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TRABALHO DE CONCLUSÃO
DO SEMINÁRIO DA FILOSOFIA DA LINGUAGEM
INSTITUTUM SAPIENTIAE
ANÁPOLIS
2016
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RESUMO
A linguajem mental e oração são temas de grande importância para a vida espiritual da
humanidade, porém é um tema pouco discutido na filosofia, já que não consideram a
oração ou o diálogo com DEUS, como algo cientificamente provável, porém a filosofia
da Natureza e a Teologia Natural, demostram o contrário afirmando o fato de que
DEUS pode ser conhecido através da razão humana, porém não realizam um estudo
especifico de como este dialogo com DEUS, pode ser desenvolvido. A teologia porém
oferece ferramentas úteis, através dos dados da revelação e da vida dos santos como
Teresa de JESÚS doutora da Igreja que dão luzes especificas sobre o tema; este
trabalhos esta centralizado em mostrar a Oração como um tema importante de
filosofia da linguagem e sua importância no caminho da perfeição cristã.
ABSTRACT
Mental language and prayer are subjects of great importance for the spiritual life
however, it’s a subject little discussed in philosophy. For us don´t consider prayer or
conversation whit GOD as something scientifically provable. Yet the philosophy of
nature and nature theology show otherwise maintaining the fact that GOD can be
known through reason, still they don´t study in a specific way how this conversation
can be developed. Nevertheless, theology offer useful tool through the light of
revelation and the life of the saints, such as Teresa of Avila, doctor of the Church, who
give specific insights on the subject, this these is centered on showing Prayer as an
important theme of the philosophy of language and the way of Christian perfection.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................4
2. O QUE É A LINGUAGEM MENTAL?..........................................................................5
3. O QUE É A ORAÇÃO?..............................................................................................5
4. DIVISÕES DA ORAÇÃO............................................................................................6
5. OS GRAUS DE ORAÇÃO...........................................................................................6
5.1. Oração vocal...........................................................................................................7
5.2. Oração mental........................................................................................................7
5.3. Oração Afetiva........................................................................................................9
5.4. Oração de simplicidade........................................................................................10
5.5. Oração de recolhimento infuso............................................................................11
5.6. Oração de Quietude.............................................................................................11
5.7. Oração de união simples......................................................................................12
5.8. Oração de união extática......................................................................................12
5.9. Oração de união transformativa ou matrimonio espiritual.................................13
6. CONCLUSÕES........................................................................................................14
7. REFERENCIAS........................................................................................................15
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1. INTRODUÇÃO
A Santa Teresa de JESUS, devemos a classificação mais profunda e exata dos graus de
oração que se conhece até o momento. Em seu livro Castelo interior vai descrevendo
as etapas sucessivas da santificação da alma em torno a sua vida de oração. Para esta
Santa, os graus de oração coincidem com os da vida cristã, em seu caminho para a
santidade. Este trabalho apresenta o significado da oração como um tipo de linguagem
mental, e o seu significado seguindo os passo de Santa Teresa de JESUS, porém apesar
das críticas levantadas de que ela segue um princípio psicológico, teológico e não
filosófico, se acredita que esta acusação que tem um fundamento real, não se pode
lançar contra uma mulher que não se propus em seus livros de fazer teologia, mas
unicamente ensinar as suas freiras uma linguagem simples e familiar para alcançar
santidade. A linguagem mental e a oração são temas, de grande importância no
mundo cristão, que devem ser abordados nos tempos modernos, porém é difícil
encontrar literatura filosófica dentro deste tópico, já que a maioria dos filósofos
modernistas se focalizam em um materialismos empírico, onde a os dados científicos
são mais importantes que os espirituais, e deixam este tema a um lado, o qual só
estuda a teologia.
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3. O QUE É A ORAÇÃO?
A palavra oração pode aplicar-se a muitos sentidos, como: sentido gramatical, logico, retórico,
jurídico e teológico. Neste trabalho se explicará só o sentido teológico, devido a que não se pode
escrever de oração sem tratar de DEUS.
