Você está na página 1de 52

Universidade Federal Rural da Amazônia

Briófitas — Antóceros, Hepáticas e


Musgos

Prof. Eduardo Leal


eduardo.leal@ufra.edu.br
Embryophyta — plantas terrestres (embriófitas)

Simpson, 2020. Em B Briófitas segundo Puttick & al. 2018

Briófitas

Simpson, 2020. Em B Briófitas segundo Puttick & al. 2018

Briófitas

Simpson, 2020. Em B Briófitas segundo Puttick & al. 2018

Antócero Hepática Musgo

FIXAR

Hornworts — Antóceros

Liverworts — Hepáticas

Mosses — Musgos
Briófitas — Monofiléticas ou não??
Briófitas — Monofiléticas ou não??
Liu & al. 2014
Liu & al. 2014
Nishiyama, T. et al. Chloroplast phylogeny indicates that bryophytes are monophyletic. Mol. Biol. Evol. 21, 1813–1819 (2004).
Nishiyama, T. et al. Chloroplast phylogeny indicates that bryophytes are monophyletic. Mol. Biol. Evol. 21, 1813–1819 (2004).
Wickett, N. J. et al. Phylotranscriptomic analysis of the origin and early diversification of land plants. Proc. Natl Acad. Sci. USA 111, E4859–E4868 (2014).
Wickett, N. J. et al. Phylotranscriptomic analysis of the origin and early diversification of land plants. Proc. Natl Acad. Sci. USA 111, E4859–E4868 (2014).
Puttick, M. N. et al. The interrelationships of land plants and the nature of the ancestral embryophyte. Curr. Biol. 28, 733–745 (2018).
Puttick, M. N. et al. The interrelationships of land plants and the nature of the ancestral embryophyte. Curr. Biol. 28, 733–745 (2018).
78 proteínas

1827 táxons

Gitzendanner et al., 2018—Plastid phylogenomics of green plants


78 proteínas

1827 táxons

Gitzendanner et al., 2018—Plastid phylogenomics of green plants


de Sousa, F. et al. Nuclear protein phylogenies support the monophyly of the three bryophyte groups (Bryophyta Schimp).
New Phytol. 222, 565–575 (2019)
de Sousa, F. et al. Nuclear protein phylogenies support the monophyly of the three bryophyte groups (Bryophyta Schimp).
New Phytol. 222, 565–575 (2019)
One Thousand Plant Transcriptomes Initiative. One thousand plant transcriptomes and the phylogenomics of green plants. Nature
574, 679–685 (2019)
One Thousand Plant Transcriptomes Initiative. One thousand plant transcriptomes and the phylogenomics of green plants. Nature
574, 679–685 (2019)
Muitas evidências recentes
que Briófitas são monofiléticas
BRIÓFITAS

Figura de Davies & al. 2020. Filogenia segundo Puttick & al. 2018

Briófitas
Crescem agregadas em locais úmidos, o que
facilita o transporte da água por capilaridade,
geralmente são pequenos;

Antóceros

Possuem cutícula fina, sendo pouco eficiente em


Hepáticas
conter água;

Musgos
Gametófito é a geração dominante — a parte visível
verde.

Evidências Moleculares
Ocorrência
Importância ecológica e econômica

• Colonizadores primários;

• Agregam o solo capturando água e nutrientes;

• Habitat para microfauna e outras plantas;

• Acidificam o meio, liberando H+;

• Grande poder absortivo, usado como algodão.


Anthocerophyta — Antóceros ≈ 200 spp.

Antóceros

Hepáticas

Musgos
ASSOCIAÇÃO COM CIANOBACTÉRIAS

PSEUDOELATÉRIOS

COLUMELA CENTRAL

MERISTEMA INTERCALAR
Anthocerophyta — Antóceros ≈ 200 spp. Outros caracteres diagnósticos

• Talo orbicular, ou em rosetas;

• Usualmente 1 cloroplasto por


célula, com pirenóides;

• Cápsula cilíndrica alongada

Antóceros

Hepáticas
• Anterídeos e arquegônios imersos

Musgos
no corpo to talo;

• Esporófito em forma de chifre e c/


estômatos;

ASSOCIAÇÃO COM CIANOBACTÉRIAS • Rizóides unicelulares;

PSEUDOELATÉRIOS • Embrião c/ 3 camadas de células;

COLUMELA CENTRAL
• Produção contínua de esporos;

MERISTEMA INTERCALAR
• Ausência de protonema;

• Não possui seta.


Gametófito

Detalhe da superfície do talo, seta azul indica os


Germinação do esporo sem desenvolvimento de protonema. Uma única célula alongada
rizóides, que são unicelulares (seta vermelha e amarela)
Associações com
cianobactérias
Esporófitos
Ciclo de vida de Anthoceros agrestis Ciclo de vida de Phaeoceros
Antóceros

Hepáticas

SETA Musgos
Clado Setaphyta
Marchantiophyta — Hepáticas ≈ 8000 spp.

