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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO - UFERSA

CENTRO MULTIDISCIPLINAR DE CARAÚBAS


CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
Trabalho de Conclusão de Curso (2019.1).
1

CARACTERIZAÇÃO DAS ARGAMASSAS HISTÓRICAS DE REVESTIMENTO DO


CEMITÉRIO VELHO EM FRANCISCO SANTOS-PI.
Eduardo César Santos1,Erica Natasche de Medeiros Pinto Gurgel 2,

¹Aluno do curso de Engenharia Civil, Universidade Federal Rural do Semi-Árido-UFERSA, Campus


Caraúbas, Avenida Universitária Leto Fernandes, S/N, Eduardo.gama1996@hotmail.com;
2Professora do curso de Engenharia Civil, Universidade Federal Rural do Semi-Árido-UFERSA, Campus
Caraúbas, Avenida Universitária Leto Fernandes, S/N, erica.gurgel@ufersa.edu.br

Resumo: Os prédios e edifícios contam muito sobre a história, momentos e evolução da cultura e tecnologia
dos povos de um lugar, por isso têm se a importância da conservação desses patrimônios históricos. Nas
análises históricas é muito importante identificar os materiais usados nas suas construções, com a finalidade
de conhecermos como eram o processo construtivo em épocas passadas além da maneira de como os
conhecimentos construtivos evoluíram com o tempo. As argamassas históricas e suas técnicas de
caracterização possuem a função de proteção da estrutura e caracteriza sua importância em prédios históricos.
Embora em alguns locais façam a retirada de todos os rebocos de uma obra por falta de conhecimento ou por
questão de estética, logo faz-se necessário expandir os conhecimentos sobre as técnicas, ensaios e métodos de
intervenção para a reconstituição do traço das argamassas antigas. Outro ponto de grande importância do uso
de argamassas históricas é que as mesmas sendo parte integrante da parede a sua reconstituição têm que ter
composição e características compatíveis com o tipo de alvenaria e com as argamassas pré-existentes, o grau
de exposição às ações climáticas e ambientais e as funções que desempenham no elemento construtivo.
Dessa forma é necessário que se faça uma analise da parede como um todo e a argamassa nessa ideia.

Palavras-chave: Argamassas antigas; argamassas de revestimento; argamassa histórica.

1. INTRODUÇÃO

Argamassas antigas envolvem-se no estudo da composição de uma argamassa com o intuito de se criar
uma nova com as mesmas características para que se possa realizar uma reforma em prédios e edifícios antigos
mantendo a tecnologia da época e seus aspectos na época em que foi construído.
Esta noção está em acordo com o princípio da intervenção mínima, indicada para intervenções no
revestimento das fachadas de edificação histórica, que possui um valor limitante na substituição ou remoção total
do revestimento apenas aos trechos deteriorados, sendo assim quando houver a argamassa original em boas
condições esta deve ser mantida.
O conhecimento das características e composições de uma argamassa constitutiva de um edifício é
necessário para que a sua restauração e conservação sejam os mais similares possíveis de como foi feita
inicialmente para que haja uma conservação da historia e do seu método construtivo. Além disso, é importante
que se conheça as condições climáticas que também pode interferir, uma vez que fatores químicos, físicos e
biológicos que interferem diretamente na composição dos materiais de construção.

O estudo das argamassas históricas iniciou da ideia de conservação e restauração de edifícios antigos
que trazem em si a historia dos materiais, das técnicas e dos meios existentes na época em que foram
construídos. Lugares e tempo de construções diferentes significam processos diferentes, hábitos socioculturais
diferentes, materiais e métodos construtivos diferentes assim as edificações antigas fazem parte de todo um
contexto do processo histórico individual de um local [5].
As transformações que a argamassa sofre ao longo dos anos, fazem com que sejam necessárias
investigações para o conhecimento e melhor aprendizado do tema, principalmente quanto ao conhecimento de
argamassas antigas detectando característica construtiva da época e buscando uma proximidade da argamassa
que ira se aplicada atualmente com a original [9].

