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ARGUMENTAÇAO E ORATORIA DO REITO II

PROF NICIA
APOSTILA: e-mail; pasta.
MATÉRIA: na internet
SEMINÁRIO PARA OUTUBRO: " O CASO DE CINQ-MARS" 21 OUT
"Os grandes julgamentos da História." – Henri Robert
 Nathalia Zanella, Bárbara Andreotti, Bruna Coleti, Rafaela Panigassi.
AVALIAÇÃO INTERMEDIÁRIA: 13 OUT
 Cap. 1 ao Fim do cap. 12.
LIVROS: REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS – ESTÁ NA APOSTILA
 MANUAL DA ARGUMENTAÇAO FLORENSE
 Indica: "TRATADO DA ARGUMENTAÇÃO" – "A NOVA RETÓRICA" – MARTINS FONTES, SP.
 Víctor Gabriel Rodríguez - Argumentação Jurídica - Técnicas de persuasão e lógica informal,
4ª ed. (2005).
FILME: "Doze homens e uma sentença"
Resumo da Parte II do livro Lógica Jurídica, de Chaïm Perelman (disponível no xerox ou em sebos, como
por exemplowww.estantevirtual.com.br ). Entregas:

15 de setembro (quarta-feira): Parte II - Capítulo 1


07 de outubro (quinta-feira): Parte II - Capítulo 2

Lembrete: Cada trabalho valerá 1,0 ponto se entregue exclusivamente na data marcada (e não será aceito
fora do dia previsto). A prova valerá 8,0 e, somada aos trabalhos, atingirá valor 10,0 na composição das
notas do primeiro bimestre.
2) Cronograma de apresentação dos seminários (em arquivo anexado). A nota só será válida para o segundo
bimestre (novamente: prova = 8,0 + seminário = 2,0. Total = 10,0).

Lógica e Silogismos
11/08
Desde sempre se argumentou, Freud diz que a civilização nasce com a preferência do diálogo a
violência.
Lógica é a arte do raciocínio.
Aristóteles observa a arte da oratória e seus argumentos, percebe dois tipos de lógica:
 Lógica analítica
 Lógica demonstrativa
 Lógica formal. Usavam-se proposições (frase assertiva).

Silogismo: Premissa maior: todo homem é mortal- frase verdadeira. (maior extensão)
Premissa menor: Sócrates é homem- frase verdadeira. (menor extensão)
Conclusão- Logo, Sócrates é mortal- conclusão verdadeira.

Tentou-se aplicar ao direito, entretanto, ele entra em conflito com a legítima defesa, estado de
necessidade, etc.; portanto, é ineficiente já que ignora o teor humano das ações e suas exceções.

Lógica dialética/ informal/ jurídica.


Argumentos: fracos e fortes, que buscam a adesão dos espíritos.
Abre espaço para a criação de argumentos.
Implica-se a questão de valores dos meios em que estão inseridos.
Busca-se primeiramente a adesão dos espíritos e posteriormente explicita-se a tese.
Resulta-se na arte da discussão e convencimento.
Grosso modo,  convencer: apelo à racionalidade;
 persuadir: recurso a emoção, embora haja insegurança na distinção, pois ambos se
confundem.
- Tratado da argumentação- A nova retórica. SP: Martins Fontes.

Acompanhando a apostila...
12/08
Deliberar: examinar os diferentes aspectos de uma questão.
 debater; refletir.
1
Argumento de autoridade: recorrer-se a uma autoridade reconhecida e tida como perita. Ex:
"segundo tal, é isso."
Analogia: comparar dos fatos; situações, para delas deduzir um valor explicativo e oferecê-lo como
exemplo.
- A referencia é inilibada (sem dúvida)
Análogo: semelhante; parecido.
Relações de causa e efeito: tal fenômeno causa outro fenômeno. – determinismo.
Vantagens ou inconvenientes: busca efeitos em diferentes planos.
Utilização de dados científicos das outras soluções: válida para uma argumentação longa ou a
resposta para objeções previsíveis.
Por generalização: a partir de um ou dois exemplos.
- extinta algo para todo mundo.
Argumento dos patamares: esforço e os sacrifícios que o fazem chegar ao patamar.

