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Mini-curso:

Introdução à otimização sob incerteza


Aula 2 – Geração de cenários e SAA
Prof. Fabrício Oliveira
fabricio.oliveira@puc-rio.br  
Conteúdo programado!

1.  Introdução  
2.  Medindo  a  qualidade  de  árvores  de  cenários  
3.  Métodos  de  geração  de  cenários  
4.  Aproximação  por  média  amostral  (SAA)!

Análise  de  Sensibilidade  


Petróleo  Brasileiro  S/A  

UNESP,  9-­‐13  de  dezembro  de  2013  


Prof.  Fabrício  Oliveira  
Otimização sob incerteza
Problemas  de  programação  estocástica:  
§  São  modelos  de  programação  matemática  onde  alguns  
parâmetros  são  substituídos  por  variáveis  aleatórias  
§  Para  resolver  tais  problemas  precisamos  de:  
1.  Um  modelo  descrevendo  o  problema;  
2.  Valores  dos  parâmetros  determinísticos  (conhecidos)  
3.  Uma  descrição  da  estocasticidade    
Análise  de  Sensibilidade  
§  Uma  distribuição  conhecida,  descrita  por  densidades  e/ou  
acumuladas  
Petróleo  Brasileiro  S/A  
§  Dados  históricos,  i.e.,  uma  amostra  discreta.  
§  Algumas  propriedades  da  distribuição,  como  por  exemplo  os  
seus  momentos  probabilísticos.  

UNESP,  9-­‐13  de  dezembro  de  2013  


Prof.  Fabrício  Oliveira  
Otimização sob incerteza
p(!)
Problemas  de  programação  estocástica:  
§  Drama:  problemas  de  programação  
estocástica  só  podem  ser  
e=icientemente  resolvidos  se  a  
incerteza  for  representada  como  
amostras  discretas  de  tamanho  
limitado.   h h(!)

§  Para  lidar  com  isso,  temos  que  


aproximar  a  distribuição  através  de  
tais  discretizações.   Análise  de  Sensibilidade  
p(!)

§  Tais  aproximações  são  o  que  se   Petróleo  Brasileiro  S/A  


conhece  como  árvores  de  cenários.  

h h(!)
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Prof.  Fabrício  Oliveira  
Geração de cenários!
Árvores  de  cenários:  terminologia  básica  

Decisão

Análise  de  Sensibilidade  


Petróleo  Brasileiro  S/A  

0 1 2 T
t
UNESP,  9-­‐13  de  dezembro  de  2013  
Prof.  Fabrício  Oliveira  
Geração de cenários!
Árvores  de  cenários:  terminologia  básica  

Estados

Decisão

Análise  de  Sensibilidade  


Petróleo  Brasileiro  S/A  

0 1 2 T
t
UNESP,  9-­‐13  de  dezembro  de  2013  
Prof.  Fabrício  Oliveira  
Geração de cenários!
Árvores  de  cenários:  terminologia  básica  
Cenários para os
elementos incertos
Estados

Decisão

Análise  de  Sensibilidade  


Petróleo  Brasileiro  S/A  

0 1 2 T
t
UNESP,  9-­‐13  de  dezembro  de  2013  
Prof.  Fabrício  Oliveira  
Geração de cenários!
Árvores  de  cenários:  terminologia  básica  
Cenários para os
elementos incertos
Estados

Decisão

Análise  de  Sensibilidade  


Petróleo  Brasileiro  S/A  

estágios
0 1 2 T
t
UNESP,  9-­‐13  de  dezembro  de  2013  
Prof.  Fabrício  Oliveira  
Representação da incerteza
Árvore  de  cenários  
§  O  que  signiYica  possuir  ramiYicações  na  árvore?  

Análise  de  Sensibilidade  


Petróleo  Brasileiro  S/A  

UNESP,  9-­‐13  de  dezembro  de  2013  


Prof.  Fabrício  Oliveira  
Representação da incerteza
Árvore  de  cenários  
§  O  que  signiYica  possuir  ramiYicações  na  árvore?  

Análise  de  Sensibilidade  


Petróleo  Brasileiro  S/A  

§  Rami=icação  (branching)  =  chegada  de  nova  informação  =  estágio  


§  Árvore  acima  =  “ventilador”  (fan)  è  nenhuma  informação  nova  após  o  
primeiro  estágio  
§  Ou  seja:  fan  =  problemas  de  2  estágios.  
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Prof.  Fabrício  Oliveira  
Geração de cenários
Antes  de  criar  cenários,  nós  precisamos:  
§  Decidir  quantas  discretizações  são  necessárias  
§  Decidir  o  número  de  estágios  
§  Tamanho  dos  períodos  
§  Saber  exatamente  quando  a  informação  se  torna  
disponível  e  a  relação  de  “timming”  entre  as  
decisões  
§  Esse  problema  não  existe  no  caso  determinístico  

Análise  de  Sensibilidade  


§  Decidir  o  número  de  ramos  (branches)  por  
estágio  
Petróleo  Brasileiro  S/A  
§  Alguns  métods  fazem  isso  automaticamente  
§  É  melhor  termos  árvores  longas  ou  árvores  
largas?    
§  Ainda  é  uma  questão  em  aberto…  

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Prof.  Fabrício  Oliveira  
Geração de cenários
Fontes  típicas  de  dados  para  cenários  
1.  Dados  históricos  
§  A  história  é  uma  boa  descrição  do  futuro?  
2.  Simulação  baseada  em  modelos  matemáticos/estatísticos  
§  Parâmetros  estimados  de  casos  reais  
3.  Opinião  de  especialistas  
§  Subjetivo!  
§  “Back-­‐testing”  não  é  uma  opção  nesse  caso!  
Análise  de  Sensibilidade  
§  Na  prática,  acabamos  por  optar  por  uma  combinação  de  (quase)  todas  essas  
opções   Petróleo  Brasileiro  S/A  
1.  Estima-­‐se  a  distribuição  de  dados  históricos  
2.  Usa-­‐se  um  modelo  matemático  e/ou  opinião  de  especialistas  
3.  Ajusta-­‐se  a  distribuição  para  a  situação  atual.  

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Prof.  Fabrício  Oliveira  
Geração de cenários

Métodos  de  geração  de  cenários  


§  A  escolha  de  um  bom  método  de  geração  de  
cenários  depende  do  problema.  
Modelo  de  
§  Geração  de  cenários  é  parte  do  processo   Estocasticidade  
decisão  
de  modelagem.  
§  Por  não  ser  uma  parte  natural  do  problema,  
até  recentemente  não  recebia  muita  atenção;   Árvore  de  
cenário  
§  Em  geral,  nem  o  usuário,  nem  o  
modelador  estão  interessados  nos  Análise  de  Sensibilidade  
Petróleo  Brasileiro  S/A  
cenários  e  como  eles  são  gerados…  
Modelo  
§  Problema:  os  cenários  (e  sua  qualidade)   Estocástico  
inYluenciam  a  qualidade  da  solução  
§  Entra  lixo  è  sai  lixo  

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Prof.  Fabrício  Oliveira  
Geração de cenários
Medindo  a  qualidade  dos  cenários  
§  A  pergunta  que  devemos  ter  em  mente  quando  geramos  cenários  para  o  
nosso  problema  é  a  seguinte:  o  quão  boa  é  essa  árvore  de  cenários?  
§  Tal  qualidade  depende  de  basicamente  de  dois  fatores:  
1.  Erro  
§  Nós  usamos  uma  aproximação  da  distribuição  real,  e,  portanto  muito  
provavelmente  obteremos  soluções  sub-­‐ótimas;  

Análise  de  Sensibilidade  


§  Não  é  trivial  de  se  medir  o  erro.  
2.  Estabilidade   Petróleo  Brasileiro  S/A  
§  As  soluções  não  deveriam  ser  muito  diferentes  para  várias  árvores;  
§  Estabilidade  da  solução  vs.  estabilidade  da  função  objetivo.  