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As argamassas históricas possuem importância não só da necessidade de uma conservação preventiva


em monumentos ou em edificações de interesse histórico, mas também por gerar a interdisciplinaridade nos
estudos que englobam os meios investigativos históricos com as analises físicas e químicas. O conhecimento
dos materiais originais e o uso de materiais compatíveis para restauro é fundamental para uma boa intervenção e
para redução da velocidade dos processos de degradação de construções históricas [9].
Investigar a composição de argamassas antigas é fundamental para a reconstituição de prédios e locais
porque é impossível ter argamassas preparadas em diferentes localizações geográficas que sejam diretamente
comparáveis. Principalmente devido aos materiais utilizados serem quase sempre diferentes, sendo assim um
estudo realizado em um local não pode ser reciclado para outro. Já que quando se diz que “as argamassas são
produtos locais”. De fato, as argamassas são geralmente preparadas com materiais locais não sendo os ligantes,
pelo menos os agregados que são os mais acessíveis ao local [6].
Torna se fundamental analisar-se coda estrutura como única sendo assim a principal característica das
argamassas antigas, ela não possuem um padrão.

2. METODOLOGIA

O procedimento experimental do presente trabalho se dividiu em duas etapas: A primeira consistiu na


caracterização histórica e situacional da edificação realizada com visitas in loco, registros fotográficos e coleta
de amostras.

Já na segunda foram realizados os experimentos caracterização das argamassas de revestimento através de


técnicas de caracterização física, química e microestrutural.

2.1 Definição do local de estudo

O local escolhido se deve a alguns fatores relacionados a sua importância histórica para o município e de
conter ate mesmo relatos de acontecimentos de movimentos nacionais.O cemitério velho como é conhecido no
município de Francisco Santos-PI é datado do ano de 1908 e utilizado ate o ano de 1970. É considerada a
primeira grande construção da região, e onde foram sepultados parte dos primeiros moradores da cidade.
Os populares da cidade e habitantes mais antigos relatam que no mesmo havia uma placa de cobre com o
nome e data de construção do mesmo, mas esta foi levada quando a coluna Prestes passou pela região. Hoje em
dia o local se encontra em estado de completo abandono com partes das paredes já desmoronadas e por isso uma
restauração neste se apresenta de extrema importância.
Atraves de visitas ao local realizou-se o levantamento fotográfico deste e foram coletadas as amostras duas
na sua fachada e uma em sua parede lateral, as amostras foram retiradas com o auxilio de um martelo e estas
situadas a uma altura de 0,5 a 1 m do solo.

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Figura 1: Amostra “A” fachada frontal

(Autoria própria)

Figura 2: Amostra “B” fachada frontal

(Autoria própria)

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Figura 3: Amostra “c” fachada lateral

(Autoria própria)

2.2. Caracterização da Argamassa

A segunda etapa consistiu-se da caracterização das amostras. Para caracterização física e química das
argamassas, utilizaram-se técnicas de caracterização os ensaios para Fluorescência de raios-X (FRX), Difração
de raios-X (DRX), Microscópico Eletrônico de Varredura (MEV), Teor de aglomerante, Análise granulométrica,
Absorção de água, Densidade de massa aparente e definição do traço.

2.2.1. TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃ

2.2.1.1 FLUORESCÊNCIA DE RAIOS-X (FRX)

Na análise por fluorescência de raios-X possui fins qualitativos ou quantitativos e se baseia na medição das
intensidades dos raios-X característicos emitidos pelos elementos que constituem a amostra, quando estimulados
por partículas como elétrons, prótons ou íons produzidos em aceleradores de partículas ou ondas
eletromagnéticas, além do processo mais utilizado que é através de tubos de raios-X (MELO JÚNIOR, 2007).