*APÊNDICE I [tabela] – imprimir!! Importantíssimo.


*Técnicas argumentativas: "Manual de Redação Forense"
Victor Gabriel Rodríguez; Campinas, LZN 2002
FILME: "Doze homens e uma sentença"

Acompanhando a apostila....
25/08
Por meio de – através NÃO!
Nosso Direito passa pelo viés Frances.
Kelsen [positivismo]tira os valores da ciência. Tirou do Direito tudo aquilo que era instável.
O que é o objeto de estudo.
Teoria da argumentação ou Filosofia da razão prática
Há Direito na argumentação.
Mudou a perspectiva ao analisar o Direito.
Visão de um prisma da vida concreta para um campo que se estudava distanciada.
- Ter outro olhar sobre a doutrina.
Tratado da argumentação.
Tipo de estrutura argumentativa.
Cap. 1 ao Fim do cap. 12. PROVA!!!!
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS – ESTÁ NA APOSTILA
- MANUAL DA ARGUMENTAÇAO FLORENSE
- ARGUMENTAÇAO JURIDICA, TECNICA ..FORMAL. – compraaaaaaaaaar!

Sobre o fato juridicamente relevante, há outros que explicam o que aconteceu.


Cucurbitáceas [um monte de abobrinhas]
- ...
- ....
- ....
- .....
 conseqüências jurídicas

Escolha dos fatos. [não pode mentir, mas pode "esquecer"]


Tem que comprovar e argumentar os fatos. Tem que dar gatos ás bolas.
Ouvir a visão com alegações leigas do cliente.
Elaborar tese consistente a favor do seu cliente.
Aquilo que vc conta e aquilo que vc argumenta, tem que ter uma relação/conexão
Narra, comprova, fazer com que seja sustentada.
O que ganha: Pluralidade argumentativa.
TIPOS DE ARGUMENTAÇÃO
Prova não é a verdade em si. São indícios. Podem ser usadas de maneira forte ou fraca. É apenas
mais um argumento. Podem ser a qualquer momento refutáveis.
Poder persuasivo.
ONDE = neste [perto]; nesse lugar[meio perto]; naquele lugar[longe].

Aspectos Históricos:
2
Desde sempre se argumentou, Freud diz que a civilização nasce com a preferência do diálogo a
violência. Lógica é a arte do raciocínio.
Aristóteles observa a arte da oratória e seus argumentos, percebe dois tipos de lógica:

Lógica analítica/ demonstrativa/ lógica formal. Usavam-se proposições (frase assertiva).

Silogismo: Premissa maior- todo homem é mortal- frase verdadeira. (maior extensão)
Premissa menor- Sócrates é homem- frase verdadeira. (menor extensão)
Conclusão- Logo, Sócrates é mortal- conclusão verdadeira.

Tentou-se aplicar ao direito, entretanto, ele entra em conflito com a legítima defesa, estado de
necessidade, etc.; portanto, é ineficiente já que ignora o teor humano das ações e suas exceções.

Lógica dialética/ informal/ jurídica.


Argumentos- fracos e fortes, que buscam a adesão dos espíritos. Abre espaço para a criação de
argumentos. Implica-se a questão de valores dos meios em que estão inseridos. Busca-se
primeiramente a adesão dos espíritos e posteriormente explicita-se a tese.
Resulta-se na arte da discussão e convencimento. Grosso modo, convencer: apelo à racionalidade;
persuadir: recurso a emoção, embora haja insegurança na distinção, pois ambos se confundem.

Tratado da argumentação- A nova retórica. SP: Martins Fontes.

EXERCÍCIO
02/09
1. Com base no capitulo 1 de ARGUMENTAÇAO JURIDICA, de Victor Gabriel Rodríguez, discorra
sobre a importância da argumentação para o operador de Direito.
2. Com base no capitulo 2 do mesmo livro, disserte sobre os 3 tipos de discurso, segundo
Aristóteles.
3. Ainda com base no capitulo 2, interprete o segundo parágrafo da pagina 21.

