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UNIVERSIDADE CEUMA
CAMPUS IMPERATRIZ
Imperatriz – MA
2018
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Imperatriz – MA
2018
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53f. ; 30 cm.
CDU: 621.6:504.03
Proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive
através de processos xerográficos, sem permissão expressa do Autor. (Artigo 184 do Código Penal Brasileiro,
com a nova redação dada pela Lei n.8.635, de 16-03-1993).
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NA CIDADE DE IMPERATRIZ-MA
BANCA EXAMINADORA
Orientador: ______________________________________________
Prof. Orientador: Fausto Lucena
Universidade CEUMA
Membro 1: ________________________________________________
Alberto Belotti Colombo
Universidade CEUMA
Membro 2: ________________________________________________
André Salgado Sandin
Universidade CEUMA
Imperatriz – MA
2018
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AGRADECIMENTOS
Como cristã, agradeço primeiramente a Deus, pois dele vem toda a vitalidade e
inteligência para que se escreva cada palavra, construa cada raciocínio e defenda cada
pensamento por mim criado.
Com muito amor, agradeço ao meu querido esposo, Felipe Picoli, pois ele está comigo
em cada momento, me dando forças e apoio para que eu alcance cada conquista. Se não fosse
por ele, não teria muito do que tenho construído hoje. Ele me dá amor, carinho, coragem,
entusiasmo, segurança e estabilidade para que, com calma, eu possa dar cada passo sem medo
de me arrepender. Obrigada, meu amor!
Aos meus pais, Noeci Feijó e Flávio Zacca, me fizeram quem sou hoje, me mostrando
o caminho a seguir, me educando de forma coesa, mostrando os valores certos a ter, construindo
meu caráter. Sou imensamente grata por cada minuto de esforço deles por mim. Especialmente
à minha mãe, que nunca me deixou sozinha, sempre esteve comigo quando precisei, de forma
incansável se dedicou para fazer com que seus filhos sejam pessoas fortes e bem preparadas
para o mundo. Obrigada, mãe, eu sou apenas um pedaço de você.
Minhas irmãs, Carla e Laura, com suas particularidades me fizeram mais fortes, não me
deixaram me sentir sozinha. Me apoiaram e me deram suporte. Um obrigada especial à Carla,
que por muitos anos me propiciou infinitas oportunidades que fizeram muita diferença em quem
me tornei.
E por último, e não menos importante, meus amigos. Sem eles eu já teria
desestabilizado. Meu escape, onde por muitas vezes me mostraram como seguir, sem me fazer
desistir de tantos projetos acadêmicos. Vocês são minha companhia e parte muito importante
da minha saúde mental.
Obrigada.
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RESUMO
Com intuito de atenuar os dados causados pelo uso de recursos não renováveis, estudos e
criações de novas tecnologias buscam alternativas sustentáveis, como por exemplo, o uso da
energia solar. A implantação desse sistema já mostrou que não oferecer risco algum ao meio
ambiente, além de propiciar estabilidade e segurança ao consumidor. Este trabalho apresenta
um estudo de caso para a implantação do sistema fotovoltaico à uma edificação comercial que
possui demanda energética de 6000kWh mensal. Para isso, foi feito uma pesquisa bibliográfica
e documental. Tal edificação é locada no município de Imperatriz, Maranhão, região no qual
apresenta incidência solar alta e constante por todo o ano, sendo conveniente para obtenção de
uma alta eficácia do sistema. A partir disso, é feito o dimensionamento dos equipamentos
necessários, além da análise da viabilidade econômica, apontando os diversos benefícios
provenientes do sistema. Observou-se, ao final que, com o valor economizado ao longo da vida
útil dos painéis (25 anos), pode fazer a implantação de outros 70 sistemas iguais.