No presente trabalho utilizou-se o espectrômetro de raios-x por energia dispersiva em um equipamento


Shimadzu, modelo EDX- 720A análise química da argamassa foi realizada por meio de espectrômetro de raios-x
por energia dispersiva em um equipamento Shimadzu, modelo EDX- 720

2.2.1.2. DIFRAÇÃO DE RAIOS-X (DRX)

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A difração em raio-x representa o fenômeno de interação entre os feixes de raio-x incidente e os raios de elétrons
dos átomos componentes de um material, relacionado ao espalhamento coerente. A técnica consiste na
incidência da radiação em uma amostra e na detecção dos fótons difratados , que constituem o feixe
difratado(GOBBO,2003).

Para a realização desta etapa utilizou-se o aparelho eco D8 ADVANCE da Bruker, com uma fonte de radiação
Cu, filtro monocromador de níquel, varreduras com intervalo de leitura 5º a 80º e rotação do portador de
amostra de 15 rpm.

2.2.1.3. Teor de Aglomerante

Não existindo um método padrão desta técnica, resolveu-se adaptá-la através da combinação de tratamento
térmico com dissolução em ácido clorídrico. Após a amostra ter sido destorroada, sem passar pelo processo de
peneiramento, seguiu-se essas etapas para três amostra em cada local:

a) Secou-se 50 gramas da amostra de argamassa antiga, em estufa a temperatura de (105±5) °C, durante 24
horas;
b) Depois de retirada da estufa, registrou-se o peso da amostra (m1), depositando o material em um béquer;
c) Em seguida, adicionou-se 150 ml de ácido clorídrico e deixou-se a amostra em um local seco durante 24
horas, para ocorrer a diluição total da amostra;
d) Após 24 horas, drenou-se a solução ácida em um funil com papel filtro para aferição dos finos inertes, sendo a
massa do papel filtro seco pesado previamente (m2);
e) Posteriormente, secou-se o filtro de papel drenante com o resultante da ação térmica combinada com a
dissolução de ácido clorídrico, em estufa a uma temperatura de (105±5) °C, durante 24 horas;
f) Ao final, pesou-se a massa dos filtros drenantes para encontrar a quantidade de agregados (m3), e assim
encontrar o teor de aglomerante (Marg) através da seguinte equação 01:

m1− ( m3−m2 ) X 100


𝐌𝐚𝐫𝐠 =
m1

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Figura 4: Amostras apos tratamento químico e ir á estufa

(Autoria própria)

2.2.1.4. Análise Granulométrica

A análise granulométrica tem como objetivo representar a composição granulométrica em forma de curva e com
ela determinar as características físicas do agregado. Esta análise foi realizada com a fração insolúvel, composta
pelos agregados, restante do ensaio de teor de aglomerante. Para execução desta técnica, necessitou-se retirar
todo o material presente no papel filtro, cautelosamente, de forma que a evitar a perda do material fino.
Utilizou-se a metodologia descrita na norma NBR NM 248/2003: Agregados – Determinação da composição
granulométrica. A quantia recomendada era de 500g, mas devido a disponibilidade de materiais já que tentou-se
intervir o menos possível na edificação se utilizou de 300g.

Figura 5 e 6: Amostras para granulometria

(Autoria própria)
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2.2.1.5. Absorção de Água

Para a realização desse ensaio foi necessário realizar uma adaptação da norma NBR 9778/2005 – Argamassa e
concreto endurecidos – Determinação da absorção de água por imersão – índice de vazios e massa específica,
pois as amostras coletadas não apresentavam o volume mínimo indicado na norma. Então, o ensaio foi realizado
utilizando as amostras disponíveis e seguiu-se a metodologia de execução do ensaio apresentada na norma.
Inicialmente, para cada local separou-se três amostras e foram colocadas em estufa à temperatura (105±5) °C por
um período de 72h, para que após o resfriamento, determina-se a massa das amostras (A). Em seguida,
procedeu-se a imersão das amostras em água à temperatura de (23 ± 2)°C, durante 72h. Por fim, enxugou-se a
superfície das amostras e determinou-se a massa B, e com o auxílio da equação 2 a seguir, encontrou-se a
absorção de água para cada local
B− A x 100
A

Onde:
A= Massa antes da imersão e
B= Massa apos a imersão

2.2.1.6. Densidade Aparente

A NBR 13280/2005 [13], foi utilizada para realizar esse ensaio. Para esse procedimento, adaptações foram feitas
devido não conseguir formatos regulares de 200 cm³ citados na norma, utilizando assim amostras com volumes
obtidos pelo princípio de Arquimedes no qual as amostras foram imersas em água num béquer graduado e assim
anotado o valor da altura do fluido que se deslocava e posteriormente calculado o seu volume.