CAP I – A NOVA RETÓRICA E OS VALORES


Pode ser considerada como sendo o coroamento da educação greco-romana, em que se
degenerou no séc. XVI, sendo reduzida ao estudo das figuras de estilo.
A retórica definida por Aristóteles: arte de procurar, em qualquer situação, os meios de
persuasão disponíveis.
Objeto: é o estudo das técnicas discursivas.
- Visam a provocar ou a aumentar a adesão das mentes às teses apresentadas a seu
assentimento.
Quatro observações:
1- retórica procura persuadir por meio do discurso.
 Experiência para obter a adesão a uma afirmação.
2- à demonstração e às relações da lógica formal com a retórica
 Descartes e racionalistas: deixam de lado a retórica na medida em que a verdade das
premissas era garantida pela evidencia.
Lógica formal é incapaz de resolver um problema de escolha e de decisão.
Cumpre fornecer as razoes da escolha para obter a adesão à solução proposta, e o estudo dos
argumentos depende da retórica.
3- adesão a uma tese pode ter intensidade variável.
 Trata-se de valores.
 Brentano: "a negação do que afirma aquele que julga com evidencia, não pode julgar com
evidencia."
4- distingue a retórica da lógica formal e até das ciências positivas, é que ela diz respeito mais à
adesão do que à verdade.
 Verdades = impessoais
 Adesão: adesão de um ou mais espíritos aos quais nos dirigimos  auditório.

