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ANSIEDADE E

DEPRESSÃO EM
IDOSOS DURANTE A
PANDEMIA
SUGESTÕES DE INTERVENÇÕES

Jorge de Oliveira Vieira


Simone de Cássia Freitas Manzaro
Copyright © 2021
by Jorge de Oliveira Vieira e Simone de Cássia F. Manzaro

Ansiedade e depressão em idosos durante a


pandemia-Sugestões de Intervenções

© E-book Ansiedade e depressão em idosos


durante a pandemia - Sugestões de
Intervenções. Todos os direitos reservados.

Esse e-book é fruto do artigo 'Saúde Mental


de idosos em Distanciamento Social Devido
à Pandemia: Ansiedade e Depressão', sendo
divulgado gratuitamente com a finalidade
de ampliar a visão sobre o
acompanhamento de idosos durante a
pandemia, oferecendo estratégias que
amenizem os efeitos do distanciamento
social.

Sua reprodução sem autorização ou sem os


devidos créditos infringe as leis de direitos
autorais.
ÍNDICE

01
A PANDEMIA - COVID-19

02
ANSIEDADE

03
DEPRESSÃO

04
INTERVENÇÕES
ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM IDOSOS DURANTE A PANDEMIA - SUGESTÕES DE INTERVENÇÕES

Introdução
No final de 2019, um vírus letal causador de infecções
respiratórias severas foi descoberto na cidade de Wuhan na
China. Em pouco tempo espalhou-se pelo mundo de forma
assustadora. A Covid-19, conhecida como coronavírus, é
resultado da contaminação pelo vírus Sars-Cov-2,
potencialmente grave e de elevada e rápida transmissão global.
Em março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS)
declarou que essa contaminação era uma Pandemia, por
considerar não só a gravidade da doença, mas também a
disseminação do vírus entre humanos de forma crescente, letal e
pela busca de tratamentos eficazes que pudessem combater seus
efeitos, uma vez que o mesmo era desconhecido até pela classe
médica.
Inicialmente, a OMS identificou que, tanto a população idosa
como quem possuía algumas comorbidades como diabetes,
hipertensão, problemas respiratórios ou cardíacos, eram mais
vulneráveis a forma mais grave da doença.
Uma das primeiras medidas de combate ao vírus orientada pela
OMS, foi a suspensão de várias atividades com o intuito de evitar
aglomerações, o chamado 'distanciamento social', a regra era,
fiquem em casa, restrinjam contato com outras pessoas.
Essa recomendação, impactou de forma profunda os idosos. Se
por um lado, a nova regra diminuía a probabilidade de
contaminação, por outro, o confinamento de idosos virou um
isolamento de seus familiares e cuidadores. Frente ao medo da
contaminação e vivendo longe de seus entes queridos, esses
idosos acabaram por desenvolver condições mentais como a
ansiedade e depressão, subprodutos da pandemia,
potencializados pelo sentimento de abandono e solidão.
Portanto, foi importante pensar em sugestões de intervenções
que pudessem servir de auxílio na redução dos impactos
psicológicos e comportamentais do distanciamento social,
contribuindo com a qualidade de vida desse público.
03
ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM IDOSOS DURANTE A PANDEMIA - SUGESTÕES DE INTERVENÇÕES

A PANDEMIA COVID-
19
Desde março de 2020, estamos vivendo A OMS orientou que fossem suspensas

em tempos incertos desde que um vírus várias atividades, como forma de evitar

letal surgiu e começou a se espalhar aglomerações e propagação do vírus, o

pelo mundo rapidamente. chamado 'distanciamento social',

O Sars-Cov-2, chamado de coronavírus decisão essa que impactou de forma

acomete, principalmente, e de maneira profunda os idosos, pois, se por um lado

impactante o aparelho respiratório, a nova regra diminuía a probabilidade

levando a sua falência e de outros de contágio, por outro o

órgãos em poucos dias em sua forma 'distanciamento' confinou idosos ao

mais grave. isolamento de seus familiares e

Em um primeiro momento, o público cuidadores.

mais acometido pela doença eram os Frente ao medo da contaminação e

idosos e/ou pessoas com comorbidades vivendo longe de seus entes queridos,

como obesidade, hipertensão, doenças esses idosos acabaram por desenvolver

cardíacas ou respiratórias. condições mentais como a ansiedade e

Considerados grupos de risco, esse depressão, subprodutos da pandemia,

público cada vez mais começou a potencializados pelo sentimento de

apresentar sintomas graves da doença, abandono e solidão.

e a maioria, foi a óbito.