ABSTRACT
In order to mitigate the data caused by the use of nonrenewable resources, studies and creations
of new technologies seek sustainable alternatives, such as the use of solar energy. The
implementation of this system has already shown that it does not offer any risk to the
environment, besides providing stability and security to the consumer. This work presents a
case study for the implantation of the photovoltaic system to a commercial building that has
energy demand of 6000kWh per month. For this, a bibliographical and documentary research
was done. This building is located in the municipality of Imperatriz, Maranhão, in which it has
a high and constant solar incidence throughout the year, being convenient to obtain a high
efficiency of the system. From this, the sizing of the necessary equipment is done, besides the
analysis of the economic viability, pointing out the various benefits coming from the system.
At the end, it was observed that, with the value saved over the useful life of the panels (25
years), it can implant another 70 identical systems.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 11
1.1 APRESENTAÇÃO..................................................................................................................... 11
5 ANÁLISE FINANCEIRA............................................................................................... 36
6 DISCUSSÃO ........................................................................................................................ 41
7 CONCLUSÃO...................................................................................................................... 44
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 45
ANEXOS ................................................................................................................................. 49
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1 INTRODUÇÃO
1.1 APRESENTAÇÃO
Logo, chega-se a seguinte indagação: quais os benefícios do uso de placas voltaicas para
geração de diversos tipos de energia? Os benefícios podem ultrapassar os custos? A partir de
então começa-se a discorrer sobre como alcançar as respostas a respeito do tema.
A partir disso, será feito um estudo de caso para a implantação de um sistema
fotovoltaico para suprir o gasto de energia do sistema que tem um consumo equivalente a
6000kWh. Esse estudo apontará todos os recursos necessários, desde locação a orçamento,
apontando ainda a perspectiva de retorno do investimento, utilizando dados reais do local a ser
estudado, como, por exemplo, a tarifação utilizada pela Companhia Energética do Maranhão
(CEMAR).
A edificação escolhida apresenta grande viabilidade para a implantação do sistema
fotovoltaico, uma vez que fica exposta ao sol por longos períodos e dispõe de áreas sem
utilização para instalação das células fotovoltaicas. Dessa forma, o estudo apresentará todos as
características locais e do projeto.
Logo, essa pesquisa apresenta uma análise de fonte de energia alternativa e totalmente
sustentável, sendo essas as placas fotovoltaicas, as quais recebem raios solares e as transformam
em energia. Não há dano ao meio ambiente durante o processo. Além de que a geração de
energia solar propicia uma economia considerável nos custos com energia elétrica a longo
prazo, o qual será demonstrado ao desenvolver deste trabalho.
Este trabalho propõe identificar os benefícios do uso de placas fotovoltaicas para
geração de energia elétrica, apontando todos os materiais necessários para a implantação do
sistema, utilizando análise de documentos e revisões bibliográficas, baseado em estudos de
placas fotovoltaicas já existentes no mercado.
Para esse fim, buscou-se fazer um dimensionamento de um sistema fotovoltaico para
um caso específico, apontando os materiais necessários para sua implantação, além dos
benefícios do recurso utilizado.
Através deste dimensionamento, trataremos de apresentar o funcionamento dos módulos
fotovoltaicos, juntamente a um breve dimensionamento dos demais materiais a serem
utilizados, como cabos e sustentação. Com isso, será feito um comparativo entre a utilização da
rede pública e do sistema fotovoltaico, apontando seus benefícios, ressaltando a supremacia por
não gerar agressão ao meio ambiente, além da relação custo-benefício.
O trabalho inicia-se criando uma familiarização do leitor com o contexto atual: as
condições meteorológicas de funcionamento do sistema como o mercado nacional. Tendo essa
visão, pode-se então apresentar o sistema, as possibilidades de arranjo e suas aplicações, onde
cada solicitação cabe uma aplicação. A partir de então, inicia-se o dimensionamento do sistema.
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2 CONTEXTO ATUAL
Como representado na Figura 3, o sistema isolado é caracterizado por não haver ligação
com a rede pública. A Figura 3, mostra a diferença, já que este representa o sistema on-grid, ou
seja, ligado à rede pública.