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Prof.  Fabrício  Oliveira  
Geração de cenários
Um  pouco  de  notação:   ⌘
§  Seja  o  problema  original  (“não-­‐resolvível”)   …  
min F (x, ⌘)
  x2X
§  Que  é  substituído  pelo  problema  baseado  em  
cenários:  
⇠k
min F (x, ⇠)
x2X ⇠2
Análise  de  
§  Para  testar  estabilidade,  nós  geramos  diversas  
⇠ Sensibilidade  
1

Petróleo  
árvores  de  cenário  ξk,  k  =  1,…,  n,  cada   Bos  
uma  n rasileiro  S/A  
levando  as  soluções    
x⇤k = arg min F (x, ⇠k )
x2X

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Prof.  Fabrício  Oliveira  
Geração de cenários
§  PYlug  (2001)  deYine  erro  de  aproximação  causado  por  ξk  como  
sendo  

e(⌘, ⇠k ) = F (arg min F (x, ⇠k ), ⌘) F (arg min F (x, ⌘), ⌘)


x2X x2X
  = F (x⇤k , ⌘) min F (x, ⌘)
x2X

§  Para  calcular  tal  erro  precisaríamos:  


§  Ser  capazes  de  avaliar  uma  solução  na  função  objetivo   F (x⇤k , ⌘)
original   Análise  de  Sensibilidade  
§  Pode  ser  aproximado  por  intermédio  
Petróleo  dBe  rasileiro  
simulação  S/A  
§  Ser  capazes  de  resolver  o  problema  original    
min F (x, ⌘)
§  Impossível!  Do  contrário  não  precisaríamos  de  cenários!   x2X

 
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Prof.  Fabrício  Oliveira  
Geração de cenários
Avaliando  estabilidade:  
§  Assuma  que  nós  possuímos  um  simulador  para  avaliar   F (x⇤ k , ⌘)
Isso  permite:  
§  comparar  duas  soluções  x1*  e  x2*  
§  comparar  dois  métodos  de  geração  de  cenários  distintos  
§  testar  estabilidade  out-­‐of-­‐sample  (“por  fora  da  amostra”):  
1.  Gera-­‐se  um  conjunto  de  árvores  ξk,  k  =  1,  …,  n  
2.  Resolve-­‐se  os  problemas  usando  as  árvores  è  soluções  xk*  
Análise  de  Sensibilidade  
3.  Testa-­‐se  as  soluções  buscando  observar  se:  
Petróleo  Brasileiro  S/A  
F (x⇤k , ⌘) ⇠ = F (x⇤l , ⌘)

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Prof.  Fabrício  Oliveira  
Geração de cenários
Avaliando  estabilidade:  
§  Observar  que  temos:  
  F (x⇤k , ⌘) ⇠
= F (x⇤l , ⌘)
§  Implica  em  termos:  
  e(⌘, ⇠k ) ⇠
= e(⌘, ⇠l )
§  Que  é  possível  demonstrar  que  implica  em:  
e(⌘, ⇠k ) ⇠
=0
Análise  de  Sensibilidade  
§  Sem  estabilidade  temos  um  problema  grave!  
Petróleo  
§  Estabilidade  presume  que  diferentes   Brasileiro  
rodadas  do  mSétodo  
/A   de  geração  
gerarão  árvores  distintas.  
§  Pode-­‐se  pensar  no  mesmo  teste  considerando  árvores  de  tamanhos  
distintos  
§  Técnica  para  determinar  tamanho  de  árvore  
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Geração de cenários
Observações  sobre  estabilidade  out-­‐of-­‐sample:  
§  Somente  as  decisões  da  parte  raíz  (ou  seja,  as  decisões  de  primeiro  
estágio)  podem  ser  movidas  de  uma  árvore  para  outra,  pois  os  cenários  não  
coincidem!  
§  Para  avaliar  F(xk*,η),  basta  que  Yixemos  as  decisões  de  primeiro  estágio  e  
resolvamos  o  resto  do  problema.  
§  Não  é  um  problema,  dado  que  essas  são  as  decisões  implementadas  de  
fato.  
Análise  de  Sensibilidade  
§  Na  ausência  de  tal  simulador,  é  possível  realizar  um  teste  do  tipo  “cross-­‐
testing”   Petróleo  Brasileiro  S/A  

F (x⇤k , ⇠l ), k = 1, . . . , n tal que k 6= l

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Geração de cenários
Avaliando  estabilidade:  
§  Outro  tipo  de  estabilidade  a  ser  avaliada  é  o  que  chamamos  de  
estabilidade  in-­‐sample,  que  é  deYinida  como  
F (x⇤k , ⇠K ) ⇠
= F (x⇤l , ⇠l )
§  que  é  equivalente  a:  
  min F (x, ⇠K ) ⇠
= min F (x, ⇠l )
x x
§  SigniYica  que  estamos  preocupados  com  a  estabilidade  do  valor  da  
Análise  de  Sensibilidade  
função  objetivo  reportado  pelo  próprio  problema  
Petróleo  Brasileiro  S/A  
§  Não  há  conexão  direta  entre  os  dois  tipos  de  estabilidade  
§  Sem  esta  estabilidade,  não  há  como  termos  con=iança  na  
performance  reportada  pelas  soluções  baseadas  em  cenários.  

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Prof.  Fabrício  Oliveira  
Geração de cenários
Avaliando  estabilidade:  
§  O  que  signiYica  não  termos  estabilidade?  
§  Sem  estabilidade  è  decisões  dependem  da  árvore  gerada  
§  O  que  podemos  fazer  se  for  o  caso?  
§  Melhorar  o  método  de  geração  
§  Aumentar  o  número  de  cenários  
§  Gerar  várias  árvores  e  várias  soluções  e,  “de  alguma  forma”  
escolha  a  melhor  solução.   Análise  de  Sensibilidade  
Petróleo  Brasileiro  S/A  
§  Para  mais  informações  sobre  tratamentos  teóricos  sobre  
estabilidade:  Heitsch  et.  al  (2006)  

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Geração de cenários
Amostragem  Condicional  
§  Variável  aleatória  univariada  
§  Gerador  de  números  aleatórios  padrão;  
§  Métodos  existentes  para  quaisquer  distribuições;  
§  Vetor  aleatório  multivariado  com  independência  
§  Ideia  I:  gerar  uma  distribuição  marginal  por  vez  e  combinar  “tudo  contra  
tudo”  
§  Garantia  de  independência;  

Análise  de  Sensibilidade  


§  Cresce  exponencialmente  com  a  dimensão;  
§  Árvores  precisam  de  alguma  Petróleo  
“poda”  eventualmente;  
Brasileiro  S/A  
§  Ideia  II:  gerar  uma  distribuição  marginal  por  vez  e  combinar  primeiro  
com  primeiro,  segundo  com  segundo….  
§  independência  “no  inYinito”;  
§  Tamanho  independente  da  dimensão.  

