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01/03/2020

DISCIPLINA: MATERIAIS NATURAIS E ARTIFICIAIS


ENG. CIVIL, UNICEUG – 4º5º PERÍODOS
TURMAS: ENG. CIVIL E ARQUITETURA E URB.

ROCHAS E SOLOS

SEMESTRE: 2020/1

Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista

Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista


INTRODUÇÃO
 O estudo dos solos, rochas e agregados é de suma
importância para as obras civis, tendo em vista que
grande parte dos concretos, argamassas são constituídos
de agregados, e praticamente todas as obras envolve
SOLOS E ROCHAS

partes geotécnicas.

Com exemplo, a qualidade dos agregados é crucial


para a qualidade e durabilidade dos produtos produzidos
com eles.

 Os agregados influenciam na resistência, além de


definir implicações sobre a durabilidade e o desempenho
estrutural do concreto.

 O solo é o responsável por acomodar as edificações,


influenciando diretamente nestas.
MATERIAIS NATURAIS E ARTIFICIAIS

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SOLOS E ROCHAS ROCHAS E AGREGADOS

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CONTEXTUALIZAÇÃO
No fim do século XIX e início do século XX, com o desenvolvimento dos
estudos mais aprofundados sobre concreto de cimento Portland, acreditava-
se que o agregado possuía uma função secundária, onde embora ocupasse de
70 a 80% do volume do concreto, ele era entendido como sendo apenas um
SOLOS E ROCHAS

material granular inerte destinado a baratear o custo final de produção.

Como os agregados eram abundantes, baratos e de boa qualidade, tornava-


se fácil acreditar no seu papel secundário; entretanto, com o incremento de
seu uso e sua aplicação em larga escala, logo ficou em evidência sua real
importância técnica, econômica e social.

Na atualidade, o esgotamento das jazidas de agregado natural de boa


qualidade perto dos grandes centros consumidores, o aumento dos custos de
transporte, o acirramento da competição comercial entre os produtores de
concreto e a conscientização da sociedade, que demanda leis de proteção ao
meio ambiente, vieram a contribuir para um melhor entendimento desta
questão
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INTRODUÇÃO
As características do agregado, tais como massa específica,
composição granulométrica, forma e textura superficial determinam as
propriedades do concreto fresco.
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 É imprescindível o conhecimento das propriedades dos agregados de


forma que possa se avaliar o seu emprego como material de construção.

 Os agregados, inicialmente, eram considerados materiais


inertes no concreto, por não entrar em reações químicas
complexas com a água, sendo utilizados apenas por razões de
economia. Porém, tem-se conhecimento de que os agregados
exercem influências sobre o desempenho do concreto devido às
suas propriedades físicas, térmicas e, em alguns casos, químicas
(NEVILLE,1982).

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O uso dos agregados confere características favoráveis, tais como o


aumento da estabilidade dimensional e da durabilidade em relação à pasta
de cimento.

 As partículas de agregados são originadas a partir de uma rocha-mãe


maior que foi fragmentada por processos naturais ou artificiais.
SOLOS E ROCHAS

 Os agregados naturais para o concreto são originados de rochas que


podem ser classificadas, segundo sua origem, em três grupos: ígneo,
metamórfico e sedimentar.

Figura 1 – Representação
esquemática do ciclo de formação
das rochas.
Fonte:
http://geologiabiologia10d.blogspot
.com/2008/11/ciclo-das-rochas.html

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ROCHAS MAGMÁTICAS OU ÍGNEAS

 São rochas que provêm da consolidação do magma e, por causa disso, são
de origem primária. Delas são originadas as rochas sedimentares e
metamórficas. Como exemplos de rochas desse grupo estão o gabro, diabásio,
basalto, granito e riolito (LEINZ & AMARAL, 1973).
SOLOS E ROCHAS

Figura 2 – Exemplos de
rochas ígneas: (a) granitos;
(b) diorito; (c) basalto
amigdaloidal; (d) basalto
denso

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ROCHAS SEDIMENTARES
As rochas sedimentares são formadas a partir de material originado da
destruição erosiva de qualquer tipo de rocha. O material erodido é
transportado e, posteriormente, depositado ou precipitado. Exemplos de
rochas desse grupo são o arenito, siltito, argilito, calcário e dolomito (LEINZ
SOLOS E ROCHAS

& AMARAL, 1973).