04
ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM IDOSOS DURANTE A PANDEMIA - SUGESTÕES DE INTERVENÇÕES

A ansiedade e a depressão já possuíam

um índice significativo antes da

pandemia, tornando-se, agora,

preocupante, pelo simples fato de não

sabermos sua duração nem tampouco

quanto tempo ficaremos em

'distanciamento'.

Estudos apontam que o 'distanciamento

social' tem sido associado ao aumento

de alguns transtornos mentais,

principalmente, ansiedade e depressão,

além de outras doenças que impactam

de forma negativa na percepção de

bem-estar.

Distantes da família, com o círculo de

convivência reduzido, os idosos

vivenciam tristeza, solidão, irritabilidade,

e até questões relacionadas à memória.

Pensando em todo esse novo contexto, o qual estamos

vivenciando, torna-se necessário e importante que os profissionais

de saúde e demais áreas, possam criar estratégias domiciliares

para amenizar e/ou reduzir os sintomas de ansiedade e

depressão dos idosos, enquanto permanecem em 'distanciamento

social' em suas casas.

Salienta-se que, esses recursos interventivos são considerados

estratégias não medicamentosas e não substituem o contato e

acompanhamento com profissionais de equipe multidisciplinar.

Neste sentido, é importante pensar em formas de amenizar os

impactos do 'distanciamento social', do preconceito e estigmas

que surgiram durante a pandemia, promovendo qualidade de

vida e bem-estar para este público.

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ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM IDOSOS DURANTE A PANDEMIA - SUGESTÕES DE INTERVENÇÕES

Sintomas do Covid-19
Assintomáticos
Ausência de sintomas, confirmado apenas com exame laboratorial.

Casos leves
Tosse, dor de garganta ou coriza, seguido ou não de anosmia, ageusia,
diarreia, dor abdominal, febre, calafrios, mialgia, fadiga e/ou cefaleia.

Casos moderados
Podem incluir desde sinais leves da doença, como tosse persistente e febre
persistente diária, até sinais de piora progressiva de outro sintoma
relacionado à covid-19 (adinamia, prostração, hiporexia, diarreia), além da
presença de pneumonia sem sinais ou sintomas de gravidade.

Casos graves
Considera-se a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Síndrome Gripal que
apresente dispneia/desconforto respiratório ou pressão persistente no tórax
ou saturação de oxigênio menor que 95% em ar ambiente ou coloração
azulada de lábios ou rosto). Para crianças, os principais sintomas incluem
taquipneia, hipoxemia, desconforto respiratório, alteração da consciência,
desidratação, dificuldade para se alimentar, lesão miocárdica, elevação de
enzimas hepáticas, disfunção da coagulação, cianose central ou SpO2 <90-
92% em repouso e ar ambiente, letargia, convulsões, dificuldade de
alimentação/recusa alimentar.

Casos críticos
Os principais sintomas são sepse, síndrome do desconforto respiratório
agudo, insuficiência respiratória grave, disfunção de múltiplos órgãos,
pneumonia grave, necessidade de suporte respiratório e internações em
unidades de terapia intensiva.

06 1 Site Coronavírus Brasil (2021)


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Principais Formas de Contágio

Espirros e gotículas de saliva

Aperto de mão, beijos e abraços

Compras não higienizadas

Aglomerações

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Objetos infectados
Até o momento, 383 mil pessoas
morreram no Brasil devido à
complicações do Coronavírus.2

De 100% dos óbitos desde o início


da Pandemia, 76% foram de
pessoas de 60 anos ou mais.3

Quanto mais avançada a idade e


debilitado o organismo, maior a
propensão a sequelas da infecção
pelo coronavírus.

Embora as vacinas sejam seguras e


eficazes, o protocolo de higiene e
distanciamento social deve ser
mantido.