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Prof.  Fabrício  Oliveira  
Geração de Cenários
Amostragem  Condicional  
§  Vetor  aleatório  multivariado      
§  Métodos  particulares  para  distribuições  
especiais  
§  Distribuição  normal  via  fatoração    
§  Análise  de  componentes  principais  para  
descobrir  variáveis  “independentes”  
§  Bootstrapping  /  amostragem  de  dados  
históricos   Análise  de  Sensibilidade  
Petróleo  Brasileiro  S/A  
§  Não  precisa  de  presumir  distribuição;  
§  Requer  (bons)  dados  históricos;  
§  O  passado  é  o  suYiciente  para  descrever  o  
futuro?  
Amostragem,  normal  bivariada,  500  cenários  
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Geração de Cenários
Amostragem  Condicional  
§  O  caso  multi-­‐período  
§  O  mais  comum:  comece  na  raiz  
e  gere  cada  cenário  período  a  
período,  um  de  cada  vez.  
§  Independência  intertemporal  
§  Fácil,  pois    a  distribuição  não    
muda!  
§  No  caso  de  dependência   Análise  de  Sensibilidade  
Amostragem,  modelo  autoregressivo,  50  cenários  

§  A  distribuição  dos  nós  Yilhos  dPetróleo  


epende  dBepende  
rasileiro  dSo  
/A  que  aconteceu  por  
aquele  caminho  até  aqui  
§  Nesse  caso,  usamos  modelos  do  tipo  ARMA,  ARIMA,  SARIMA,  GARSH…  

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Prof.  Fabrício  Oliveira  
Geração de Cenários
Amostragem  Condicional  
§  Resumo:  conhecido  um  processo  
estocástico  que  descreva  a  incerteza,  
são  amostrados  cenários  para  compor   ...
a  árvore   1 2 N 1 N

§  Pode  ser  usado  algum  método  


especializado  de  amostragem  
(Hipercubo  Latino,  Importance   m=1 m=2

sampling…)  
§  Pros:  Implementação  fácil;  
convergência  em  direção  a  
Análise  de  Sensibilidade  
1 2
... ...
n 1 n 1 2 n 1 n
Petróleo  Brasileiro   S/A  
distribuição;   ... m=M

§  Contras:  Pouca  estabilidade  para  


pequenas  árvores,  necessário     ... ...
conhecimento  da  distribuição,  aplicável   1 2 n 1 n 1 2 n 1 n

somente  ao  caso  de  2-­‐estágios  (SAA);  

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Prof.  Fabrício  Oliveira  
Geração de cenários

Moment  matching  
§  Ideia  principal:  construir  uma  árvore  de  cenários  de  forma  que  a  
mesma  possua  um  determinado  conjunto  de  propriedades  
§  Mais  comumente,  tais  propriedades  são  os  momentos  das  distribuições  
marginais  e  covariância/correlação  
§  Tipicamente,  as  propriedades  não  especiYicam  as  distribuições  
completamente,  mas  isso  não  é  um  problema  para  o  método.  
§  Atualmente  possui  duas  versões:   Análise  de  Sensibilidade  
Petróleo  B(rasileiro  
§  Através  de  um  modelo  de  otimizacão   Høyland   S/A  
&  Wallace  (2001))  
§  Através  de  uma  heurística  (Høyland  et.  al  (2003))  

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Geração de cenários

Moment  matching   PROPRIEDADES


(MOMENTOS,
§   (Hoyland  &  Wallace  (2001))   CORRELAÇÃO,…)!

§  Consiste  de  um  problema  de  otimização  


onde  os  valores  das  variáveis  aleatórias  e  
X
as  probabilidades  são  variáveis.   min wi (fi (x, p) SVALi )
2
x,p
§  As  propriedades  são  expressas  como   i2S
X
pM = 1, p 0
funções  dessas  variáveis  
§  O  objetivo  é  minimizar  a  distância  
Análise  de  Sensibilidade  
(usualmente  L2)  dessas  propriedades  aos  
Petróleo  Brasileiro  S/A  
seus  valores-­‐meta  
§  Altamente  não-­‐linear  e  não-­‐convexo  
§  Funciona  bem  para  pequenas  árvores.  
§  A  otimização  é  pouco  especi=icada.    

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Geração de cenários
Moment  matching  
§  Høyland  &  Wallace  (2001)  –  Ex:  
§  São  conhecidos:   1 2 3

E[x], E[y], E[x2 ], E[y 2 ] e Cov(x, y) 8i : (xi , yi ); pi


!2 !2 !2
X X X
min pi x i E[x], + pi y i E[y], + pi x2i E[x2 ], +
x,y,p,
i i i
!2
X
pi yi2 E[y 2 ], + Análise  de  Sensibilidade  
i Petróleo  Brasileiro  S/A  
!2
X
pi (xi E[x]) (yi E[y]) cov(x, y)
i
X
s.a: pi = 1, pi 0, i = 1, . . . , 3
i
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Prof.  Fabrício  Oliveira  
Geração de cenários

Moment  matching  
§   (Hoyland  et.  al  (2003))  
§  Consiste  de  uma  aproximação  eYiciente  do  problema  anterior  para  o  caso  
de  4  momentos  marginais  +  correlações  
§  Construído  baseado  em  dois  passos  básicos  que  são  repetidos  
alternativamente:  correção  de  correlação  e  correção  das  distribuições  
marginais.  
§  Funciona  bem  para  árvores  grandes  
Análise   d e   S ensibilidade  
§  Precisa  de  probabilidades  iniciais  e  valores  iniciais  
Petróleo  Brasileiro  S/A  
§  O  outro  método  também,  mas  de  forma  indireta..  

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Prof.  Fabrício  Oliveira  
Geração de cenários!
Moment  matching   PROPRIEDADES
(MOMENTOS,
§  Resumo:  conhecidas  propriedades   CORRELAÇÃO,…)!
estatísticas  que  descrevam  a  distribuição  
usa-­‐se  otimização  para  se  obter  uma  
distribuição  discreta  de  mesmos  momentos   X 2
§  Prós:     min
x,p
wi (fi (x, p) SVALi )
i2S
§  Não  precisa  conhecer  distribuição;     X
pM = 1, p 0
§  Pode-­‐se  usar  dados  históricos.  
§  Contras:     Análise  de  Sensibilidade  
§  Negligencia  informação  sobre   Petróleo  Brasileiro  S/A  
distribuição,  se  disponível;    
§  Gera  problemas  altamente  não-­‐
lineares;    
!

