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“Consolai, consolai o meu povo!

Diz o vosso Deus” (Is 40,1)

Estamos no cume da Quaresma e nesse período árduo entre penitências, jejuns e


pequenos sacrifícios, o próprio Deus nos chama a fazermos um balanço do que temos feito até
aqui.

Mesmo debaixo do calor escaldante do deserto, a alma cristã precisa arrumar formas
de sobreviver ao calor, a falta de água, ao incômodo da areia quente, não é verdade? Por isso
te pergunto: o seu jejum está te ajudando a ser melhor, ou somente está servindo para
“marcar ponto” com Deus? Sua abstinência te aproximou mais das pessoas, ou te afastou do
mundo porque você “precisava viver somente para Deus” afastando-se soberbamente do
mundo? Não que viver para Deus unicamente seja ruim, mas à medida que eu me aproximo de
Deus, naturalmente eu me aproximo do irmão, pois ele é para mim o espelho da glória de
Deus e alvo da salvação.

Hoje Deus mesmo deseja consolar o nosso coração diante desses questionamentos e
muitos outros que deveríamos fazer ao longo dessa quaresma. O jejum que fazemos é muito
mais para nós mesmos do que para Deus, até porque Ele não precisa fazer penitência, mas nós
sim. Por isso, não deseje de caminhar nesse deserto árido que a Santa Quaresma está te
apresentando e aprenda a lançar mãos de armas eficazes para combater a carne, o mundo e o
diabo nesse tempo. Uma faca de cortar legumes, dificilmente te ajudará a cortar uma peça de
carne, não é verdade? E uma tesoura cega não te ajudará a cortar um tecido. Uma penitência
bem escolhida e eficaz te ajudará mais a ser de Deus do que uma prática meramente externa
de piedade fria.

Ainda dá tempo! Se hoje, na verdade da sua vida, suas práticas penitenciais ainda não
e aproximam de Deus e do outro TROQUE! E sem dor na consciência! Pois mais vale um
propósito bom e eficaz bem feito, do que um vazio e sem valor diante de Deus e de você
mesmo. Fica a dica!

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