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ESCOLA ONLINE DE CIÊNCIAS FORMAIS

Elementos de Teoria dos Conjuntos

AULA 02 – LINGUAGEM DA TEORIA DOS CONJUNTOS

Observações iniciais

Quando um objeto (elemento) 𝑥 pertence a um conjunto 𝐴 escrevemos 𝑥∈𝐴. Dois


conjuntos 𝐴 e 𝐵 são iguais se possuem exatamente os mesmos elementos: Se A e B são
conjuntos tais que, para todo objeto 𝑥, 𝑥∈𝐴 se e somente se 𝑥∈𝐵, então 𝐴=𝐵.

Todos os objetos da nossa teoria são conjuntos. Nesse sentido, todos os elementos de
conjuntos serão conjuntos, e assim sucessivamente. Esse processo para apenas quando
chegamos até o conjunto vazio.

Nossa teoria não comportará átomos e tampouco o conjunto de todos os conjuntos, uma 1
vez que estudaremos a formulação chamada Zermelo-Fraenkel (ZF).

Metodologia

Utilizaremos o método axiomático, donde definiremos, portanto:

 Uma linguagem formal;


 Um conjunto de axiomas.

Dentro de uma teoria formal, os teoremas são as últimas fórmulas de uma sequência de
fórmulas chamada de prova. Uma prova é uma sequência de fórmulas 𝐴1 , 𝐴2 , … 𝐴𝑛 tal
que cada 𝐴𝑖 ou é um axioma ou é uma fórmula obtida de fórmulas anteriores por meio de
alguma regra de inferência da teoria.

Utilizaremos as regras de inferência da lógica clássica (ou os métodos de provas comuns


da matemática).

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Linguagem

Variáveis: Utilizaremos tanto letras minúsculas quanto maiúsculas para denotar


conjuntos.

Símbolos:

 ∀𝑥 --- para todo conjunto x...


 ∃𝑥 --- existe um conjunto x...
 ¬ --- não ou não vale que...
 & --- e
 ∨ --- ou (no sentido de ou um ou outro ou ambos) 2
 → --- se ... então (podemos ler também como implica)
 ↔ --- se e somente se (podermos abreviar para sse)

Fórmulas: São sequências de símbolos que satisfazem as seguintes condições:

 Se 𝑥 e 𝑦 são variáveis, então 𝑥∈𝑦 e 𝑥=𝑦 são fórmulas;


 Se 𝐴 e 𝐵 são fórmulas, então ¬(𝐴), (𝐴)→(𝐵), (𝐴)&(𝐵), (𝐴)∨(𝐵) e (𝐴)↔(𝐵)
também são fórmulas;
 Se 𝐴 é uma formula e 𝑥 uma variável, então ∀𝑥(𝐴) e ∃𝑥(𝐴) também são formulas;
 Todas as fórmulas possuem necessariamente uma das formas descritas acima.

Obs.: Em alguns casos omitiremos os parênteses para facilitar a leitura. Exemplo:

∃𝐵(∀𝑥(¬(𝑥∈𝐵))

Existe um objeto 𝐵 tal que: Para todo objeto 𝑥, não é verdade que 𝑥 pertence a 𝐵. Podemos
reescrevê-la de forma simplificada assim:

∃𝐵∀𝑥¬(𝑥∈𝐵)

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Algumas abreviações

 𝑥≠𝑦 (x é diferente de y) para ¬(𝑥=𝑦)


 𝑥∉𝑦 (x não pertence a y) para ¬(𝑥∈𝑦)

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