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Prof.  Fabrício  Oliveira  
Geração de cenários
Discretização  ótima  (P=lug,  2001  e  outros)  
§  Usando  a  mesma  de  deYinição  de  erro  usada  anteriormente:  
e(⌘, ⇠k ) = F (arg min F (x, ⇠k ), ⌘) F (arg min F (x, ⌘), ⌘)
x2X x2X
= F (x⇤k , ⌘) min F (x, ⌘)
x2X

§  PYlug  (2001)  mostrou  que,  sob  determinadas  condições  Lipschitz,  temos:  

e(⌘, ⇠k )  2 sup |F (x, ⇠k ) F (x, ⌘)|  2Ld(⇠k , ⌘)


Análise  de  Sensibilidade  
x
§  onde  L  é  a  constante  de  Lipschitz,  F(x,  η)  =  Eη[f(x,  η)]  e  d(ξk,η)  é  um  distância  
de  Wasserstein  (transporte)  entre   Petróleo   Brasileiro  
as  funções   de  dSistribuição  
/A   η  e  ξk.  
§  Lipchitz:   dY (f (x1 ), f (x2 ))  LdX (x1 , x2 )

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Prof.  Fabrício  Oliveira  
Geração de cenários
Discretização  ótima  (P=lug,  2001  e  outros)  
§  Observações:  
§  A  ideia  do  método  é  então  criar  uma  árvore  de  cenários  que  atenda  
ao  critério  de  minimização  da  distância  de  Wasserstein  
§  O  problema  de  transporte,  o  qual  é  minimizado  nesse  caso,  possui  
solução  trivial  considerando  dualidade.  Esse  resultado  permite  
que  essas  ideias  sejam  usadas  de  forma  eYiciente  para  a  geração  de  
árvores  de  cenários.  
Análise  de  Sensibilidade  
§  Dessa  forma,  a  árvore  completa  é  gerada  de  uma  única  vez.  
Petróleo  Brasileiro  S/A  
§  A  árvore  é  “ótima”  em  um  sentido  claramente  de=inido.  
§  Note  que  a  medida,  que  é  o  objeto  complicador  da  otimização,  não  
aparece  no  modelo  em  si.  

UNESP,  9-­‐13  de  dezembro  de  2013  


Prof.  Fabrício  Oliveira  
Geração de cenários
Construção  passo-­‐a-­‐passo  e  métodos  de  corte  
§  Em  geral  são  métodos  que  recebem  uma  árvore  e  a  transformam  em  
outra  “mais  adequada”  ao  problema.  
§  Pontos  iniciais  típicos:  
1.  Um  árvore  grande  amostrada  è  que  precisa  ser  reduzida;  
2.  Um  único  cenário  è  que  precisa  ser  aumentada  (construída);  
3.  Um  “fan”  (coleção  de  “caminhos”)  è  que  precisa  ser  obtida  uma  árvore  
a  partir  disso.  
Análise  de  Sensibilidade  
§  Ponto  de  diferença  entre  as  técnicas  está  na  integração  com  o  modelo  
§  Algumas  trabalham  somente  cPetróleo  
om  a  distribuição  
Brasileiro  Sd/A  
a  árvore;  
§  Algumas  usam  o  próprio  modelo  para  avaliar  a  qualidade;  
§  Algumas  são  parte  do  próprio  processo  de  solução.    

UNESP,  9-­‐13  de  dezembro  de  2013  


Prof.  Fabrício  Oliveira  
Geração de cenários
Redução  de  cenários  (Dupačová  et.  al,  2003)  
§  Inicia-­‐se  com  uma  distribuição  de  
probabilidade  discreta  P  (uma  árvore  de  
cenários!)  geralmente  amostrada  de  algum   ...
processo  estocástico  (séries  temporais).   1 2 N 1 N

§  O  objetivo  é  encontrar  uma  outra  distribuição  


de  probabilidade  discreta  Q  (uma  árvore  
menor)  de  tamanho  pré-­‐deYinido,  a  qual  é  a  
mais  próxima  de  P.  
Análise  de  Sensibilidade  
t, P |t 1|
| min D(T, t)
§  Tal  proximidade  é  medida  segundo  métricas  
do  tipo  Fortet-­‐Mourier   Petróleo  Brasileiro  S/A  
§  A  métrica  é  absolutamente  independente  do   ...
1 2 n 1 n
método  de  otimização  utilizado.   Métricas de dist.
probabilisticas entre
§  Outras  alternativas:  Kantorovich,  Kantorovich-­‐ duas dist. discretas!
Rubenstein,  Kolmogorov,  Wasserstein…  vide  
“mass  transportation  problem”  (Monge,  1781)  

UNESP,  9-­‐13  de  dezembro  de  2013  


Prof.  Fabrício  Oliveira  
Geração de cenários
Redução  de  cenários  (Dupačová  et.  al,  2003)  
§  São  usadas  regras  heurísticas  para  decidir  
quais  cenários  serão  removidos  de  P  para  que  
se  obtenha  Q.  
§  Backward  Reduction  
§  Forward  Selection  lento  para  árvores  grandes  
§  Simultaneous  Backward  Reduction  –  
resultados  melhores  que  a  backward  reduction,  
porém  mais  lenta.  

Análise  de  Sensibilidade  


§  Fast  Forward  Selection  –  melhoria  do  
Forward  selection,  em  geral  gera  as  melhores  
árvores   Petróleo  Brasileiro  S/A  
§  Alguns  resultados  interessantes:  
§  50%  dos  cenários  è  90%  a  precisão  relativa  
§  2%  dos  cenários  è  50%  de  precisão  relativa  
Redução:  10  000  para  20  cenários  

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Prof.  Fabrício  Oliveira  
Geração de cenários
Fazendo  uma  árvore  de  um  a  partir  de  um  “fan”  (Heitsch  e  Römisch,  2006)  
§  Em  geral,  os  dados  estão  disponíveis  em  forma  de  sequências  ou  caminhos  (paths)  
§  Quando  combinados,  eles  formam  um  ventilador  e  não  uma  árvore!  
§  Precisamos  criar  nós  aglutinando  caminhos,  de  forma  a  criar  uma  árvore.  