De acordo aos sentido teológico, se apresenta as definições que competem a filosofia da
linguagem:
a) San Agostinho: A oração é a conversão da mente a DEUS com piedoso e humilde afeto.
b) São João Damasceno: A oração é a elevação da mente a DEUS.
c) São Boaventura: Oração é o piedosos afeto da mente dirigido a DEUS.
d) Santa Teresa: É tratar de amizade, estando muitas vezes tratando a só, com quem sabemos
nos ama.
e) Santo Tomás: A oração é a elevação da mente a DEUS (São João Damasceno) para louvar lhe e
pedir-lhe coisas convenientes a eterna salvação.
É importante esclarecer que a frase “elevação da mente a DEUS”, significa que a oração é um ato
da razão prática, mas não da vontade como acreditavam alguns escotistas. (MARIN, 1994, p. 627,
tradução nossa).
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4. DIVISÕES DA ORAÇÃO
É a oração oficial da Igreja, na qual se encontra todo o corpo místico de CRISTO. Para sua
eficácia é necessário cumprir as seguintes condições:
a. Estar em união intima com CRISTO, e de toda a Igreja militante, purgante e triunfante.
b. Se deve estar digna, atenta e devotamente.
c. Se deve ter a maior disponibilidade para a caridade.
(MARIN, 1994, p. 642, tradução nossa).
ORAÇÃO PRIVADA:
“Esta oração é um dos meios mais eficazes para realizar na terra a união com DEUS e
nossa imitação de JESUSCRISTO” (Marmion, 1947, p. 403).
5. OS GRAUS DE ORAÇÃO
Este grado está ao alcance de tudo o mundo. É a oração que se manifesta com palavras de nosso
linguagem articulado, e constitui a forma quase única da oração pública o litúrgica. Este tipo de
oração desligado da oração mental, o qual utiliza a razão torna-se um ato mecânico e sim vida.
(MARIN, 1994, p. 653, tradução nossa).
Santo Tomás (II-II,83,12) explica que “a oração vocal deve ter dois condições principais:
Atenção e profunda piedade”.
Neste tipo de oração é impossível conhecer um tipo de formula, devido a que se deve
seguir o impulso interior do ESPÍRITO SANTO. Porém as orações vocais mais
conhecidas e familiares são precisamente as de fundo conteúdo, como o Pai nosso, o
Credo, o Gloria, o Angelus, a Salve, orações de manhã e de noite, a benção da mesa, as
palavras que se realizam ao fazer o sinal da Cruz, o Ato de contrição, a confissão geral
e o Santo Terço. É importante dizer que o Pai nosso, é a oração vocal mais sublime e
excelente de todas, devido a que brotou dos lábios mesmos do redentor, também é
conhecida como “oração dominical” (MARIN, 1994, p. 657).
Os métodos de meditação são tão diversos quanto aos mestres espirituais, por isso é
importante na prática evitar: a excessiva rigidez e o excessivo abandono. No princípio
da vida espiritual, é indispensável a sujeição a um método concreto e particularizado.
Porém a medida que vai crescendo e se desenvolvendo se sentirá cada vez menos a
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necessidade de aqueles modelos, até o ponto que eles pode chegar a ser um
verdadeiro obstáculo para o encontro com DEUS. Ao realizar a eleição dum método de
meditação se deve ter em conta, sobre tudo a maior eficácia enquanto ao crescimento
no amor de DEUS e desprecio de si mesmo.
II. Corpo da
A memoria, lembrando o tema de meditação.
meditação ou O entendimento utilizando questões para
exercício das comprender o tema.
tres potências A vontade através da oração, afetos e
propositos práticos e humildes.
Para se realizar uma boa meditação se deve ter presente os seguintes conselhos:
a) Não suspender as palavras ou o discurso antes de que brote o afeto. Seria perder o
tempo e fomentar uma ilusão perigosíssima.
b) Não forçar os afetos. Quando não brotem espontaneamente retornar a exercita-los
suavemente através do discurso, as nunca procurar mantê-los mais do que podem
dar em si.
