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Musgos: Divisão Bryophyta Schimp.

1. CLASSE TAKAKIOPSIDA Stech & W. Frey

2. CLASSE SPHAGNOPSIDA Ochyra


Takakia
3. CLASSE ANDREAEOPSIDA Rothm.

4. CLASSE ANDREAEOBRYOPSIDA Goffinet & W.R. Buck Physcomitriumti

5. CLASSE OEDIPODIOPSIDA Goffinet & W. R. Buck

6. CLASSE POLYTRICHOPSIDA Doweld

7. CLASSE TETRAPHIDOPSIDA Goffinet & W. R. Buck

8. CLASSE BRYOPSIDA Rothm.

Sphagnum
Andreaea
Musgos Diversidade

• No Mundo, inclui ca. 13.000 spp., ca. 800 gêneros e 108 famílias;
• No Brasil, ca. 890 spp., 277 gêneros, 74 fam.
• Floresta Atlântica (desde PE ao RS): 781 spp. e 258 gên.; 71 fam.
• Cerrado: 326 spp., 128 gên.; 47 fam.
• Amazônia: 279 spp. e 102 gên.; 39 fam.
• Pantanal: 98 spp., 64 gên.; 33 fam.
• Pampa (RS): 91 spp. e 48 gên.; 27 fam.
• Caatinga: 71 spp., 29 gên.; 18 fam.
• Ocorrem em todos os tipos de ecossistemas;
• Ocorrem em locais úmidos e sombreados, mas
também são xerotolerantes.
Musgos: Divisão Bryophyta
CARACTERÍSTICAS GERAIS
• Protonema taloso;
• Gametófito folhoso;
• Filídios com células parenquimatosas;
• Rizóides multicelulares;
• Micorrizas ausentes;
• Ontogênese gametangial com células apicais; Hypnales

• Blefaroplasto: plastídio e mitocôndria posterior associada


posicionadas ao longo da superfície nuclear;
• Presença de microtúbulos livres;
• Cápsula com pseudoparáfilo e columela;
• Elatérios ausentes;
• Esporófitos com estômatos.
Dicranales
Musgos Morfologia
• Grande variação no tamanho e morfologia dos gametófitos e esporófitos;
• CORPO folhoso, diferenciado em caulídios, filídios e rizóides.
Musgos Formas de crescimento
Ereta

curta Ereta agrupado-irradiadas


longa Ereta
Espalhada
Irregularmente 1- Espalhada
pinada
regular 2-pinada

longo-ascendente
curto-ascendente

caulídio
secundário Pendednte
simples
Frondosa
Musgos Formas de crescimento
 No campo, os musgos diferenciam-se das hepáticas e antóceros por
apresentarem os filídios arranjados em espiral e devido a forma do esporófito.

Ereta Espalhada longo-ascendente

Ereta agrupado-irradiadas
Espalhada regular 1-pinada
Musgos Morfologia

•FILÍDIOS dispostos em espiral ao longo do caulídio; raro 2-3 fileiras.

dispostos em espiral , simetria radial 2 fileiras, simetria dística


Musgos
Classificados quanto a posição do esporófito:
Acrocarpicos:
 Produz esporófito no ápice do
gametófito ou do ramo principal;
 Geralmente crescem eretos e são
pouco ramificados.
Musgos
Pleurocarpicos: produz esporófito lateralmente no gametófito;
 em geral
são prostrados, bastante ramificados, ascendentes,
pendentes, frondosos e formam tapetes.

Cladocarpicos: forma de pleurocarpico na qual os


esporófitos nascem no ápice dos ramos curtos laterais
próximo do ápice do caulídio principal.
Musgos Rizóides

 Diferenciam-se dos das hepáticas e antóceros por serem pluricelulares;


 Geralmente tem cor marrom;
 Podem ser ornamentados com papilas.

rizóides pluricelulares
Musgos Morfologia caulídio
 Caulídio: consiste de uma epiderme externa, cortex diferenciado e uma camada central de
células que pode ser bem pequena ou ausente ou bem forte (hidróide);

 Alguns musgos altamente desenvolvidos, possui leptóides que conduzem produtos


metabólitos.