Análise  de  Sensibilidade  


Petróleo  
§  Baseia-­‐se  nas  mesmas  ideia  de  redução   Brasileiro  
de  cenário,   S/A  
ou  seja,   minimizando  distâncias  
medidas  por  métricas  do  tipo  Fortet-­‐Mourier  e  baseando-­‐se  em  heurísticas  para  a  
seleção/construção  dos  nós  
§  Alguns  resultados  empíricos:  
§  15%  dos  nós  dão  60%  de  precisão  
§  6%  dos  nós  dão  50%  de  precisão  
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Prof.  Fabrício  Oliveira  
Geração de cenários
Fazendo  uma  árvore  de  um  a  partir  de  um“fan”  (Heitsch  e  Römisch,  2006)  
§  Exemplo:  Construção  de  frente-­‐para-­‐trás(Backward)    

Análise  de  Sensibilidade  


Petróleo  Brasileiro  S/A  

UNESP,  9-­‐13  de  dezembro  de  2013  


Prof.  Fabrício  Oliveira  
Geração de cenários
Fazendo  uma  árvore  de  um  a  partir  de  um“fan”  (Heitsch  e  Römisch,  2006)  
§  Exemplo:  Construção  de  de  frente-­‐para-­‐trás(Backward)    

Análise  de  Sensibilidade  


Petróleo  Brasileiro  S/A  

UNESP,  9-­‐13  de  dezembro  de  2013  


Prof.  Fabrício  Oliveira  
Geração de cenários
Fazendo  uma  árvore  de  um  a  partir  de  um“fan”  (Heitsch  e  Römisch,  2006)  
§  Exemplo:  Construção  de  trás-­‐para-­‐frente(Forward)    

Análise  de  Sensibilidade  


Petróleo  Brasileiro  S/A  

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Prof.  Fabrício  Oliveira  
Geração de cenários
Métodos  iterativos  de  corte  e  crescimento  
§  Métodos  iterativos,  os  quais  respeitam  uma  estrutura  geral:  
1.  Atua  na  árvore  para  melhorá-­‐la,  seja  podando-­‐a  ou  aumentando-­‐a  
2.  Resolve-­‐se  o  problema  com  a  nova  árvore  
3.  Analisa-­‐se  a  solução  
4.  Se  a  árvore  é  boa  o  suYiciente,  termina-­‐se  o  algoritmo.  Caso  contrário,  volta-­‐se  ao  
passo  1.  
§  Note  que  tais  métodos  dependem  da  possibilidade  de  se  resolver  o  
problema  de  forma  eYiciente  (resolve-­‐se  o  problema  múltiplas  vezes)  
Análise  de  Sensibilidade  
§  Em  alguns  casos  pode  começar  com  um  único  cenário  (valor  esperado,  por  
exemplo)   Petróleo  Brasileiro  S/A  
§  Novos  cenários  são  adicionados  por  amostragem  
§  Exemplo  de  método:  Dempster  e  Thomson  
§  Usa  EVPI  como  métrica  de  avaliação  
 
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Prof.  Fabrício  Oliveira  
Geração de cenários
Amostragem  interna  
§  Nesses  casos  a  amostragem  de  cenários  é  parte  do  processo  de  busca  por  
soluções  
§  A  informação  a  respeito  da  adição  ou  deleção  de  cenários  é  obtida  do  modelo  
§  Caso  mais  comum:  informação  dual  das  variáveis  
§  Problema:  se  for  o  caso,  presume  modelo  estocástico  linear  convexo  (não-­‐inteiro)  
§  Note  que,  neste  caso,  o  proceso  de  geração  de  cenários  “some”  do  processo  de  
modelagem  do  problema.  
Análise  de  Sensibilidade  
§  Ainda  é  preciso  decidir  número  de  períodos,  estágios,  ect.  
§  Exemplos:   Petróleo  Brasileiro  S/A  
§  Stochastic  Decomposition:  Higle  e  Sen  (96)  
§  Importance  sampling  within  Benders:  Dantzig  e  Infanger  (91)  
§  Stochastic  Quasi-­‐gradient:  Ermoliev  e  Gaivoronski    (92)  -­‐  funciona  para  
qualquer  problema  convexo,  inclusive  NL.  
 
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Prof.  Fabrício  Oliveira  
Geração de cenários
Take-­‐aways  
§  Geração  de  cenários  é  uma  parte  importantíssima,  porém  largamente  
negligenciada,  de  otimização  sob  incerteza  
§  Um  método  de  geração  de  cenários  ruim  pode  arruinar  a  qualidade  da  
solução  de  um  modelo  de  otimização;  
§  Existe  atualmente  uma  ampla  gama  de  métodos  sendo  propostos  na  
literatura,  porém  é  preciso  avaliar  o  nível  de  adequação  
§  Depende  de  o  que  se  tem  de  dados  disponíveis,  como  a  incerteza  pode  ser  
modelada,  ect.   Análise  de  Sensibilidade  
Petróleo  Brasileiro  S/A  
§  Questões  em  aberto:  
§  Existe  um  método  de  geração  de  cenário  universalmente  bom?  
§  Qual  é  estrutura  ótima  da  árvore  de  cenários?  (larga  vs.  longa)  

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Prof.  Fabrício  Oliveira  
Aproximação por média amostral
Usando  SAA  
§  O  SAA  é  uma  técnica  baseada  em  
simulação  de  Monte  Carlo   1 2
...
N 1 N
§  Primeiramente  proposta  por  Shapiro  e  
Homem-­‐de-­‐Mello  (1998).  
§  A  principal  ideia  por  trás  da  técnica  é  
m=1 m=2
buscar  aproximar  o  valor  da  função  
objetivo  considerando  a  média  do  
valor  da  solução  sucessiva  de  vários  Análise  de  Sensibilidade  
1 2
... ...
n 1 n 1 2 n 1 n
problemas  compostos  por   Petróleo  Brasileiro  
... S/A   m=M
subconjuntos  de  cenários  amostrados  
de  forma  sucessiva  
... ...
§  Como  um  problema  de  simulação  onde   1 2 n 1 n 1 2 n 1 n
o  modelo  em  si  é  o  próprio  modelo  
matemático.  
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Prof.  Fabrício  Oliveira  
Aproximação por média amostral
Usando  SAA  
§  Apesar  de  ser  propagandeado  como  uma  forma  de  lidar  com  a  distribuição  
contínua  através  de  simulação,  o  SAA  possui  outra  aplicação  importante  
mesmo  para  situações  onde  a  incerteza  se  dá  de  forma  discreta.  
§  Podemos  usar  também  a  técnica  do  SAA  para  situações  onde  o  número  de  
cenários  gerados  é  muito  grande.  
§  Ter  um  número  de  cenários  muito  grande,  signiYica  ter  um  número  de  
cenários  tal  que  seja  inviável  computacionalmente  resolver  o  
Análise  de  Sensibilidade  
Equivalente  Determinístico  diretamente.  
Petróleo  Brasileiro  
§  Algo  que  acontece  muito  frequentemente,   S/A  
especialmente   em  modelos  que  
consideram  longos  períodos  de  tempo  
§  Ex.:  Imagine  100  componentes,  cada  uma  podendo  assumir  dois  valores  
distintos  è  total  de  cenários  =  2100  ou  1030  

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Prof.  Fabrício  Oliveira  
Aproximação por média amostral
Usando  SAA  
§  A  grande  sacada:  como  você  tem  a  
combinação  de  amostras  sucessivas,   1 2
...
N 1 N
podemos  nos  respaldar  no  Teorema  
do  Limite  Central  para  conseguir  
garantias  estatísticas  como:  
§  Convergência   m=1 m=2

§  Intervalos  de  conYiança  


Análise  de  
§  DeYinição  de  tamanhos  de  amostra...  
1
. . .Sensibilidade  
2 n
...
1 n 1 2 n 1 n
§  Assim,  questões  como  amostragem,   Petróleo  Brasileiro  
... S/A   m=M
tamanho  da  amostra,  nível  de  
con=iança  e  outros  termos  da  
... ...
estatística  passam  a  ser  relevantes.   1 2 n 1 n 1 2 n 1 n