2Site Coronavírus Brasil (2021); 3 Site Poder 360 (2021)


08
ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM IDOSOS DURANTE A PANDEMIA - SUGESTÕES DE INTERVENÇÕES

Cuide-se
Use Máscara e a troque

frequentemente;

Lave as mãos com sabão

frequentemente;

Use álcool em gel;

Mantenha distância

social;

Higienize compras;

Deixe os sapatos fora

de casa sempre que

chegar;

Não leve as mãos à

boca, olhos ou nariz

sem higienizar;

Fique em casa se

possível; 09
ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM IDOSOS DURANTE A PANDEMIA - SUGESTÕES DE INTERVENÇÕES

ANSIEDADE
A ansiedade é caracterizada como a antecipação
da ameaça futura, isto é, mesmo na ausência real
de um elemento que seja nocivo à integridade do
sujeito, as reações de tensão muscular e
vigilância em preparação para o perigo futuro
imaginado são ativados, gerando um
comportamento de esquiva, ou seja, evitar o
contato com a situação de perigo mesmo que
imaginado (APA, 2014).
A ansiedade é diferente de medo.

10
Medo
O medo é uma reação natural de
sobrevivência do organismo, é
uma
resposta emocional
desencadeada pela percepção de
perigo real ou imaginário,
necessária para luta ou fuga.

Ansiedade
É a antecipação de uma ameaça
futura, mesmo na ausência real
do elemento nocivo à integridade
do sujeito. É um estado
emocional que precede um
acontecimento, onde corpo e
mente ativam mecanismos e se
preparam para enfrentar essa
ameaça.

11
Ansiedade
e Depressão
Afetam mais de 30
milhões de pessoas
somente no Brasil
OMS, IBGE (2019)

Em 2020, houve
aumento substancial
dos casos devido à
pandemia,
principalmente em
idosos.
IBGE (2020)

Estudos apontam que o


isolamento pode aumentar em
14% o risco de morte em faixas
etárias mas avançadas, pois o
estresse reduz consideravelmente
a produção de leucócitos,
responsáveis por defender o
organismo de infecções.

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ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM IDOSOS DURANTE A PANDEMIA - SUGESTÕES DE INTERVENÇÕES

A ansiedade pode ser boa ou ruim, e


você sabe porquê?

A ansiedade é um mecanismo fruto da evolução, se


racional e equilibrada, também é adaptativa à
espécie humana e tem a função de proteger para
garantir a sobrevivência, permitindo o desvio de algo
que possa causar danos à sua integridade ou, que
possibilite preparar-se para reduzir eventuais
prejuízos;

A ansiedade é disfuncional, desadaptativa e


patológica, quando se caracteriza pela incapacidade
de enfrentar uma ameaça ao mesmo tempo em
que, torna ameaçadoras, situações que não são. Se
caracteriza por transtornos que dificultam a vida,
principalmente em decorrência de seus sintomas,
pois, o medo em relação a uma dada situação, gera
o que será entendido como transtorno de
ansiedade.
13
Dados da OMS
(2019) sugerem que
mais de 18 milhões de
brasileiros (9,3% da
população) sofrem de
algum dos tipos de
transtornos de
ansiedade.
IBGE (2019)

O isolamento
impacta na
imunidade dos
idosos causando
ansiedade e
agravando o quadro
de estresse.

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Transtorno de Pânico

Tem como característica


ataques de pânico,
recorrentes, espontâneos e
inesperados. Transtorno de
Ansiedade Social

Caracterizado pelo medo de


avaliação negativa por parte
de outras pessoas.

Transtorno de
Ansiedade Generalizada

Transtorno que envolve


grande dificuldade do sujeito
em controlar preocupações.
Fobias Específicas
Envolvem medo ou
ansiedade exacerbados
voltados a uma situação
ou objeto (insetos,
elevador, agulhas, sangue,
cuidados médicos
etc).

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Transtorno de
Ansiedade de Separação
Medo ou ansiedade exacerbados,
por pelo menos seis meses, em
relação à separação de figuras de
apego, em decorrência da
possibilidade ou previsão do
afastamento dessas pessoas.

Mutismo Seletivo

Fracasso persistente para falar


em situações sociais
específicas nas quais existe a
expectativa para tal, (por
exemplo escola), apesar de
falar em outras situações.