Secção transversal epiderme


do eixo
Cortex externo

Cortex interno

Células central
Musgos Caulídios
Parafilos: pequeno filamento verde, escama que cresce sobre o caulídio e que
parecem pequenos filídios.

Pseudoparafilos: Existem tambem outras estruturas pequenas uniestratificadas


filiformes ou foliáceas semelhante a um parafilo mas que estão restritas nas áreas
do talo próximos dos primórdios dos ramos.

Parafilo
Musgos Morfologia filídio
 Muito variáveis e muito importantes para determinar uma espécie;
 Em geral, deve-se examinar:
 o arranjo e a orientação dos filídios no caulídio, a forma, o ápice, a base, forma e
paredes das células e a margem do filídio.

Dístico
Arranjo

Espiral
Trístico
- Identificação de musgos
Características de valor taxonômico.
GAMETÓFITO Filídios Disposição

Trístico

Dístico Neckeropsis Hildebrandtiella

Espiral

Fissidens Rosulabryum
Musgos Morfologia filídio
Partes da lâmina
lâmina
Ápice

Meio
Filídio com
Base gema no
ápice
costa

assimétrico

Lâmina
invaginante
Lâmina
invaginante
Musgos Morfologia filídio
 Costa reúne várias características:
 Podemser unicostados, bicostados ou sem costa;
homogênea ou heterogênea.

Sem costa bicostada percurrente


excurrente hialocisto estereídeo
costa homogênea

costa heterogênea

estereídeo
Sem costa células guias
- Identificação de musgos GAMETÓFITO
Características de valor taxonômico. Costa estreita

bicostada

Filídios
Tipos de costas

Costa simples,
estreita Costa
simples
cancelina espessa
- Identificação de musgos
Características de valor taxonômico.

GAMETÓFITO
Sem costa

Secção transversal costa homogênea


do filídio
evidenciando a
costa

costa espessa
costa heterogênea
- Identificação de musgos GAMETÓFITO
Características de valor taxonômico.
truncado cuspidado
obtuso
aristado

Filídios
Tipos de Ápice

agudo acuminado retuso


Musgos Morfologia filídio
FORMAS

ovalada oblonga oblanceolada


orbicular obovada lanceolada linear

ÁPICE

truncado retuso obtuso agudo

aristado mucronado cuspidado cuculado


acuminado

BASE

cordado decurrente
cuneado auricuado
GAMETÓFITO
- Identificação de musgos
Características de valor taxonômico.
Base do filídios

Células alares simétricas

Cancelina
Células alares hialinas

Células alares amareladas


Musgos Morfologia filídio
Formas das células dos filídios

ovalada quadrada
retangular
isodiamétrica

hexagonal
romboidal linear vermicular
Formas das células dos filídios linear
hexagonal hexagonal hexagonal

retangular isodiamétrica irregular


Musgos Morfologia filídio
Formas das paredes das células
dos filídios

arredondada papilosa pluripapilosa mamilosa prorada

Secção
transversal do
filídio
tubulosa quilhada

plana
sinuosa fendida revoluta involuta
Musgos Morfologia filídio
Formas das paredes das células dos filídios - PAPILOSAS

papilosa
Musgos Morfologia filídio
Formas das paredes das
células dos filídios

PRORADA
Musgos Morfologia filídio
Formas das paredes das
células dos filídios
UNIPAPILOSAS PLURIPAPILOSAS
prosenquimatosa
Musgos Morfologia filídio
Formas das paredes das
células dos filídios

fendida
Musgos Morfologia filídio
Formas das paredes das
células dos filídios

mamilosa sinuosa
Musgos Morfologia filídio
Tipos de margens dos filídios

inteira serreada

denteada multiestratificada
crenada espinhosa duplo serreada
Musgos Morfologia filídio
Orientação