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Prof.  Fabrício  Oliveira  
Aproximação por média amostral
Usando  SAA  
§  Seja  o  seguinte  problema:  
⇢ Z
v ? = min f (x) = E⌦ [F (x, ⇠)] = G(x, ⇠)g(x)dx
  x2X ⌦

onde  g  é  a  função  de  densidade  de  ξ.    Note  que  nosso  problema  tradicional  de  
dois  estágios  é  um  caso  particular  dele.  Basta  fazermos:  
  f (x) = cT x + Q(x)
X = {x | Ax = b} Q(x) = E⌦ [Q(x, ⇠)]
 
Q(x, ⇠) = min q(⇠)T y(⇠) | W (⇠)y(⇠) = h(⇠) Análise  de  ST ensibilidade  
(⇠)x
  y Petróleo  Brasileiro  S/A  
§  Vamos  assumir  que  nesse  caso  a  integral  representa  o  nosso  maior  problema  
§  Poderia  ser  um  valor  esperado  discreto,  mas  com  muitas  componentes  em  ξ  
também.  

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Prof.  Fabrício  Oliveira  
Aproximação por média amostral
Usando  SAA  
§  Nosso  objetivo  é  tentar  estimar  o  valor  de  v*.  Para  tal,  vamos  obter  uma  
amostra  de  cenários  {ξ1,  8
ξ2,  ...,  ξN}  e  em  seguida  resolver  9
o  seguinte  problema:  
< 1 X =
v̂N = min f˜N (x) = n
F (x, ⇠ )
  x2X : N
n=1,...,N
;
onde   8 9
< 1 X =
  x̂N ˜
= arg min fN (x) = F (x, ⇠ n )
x2X : N ;
Análise  de  Sensibilidade  
n=1,...,N

§  Note  que  tanto  o  valor  da  função  oPetróleo  


bjetivo  qBuanto   a  sSolução  
rasileiro   /A   são  em  si  
variáveis  aleatórias,  dependentes  da  amostra  {ξ1,  ξ2,  ...,  ξN}    
§  O  segredo  está  em  conseguir  mostrar  que,  repetindo  esse  processo  de  
“amostra  e  resolve”  a  gente  converge  para  o  problema  original  f(x)  
§  Como  fazer  isso?  

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Prof.  Fabrício  Oliveira  
Aproximação por média amostral
Propriedades  fundamentais  
§  O  segredo  do  funcionamento  do  SAA  se  respalda  em  duas  
propriedades  fundamentais:  
§  Propriedade  1:    f  ˜  N      (x)
           é  um  estimado  não-­‐enviesado  de  f(x)  para  todo  x    
Prova:  
2 3
h 1 i X 1
E⌦ ˜
fN (x) = E⌦ 4 5 n
F (x, ⇠ ) = N f (x) = f (x)
  N N
Análise  de  Sensibilidade  
n=1,...,N

§  Ou  seja:  podemos  garantir  que  Petróleo  


estamos   Brasileiro  S/A  
indo  na  direção  do  problema  
que  queremos  estimar  de  fato!  

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Prof.  Fabrício  Oliveira  
Aproximação por média amostral
Propriedades  fundamentais  
§  O  segredo  do  funcionamento  do  SAA  se  respalda  em  duas  propriedades  
fundamentais:  
§  Propriedade  2:    v̂    N
       é  limite  inferior  para  v*  
8 2 39
Prova(1/2):  Note  que:   < X =
1
  v = min {E⌦ [F (x, ⇠)]} = min E⌦ 4
?
F (x, ⇠ n )5
x2X x2X : N ;
n=1,...,N
Assim,  podemos  dizer  
8 que:   9
Análise  de  SF (x,
ensibilidade  
  <1 X 1 = X
n n
min F (x, ⇠ )  ⇠ )
x2X : N ; N
  Petróleo  Brasileiro  
n=1,...,N n=1,...,NS/A  

Tirando  o  valor  esperado  dos  dois  lados,  temos:  


28 93 2 3
  <1 X = 1 X
E⌦ 4min F (x, ⇠ ) 5  E⌦ 4
n
F (x, ⇠ n )5
  x2X : N
n=1,...,N
; N
n=1,...,N

 
  UNESP,  9-­‐13  de  dezembro  de  2013  
Prof.  Fabrício  Oliveira  
Aproximação por média amostral
Propriedades  fundamentais  
§  O  segredo  do  funcionamento  do  SAA  se  respalda  em  duas  propriedades  
fundamentais:  
§  Propriedade  2:    v̂    N
       é  limite  inferior  para  v*  
Prova(2/2):  Que,  por  sua  vez  é  o  mesmo  que:  
2 3
  1 X
E⌦ [v̂N ]  E⌦ 4 F (x, ⇠ n )5
  N
n=1,...,N
Que  é  o  mesmo  que  dizer  que:  8
<
2 Análise  
X
de  
3S9ensibilidade  
=
  1
E⌦ [v̂N ]  min E⌦ 4 Petróleo  Brasileiro  
F (x, ⇠ n )S5/A   = v ?
  : N ;
n=1,...,N

Ou  seja,  podemos  garantir  que,  ao  calcularmos  o  valor  esperado  da  funções  
objetivo  dos  problemas  amostrais,  teremos  um  limite  inferior  para  o  problema  
original  
  UNESP,  9-­‐13  de  dezembro  de  2013  
Prof.  Fabrício  Oliveira  
Aproximação por média amostral
Aproximação  para  o  limite  inferior  
§  Dadas  as  duas  propriedades  apresentadas  anteriormente,  podemos  então  
deYinir  um  procedimento  para  calcular  uma  estimativa  para  v̂      N    .  
1.  Sorteiam-­‐se  M  amostras  {ξ11,  ξ21,  ...,  ξN1},  {ξ,2,  ξ22,  ...,  ξN2},  ...,  {ξ1M,  ξ2M,  ...,  ξNM}    
2.  Para  cada  amostra  m  de  8
N  cenários,  resolva:   9
<1 X =
m
v̂N = min F (x, ⇠ nm )
x2X : N ;
  n=1,...,N

X
Análise  de  Sensibilidade  
3.  Assim,  podemos  obter  uma  estimativa  LNM  para    v̂    N
       calculando  
  1
Petróleo   Brasileiro  
m S/A  
LN M = v̂N
  M
m=1,...,M

§  Podemos  usar  as  mesmas  ideias  que  usamos  para  provar  a  Propriedade  1  
para  mostrar  que  LNM  é  um  estimador  não-­‐enviesado  para   E⌦ [v̂N ]
 