Agorafobia
Caracterizada pelo medo ou
ansiedade marcantes,
persistentes, acerca de duas
(ou mais) das cinco situações:
uso de transporte público;
permanecer em espaços
abertos, em locais fechados, em
filas ou em meio a uma
multidão; sair de casa
sozinho/a.
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ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM IDOSOS DURANTE A PANDEMIA - SUGESTÕES DE INTERVENÇÕES

Transtorno de
Ansiedade Induzido Por
Substância ou
Medicamento
São sintomas proeminentes de
pânico ou ansiedade que são
considerados como decorrentes dos
efeitos de uma substância (droga de
abuso, medicamento
ou exposição
a uma toxina).

Transtorno de
Ansiedade Devido a
Outra Condição Médica

É uma ansiedade
clinicamente significativa que
pode ser mais bem explicada
como um efeito fisiológico
direto de outra condição
médica.

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Sintomas
Os transtornos de ansiedade podem vir
acompanhados de sintomas como:

Forte tensão muscular;


Sensação de sufocamento e falta de ar;
Sensação de que irá infartar;
Sudorese excessiva;
Sensação de morte eminente;
Desregulação do sono e dos cuidados alimentares;
Comportamentos de risco (p. ex. recusa ou uso
excessivo de medicações, sair desacompanhado em
alguns casos específicos etc., (APA, 2014).

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ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM IDOSOS DURANTE A PANDEMIA - SUGESTÕES DE INTERVENÇÕES

A pandemia por coronavírus é uma


ameaça potencialmente real,
atingindo todos de uma forma
singular, principalmente idosos,
público esse considerado o que
mais sofreu com os impactos do
'distanciamento social'
recomendado pela OMS (2020).
Além dos riscos à própria saúde, os
idosos sofreram com o
afastamento de seus familiares,
amigos e de suas atividades de
vida diária, gerando sentimentos
de medo relacionados à doença e
também de morte.
Com isso, tem-se a hipótese que o
risco de contaminação associado à
divulgação intensa na mídia de
dados sobre o novo coronavírus,
formas de contágio, o número de
óbitos e os procedimentos
médicos utilizados em casos mais
graves, além da escassez de
insumos médicos, e do principal,
oxigênio, sejam possíveis variáveis
que, na tentativa de informar
sobre a doença, conduzem ao
desenvolvimento de transtornos
de ansiedade.

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DEPRESSÃO
A Depressão é uma emoção negativa não saudável,
uma vez que ela seria a consequência de inferências
irracionais e condutas disfuncionais relacionadas ao
evento ativador, “sendo persistente, durando por
mais tempo, impactando no processo cognitivo, com
ruminações, desvalorização pessoal, ideação suicida
e desesperança” (AIRALDI, 2019, p. 269). A
depressão é acompanhada de isolamento social,
reclamações e vitimizações frequentes,
autoacusação, comportamentos autolesivos e
punitivos.
A depressão é diferente de tristeza.

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Tristeza
A tristeza pode ser considerada uma
emoção negativa saudável, é um estado de
desânimo, cansaço, solidão e culpa, dura
um período relativamente curto,
desencadeada por fatores internos e
externos e pode aparecer em vários
momentos da vida. Ocorre de forma
diferente para cada um, podendo ser mais
intensa ou não. Ela não impossibilita o
sujeito a buscar por aspectos positivos.

Depressão
É uma emoção negativa não
saudável, uma complicação do
estado de tristeza. É uma condição
emocional persistente,
desencadeada pela visão
desanimada e negativa de si e de
tudo o que a cerca. De certa forma,
impossibilita a busca por aspectos
positivos da vida.

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ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM IDOSOS DURANTE A PANDEMIA - SUGESTÕES DE INTERVENÇÕES

Fatores genéticos: estima-se que esse fator


contemple 40% da suscetibilidade para o
desenvolvimento do transtorno;

Fatores bioquímicos-cerebrais: há evidências de


deficiência de substâncias cerebrais – os
neurotransmissores – que influenciam na qualidade
do sono, atividade motora, regulação do apetite e do
humor;

Fatores ambientais: eventos estressantes podem


desencadear episódios depressivos em quem já
tenha predisposição genética a desenvolver a
doença;

22
Dados do IBGE
(2019) apontam que
11% dos idosos no
Brasil convivem com
depressão
IBGE (2019)

Esse transtorno tem


ocorrência tão comum
acima dos 60 anos
que já é retratado
como um fenômeno
relacionado ao
processo de
envelhecimento.