3. RESULTADOS E DISCUÇÕES

3.1. Fluorescência de Raio-X (FRX)


3.2. Difração de Raio-X (DRX)
3.3. Teor de Aglomerante

Amostra Teor Aglomerante (%) Aglomerante: Agregado


A 14,9 01:5,71
B 4,15 01:23,09
C 15,2 01:5,57
Tabela 01: Teor de aglomerante e traço aproximado para cada local. (Autoria própria)

Notou-se uma semelhança muito forte entre os teores aglomerantes das amostras “A” e “C” porém o valor da
amostra ”B” apresentou um valor muito diferente, sendo assim a composição de “B” é bem diferente das outras
duas amostras com um teor muito alto de agregado, o aglomerante sendo quase nulo nessa. As outras duas
amostras apesarem de possuir o teor de aglomerante mais alto este ainda é um valor muito baixo. Isso se deve ao
fato de fatores ate mesmo relativos ao acesso a aglomerantes pois o local e bem próximo ao leito de um rio e
pode ter sido usado em excesso para baratear a obra ou aumentar o volume produzido e o comum uso de barro
como aglomerante .
Os resultados apresentados ainda se tornam discrepantes devido à falta de homogeneidade das amostras, ou erros
relacionados ao próprio manuseio do experimento como pesagens o ate mesmo a influencia da umidade.

3.4Analise Granulométrica

Amostra A Amostra B Amostra C

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DMáx(mm) 6,5 5,1 5,3


MF 34,5 30,2 35,6
Tabela 02. Dimensão máxima e Módulo de finura. (Autoria própria)

100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
0 2 4 6 8
Figura 7. Curvas granulométricas de todas as amostras.
(Autoria própria)

A curva granulométrica das três amostras foram bastante semelhantes em muitos pontos ate sendo coincidentes.
Analisando-se vemos uma distribuição uniforme de grãos podendo se classificado pela maior porcentagem de
areia fina, ressaltando a presença de teores de finos em torno de 12% e em uma das amostras aparece um pouco
de cascalho.
Dessa forma nota-se uma predominância de agregados miúdos em todas as amostras sendo esse uma areia fina.
Essa predominância de agregados miúdos pode esta relacionada a dois fatores principais o primeiro de
características construtivas da época onde se usava bastante o barro como forma de economia de cimento, a
segunda a localização da edificação que é bem próxima ao leito de um rio intermitente onde ficam propicia o
fácil acesso a jazidas de areia.

3.5. Absorção de Água

Amostra Absorção Média (%)


A 11,83
B 16,2
C 15,71
Tabela 03. Teor de absorção de água (Autoria própria)

Nesse ensaio obteve se teores de absorção de água muito próximo para todas as amostras em especial a
proximidade de “B” e “C” que apresentaram praticamente os mesmos valores, dessa maneira infere-se que as
características de porosidade das amostras são as mesmas.
Esse experimento tem importância por constatar as características de porosidade da argamassa característica útil
para a aderência da argamassa de restauração com a já existente.

3.6. Densidade Aparente

Amostra Massa (kg) Volume (m³) Densidade (kg/ m³)

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A-1 0,070 0,00006 1166,66

A-2 0,041 0,000025 1640

A-3 0,0142 0,000006 2366,66

B-1 0,017 0,00001 1700

B-2 0,026 0,000015 1733,33

B-3 0,0161 0,000004 4025

C-1 0,0288 0,000025 1152

C-2 0,0312 0,000014 2228,57

C-3 0,0241 0,000012 2008,33


Tabela 04. Densidade aparente . (Autoria própria)

Na tabela pode se notar que alguns valores de densidade se repetem porem a cada trio de amostras aparece uma
com um valor discrepante do demais fato que pode esta ligada aos procedimentos experimentais. Dessa forma
recomenda-se que se realize novamente o experimento ou se utilize de outra técnica mais precisa.

