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A religião e a religiosidade fazem toda a diferença em uma sociedade.

É através da
religiosidade que nós nos desenvolvemos como seres humanos, trazendo elementos como
esperança e sentido da vida. Ela é fundamental, na caracterização dos valores e da cultura que
envolve a sociedade, quer seja de forma individual ou social. A religião tem um papel
importante na sociedade em que está inserida e através dela, pode-se compreender como as
pessoas vivem, seus valores e principalmente seus valores éticos. Por exemplo, faz com que
uma comunidade se manifeste com ações solidárias, para que haja melhora de vida.
Na Índia, por exemplo, as religiões existentes são: o Hinduísmo, Budismo, Jainismo e Sikhismo.
Mas a que predomina é o Hinduísmo e é a maior em número de adeptos no mundo. Nas casas
dos indianos, costuma-se encontrar santuários, incenso, flores e frutos para serem ofertados
aos deuses. Além das oferendas costumam realizar orações, mantras e também peregrinações.
Uma das peregrinações mais conhecidas é até o rio Ganges, que segundo os indianos, assegura
o descanso eterno das almas.
Para promover um maior diálogo interreligioso, foram pensadas em várias estratégias. Quero
pontuar uma delas, que foi citada no “Relatório Internacional sobre liberdade religiosa de
2019: Brasil”, onde Supremo Tribunal Federal (STF) determina que o sacrifício de animais em
rituais religiosos é constitucional e observa que as religiões afros-brasileiras têm necessidade
de proteção, devido ao seu histórico envolvendo constantes discriminações. Porém ainda
existe um grande desafio a ser vencido, ainda temos um caminho longo para alcançar a
tolerância religiosa no Brasil para que possamos promover um diálogo intereligioso eficaz.
Quero destacar um dos grandes desafios deste mesmo relatório, que diz que segundo dados
nacionais, ainda existe muita discriminação e até mesmo ataques violentos, por parte da
sociedade contra os praticantes de religiões afro-brasileira. Ou seja, mesmo com todos os
esforços para promover o diálogo interreligioso, ainda temos muito o que melhorar quanto a
questão da tolerância e o respeito às diferenças quanto as religiões minoritárias, ainda temos
muito que evoluir como seres humanos. Aqui no estado do Paraná onde resido, existem
diversas reportagens disponíveis na mídia referente a intolerância contra as religiões afros. Em
uma das reportagens em particular, de 12 de agosto de 2019, por Rogerio Galdino, ele afirma
que centenas de denúncias chegam anualmente ao ministério dos Direitos Humanos e que no
Paraná as denúncias contra intolerância a religiões afro ficam acima da média. Um dado
chocante, já que temos acesso a tanta informação e esclarecimentos sobre o assunto. Isso
mostra que ainda precisamos rever como sociedade onde erramos e como reverter essa
situação, para que todos possam exercer sua religião com liberdade, ter seus direitos
preservados, sem preconceito e sem violência. Na Fazenda Rio Grande – PR, existem muitas
religiões, mas vou citar duas igrejas muito conhecidas na cidade e que envolvem toda
comunidade em seus eventos. Temos a Igreja Sagrado Coração de Jesus - Passo Amarelo, que
faz questão de manter a cultura ucraniana em seus cultos religiosos e realiza festas diversas
envolvendo danças e pratos típicos ucranianos, como o famoso Perohê ao Molho Toscana.
Também tem a Paróquia São Gabriel da Virgem Dolorosa, que realiza uma festa anual em
homenagem ao seu padroeiro, com uma missa e gastronomia aberta ao público. Nesta festa
além da venda de bolos, churrasco, risoto com acompanhamentos, há também a venda de
bingos e muitas brincadeiras para as crianças, que é um grande atrativo.
No contexto educacional, existem inúmeras formas de se trabalhar o respeito e valorização da
diversidade religiosa. Como por exemplo, propor que os alunos realizem uma pesquisa, na
região onde moram e fazer um levantamento de quantas religiões existem nas proximidades
de sua casa, seus ritos e costumes. Logo após, propor um debate de como poderiam realizar
ações e propostas para que essa diversidade religiosa presente nas pesquisas, pudesse
conviver com respeito e tolerância. Pra finalizar, poderiam realizar uma “Festa das Religiões”,
com stands, apresentações de danças típicas, gastronomia, objetos religiosos, vestimentas
típicas e alguns representantes religiosos, chamando a comunidade para participar deste
evento.
Não é um caminho fácil, mas precisamos partir de algum lugar, com tanto desenvolvimento
tecnológico, acesso a informações na palma da mão, é inadmissível que ainda exista tanta
violência e intolerância em torno das religiões, que em sua maioria, pasme, falam de amor ao
próximo!

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