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Transtorno Depressivo
Maior
Humor deprimido na maior parte do dia, quase
todos os dias;
Perda ou ganho significativo de peso sem estar
fazendo dieta;
Redução ou aumento do apetite quase todos os
dias;
Insônia ou hipersonia quase todos os dias;
Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias
observáveis;
Fadiga ou perda de energia quase todos os dias
Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou
inapropriada (que podem ser delirantes) quase
todos os dias;
Capacidade diminuída para pensar ou se
concentrar, ou indecisão quase todos os dias;
Pensamentos recorrentes de morte ;
Ideação suicida recorrente sem um plano específico,
uma tentativa de suicídio ou plano específico para
cometê-lo.

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Transtorno Disruptivo
de Regulação do Humor

Explosões de raiva recorrentes e


graves manifestadas pela linguagem
e/ou comportamento que são
consideravelmente desproporcionais
em intensidade ou duração à
situação ou provocação.

Transtorno depressivo
persistente (distimia);
Humor deprimido na maior
parte do dia, na maioria dos
dias, indicado por relato
subjetivo ou por observação
feita por outros, pelo período
mínimo de dois anos.
Transtorno Disfórico
Pré-Menstrual
Caracteriza-se pela expressão de
labilidade do humor,
irritabilidade, disforia e sintomas
de ansiedade que ocorrem
repetidamente durante a fase
pré-menstrual do ciclo e remitem
por volta do início da
menstruação ou logo
depois.
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Transtorno depressivo
induzido por
medicamento/substância
Caracterizado por perturbação
proeminente e persistente do humor, por
humor depressivo ou diminuição
acentuada de interesse ou prazer em
todas ou quase todas as atividades;
normalmente em decorrência do uso,
intoxicação ou abstinência de substância;
exposição a medicamentos que possam
de fato causar esses sintomas.

Transtorno depressivo
devido à outra condição
médica
Caracterizado por: perturbação
proeminente e persistente do humor, por
humor depressivo ou diminuição
acentuada de interesse ou prazer em
todas ou quase todas as atividades;
normalmente em decorrência da
condição médica como: AVC, Huntington,
Parkinson, lesão cerebral traumática,
hipotireoidismo, esclerose múltipla; os
sintomas podem surgir
logo no início
26 ou meses depois.
ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM IDOSOS DURANTE A PANDEMIA - SUGESTÕES DE INTERVENÇÕES

O transtorno depressivo
maior, transtorno
disruptivo de regulação do
humor, distimia, transtorno
depressivo induzido por
medicamento/substância
ou devido à outra condição
médica são os mais
identificados na população
idosa tendo como
característica ataques de
pânico, recorrentes,
espontâneos e inesperados
(Maximiano-Barreto &
Fermoseli, 2017).

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Sintomas
Os transtornos de depressão podem vir
acompanhados de sintomas como:

Humor triste, vazio ou irritável acompanhado de


alterações somáticas;
Alterações cognitivas que afetam significativamente
a capacidade de funcionamento do indivíduo;
Perda de interesse em atividades que antes a pessoa
apreciava;
Mudança de apetite;
Insônia ou dormir em excesso;
Desânimo persistente, baixa autoestima,
sentimentos de inutilidade;

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ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM IDOSOS DURANTE A PANDEMIA - SUGESTÕES DE INTERVENÇÕES

Não obstante, em muitos casos,


há relatos de pessoas que
apresentam fatores ansiogênicos
e depressivos
concomitantemente como baixo
nível de escolaridade, condições
socioeconômicas, incapacidade,
entre outros, são variáveis que
podem concorrer para o
surgimento da ansiedade e
depressão, principalmente na
população idosa.
Há ainda outros fatores
significativos como,
aposentadoria;
perda do cônjuge; isolamento
social;
redução de mobilidade, visão e
audição; luto; convívio com
doenças crônicas; más condições
de moradia etc.,que podem
desencadear ansiedade e
depressão.

29
Tratamento
Tanto para a ansiedade como
para depressão existem
tratamentos
medicamentosos e não
medicamentosos.
Sugere-se que o tratamento
não medicamentoso seja
sempre a primeira linha
terapêutica a ser seguida.

É possível realizar
intervenções práticas
e complementares
que auxiliarão o
idoso a sentir menos
os impactos da
ansiedade e da
depressão durante a
fase de pandemia.

30
Dicas de Apoio
Seja solidário. Se ofereça para fazer
compras, ir à farmácia ou padaria para
aqueles idosos cuja rede de apoio é
inexistente.

