para o uso de cimetidina.

Fornecer informações e esclarecer dúvidas sobre os potenciais efeitos


adversos que o mebendazol pode causar.

Avaliando e monitorando o paciente durante a terapêutica com


mebendazol

Monitorar cuidadosamente pacientes com histórico de doença de Crohn ou


colite ulcerativa.

Instruir o paciente a seguir rigorosamente o esquema terapêutico.

Administrar o medicamento antes ou após as refeições.

Orientar ao paciente sobre os possíveis efeitos hipoglicêmicos do mebendazol.

Se possível, monitorar os níveis glicêmicos (glicemia capilar) de pacientes


diabéticos.

Orientar o paciente quanto a uma dieta equilibrada na vigência do tratamento


com mebendazol, em especial pacientes em tratamento medicamentoso para o
diabetes mellitus.

Comprimidos de mebendazol podem ser administrados inteiros, triturados,


esmagados ou dissolvidos.

No caso de suspensão esta pode ser administrada diretamente ou misturada


com líquidos.

Avaliando, controlando e minimizando potenciais efeitos adversos


Orientar que o paciente faça pequenas e freqüentes refeições durante o dia.

Banhos de aveia.

Técnicas de relaxamento

Aumentar a ingesta hídrica diária (2 litros ou mais de líquidos diariamente), se


não contra-indicado.

Monitorar ingesta e eliminação de líquidos.

Manter ingesta hídrica adequada.

Registrar freqüência, consistência e coloração das fezes, bem como o início da


diarréia.

Encaminhar ao prescritor.

Avaliar o paciente para suspensão e troca do anti-helmíntico, em caso de


diarréia persistente.

Caso o paciente apresente náuseas intensas após o uso da medicação,


orientar que os comprimidos sejam ingeridos durante uma refeição leve.

Orientar o paciente a tomar a medicação com alimentos.

Orientar/Encorajar o paciente a fazer refeições balanceadas e nutritivas.

Encaminhar ao prescritor.

Se constante em protocolo aprovado, prescrever antiemético na presença de


vômito.

Maximizando resultados e avaliando a eficácia da terapêutica

Avaliar contatos próximos do paciente em tratamento para helmintíase


intestinal. Se necessário, tratar ou encaminhar para tratamento.

Avaliar o paciente, após a terapia com mebendazol, para averiguar se os


helmintos foram erradicados.

Educação em saúde

Orientar/Ensinar o paciente a lavar as mãos antes de comer e/ou após ir ao


banheiro.

Orientar/Ensinar o paciente a beber apenas água fervida, filtrada ou tratada.

Orientar/Ensinar o paciente a lavar frutas, verduras e legumes antes de comê-


los.

Orientar ao paciente a não andar descalço.


Orientar/Ensinar o paciente a manter sempre limpas as instalações sanitárias.

Orientar ao paciente a evitar carne crua ou mal passada.

Orientar ao paciente a não roer unhas e mantê-las sempre limpas e curtas

Tiabendazol
Indicação: Este medicamento é destinado ao tratamento de infecção na pele
causada pela Larva migrans (comumente conhecida como “bicho geográfico”
ou dermatite serpiginosa). Também tem demonstrado eficácia no tratamento de
micoses superficiais produzidas por dermatófitos comuns .

Nome comercial: Helmiben

Nome genérico: Tiabendazol

Mecanismo de ação: O tiabendazol age inibindo a enzima fumarato redutase


mitocondrial e interfere na polimerização dos microtúbulos do parasita. O
tiabendazol também apresenta ação antifúngica no tratamento de micoses
superficiais.
Vias de admnistração: exclusivamente oral

Interações medicamentosas: Não são conhecidas interações


medicamentosas.
A segurança e a eficácia do medicamento não são alteradas pela ingestão de
álcool ou qualquer alimento.

Interferência em exames laboratoriais: Não são conhecidas interferências


em exames laboratoriais.

Reações adversas: Irritação, ardor, maceração e descamação da pele.

Cuidados de enfermagem:

Orientar e monitorar episódio de náusea e vômito.

Monitorar temperatura corporal.

Antes da administração avalie cuidadosamente a dose, a concentração e a via


para evitar reações fatais.

Antes da administração, avalie os antecedentes de hipersensibilidade à droga.

A medicação deve ser administrada em associação com um outro antirre-


troviral.
Informe ao paciente o objetivo da medicação para facilitar tanto a compre-
ensão do seu diagnóstico como também a sua colaboração no tratamento.

A medicação deve ser usada cuidadosamente nos casos de disfunção hepá-


tica ou renal, desta forma devem-se avaliar a função hepática do paciente.

Durante a gestação ou lactação. Atenção: No caso de gravidez confirmada ou


suspeita ou, ainda, se a paciente estiver amamentando, o médico deverá de
ser comunicado imediatamente. Recomende ao paciente o emprego de
métodos contraceptivos seguros e adequados, pois, a droga pode diminuir a
efetividade dos contraceptivos orais.

Você também pode gostar