Antóceros

Hepáticas

Musgos
POROS NA EPIDERME

ELATÉRIOS
ASSOCIAÇÃO COM CIANOBACTÉRIAS
CORPOS OLEAGINOSOS

PSEUDOELATÉRIOS

COLUMELA CENTRAL

MERISTEMA INTERCALAR
Marchantiophyta — Hepáticas ≈ 8000 spp. Outros caracteres diagnósticos

• Maioria folhosas (80%), talosas (20%);

• Rizóides unicelulares;

• Células perfuradas condutoras de


H2O;

• Anterídeos e arquegônios superficiais;

Antóceros

Hepáticas

Musgos
• Anteridióforo e arquegonióforo;

• Cápsula sem columela;

POROS NA EPIDERME
• Ausência de estômatos;

ELATÉRIOS
ASSOCIAÇÃO COM CIANOBACTÉRIAS
CORPOS OLEAGINOSOS
• Conceptáculos;

PSEUDOELATÉRIOS
• Protonema reduzido;

COLUMELA CENTRAL
• Esporófito geralmente aclorofilado,
MERISTEMA INTERCALAR com crescimento definido e maturação
simultânea

• Seta efêmera.
Hepáticas
folhosas
3 fileiras de filídeos;

filídeos com apenas uma camada de


células indiferenciadas
Hepáticas
talosas
gametófitos aplanados;

conceptáculos formam gemas -


reprodução vegetativa
Poros — atuam na troca gasosa. Não são estômatos verdadeiros pois não possuem células-guarda

A linhagem das
hepáticas é a única
entre as plantas
terrestres que não
apresenta estômato
Corpos oleaginosos
Proteção contra agentes abióticos;

Protege contra herbívora

Romani et al., Oil Body Formation in Marchantia polymorpha Is Controlled by MpC1HDZ


and Serves as a Defense against Arthropod Herbivores, Current Biology (2020)
Anteridióforo e arquegonióforo — hastes que sustentam os gametângios
Ciclo de vida de
uma Hepática

Esporófito vive dentro do gametófito — efêmero, pequeno e


aclorofilado

Elatérios — Função na dispersão dos esporos. São


higromórficos, mudam de forma e movimento em função da
umidade. A medida que o esporângio seca os elatérios saem
da cápsula e carregam os esporos com eles.
Antóceros

Hepáticas

SETA Musgos
Clado Setaphyta
Bryophyta — Musgos ≈ 13000 spp. Outros caracteres diagnósticos

• Apresenta rizóide, caulídeo e filídeo;

• Rizóides pluricelulares;

• Protonema pluricelular, filamentoso e


ramificado

• Anterídeos e arquegônios superficiais;

Antóceros

Hepáticas

Musgos
• Cápsula clorofilada, com peristômio e
columela;

POROS NA EPIDERME GAMETÓFITO FOLHOSO


PERINA NA PAREDE DO ESPORO
ELATÉRIOS
ASSOCIAÇÃO COM CIANOBACTÉRIAS LEPTÓIDES
CORPOS OLEAGINOSOS HIDRÓIDES
PSEUDOELATÉRIOS
• Esporófito com estômatos, crescimento
definido e maturação simultânea;

COLUMELA CENTRAL
• Seta persistente.
MERISTEMA INTERCALAR
Musgos
Camada de perina nos esporos

Hidróides — células
especializadas na
condução de água

Leptóides — células
especializadas na
condução de carboidratos
Esporângio — Cápsula
Caliptra — tecido do arquegônio

Dentes do peristômio
Gametófito x Esporófito
Dawsonia superba — o maior musgo já registrado, aprox. 1 m de comprimento
Quadro comparativo — resumo
Antocerophyta Marchatiophyta Bryophyta
Antóceros Hepáticas Musgos
GAMETÓFITO (n) — Fase dominante e duradoura
Talosas Folhosas (80%) ou talosas (20%) Folhosas
Simetria dorsiventral Simetria dorsiventral Simetria radial
Rizóides unicelulares Rizóides unicelulares Rizóides filamentosos pluricelulares
Células condutoras ausentes Células condutoras em algumas Hidróides e leptóides (G e E)
Estômatos (G e E) Poros (G) Estômatos (G e E)
Anterídeos e arquegônios imersos no Anterídeos e arquegônios na superfície Anterídeos e arquegônios na superfície
talo do talo (anteridióforo e arquegonióforo) do talo
Protonema ausente Protonema reduzido Protonema filamentoso e ramificado
ESPORÓFITO (2n) — Fase efêmera
Grande, cápsula alongada, clorofilado Pequeno, aclorofilado Grande, cápsula diferenciada, clorofilado
Sem seta Seta curta e efêmera Seta persistente e bem desenvolvida
Deiscência longitudinal Deiscência longitudinal Deiscência transversal (opérculo)
Pseudo-elatérios Elatérios Dentes do peristômio
Crescimento contínuo (columela central) Crescimento definido Crescimento definido
Maturação gradual dos esporos Maturação simultânea dos esporos Maturação simultânea dos esporos

Você também pode gostar