4. CONCLUSÃO

Esse trabalho buscou determinar as características da argamassa utilizada como revestimento no cemitério
velho na cidade de Francisco Santos-PI através de ensaios e experimentos onde pode notar a importância da
compatibilidade da argamassa de restauração com a já existente no local visto que são muitos fatores levados em
conta na hora da sua escolha, buscando tornar o mais próxima possível da original com objetivo principal da sua
compatibilidade.
Nem todos os experimentos apresentaram resultados semelhantes entre as amostras, porem em todos eles ao
menos duas das amostras apresentavam valores próximos assim podendo determinar tais características. No
caso do experimento de teor aglomerante os valores de A e C foram quase iguais com uma alta presença de
agregados características de construções do sertão do uso de Barro, para economizar materiais.
A maioria dos ensaios foi adaptada às condições oferecidas pelo laboratório, mas adaptações estas pensadas
de forma a aproximar o máximo possível da maneira idealizada para tal.
Este trabalho ainda apela pela conservação de edificações antigas, pois estas trazem historias em si no quais
podem ser analisados através do seu método construtivo, materiais usados e suas proporções. Menciona-se ainda
o fato de ter se uma aproximação máxima da argamassa de reparo com a usada originalmente para que essa
historia seja mantida e ate mesmo melhorar a aderência da argamassa de reparo na original.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 248: Agregados – Determinação da


composição granulométrica. Rio de Janeiro, 2003.

[2] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9778: Argamassa e concreto endurecidos-
Determinação da absorção de água por imersão – índice de vazios e massa específica. Rio de Janeiro, 2005.

[3] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13280: Argamassa para assentamento e
revestimento de paredes e tetos - Determinação da densidade de massa aparente no estado endurecido. Rio de
Janeiro, 2005.

[4] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13529: Revestimento de paredes e tetos de
argamassas inorgânicas — Terminologia. Rio de Janeiro, 2013.

[5] COUTO, Armanda Bastos; COUTO, J. Pedro. Especificidades e exigências das argamassas na reabilitação de
edifícios antigos. 2007.

[6] FARIA, Joana; TORGAL, Fernando Pacheco; JALALI, Said. Desenvolvimento de argamassas para a
reabilitação de edifícios antigos. Parte 1–Trabalhabilidade e comportamento mecânico. In: 4º Congresso
Português de Argamassas e ETICS. Associação Portuguesa dos Fabricantes de Argamassas de Construção
(APFAC), 2012.

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[7] GOBBO, Luciano de Andrade. Os compostos do clínquer Portland: sua caracterização por
difração de raios-X e quantificação por refinamento de Rietveld. 2003. Tese de Doutorado.
Universidade de São Paulo.

[8] NASCIMENTO, Claudia Bastos do et al. Método de caracterização de argamassas históricas: proposição e
estudos de caso. Jornada de Técnicas de Restauración y Conservación del Patrimonio, v. 1, 2009.

[9] RODRIGUES, Paula Nader et al. Caracterização das argamassas históricas da ruína de São Miguel
Arcanjo/RS. 2013

[10] VEIGA, Maria do Rosário. Argamassas de alvenarias históricas. Funções e características. In: Actas da
Conferência Internacional sobre Reabilitação de Estruturas Antigas de Alvenaria. Universidade Nova de
Lisboa (CIREA2012). Eds: Fernando Pinho, Válter Lúcio, Carlos Rodrigues, António Ramos, Paulina
Faria, Manuel Baião, Paulo Lourenço, Humberto Varum, Ângela Nunes e Luís Moura. 2012. p. 17-27.

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