Por ser um sistema tão simples e prático de operar, necessita apenas de uma única e
renovável fonte de energia: solar (com exceção do sistema híbrido); fonte essa que o Brasil, em
todos os seus estados, recebe com abundância. Ressaltando a incidência de raios solares em
Imperatriz - MA, cidade onde é realizada a pesquisa. O Brasil teve perspectiva de crescimento
do mercado de energia fotovoltaicas expressadas em 300% em 2 anos (2015 a 2017) (PORTAL
SOLAR, 2017). Acrescente-se a isso que, segundo estimativas do Governo Federal (2015), esse
mercado movimente até 2030 cerca de 100 bilhões de reais.
Para que seja válido um sistema solar, deve-se ter uma incidência de 3 a 4 kWh/(m²/dia),
sendo estes equivalentes a 125 a 166 W/m² (CEPEL - CRESESB, 2014), como expresso no
mapa. Logo, observa-se que a maioria das áreas situadas entre os trópicos são aptas para um
sistema fotovoltaico.
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3 A CÉLULA FOTOVOLTAICA
Figura 7 - Estrutura de bandas de energia em condutor (a), semicondutor (b) e isolante (c).
Pode ser visto que o silício possui um ponto de fusão que atenderá a solicitação do
material, já que o mesmo será exposto ao sol por longos períodos, elevando sua temperatura.
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Sintetizando, cria-se duas camadas com alta concentração de dopantes para que haja
regiões com prevalência de cargas livres negativas e positivas (tipo n e tipo p, respectivamente).
Com isso, os elétrons excedentes na região n invadem o lado p e vice-versa, formando cargas
negativas e positivas fixas, até que estabeleça o equilíbrio, criando um campo magnético que
impede que haja essa contínua troca de elétrons entre as regiões. Essa zona com carga positiva
e negativa é chamada de carga especial ou zona de depleção (Figura 9), caracterizado por não
existir mais portadores (PINHO E GALDINO, 2014).
Ao entrar em contato as duas regiões, estabelece-se o equilíbrio, isso advém do fluxo
inicial dos portadores e pela formação do campo elétrico e da diferença de potencial, sendo
estes responsáveis pela atração da corrente fotogerada (PINHO & GALDINO, 2014).
3.1 O SISTEMA
O sistema solar fotovoltaico pode ser configurar de diversas formas, tudo depende da
solicitação e como melhor será adaptado. Dessa forma, cada caso é um caso isolado. Como por
exemplo, se o sistema tiver uma maior solicitação de tensões, deverá ser feito associações em
série; já em paralelo, possibilita o aumento da capacidade de fornecimento de corrente. Além
dessas características, pode haver a necessidade de armazenamento de carga, incluindo assim
um conjunto de baterias.
Pode, ainda, ajustar o posicionamento, tanto do arranjo de todos os equipamentos
(inversores, baterias, controladores de cargas e módulos), como somente dos módulos, para
obter o resultado necessário.
O sistema fotovoltaico é constituído por três blocos, onde a cada caso, pode ser aplicado
uma combinação de acessórios diferente, tanto nas especificações como na combinação dos
grupos.
Responsável pela captação dos raios solares. Constituído pelos módulos fotovoltaicos,
cabeamento e a estrutura de sustentação, sendo este responsável pela captação dos raios solares.
Pode ser feito diversas associações entre os módulos, como citado anteriormente.
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A estrutura de fixação pode ser feita de diversas maneiras, podendo ser sobre telhados,
fixadas em paredes ou até mesmo no solo. Dependendo da angulação necessária e a superfície
a ser instalada, pode demandar distintas materiais (em sua grande maioria metálica, como inox
e alumínio) e quantidades, geralmente constituídas por perfis, bases, grampos e sistema de
aterramento (PHB SOLAR, 2018). No entanto, todos tem em comum as seguintes
especificações: ter boa resistência a água, sol, vento e efeitos do tempo.