Se mora junto com o idoso, aproveite para


realizar atividades juntos como as refeições,
um filme, cuidar das plantas, um jogo, ouvir
música.

Mensagens pelo celular são legais, mas


lembre-se que alguns idosos não sabem ler.
Prefira áudios e vídeos onde a aproximação
é melhor e gera maior bem-estar.

Se disponha a escutá-los, ofereça apoio


emocional, ajude a lidar com essa situação, ,
ofereça informações verdadeiras e busque
ajuda profissional sempre que necessário.

Ajude a manter contato com outras


pessoas, familiares, vizinhos.

Deixe em local visível telefones para quem


possa ligar em situações de emergência.
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INTERVENÇÕES
Sugestões de Intervenções para Ansiedade e Depressão
para Idosos Sem Comprometimento Cognitivo

REORGANIZAÇÃO DA VIDA
Reorganizar a vida diária com base em
uma nova rotina que permita a manter o
ritmo que regula as funções do
organismo como a alimentação, a
atividade física e o sono;

INTERAÇÕES SOCIAIS
Manter as interações sociais, não através
do contato físico, mas das relações
interpessoais, mesmo a distância;

USO DE DISPOSITIVOS
Ensinar o uso dos dispositivos como
computadores, smartphones, tablets e outros, por
familiares/cuidadores, desenvolvendo a
autonomia e garantindo o contato social,
participar virtualmente de atividades como rituais
religiosos ou aniversários.

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INTERVENÇÕES
Sugestões de Intervenções para Ansiedade e Depressão
para Idosos Sem Comprometimento Cognitivo

INFORMAÇÕES DA MÍDIA
Se possível, reduzir o contato com
informações negativas sobre o COVID-19,
valorizando atividades positivas, como
como músicas, filmes e séries;

ATIVIDADE FÍSICA
Realizar atividades motoras adaptadas ao
ambiente doméstico, como caminhadas,
alongamento, dançar, brincar com animais de
estimação, organização e limpeza da casa
pois, podem melhorar o sistema imunológico
e combater o estresse e a ansiedade ;

AUTOCUIDADO
Promover momentos de autocuidado,
atenção ou de contato social, caso seja
realizada em conjunto com os
familiares/cuidadores do idoso.

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INTERVENÇÕES
Sugestões de Intervenções para Ansiedade e Depressão
para Idosos Sem Comprometimento Cognitivo

EXPOSIÇÃO AO SOL
Manter uma rotina de exposição ao sol
pelo menos durante 15 minutos ao dia,
antes das 10h e após as 16h. O sol auxilia
o organismo, e além de ajudar a fixar a
vitamina D, auxilia nos transtornos de
humor.

SONO
Manter a rotina do ciclo circadiano, de sono e
vigília também é importante, procure dormir
e acordar no mesmo horário, isso promove
sensação de bem-estar e auxilia na
localização do tempo.

ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO
Animais de estimação além da prazerosa
companhia, promovem acolhimento, bem-
estar, sensação de utilidade e conforto físico
e mental. E ainda, auxiliam no controle da
pressão , melhoram o humor, o sono, o
apetite etc.
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ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM IDOSOS DURANTE A PANDEMIA - SUGESTÕES DE INTERVENÇÕES

INTERVENÇÕES
Sugestões de Intervenções para Ansiedade e Depressão
para Idosos Sem Comprometimento Cognitivo

BUSQUE AJUDA
Buscar auxílio profissional (Resolução nº
2.227/18 do CFM autorizou a telemedicina,
inclusive, geriatria e psiquiatria; Resolução
CFP nº 04/2020 orienta a oferta de
atendimentos psicológicos on-line);

MEDICAMENTOS
Tente garantir o acesso à prescrição médica e
aos medicamentos adequados para o
enfrentamento da depressão pelo idoso;

CONVERSE COM O IDOSO


Abordar o tema da depressão sem
preconceitos ou tabus, converse e oriente o
idoso a respeito; Auxilie o idoso no processo
de psicoeducação;

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INTERVENÇÕES
Sugestões de Intervenções para Ansiedade e Depressão
para Idosos Sem Comprometimento Cognitivo

NÃO A FAKE NEWS


Foque em informações verídicas
transmitidas por veículos de comunicação
de relevância e respeito (cuidado com o
grupo do WhatsApp);