Adpresso Imbricado Ereto Ereto-espalhado Espalhado Escamoso-espalhado Julaceo

Falcado

Escamoso- falcado-secundo Complanado Dístico Atenuado


recurvado
Musgos Esporófito
• Diferenciado em cápsula (esporângio) e longa seta pigmentada e firme;
• Cápsula redonda a cilíndrica recoberta pela caliptra; deiscência simultânea, geralmente
por um opérculo;
• Cápsula consiste de urna (inseridos os esporos) e uma tampa chamada opérculo.
 Dentro da cápsula existe a columela e peristômio.
opérculo urna cápsula

caliptra

seta
Musgos Esporófito - cápsula

 Dentro da cápsula existe a columela e peristômio.


peristômio

Tipos de peristômio: V. duplo estriolado; X. transversalmente estriolado


abaixo, papiloso acimo com uma linha mediana em zig-zag; Y. verticalmente
estriolado.
Musgos Esporófito formas e orientação da capsula
Ereta Pendula

Globosa,
com opérculo
apiculado

Cilíndrica,
com opérculo
longo rostrado
- Identificação de musgos
Características de valor taxonômico.

ESPORÓFITO
Posição
Seta
Cápsula
Tamanho
Posição
Imersas ou emersas Eurhynchium
Orientação
Opérculo Diphyscium Buxbaumia
Peristômio
Caliptra

Pleuridium Bartramia Bryum


Musgos: Órgãos reprodutivos

 Geralmente cercados por paráfises (filamentos estéreis e uniseriados, produzidos na


superfície das células).
 Feminino: Arquegônio cercado por filídios modificados que formam um periquécio.
 Masculino: Anterídio cercado por filídio modificados que formam um perigônio.

arquegônium

paráfises

anterídium
Dispersão vegetativa pode ocorrer por:
• Fragmentação por gemas e pela extremidade do caule;
• Dispersão por animais, estruturas vegetativas de briófitas não são adaptadas para a
dispersão por animais, mas podem ser dispersas por carapaças de tartarugas, lesmas, pelos
de aranhas e ácaros, pássaros para construção de ninhos;
• Dispersão humana, através dos sapatos, pneus dos veículos e bolsas;
• Dispersão pela água em espécies aquáticas;
• Dispersão pela gravidade por curtas distâncias de fragmentos e propágulos.
• cápsula com peristômio – auxilia na dispersão
dos esporos
gemas

peristômio
Diferenças entre hepáticas, antóceros e musgos
HEPÁTICAS ANTÓCEROS MUSGOS
Gametófito Filídios 2-3 fileiras ou ausentes Sem filídios Filídios espiral, raro 2-3 fileiras

Filídios Não divididos ou lobados, sem Não divididos, com ou sem


costa. costa.
Células Numerosos cloroplastos 1-4 grandes cloroplastos Numerosos cloroplastos

Oleocorpos Geralmente presentes. Ausentes. Ausentes.


Rizóides Unicelulares. Unicelulares. Pluricelulares.
Esporófito
Cápsula Redonda a cilíndrica. Cilíndrica a longo filiforme. Redonda a cilíndrica.
Seta frágil e hialina ou ausente. Seta ausente. Seta pigmentada e firme.
Deiscência simultânea, (1-)4 valvas. Deiscência gradual , ápice para Deiscência simultânea, 1
Elatérios presentes. base, 2 valvas. opérculo.
Columela, estômatos e peristômio Elatérios presentes. Elatérios ausentes.
ausentes. Com columela, com ou sem Com columela e estômatos,
estômatos, peristômio em geral com peristômio.
ausente.
Maturação do Antes do alongamento da seta. Não sincronizada (seta Após alongamento da seta.
esporo Sincronizada. ausente). Sincronizada.
Como estudar as briófitas

Identificação das espécies


• Ferramentas necessárias: lupa, microscópio, 2 pinças de aço com pontas finas,
uma agulha de aço para dissecar, lâminas e lamínulas, placas de petri e um
pacote de lâminas de barbear para fazer cortes transversais;
• É utilizada uma pequena amostra do material e sempre umidecido em água,
após remoção cuidadosa do substrato;
• Em seguida deve-se iniciar a análise do material de acordo com os passos
seguidos contidos nas chaves de identificação;
• Após a identificação do material, as peças examinadas são colocadas num
pequeno envelope de papel retornando para o envelope do herbário.

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