  UNESP,  9-­‐13  de  dezembro  de  2013  
Prof.  Fabrício  Oliveira  
Aproximação por média amostral
Aproximação  para  o  limite  inferior  
§  Podemos  utilizar  o  Teorema  do  Limite  Central  para  construir  um  intervalo  de  
conYiança  para  LNM.  Assim,  sabemos  que:  
p 2
M [LN M E⌦ [v̂N ]] ! N (0, L)
2 m
onde          L      é  a  variância  de    v̂    N
       ,    m
           =
           1,
       .      .    .    ,    M
           e  a  seta  indica  convergência  com  
2
respeito  a  distribuição  normal  com  média  0  de  variância          L    .    
2
§  Para  aproximar          L      ,  podemos  usar  o  estimador  amostral  dado  por:  

s2L =
1 Análise  
X
m de  Sensibilidade  
(v̂N LN M ) 2
M 1 Petróleo  Brasileiro  S/A  
m=1,...,M
§  Finalmente,  dado  um  nível  de  conYiança  α  (e,  por  consequência  zα,tal  
que  P
       (z
         
       z    ↵    )      =
       1                ↵    )  podemos  deYinir  o  intervalo  de  conYiança  como  sendo:  

  z↵ s L z s
LN M p , LN M + p↵ L
M M
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Aproximação por média amostral
Aproximação  para  o  limite  superior  
§  Observe  que,  toda  vez  que  resolvemos  um  dos  problemas  v̂      m      ,  a  solução  
N
N
obtida    x̂    m
       pode  ser  imediatamente  usada  para  obter-­‐se  uma  estimativa  para  
o  valor  de  um  limite  superior  para  o  problema.  
§  Para  tal,  basta  notar  que:  
f (x̂) v ? , 8x̂ 2 X
§  Dessa  forma,  podemos  usar  alguma  solução  “quase-­‐ótima”  x̂      N
m        para,  usando  
um  estimador  não-­‐enviesado  para  f      (x̂)
           obter  uma  estimativa  para  o  limite  
superior.   Análise  de  Sensibilidade  
Petróleo  Brasileiro  S/A  
§  Podemos  usar  um  estimador  inspirado  no  que  Yizemos  para  o  limite  inferior.  
 

UNESP,  9-­‐13  de  dezembro  de  2013  


Prof.  Fabrício  Oliveira  
Aproximação por média amostral
Aproximação  para  o  limite  superior  
§  Para  obter  uma  estimativa  para  f      (x̂)
             fazemos  o  seguinte:  
1.  Sorteiam-­‐se  T  amostras  de  tamanho  N  {ξ11,  ξ21,  ...,  ξN1},  {ξ12,  ξ22,  ...,  ξN2},  ...,  
{ξ1T,  ξ2T,  ...,  ξNT}    
2.  Para  cada  amostra  t  de  N  cenários,  resolva:  
ˆt 1 X
fN (x̂) = F (x̂, ⇠ nt )
  N
n=1,...,N

Análise  de  Sensibilidade  


3.  Assim,  podemos  obter  uma  estimativa  UNT  para  f      (x̂)
           calculando  
  1 X Brasileiro  
Petróleo  
UN T (x̂) = fˆN
t
(x̂) S/A  
  T
t=1,...,T

§  Podemos  usar  as  mesmas  ideias  que  usamos  para  provar  a  Propriedade  1  
para  mostrar  que  UNT    é  um  estimador  não-­‐enviesado  para  f (x̂)
 
  UNESP,  9-­‐13  de  dezembro  de  2013  
Prof.  Fabrício  Oliveira  
Aproximação por média amostral
Aproximação  para  o  limite  superior  
§  Algumas  observações:  
§  O  estimador  UNT  considera  N  e  T  tal  que  N  >  T  >>  N  
§  A  razão  disso  é  que,  quando  se  trata  de  um  problema  de  segundo  estágio,  
             para  uma  solução    x̂    N
a  avaliação  de  f      (x̂)          é  em  geral  computacionalmente  
m
barata  e  pode  se  beneYiciar  de  técnicas  de  decomposição  e  paralelização.  
§  A  vantagem  de  usar  valores  grandes  para  T  e  N  se  refere  a  possibilidade  
de  reduzir  a  variabilidade  da  estimativa.  
§ 
Análise   d e   Sensibilidade  
Exatamente  como  Yizemos  anteriormente,  podemos  nos  basear  no  
Petróleo  Brasileiro  S/A  
Teorema  do  Limite  Central  para  deYinir  intervalos  de  conYiança  para  a  
estimativa  do  limite  superior  f (x̂)
 
 

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Aproximação por média amostral
Aproximação  para  o  limite  superior  
§  Sabemos  que:  
p 2
T [UN M f (x̂)] ! N (0, U)

2
       é  a  variância  de  f  ˆ  N
onde        U  t      (x̂),
               t      =
       1,
         .    .    .    ,    T        e  a  seta  indica  convergência  com  
2
respeito  a  distribuição  normal  com  média  0  de  variância        U      .    
2
§  Para  aproximar        U
     ,  podemos  usar  o  estimador  amostral  dado  por:  
1 X
sU = 2
(fˆN
t
(x̂) UN T (x̂))2
T 1
t=1,...,T Análise  de  Sensibilidade  
§  Finalmente,  dado  um  nível  de  conYiança   Petróleo  
α  B rasileiro  
(e,   S/A  
por  consequência   zα,tal  
que  P
       (z
         
       z    ↵    )      =
       1                ↵    )podemos  deYinir  o  intervalo  de  conYiança  como  sendo:  

  z↵ s U z↵ s U
UN T (x̂) p , UN T (x̂) + p
T T
 
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Aproximação por média amostral
Aproximação  para  o  gap  de  otimalidade  
§  Chamamos  de  gap  de  otimalidade  qualquer  diferença  de  valores  que  nos  dão  
uma  medida  do  quão  longe  estamos  do  valor  da  solução  ótima.  
§  Note  que,  agora  que  temos  uma  estimativa  para  o  limite  inferior  e  outra  para  
o  limite  superior  do  real  valor  de  v*,  podemos  combinar  essas  informações  
para  obtermos  uma  estimativa  do  nosso  gap  de  otimalidade.  
§  Basta  lembrar  que:    v̂N  v ?  f (x̂)
§  Dessa  forma,  estaremos  interessados  em  estimar  o  valor  do  gap  de  
Análise  de  Sensibilidade  
otimalidade,  o  qual  é  dado  pela  diferença:  
Petróleo  Brasileiro  S/A  
f (x̂) v?

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Aproximação por média amostral
Aproximação  para  o  gap  de  otimalidade  
§  Para  tal,  podemos  deYinir  o  seguinte  estimador:  

GAPN M N T (x̂) = UN T (x̂) LN M

§  Assim,  pela  lei  dos  grandes  números,  temos  que  quando  N,  M,  N  e  T  tendem  
ao  inYinito,  tal  estimador  tende  a  0.  
§  Além  disso,  como  por  deYinição  temos  que:    

UN T (x̂) LN M Análise  
0 ) GAPNd e  Sensibilidade  
M N T (x̂) 0
Petróleo  Brasileiro  S/A  
§  Não  é  sempre  verdade,  pois  esses  valores  são  estimativas  dentro  de  um  
intervalo  de  conYiança  que  pode  ser  grande  o  suYiciente  para  “furar”  essa  
premissa!  