REDE DE APOIO
Construir uma rede de apoio (familiares,
amigos, vizinhos, cuidadores etc);

ESTIMULAÇÃO COGNITIVA
Desenvolver atividades de estimulação
cognitiva peventiva presenciais ou on-line;

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INTERVENÇÕES
Sugestões de Intervenções para Ansiedade e Depressão
para Idosos Sem Comprometimento Cognitivo

CUIDADO
Em idosos que já tenham manifestado
ideação suicida ou tentado, é fundamental
atenção redobrada e cuidados quanto ao
uso de medicações e ao acesso à
instrumentos que possam ser utilizados
para este fim.

ESPIRITUALIDADE
A espiritualidade, é considerada uma prática
muito interessante, pois através da fé as
pessoas conseguem lidar melhor com as
adversidades da vida, inclusive com a
depressão.

INTERGERACIONALIDADE
A intergeracionalidade, ou seja, a convivência
entre gerações, principalmente, com os netos,
seja presencialmente ou através de
dispositivos tecnológicos também é muito
importante. Essa relação promove bem-estar,
aumento da autoestima, diminui o isolamento,
aumenta a expectativa de vida; 37
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INTERVENÇÕES
Sugestões de Intervenções para Ansiedade e Depressão
para Idosos Sem Comprometimento Cognitivo

ALIMENTAÇÃO
A alimentação influencia no estado de humor
podendo potencializar alguns transtornos,
como a ansiedade e depressão. Uma
alimentação rica em alimentos que auxiliam na
produção de serotonina e dopamina,
responsáveis pela sensação de prazer, bem-
estar e melhora do humor é fundamental.

OUTRAS ATIVIDADES
Assistir a filmes leves; realizar trabalhos
manuais (crochê, tricô, pintura, marchetaria,
colagem etc), testar novas receitas culinárias,
arrumar armários, cuidar do jardim, dançar,
ligar para familiares e amigos, participar de
redes sociais, leitura, explorar jogos digitais,

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
O ideal é o acompanhamento de uma equipe
multidisciplinar, principalmente no âmbito das
ILPI´s, incluindo psicólogos, psiquiatras,
geriatras, terapeutas ocupacionais,
fisioterapeutas, nutricionistas, enfermeiros etc.

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ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM IDOSOS DURANTE A PANDEMIA - SUGESTÕES DE INTERVENÇÕES

INTERVENÇÕES
Sugestões de Intervenções para Ansiedade e Depressão
para Idosos Sem Comprometimento Cognitivo

GRATIDÃO
A gratidão tem um papel importante, pois,
tem o poder de mudar nossa perspectiva e
percepção sobre as coisas. Agradeça por
tudo, pela vida, pela família pelas
experiências boas e ruins tão importantes
que fizeram com que chegasse até aqui.

DESABAFE
Não guarde para si os sentimentos que
perturbam, entristecem, angustiam. Converse.
Na impossibilidade de alguém para conversar,
escreva sobre esses sentimentos, em uma
melhor oportunidade divida-os com alguém.

VIVA PEQUENOS PRAZERES


Aproveite seu tempo para desfrutar dos
prazeres da vida, uma boa risada, uma
escapada na dieta com um brigadeiro, um
ventinho no rosto ou o calor do sol; observe os
pássaros; o barulho do vento.

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ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM IDOSOS DURANTE A PANDEMIA - SUGESTÕES DE INTERVENÇÕES

DEPRESSÃO E ANSIEDADE ACOMETEM PESSOAS NO MUNDO TODO,

PRINCIPALMENTE IDOSOS, PÚBLICO MAIS VULNERÁVEL CONSIDERANDO

O CONTEXTO DE 'DISTANCIAMENTO SOCIAL' DEVIDO AO CORONAVÍRUS.

ESSES TRANSTORNOS TEM OCORRÊNCIA TÃO COMUM ACIMA DOS 60

ANOS QUE JÁ É RETRATADO COMO UM FENÔMENO RELACIONADO AO

PROCESSO DE ENVELHECIMENTO, MERECENDO ATENÇÃO ESPECIAL

PARA SEU DIAGNÓSTICO QUE PODE SE CONFUNDIR COM OUTRAS

DOENÇAS, BEM COMO SEU TRATAMENTO.