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c) Não ter presa por passar de um afeto a outro. Se poderia perder o fruto logrado do
primeiro e não conseguir logo o segundo.
d) Procurar ir reduzindo e simplificando progressivamente os afetos
Por outro lado, as vantagens de esta oração são: Uma união mais intima e profunda
com DEUS, um crescimento na prática das virtudes e uma excelente preparação para a
passagem da oração de simplicidade. Porém estas preciosas vantagens podem ver-se
comprometidas por certos inconvenientes contrários. Se tem que evitar
cuidadosamente o esforço violento para produzir afetos, o crer-se mais adiantado na
vida espiritual do que realmente está, buscar só os consolos sensíveis sem procurar a
prática das virtudes e por último a preguiça espiritual (MARIN, 1994, p. 676).
Segundo Santa Tereza este grau de oração é uma contemplação sobrenatural mística,
outros autores chamam esta oração como oração da simples mirada, ou de simples
presença de DEUS, ou de simples visão de fé. Esta oração é uma simples mirada ou
atenção amorosa a um objeto divino, já seja DEUS em si mesmo, ou algumas de suas
perfeições. Porém esta grau de oração continua sendo ascético, onde a alma deixa o
discurso e se vale de uma doce contemplação, que a deixa sossegada e a faz
susceptível as operações e impressões do ESPÍRITO SANTO. Nesta oração a alma
trabalha pouco e recebe muito. Assim fica claro que a oração de simplicidade assinala
exatamente o transito da oração ascética a mística. Se a alma é fiel nos exercícios
espirituais as graças do ESPÍRITO SANTO irão incrementando progressivamente até
entras de cheio a vida mística.
Para praticar esta oração não se utiliza um método próprio, porque todo se reduz a
mirar e amar. Porém existem alguns conselhos:
a) Antes da oração cuide a alma de não adiantar-se a DEUS, enquanto poda tirar fruto
da meditação ordinária, sem paralisar o diálogo. Porém também se deve evitar o
contrário não apegando-se a meditação, nem aos atos de oração afetiva.
b) Durante a oração se deve procurar uma atenção amorosa a DEUS com suavidade e
sem força e não se deve desanimar ante os momentos de aridez.
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c) Depois da oração, se devem ver os frutos e melhoras na vida cristã e a prática das
virtudes (MARIN, 1994, p. 678).
Esta oração se caracteriza pela união do entendimento com DEUS. Aqui se apresentam
algumas características:
a) Uma grande liberdade de espirito, que lhe permite estas mas disponível as coisas
do serviço de DEUS.
b) O santo temor a DEUS, com medo de ofendê-lo.
c) Grande confiança da eterna salvação.
d) Amor a mortificação e aos trabalhos, onde lhe parece que todo o poderia em
DEUS.
e) Profunda humildade, que leva a alam se considerar miserável.
f) Desprezo pelos gozos do mundo, porque a alma já tem provado os gozos de DEUS.
g) Crescimento em todas as virtudes.
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a) Não realizar jamais o menor esforço para colocar-se na oração de quietude. Devido
a que seria trabalho inútil querendo produzir por nossa conta o que só DEUS
misericordiosamente pode conceder-nos.
b) Não resistir a ação de DEUS, quando se começa a senti-la.
c) Não perturbar a quietude da vontade pela inquietação das outras potencias. Em
particular a memória e a imaginação que fazem guerra para alabar a DEUS.
d) Fugir com grandíssimo cuidado das ocasiões de ofender a DEUS.
e) Não deixar jamais a oração a pesar de dificuldades (MARIN, 1994, p. 717).
Se compreende que a morte dos santos que chegam a este grau é dulcíssima e
verdadeiramente inefável, e não presentam temor algum pela morte (MARIN, 1994, p.
741).
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6. CONCLUSÕES
A oração se pode esclarecer de modo simples nas palavras de Santa Teresa quando
diz: “A oração não consiste em pensar muito, mas em amar muito.”
7. REFERENCIAS
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA (CIC). EDITORA VOZES: Petrópolis, RJ, Brasil, 1992.
JOLIVET, Regis. Vocabulário de filosofia. Livraria AGIR Editora: Rio de Janeiro, 1975.
Marmion, Columba. JESUSCRISTO ideal del monje. 3. Ed. Editorial litúrgica Española,
S.A.: Barcelona, 1947.
SANTO TOMAS. Suma teológica IV. 4. Ed. Biblioteca de autores cristianos: Madrid,
2001.
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