AUDITÓRIO
3
Discurso: só é eficaz se é adaptado ao auditório que se quer persuadir ou convencer.
Aristóteles:
- Idade
- Fortuna
- argumentação persuasiva ou convincente
Auditório universal:
- lança um apelo à razão.
- Argumentos convincentes
- Aceitos por qualquer ser racional.
- Arte de defender uma tese e de atacar o do campo adversário, numa controvérsia.
VULGARIZAÇÃO: adesão de um auditório não especializado.
Para persuadir num auditório, é preciso:
- Conhecer: teses que ele admite de antemão, gancho à argumentação.
- Disposição preliminar [orientar certas escolhas futuras]
- Discurso sobre o real x discurso sobre os valores
- 3 gêneros oratórios: deliberativo; judiciário; epidíctico.
Técnicas de argumentação: parte do que é aceito, reforçar ou enfraquecer a adesão a outras
teses ou suscitar a adesão a teses novas, que podem, aliás, resultar da reiteração e da
adaptação das teses primitivas.
Discurso epidícticos: efeito sério; criar comunhão e, torno de certos acontecimentos, pessoas
e realizações, cuja valorização caracteriza a cultura de uma sociedade.
- requer existência de uma língua comum, síntese e símbolo de uma cultura.
- valor que ela transfere para o modo de agir, de falar e de pensar.
- o valor dos fins jamais era discutido ou posto em questão.
- ontologia: como signo da verdade, procura-se um fundamento objetivo para os valores e as
normas.
- noção razoável: racionalizações; falsas aparências; impossível que as discussões e
controvérsias possam terminar de outro modo que não seja pelo recurso à força, a razão do mais
forte sendo sempre a melhor.
- análise do raciocínio prático: argumentação que visa a justificar e a criticar as decisões, com
considerações de ordem geral, deixando para elaborar mais tarde metodologias particulares
para cada uma das disciplinas, indicando de que modo os fins que elas perseguem permitem
especificar e precisar os valores e critérios que parecem mais apropriados à sua realização.
NOVA RETÓRICA: estudo das técnicas discursivas que visam a provocar ou a intensificar a
adesão de certo auditório às teses apresentadas.
Teses: formuladas numa linguagem particular. [comunidade cultural/profissional]
Petição de princípio:erro de argumentação.
PARA EVITAR :
- orador deve conhecer o auditório
- discurso político/ideológico
- ignora opinião e as convicções.
RAZÃO:
- Ligada ao que é razoável crer
- Tem vínculos indiscutíveis com a idéia do senso comum
- Uma das tarefas da filosofia: sistematiza as idéias de senso comum.
Características de todas as teorias da argumentação [Aristóteles]:
Fornecem princípios iniciais a um pensamento não especializado.
Lugares específicos do Direito [ princípios gerais do Direito]
- Lugar-comum: ponto de vista; valor; papel análogo ao dos axiomas em um sistema formal
- Lugares de quantidade: "é superior o que é mais útil ao maior numero, o que é mais
duradouro"
- Lugares de qualidade: "é superior o que é único, incompatível, o que é raro e difícil"
- Lugares de ordem: "o que é causa é superior ao que é apenas efeito"
- Lugares da superioridade: do que existe sobre o que é apenas possível.
PRESENÇA:
- Presença efetiva, física.
- Primeiro plano da consciência dos ouvintes.
- "aplicar a razão à imaginação para melhor mover a vontade" – Lorde Bacon
- Orador: escolher tais fatos, tais valores, tais lugares em vez de tais outros, ao ressaltar a
importância entre deles.
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- "Longe dos olhos, longe do coração" – exprime a influencia que a proximidade ou a distancia,
no espaço e no tempo, exercem sobre a AFETIVIDADE.
Amplificação: desenvolvimento oratório do assunto.
Congérie: amplificação por enumeração das partes de um conjunto.
Repetição/ Pseudodiscurso direto: atribuem ficticiamente palavras a alguém
Hipotipose: descreve um acontecimento como se desenrolasse ante nossos olhos.
Enálage do tempo: substitui um tempo por outro, contrariando as regras da gramática [se falas,
estás morto].
Arte da apresentação: simples efeito literário ou ornamental; função persuasiva.
Figuras Retóricas: figuras de estilo apenas quando se revelam ineficazes do ponto de vista
argumentativo.
Quando plenamente eficazes, nem sequer as percebemos como figuras, de tal modo a maneira
de se exprimir parece então adaptada à situação.
- "flores de estufa"
- função dinâmica
- visa a persuadir.
Técnicas de Apresentação: escolha de um termo pode ser valorizada ou depreciativa.
2 termos pode-se ressaltar o primado atribuído a um ou a outro:
Substantivo ou o adjetivo: há uma diferença em "um corpo animado" e "uma alma encarnada".
Proposições: juntar, coordenando-as ou subordinando-as, permite orientar o pensamento e
hierarquizar os acontecimentos descritos.
Técnicas de apresentação: acentua a singularidade dos acontecimentos, naquilo que tem de
particular e mesmo de único ou, pelo contrário, no que tem de exemplar e que reclama uma
generalização, uma subsunção sob uma categoria de acontecimentos semelhantes.
Dissociamos uma noção: qualificando de aparentes alguns de seus aspectos.
Justiça aparente: certa concepção de justiça que conduz a uma tirania que queremos a todo
custo evitar.
Licença / Liberdade aparente: certo uso da liberdade que viola o ideal de justiça, ao qual
concedemos primazia dentro de certa visão do homem e da sociedade.
- solução dos conflitos entre valores, aceitos pelo senso comum, pode conduzir a concepções
filosóficas e ideológicas diferentes, pois há varias maneiras de resolver um conflito entre valores
e normas múltiplos em dada situação.
- Princípio imperativo categórico: age de modo que a máxima de tua ação possa tornar-se
também a lei de uma legislação universal.
- Princípio Utilitarista: age de modo que alcances a maior utilidade para o maior número.
- Princípio da Responsabilidade Civil: toda e qualquer ação do homem que cause a outrem
um dano obriga o autor do dano a repará-lo. [Art. 1382 Código de Napoleão]
AUDITÓRIO: conjunto daqueles aos quais visa o esforço de persuasão.
Filosofia – dirige-se à razão. – auditório universal.
 Conjunto daqueles que são considerados homens razoáveis e competentes no assunto.
 Raciocínio prático conforme o modelo do raciocínio teórico e, de preferência, de um
raciocínio formal.
 Busca dos primeiros princípios da moral.
 Dado clima ideológico.
PRESUNÇÕES [Patrice Day] – 3 princípios:
Conservador – é o que presume a superioridade do que existe, das tradições e costumes
aceitos, das regras e instituições reconhecidas. Daí a importância que se atribui aos precedentes
na vida social e no Direito.
"a mudança sempre, em toda parte e em tudo, exige uma justificação".
Liberal – será sempre melhor, caeteris paribus, deixar os homens livres em suas decisões em
vez de constrangê-los.
Tudo o que é proibido é permitido, e é qualquer limitação da liberdade, nesta perspectiva, que
deve ser justificada.
Socialista – a igualdade não exige razoes, somente a desigualdade deve fornecê-las.