EM IDOSOS, ESSAS CONDIÇÕES POSSUEM ORIGEM MULTIFATORIAL, OU

SEJA, POSSUEM ASPECTOS BIOLÓGICOS, PSICOLÓGICOS, AMBIENTAIS E

SOCIAIS, ONDE A DIMENSÃO SOCIAL SE DESTACA, PRINCIPALMENTE, NA

DESCONTINUIDADE DE TAREFAS DE ROTINA POR CAUSA DO

'DISTANCIAMENTO SOCIAL', O QUE TRAZ FRUSTRAÇÃO E SENTIMENTO

DE INUTILIDADE.

O DISTANCIAMENTO SOCIAL ESTÁ DIRETAMENTE LIGADO TANTO AO

AUMENTO DE CASOS DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO COMO DE OUTRAS

DOENÇAS COMO AS CARDIOVASCULARES, RESPIRATÓRIAS E

NEUROLÓGICAS, ALÉM DE SER UM POTENCIAL ESTRESSOR FÍSICO,

FAZENDO COM QUE A PERCEPÇÃO DE BEM-ESTAR SEJA NEGATIVA.

COM O APOIO, SUPORTE SOCIAL E EMOCIONAL REDUZIDO, OU ATÉ

INEXISTENTE, OS IDOSOS SE VEEM EM CONDIÇÃO DE ABANDONO,

TRISTEZA E SOLIDÃO CONSTANTES, QUE POTENCIALIZAM OUTROS

SINTOMAS JÁ EXISTENTES.

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ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM IDOSOS DURANTE A PANDEMIA - SUGESTÕES DE INTERVENÇÕES

CRIAR MANEJOS E INTERVENÇÕES NA ROTINA DE VIDA DESSA PESSOA,

ALMEJANDO AMENIZAR OU REDUZIR SINTOMAS PSICOLÓGICOS E

COMPORTAMENTAIS É DE SUMA IMPORTÂNCIA, VISTO QUE

ESTRATÉGIAS COMO, CRIAR UMA NOVA ROTINA, OUVIR MÚSICA,

INCENTIVAR ATIVIDADES COGNITIVAS E FÍSICAS, TOMAR SOL, CUIDAR

DO SONO, REALIZAR LIGAÇÕES PARA AMIGOS E FAMILIARES ETC., SÃO

EFICAZES NO AUXÍLIO AO IDOSO DURANTE ESTE PERÍODO DE MAIOR

CUIDADO.

ESSAS INTERVENÇÕES, CONSIDERADAS DE APOIO E NÃO

MEDICAMENTOSAS, NÃO SUBSTITUEM AJUDA PROFISSIONAL. É

FUNDAMENTAL QUE A FAMÍLIA OU RESPONSÁVEL MAIS PRÓXIMO, AO

MENOR SINAL DE ALTERAÇÕES PSICOLÓGICAS EM SEU ENTE QUERIDO,

BUSQUE AJUDA PROFISSIONAL. AO IDOSO É IMPORTANTE RECONHECER

O MOMENTO DE PEDIR OU ACEITAR ESSA AJUDA.

ESTE TRABALHO NÃO PRETENDE ESGOTAR O ASSUNTO, MAS, SERVIR DE

INCENTIVO E CONVITE PARA QUE OUTRAS PESQUISAS SURJAM,

OFERECENDO NOVAS INTERVENÇÕES E COMPLEMENTANDO

POSSIBILIDADES DE ACOMPANHAMENTO E SUPORTE DURANTE E APÓS

ESSE PERÍODO DE 'DISTANCIAMENTO'.

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ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM IDOSOS DURANTE A PANDEMIA - SUGESTÕES DE INTERVENÇÕES

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ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM IDOSOS DURANTE A PANDEMIA - SUGESTÕES DE INTERVENÇÕES

Sobre os Autores

Jorge de Oliveira Vieira


Psicólogo
Mestre em Educação pela PUC-SP
Professor nos Cursos de Graduação
da UniPaulistana
Coordenador do Curso de
Pedagogia e Pós-graduação

Simone de Cássia F. Manzaro

Psicóloga
Pós-graduada em Gerontologia
Aperfeiçoamento em Atenção
Domiciliar
Capacitação em Saúde da Pessoa
Idosa
Capacitação em Doença de
Alzheimer e Condições Similares

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