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Aproximação por média amostral
Aproximação  para  o  gap  de  otimalidade  
§  A  variância  de    GAP
                 N
       M
     N
     T      (x̂)
             é  dada  por:   s2GAP = s2U + s2L
§  Observações:  
§  É  preciso  ter  em  mente  os  3  principais  vilões  quanto  a  variabilidade  de    GAP
                   N
     M
       N
     T      (x̂)
                         
como  estimador  para  f      (x̂)
                    v ?
1.  Variabilidade  de  UNT  
§  Em  princípio  pode  ser  resolvida  na  força  bruta,  aumentando  o  quanto  se  queira  N  e  T;  
2.  Variabilidade  de  LNT  

Análise  de  Sensibilidade  


§  Essa  é  bem  mais  complicada,  pois  não  dá  simplesmente  para  aumentar  N  o  quanto  se  
queira,  pois  criaremos  Equivalentes  Determinísticos  grandes  demais  para  serem  tratados  
(o  que  era  o  nosso  problema  desde  o  cPetróleo  
omeço).   Brasileiro  S/A  
§  O  que  podemos  fazer  a  respeito:  
§  Decomposição:  brigar  de  forma  inteligente  com  o  aumento  de  N  
§  Amostrar  de  forma  inteligente:  usar  técnicas  mais  soYisticadas  de  amostragem  
(Importance  sampling,  Latin  Hypercube,  estratiYicação...)  
 
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Aproximação por média amostral
Aproximação  para  o  gap  de  otimalidade  
§  A  variância  de    GAP
                 N
       M
     N
     T      (x̂)
             é  dada  por:   s2GAP = s2U + s2L
§  Observações:  
§  É  preciso  ter  em  mente  os  3  principais  vilões  quanto  a  variabilidade  de    GAP
                   N
     M
       N
     T      (x̂)
                         
como  estimador  para  f      (x̂)
                    v ?
3.  Viés  em  direção  a   v ? E⌦ [v̂N ]
§  Talvez  você  não  tenha  notado,  mas:  
UN T (x̂) ! f (x̂)
E⌦ [v̂N ]
Análise  de  Sensibilidade  
GAPN M N T (x̂) ! f (x̂)
LN M ! E⌦ [v̂N ]
§  O  problema  é  que  queríamos  originalmente    f      (x̂)
Petróleo          B          v    ?    !  
     rasileiro   S/A  
§  No  Yim  das  contas  o  que  temos  é  que,  por  mais  esforço  que  façamos,  sempre  teremos  de  lidar  
com  fato  de  que  f      (x̂)                        E
     ⌦      [v̂
       N      ]      >                        v      ?  .  Em  outras  palavras,  signiYica  dizer  que  o  
         f    (x̂)
estimador  para  o  gap  de  otimalidade  sempre  superestima  o  gar  de  otimialidade  real  e  possui  
viés    v    ?                E
     ⌦
       [v̂
     N
       ]  .      
§  Shapiro  e  Homem-­‐de-­‐Mello  (1998)  mostraram  que  esse  viés  decai  a  O(N-­‐1/2)  

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Aproximação por média amostral
Algumas  tecnicalidades  do  método  
§  Em  algumas  situações  se  faz  necessária  a  deYinição  de  uma  metodologia  “por  
fora”  para  que  sejam  escolhidas  qual  (quais)  soluções    x̂      serão  de  fato  
escolhidas.  
§  Como  comparar  tais  soluções  entre  si?  Questão  em  aberto  em  termos  práticos...  
§  Em  momento  nenhum  falamos  sobre  tamanhos  apropriados  para  N.  
§  Existe  uma  boa  quantidade  de  teoria  que  tenta  deYinir  limites  que  garantem  
determinada  conYiabilidade  quanto  a  solução  obtida,  tanto  para  o  caso  contínuo  
quanto  para  o  caso  discreto.     Análise  de  Sensibilidade  
Petróleo  Brasileiro  S/A  
§  Ex.:  Kleywegt  (2002)  –  caso  combinatório  
2
✓ n◆ 2
3 max 2 3 max
N 2
log = 2
[n log 2 log ↵]
(✏ ) ↵ (✏ )
onde  δ  é  o  gap  de  otimalidade  inteira,  ε  é  o  gap  de  otimalidade  desejado,  σmax  é  um  
termo  deYinido  pela  máxima  variância  da  diferença  de  determinadas  funções  no  
ótimo  e  α  é  um  determinado  nível  de  conYiança.  
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Aproximação por média amostral
Usando  SAA  como  técnica  de  geração  de  cenários  
§  Conforme  vimos  anteriormente,  uma  forma  válida  de  se  gerar  cenários  
consiste  em  utilizar  técnicas  de  amostragem  
§  Podemos  utilizar  as  ideias  oriundas  do  método  para,  de  alguma  forma,  
controlar  o  método  de  geração  de  cenários  e  fornecer  garantias  estatísticas  
sobre  a  soluções  que  estão  sendo  obtidas.    
§  Para  tal,  precisaremos  manter  
8 em  mente  que:   9
< X =
Análise  de  Sensibilidade  
1
v̂N = min f˜N (x) = F (x, ⇠ n )
  x2X : N ;
n=1,...,N
Petróleo  Brasileiro  S/A  
§  Note  que,  como  vimos  anteriormente,  podemos  ver    v̂    N        como  sendo  o  valor  
esperado  de  uma  variável  aleatória,  a  qual  seria  exatamente  o  valor  da  função  
objetivo;  
§  Além  disso,  ele  também  é  em  si  um  estimador  para  o  valor  da  função  objetivo.  

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Usando  SAA  como  técnica  de  geração  de  cenários  
§  Assim,  podemos  pensar  que,  cada  um  dos  cenários  {ξ1,  ξ2,  ...,  ξN},  quando  
avaliados  no  problema  de  otimização,  representam  em  si  uma  realização  
variável  aleatória  representada  
0 pela  
8 função  objetivo  d9 o  problema.  
1
<1 X =
vN (⇠ n ) = F @arg min F (x, ⇠ n ) , ⇠nA
x2X : N ;
  n=1,...,N

§  Que,  por  sua  vez,  pode  ter  sua  variância  estimada  segundo  o  estimador  
s
PN

 
sN = n=1 (v̂Análise  de  Sensibilidade  
N v N (⇠ n ))2

N B
Petróleo   1 rasileiro  S/A  
§  E,  novamente,  usando  o  Teorema  do  Limite  Central,  podemos  deYinir  um  
intervalo  de  conYiança  para  o  nosso  estimador  v̂    N
       do  valor  da  função  objetivo  

z↵/2 sN z↵/2 sN
v̂N p , v̂N + p
N N
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Aproximação por média amostral
Usando  SAA  como  técnica  de  geração  de  cenários  
§  Podemos  usar  este  intervalo  de  conYiança  de  forma  “reversa”:  
§  Dada  uma  tolerância  β  para  o  tamanho  do  intervalo,  onde  β  representa  um  desvio  
percentual  máximo  tolerável;  
§  Dado  um  determinado  nível  de  conYiança  1  –  α.  
§  Podemos  então  deYinir  que:  
✓ ◆2
z↵/2 sN
N
Análise  de  Sensibilidade  
( /2)v̂N
Petróleo  Brasileiro  S/A  
Assumindo  a  divisão  do  intervalo    
de  forma  simetrica  ao  redor  do  
valor  esperado  

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