TÉCNICAS ARGUMENTATIVAS MAIS CONHECIDAS:


1- Assinalar que é possível distinguir entre os argumentos, as técnicas de ligação e as técnicas
de dissociação de noções.
2- Técnicas de ligação: comportam argumentos quase lógicos, argumentos fundamentados na
estrutura do real e os que fundamentam a estrutura do real.
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3- argumentos quase lógicos [raciocínios formais, lógicos ou matemáticos]: argumentos...
Recorrem a uma Definição
Enunciam uma incompatibilidade
Lembram o principio de contradição.
Lembram uma transitividade formal ["os amigos de meus amigos são meus amigos"]
Sacrifício que lembra uma pesagem: aquilo que se sacrifica um valor reconhecido terá
normalmente valor superior.
- podem ser contestados, pondo evidencias o que os distinguem das demonstrações formais,
demonstraremos ao mesmo tempo as objeções que lhes podem ser feitas e que lhes tiram todo
valor impositivo.
Fundamentados na estrutura do real utilizam as ligações de sucessão ou as de coexistência.
Argumentos pelas conseqüências.
Noções: intenções – argumentação fundamentada nas relações de coexistência.
Ato: expressão da pessoa, que é responsável por seus atos.
Fundamentam a estrutura real:
Raciocínios pelo modelo ou pela analogia: regularidades, leis ou estruturas [base aos
argumentos fundamentados na estrutura do real.]
Caso particular: a uma regra. Ao que é, no caso do modelo, ao que deve ser. – podem gerar
controvérsias.
Analogia estabelece proporção:
Foro: relação conhecida
Tema: relação menos conhecida.
Pressupõe a heterogeneidade dos elementos.
Encadeamento das idéias.

EFICÁCIA DA ARGUMENTAÇÃO:
- efeito dos argumentos isolados;
- totalidade do discurso;
- interação entre argumentos entre si;
- interação dos argumentos que acodem espontaneamente ao espírito de quem ouve o discurso.
Efeito do discurso:
- Idéia que o auditório faz do orador.
Ethos do orador: papel inegável no modo como o discurso é recebido.
Discurso = um ato do orador
Qualidade: influi na opinião que se faz de seu autor.
INFLUENCIA DA ARGUMENTAÇÃO:
- é necessário ser ouvida;
- interesse;
- certa benevolência
- conquistar com exórdio;
- apresentação são supérfluos se a reputação do orador e a simpatia de que goza tornam estas
preocupações inúteis.
- organizada em um discurso em que os argumentos são dispostos [ por escolha deliberada].
Critério do orador: eficácia.
- discurso modifica;
- ordem de apresentação dos argumentos será determinada pelo momento em que o auditório
estiver mais bem disposto para acolhê-los.
- ordem esperada [ com forte razão]
- teses convergentes ou opostas
- certas regras de procedimento; [muitas vezes estritas]
- determina-se a ordem.
- tempos do discurso impõem-se ao orador.
- [estritas, flexíveis]
- limites psicológicos ou sociais, naturais ou convencionais.
- clareza na argumentação da demonstração.
No DIREITO:
- regulamentação de forma precisa;
Argumentação jurídica;
- costume
- bom senso
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- tato.
ANALOGIA:
Aceitar as conseqüências que dela decorrem.
- estruturar;
- avaliar os elementos do real;
 FILOSOFIA ORIGINAL [nova visão do mundo]
- procura justificar, graças a seu sistema argumentativo.