Tem por função fazer o controle da carga de corrente e do tipo de corrente que circula
pelo sistema.
se associadas a um gerador. Garante que a energia gerada pelo sistema seja usual, já que a
maioria dos aparelhos utilizados são CA (E-CYCLE, 2018).
Figura 11 - Esquema do bloco de condicionamento de potência.
3.1.1.4 Cabeamento
O sistema fotovoltaico exige uma série de cabos e conexões, onde deve-se haver uma
resistência a intempérie, ou seja, resistir a altas temperaturas extremas, radiação UV, ozônio e
à absorção de água. Deve-se também ter uma boa resistência mecânica, não danificando
facilmente devido a impactos.
Na Figura 12 é mostrado as conexões que se fazem necessárias, sendo: (1) conexões
entre placas e painéis fotovoltaicos, (2) instalação em baixa tensão CC entre painéis e caixas de
conexão, (3) instalação baixa tensão CC entre caixas de conexão e o inversor, (4) instalação
baixa tensão AC até o transformador, (5) cabos para o circuito de média tensão e (6) cabos para
linhas aéreas.
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Como dito por Besso (2017), o sistema ligado à rede é semelhante aos demais, no
entanto, o usuário possui a comodidade de ter a garantia do fornecimento de energia elétrica, já
que dispõe de duas fontes de energia. E, ainda tem a possibilidade de fazer o armazenamento
de energia via baterias juntamente ao sistema On-Grid (ligado à rede), no entanto, só se mostra
vantajoso se a localidade não possua uma linearidade no fornecimento de energia elétrica via
rede pública, como em interiores e de difícil acesso.
Na Figura 15, apresenta-se uma possibilidade de esquema de sistema ligado à rede,
onde apresenta o fluxo da energia gerada pelo sistema fotovoltaico juntamento com a mesma
que excede e a energia recebida da rede pública.
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No sistema ligado à rede, existem duas configurações para a instalação, podendo ser
(BESSO, 2017):
1. Sistemas Distribuídos;
2. Sistemas Centralizados.
O Sistema Distribuído é caracterizado pela viabilidade dos módulos fotovoltaicos
poderem ser instalados de maneira integrada à edificação. Ou seja, se faz possível postergar
investimentos com expansão dos sistemas de distribuição de energia e transmissão, a redução
de perdas e a diversificação da matriz energética de alguns benefícios do sistema de geração
distribuída (BESSO, 2017). Porém, a complexidade de operação da rede e a dificuldade na
cobrança do uso de energia são desvantagens (ANEEL, 2016).
Para calcular a diferença entre a energia produzida pelo sistema e a consumida da rede,
é necessário realizar a medição da energia. Uma opção é a medição bidirecional de registros
independentes, no qual apenas o registro em um dos dois sentidos será realizado, de acordo com
a diferença entre a demanda (capacidade máxima exigida do sistema elétrico) (INTER
ENERGIA, 2017) e a potência (taxa temporal de gasto ou energia absorvida, dado em watts)
(ALEXANDER & SADIKU, 2012) produzida pelo sistema fotovoltaico, ou seja, quando o
sistema de energia solar produz mais energia que o consumido, a contagem regride (ENEL,
2016). Há, também, o método de medições simultâneas, sendo esse uma comparação entre a
30
energia gerada pelo sistema independente da medição de energia consumida da rede (BESSO,
2017).
3.1.3.1 Normatização
Antecedente a 2012, não havia uma normatização para fonte de geração de energia
renovável e, com isso, as companhias e distribuidoras de energia não permitiam que houvesse
acesso desses sistemas às redes públicas. No entanto, a ANEEL, em abril de 2012, designou a
Resolução Normativa nº 482/12, na qual dita as condições para que as fontes de energia
renováveis pudessem fazer devidamente as conexões em rede, o sistema de compensação de
energia e outras onipotências.
Os Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional
(PRODIST) são normas que tem por responsabilidade o relacionamento entre as
concessionárias e a ANEEL, padronizando e normatizando as atividades técnicas que envolvem
o sistema de geração de energia alternativo.