OLHAR FILOSÓFICO:
O que se considerava real, não passa de aparência.
Dissociação de idéias.
- é preciso escolher entre o que se escolherá como real e o que se desqualificará como
ilusão/aparência.
- justiça real x justiça aparente
- democracia real x democracia aparente/formal/legal.
- mundo fenomênico x mundo das coisas em si.
SE A FILOSOFIA SE DIFUNDIR:
- a visão das coisas for admitida;
- Influenciará no uso comum e linguagem de todos os dias.
PARES FILOSÓFICOS: dissociações de noções realizadas pelos filósofos.
- aparência/realidade.
- ato/pessoa;
- subjetivo/objetivo;
- individual/universal;
- linguagem/pensamento;
- letra/espírito;
- acidente/essência;
- relativo/absoluto;
- meio/fim;
- teoria/prática.
PLATÃO: devir é aparência.
MARX: a imobilidade não passa de abstração, portanto de aparência, enquanto o real se
caracteriza pelo movimento.
 A INVERSAO:
- acompanhada por um deslocamento de sentido:
ESSENCIA- primado do pensamento clássico;
ABSTRAÇÃO – forma vazia,
No pensamento MARXISTA, que preferirá a ela uma visão concreta da realidade em EVOLUÇÃO.

RESUMO – ÉTICA E DIREITO: "O RACIOCINIO JURIDICO: UMA LOGICA DA ARGUMENTAÇÃO."


 Lógica Forma, Lógica Jurídica.
LEIS LÓGICAS:
- Formais;
- não dependem da matéria do RACIOCÍNIO: generalidade - aplicação nas mais variadas áreas.
- aplicações de leis / regras lógicas.

LÓGICA: ciência formal por definição. – Kalinowski.

O QUE PERMITE IMPOR A OUTREM UMA DEFINIÇÃO QUE PESSOALMENTE SE ACEITA?


" a escolha da terminologia é uma questão deixada ás preferências pessoais" – R. Freys e M.-Th.
Motte.

Objeto de estudo:
LÓGICA FORMAL - Aristóteles.
Se expressa como se não houvesse outra lógica.

LÓGICA FORMAL - Church


"formal" – LÓGICA identifica-se com a LÓGICA FORMAL, ao mesmo tempo que trata com cuidado
a verdade histórica [tradição].

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ANÁLISE DO RACIOCINIO DEMONSTRATIVO
LÓGICA – disciplina que deixa de ser filosófica, e adquire o respeitável estatuto de uma ciência
rigorosa – estuda a estrutura de sistemas logísticos ou de cálculos não interpretados.
Conseqüência: levar o lógico a negligenciar p estudo de formas de raciocínio que tem grande
importância em certas disciplinas não-matematicas, Direito.
Utiliza-se: ARGUMENTOS a fartiori, a pari, a contrario e o argumento por analogia.
- é relevante/ irrelevante
- é forte/fraco
- consoante razões que lhe justificam o emprego no caso.
Aristóteles: pai da lógica formal.
Provas dialéticas - papel especifico que é impossível cumprir por meio das provas analíticas.
Organon: Obras consagradas
Provas dialéticas - pertencem a uma teoria da argumentação.

POR QUE O JURISTA DEVE RECORRER A RACIOCINIOS ALHEIOS À DEMONSTRAÇÃO MATEMÁTICA?


Porque deve tratar de questões de fato, que não podem resultar de raciocínios puramente
formais.
É preciso refletir num instante, no papel da controvérsia em Direito, no modo como é organizado
o procedimento que permite conhecer o pró e o contra, e se admitirá que estamos diante de
técnicas de raciocínio alheias matemática.
Em Direito: a pessoa não se contenta em deduzir, mas argumenta, e todo estudo do raciocínio e
da prova em Direito que descurasse dessa situação ignoraria o que constitui a especificidade da
lógica jurídica.

OBRIGAÇOES DO JUIZ [nas legislações modernas]:


É obrigado a julgar e motivar suas sentenças.
- deve interpretar o Direito de modo que, de um lado, remova as incompatibilidades e mesmo as
contradições que poderiam, à primeira vista, ocorrer e, de outro lado, complete as lacunas que o
legislador poderia, à primeira vista, ter deixado.
- MOTIVAR relacionando suas conclusões com textos legais.
 não é coerciva [não resulta de um raciocínio puramentemente demonstrativo, e sim
ARGUMENTAÇÃO].
ARGUMENTAÇÃO: apreciação da força do raciocínio, que a liberdade e independencia do juiz
constituem um elemento essencial na administração da justiça.
- tem poder de DECIDIR.
- responsabilidade correlativa – pode exercer com/sem discernimento.

LÓGICA FORMAL: descura inteiramente do modo como os homens raciocinam para chegar a
uma decisão individual/coletiva.
Razão prática: guia-nos na ação; mais próxima da do juiz que a da matemática.
- recusa reconhecer a especificidade do raciocínio jurídico e do raciocínio pratico em geral.
- presta um mau serviço à filosofia e à humanidade.
Filosofia: renuncia-se por causa da ausência de um fundamento teórico ao seu tradicional papel
de educadora do gênero humano.
Humanidade: encontra-se um guia nas filosofias de inspiração racional; abandona-se à
irracionalidade, às paixões, aos instintos e à violência.

 A teoria pura do direito e a argumentação.


HANS KELSEN – teoria pura do direito.
- inconteste do pensamento jurídico;
- clareza; força convincente – caracterizam-se todos os escritos.
- questionam-se idéias comumente aceitas,
- resultavam-se em conseqüências paradoxais.
- referente à concepção tradicional da interpretação jurídica; papel do juiz na aplicação do
direito.
CIENCIA DO DIREITO – conhecimento de um sistema de normas jurídicas.
- constitui-se excluindo tudo quanto é alheio ao direito.

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- Direito: sistema de normas de coerção válida num determinado Estado; diferencia-o
nitidamente de um lado das ciências que estudam os fatos de todos os tipos [o que é e não o
que deve ser], e do outro, de qualquer outro sistema de normas [moral ou de direito natural]
Só é possível se: seu objeto é fixado sem interferências alheias ao direito positivo.
ATO LÍCITO – a condição da reação especifica do direito, do ato de coerção.
Sanção – pronunciada pelos juízes [competência para aplicar as regras de direito em situações
determinadas pela lei.]
- é valida: elaborada e promulgada em conformidade a regras de um nível superior que
determinam as condições de funcionamento dos poderes legislativo e executivo.
- condições são fixadas numa constituição que fornecerá a lei fundamental do sistema jurídico ou
que remeterá a outra lei que garante a validade da constituição atual.
Sistema de normas e atos jurídicos: é dinâmico.
É hierarquizados – atos jurídicos tiram sua validade de sua conformidade a normas jurídicas, que
dependem de outras normas até que chegue à lei fundamental, que não tem justificação jurídica,
mas é pressuposta por todas as normas e todos os atos jurídicos do sistema.

Sistema de direito x sistema formal


- não é estático
- é dinâmico.
Normas inferiores/atos jurídicos – não podem ser deduzidos das normas que lhes condicionam a
validade.
Teoria pura do direito, se caracteriza por: intransigente dualismo que opõe de um lado, o ser ao
dever-ser, a realidade ao valor, o conhecimento a vontade [causalidade à imputabilidade], e de
outro, o direito à moral, e o direito positivo ao direito natural.
Ciência do direito: conhecimento do direito positivo – elimina implacavelmente todas as
condições que são alheias ao seu objeto e introduzem sub-repticiamente.

LOGICA JURIDICA
A ESCOLA DA EXEGESE – CAP 1
Objetivo: realizar os objetivos que se propuseram os homens da Revolução:
- reduzir o direito à lei.
- direito civil ao Código de Napoleão.
"toda a lei, tanto no espírito quanto na letra, com uma ampla aplicação de seus princípios e o
mais completo desenvolvimento das conseqüências que dela decorrem, porém nada mais que a
lei, tal foi a divisa dos professores do Código de Napoleão."

Amostras da Lógica Jurídica: MOTIVAÇÃO DOS TRIBUNAIS.


- orientada pela IDEOLOGIA – guia a atividade dos juízes, pela forma como eles concebem seu
papel e sua missão; pela concepção deles do direito e pelas relações com o poder legislativo.
TRIPARTIÇÃO: visão esquemática e simplificada da realidade.
1. ESCOLA DA EXEGESE – termina por volta 1880
2. ESCOLA FUNCIONAL E SOCIOLÓGICA – vai até 1945
3. CONCEPÇÃO TÓPICA DO RACIOCINIO JURIDICIÁRIO – influenciado pelos excessos do regime
nacional-socialista e pelo processo de Nurenberg.

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