Segundo a ANEEL, a Microgeração Distribuída tem por definição:
4 O PROJETO
Fonte: Cresesb.
Para garantir que haja geração suficiente de energia durante todo o ano, utiliza-se o valor
da média do mês que obteve menor incidência solar, sendo este janeiro com 4,65kWh/m²•dia.
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O painel solar escolhido para compor o sistema é o Módulo Canadian Solar CS6U 325P,
apresentando as seguintes especificações:
onde:
Sabendo que há um demanda de 6000kWh, esse valor deve ser dividindo por 30, que é
a quantidade de dias do mês. Assim, obtem-se o consumo médio diário de 200kWh. A partir
disso, deve-se extrair a potência mínima do sistema:
(2)
𝐶𝑑𝑖á𝑟𝑖𝑜
𝑃𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 =
𝐻𝑆𝑃
onde:
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Fonte: Neosolar.
Vs = Σ∞ⅈ = 1Vsi
onde:
Logo,
Vs = 53∗45,5 = 2411,5 V
Ressaltando que, para cálculo para obter a tensão, considera a série com menor número
de módulos, pois como dito anteriormente, o valor da corrente é limitado à menor tensão
obtida.
5 ANÁLISE FINANCEIRA
Para que haja essa análise com veracidade, existem índices econômicos que
desempenham um excelente papel a fim de mostrar com clareza se o investimento se faz
vantajoso. Utiliza-se o mais usual nesse mercado, o Pay Back: aponta o tempo em que o valor
investido obterá retorno.
5.2 ORÇAMENTO
onde:
E – economia gerada ao longe da vida útil do sistema;
Crp – custo total caso a energia fosse proveniente da rede pública;
Cimp.sist – custo da implantação do sistema fotovoltaico.
Pode ser visualizado ainda no Gráfico 1, a projeção ao longo da vida útil mínima (25
anos).
Caixa acumulado
R$1.500.000,00
R$1.000.000,00
R$500.000,00
R$-
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
R$(500.000,00)
R$(1.000.000,00)
R$(1.500.000,00)
R$(2.000.000,00)
6 DISCUSSÃO
em locais afastados e de difícil acesso, auxiliado ainda pelo fato de precisar de pouca
manutenção.
Sucessivamente, provém do advento mais interessante, a economia. De acordo com os
estudos realizados, chegou-se ao número que chama grande atenção, o montante economizado
ao longo do extenso período de vida útil, 25 anos, representado por mais de 18 milhões de reais.
Com esse mesmo valor, pode ser implantado outros 70 sistemas fotovoltaicos iguais ao
dimensionado, contrário ao consumo via rede pública, este que não obtém retorno algum. Ou
pode-se até comparar a outros recursos, como o à diesel, que apresenta perigo no transporte e
emissão de dióxido de carbono, ou até mesmo ao eólico, não aplicável em diversos lugares por
necessitar de uma grande e frequente quantidade de vento, além de necessitar de um alto
investimento.
A energia solar tem uma perspectiva de um futuro próspero, já que este depende apenas
do sol e de tecnologias, o sol é frequente e a tecnologia tem bastante crescimento. A cada ano
que se passa, diversas descobertas são feitas, além de que a procura por recursos sustentáveis
tem se tornado algo prioritário para as novas gerações, essas que já vem sofrendo com os
malefícios deixados pelo uso excessivo de recursos naturais finitos. A ONU em 2018, afirma
no relatório “Tendências globais de investimento das energias renováveis 2018” que os custos
decrescentes da eletricidade solar continuam a contribuir para o aumento do investimento em
fontes renováveis.
A ascensão das tecnologias fotovoltaicas tem sido tão significativas que o Ministério de
Minas e Energia criou o Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia
Elétrica (ProGD) para estimular a geração de energia solar dentro das unidades consumidoras,
que possa ser compartilhada junto as distribuidoras locais. O Governo Federal prevê um
investimento inicial de R$ 100 bilhões nessas tecnologias e que 2,7 milhões de unidades
consumidoras poderão aderir ao programa até 2030. Esse programa pleiteia financiamentos
para geração de energia solar que se estenda suas parcelas por 10 anos com taxas entre 7% e
9% ao ano. Por se tratar de um investimento inicial alto, viabilizará a implantação para muitos
consumidores.
Além do Governo Federal, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social) aprovou mudanças no Programa Fundo Clima. Essa mudança traz o acesso de pessoas
físicas a financiamentos para instalação de sistema de aquecimento solar e sistemas de
cogeração (placas fotovoltaicas, aerogeradores, geradores a biogás e equipamentos
necessários). No entanto, com o tempo, espera-se que não seja tão inacessível financeiramente
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a implantação desse sistema, já que com o tempo as tecnologias tendem a popularizar e baratear,
uma perspectiva muito feliz.
A natureza usa o poder da energia solar de infinitas formas, desde o começo de sua
existência, agora cabe a nós aproveitarmos sabiamente esse recurso tão rico que é nos dado para
garantir a longevidade da nossa existência.
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7 CONCLUSÃO
Com a crescente preocupação com a preservação ambiental, a energia solar tem tido
grande destaque, pois além de ser proveniente de uma extração limpa, tem grande durabilidade
do processo e satisfaz o consumidor. Satisfação essa comprovada pelos números que são
apresentados quando observados os resultados adquiridos ao longo da duração da vida útil dos
módulos fotovoltaicos, sendo estes o corpo principal do sistema – pode-se dizer –, pois realizam
a principal função: a captação dos raios solares.
Após se obter a demanda necessária, foi feito um levantamento de dados indispensáveis
para o dimensionamento do sistema, como a incidência solar do local estudado, considerando
o mês de pior resultado; potência máxima exigida, sendo essa 6000kWh; a tensão nominal do
sistema; tempo diário em que será solicitado carga. Com esses dados, concluiu-se que, para
compor o sistema seriam necessários 160 módulos fotovoltaicos, sendo esses associados em
paralelo, composto por três séries, cada uma com um MPPT. Como o sistema será ligado à rede,
foi dispensado o uso de baterias.
Tendo conhecimento dos equipamentos necessários, chega-se a um custo total de
implantação estimado de R$ 236.598,65. Com esse valor, fica a indagação: a economia gerada
proveniente do sistema fotovoltaico realmente se faz viável? Todo o sistema é absolutamente
auto-quitado em no máximo cinco anos. Os próximos 20 anos mínimos (dado pela vida útil
mínima dos módulos fotovoltaicos), o sistema apresenta apenas saldo total positivo. O montante
economizado equivale a aproximadamente R$ 18.483.401,40, ou seja, mais de 18 milhões de
reais. Com esse mesmo valor, poderia ser implantado mais 70 novos sistemas iguais ao
dimensionado. O que corresponde a um número significante.
Com a execução desse estudo, foi possível constatar a possibilidade de utilizar métodos
que associem a viabilidade ecológica com a econômica. Pois, como foi comprovado, pode, sim,
ter a combinação entre estes, pois esse recurso é extremamente benéfico nos dois parâmetros.
E, ao final, vantajoso ao consumidor, pois a deterioração do meio ambiente deixará herança aos
que na terra habitam, para o hoje e o amanhã.
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REFERÊNCIAS
BESSO, Rachel. Sistema Solar Fotovoltaico Conectado à Rede – Estudo de Caso no Centro
de Tecnologia da UFRJ. 110 f. Tese (Graduação) – Escola Politécnica, Universidade Federal
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MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Brasil estará entre os 20 países com maior geração
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PEREIRA, F.; OLIVEIRA, M. Curso técnico instalador de energia solar fotovoltaica. Porto:
Publindústria, 2011.
STERN, Eliezer. A importância das ligações série e paralelo entre os módulos. Krinat Solar,
2017. Disponível em: <https://krinatsolar.com.br/ligacoes-serie-e-paralelo-entre-os-
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ANEXOS