Figura 3 – Exemplos de
rochas sedimentares: (a)
argilito; (b) siltito; (c)
arenito; (d) calcário

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ROCHAS METAMÓRFICAS
 Tanto as rochas magmáticas como as sedimentares podem ser levadas por
processos geológicos a condições diferentes daquelas nas quais se formou a
rocha.
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A instabilidade mineral gerada por estas novas condições - que podem ser
temperatura, pressão, entre outros – dá origem a diferentes rochas
denominadas metamórficas.
Pode ou não mudar a mineralogia

ROCHAS ÍGNEAS OU ROCHAS


SEDIMENTARES METAMÓRFICAS

Sempre altera a textura

(LEINZ & AMARAL, 1973)

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• ALGUNS TIPOS DE ROCHAS METAMÓRFICAS:


SOLOS E ROCHAS

Figura 4 – Exemplos de rochas metamórficas: (a) quartzito; (b) mármore;


(c) ardósia; (d) filito; (e) micaxisto; (f) anfibolito; (g) gnaisse; (h) migmatito

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CLASSIFICAÇÃO DOS AGREGADOS


Classificação quanto à origem:

•Naturais: são encontrados na natureza sob a forma de agregado (areia de


rios, pedregulho, cascalhos, seixos rolados, etc.)
SOLOS E ROCHAS

•Artificiais: são aqueles processados (britagem e classificação) na


condição especificada para utilização, por exemplo: areia artificial, brita,
etc.

Obs. O termo artificial está


associada a forma de obtenção, e
não pelo tipo litológico do material.

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CLASSIFICAÇÃO DOS AGREGADOS

Classificação quanto à origem:

•Industriais: aqueles que são obtidos por processos industriais. Ex.: argila
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expandida, escória britada, ... Deve-se observar aqui que o termo artificial
indica o modo de obtenção e não se relaciona com o material em si.

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CLASSIFICAÇÃO DOS AGREGADOS
Quanto às massas específicas e unitárias (METHA; MONTEIRO,
1994)

Agregados com massa unitária menor que 1120 kg/m³ são


considerados leves.
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Aqueles com mais de 2080 kg/m³ são designados pesados.

Agregados com massa unitária entre 1520 kg/m³ e 1680 kg/m³


produzem concretos normais.

Por sua vez, Bauer (1987) considera pela a massa unitária, agregados
leves (menor de 1000 kg/m³), normais (entre 1000 e 2000 kg/m³) e
pesados (acima de 2000 kg/m³).

No Brasil, estas considerações estão relacionadas com a massa


específica seguindo os seguintes critérios: agregados leves até 2000 kg/m³,
agregados normais de 2000 até 3000 kg/m³ e agregados pesados acima de
3000 kg/m³.
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CLASSIFICAÇÃO DOS AGREGADOS
Classificação quanto às dimensões:

Agregado miúdo: materiais na forma natural ou provenientes de processos


de britagem com partículas de dimensões máximas igual ou inferior a 4,8
mm (NBR 7211)
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Agregado graúdo: é o pedregulho natural, ou a pedra britada, com


dimensões máximas superiores a 4,8 mm (NBR 7211).
A dimensão máxima dos agregados (Dmáx) está relacionada com a
abertura de malha, em milímetros, da peneira da série normal à qual
corresponde uma porcentagem acumulada igual ou imediatamente
inferior a 5 % (NBR 7211).

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CLASSIFICAÇÃO DOS AGREGADOS
Classificação Granulométrica
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CLASSIFICAÇÃO DOS AGREGADOS
Classificação Granulométrica
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AGREGADOS PARA CONCRETO

• Termos definidos pela NBR 9935 (ABNT, 2011),


quanto à dimensão:

Matacão: >250 mm
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76 mm < Pedra de mão < 250 mm

Pedrisco: mistura de pedra britada de


dimensão máxima de 9,5 mm

Agregado graúdo: 95% (massa) retido na peneira 4,8 mm


Agregado miúdo: 95% (massa) passante na peneira 4,8 mm

Filler: <0,150 mm

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AGREGADOS PARA CONCRETO
• Toda a parte de granulometria será
abordada de forma bem aprofundada nas
aulas de laboratório...
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AGREGADOS PARA CONCRETO
• Termos definidos pela NBR 9935 (ABNT, 2011),
Areia de brita ou areia artificial: agregado obtido dos finos resultantes da produção
da brita, dos quais se retira a fração inferior a 0,15 mm. Sua graduação é 0,15 (retida)
/4,8mm(passante).
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Fíler: agregado de graduação 0,005/0,075mm. Seus grãos são da mesma ordem de


grandeza dos grãos de cimento e passam na peneira 200 (0,075 mm). É chamado de pó
de pedra.
O fíler é utilizado nos seguintes serviços: Preparação de concretos, para preencher
vazios; Adição a cimentos; Preparação da argamassa betuminosa.

Bica-corrida: material britado no estado em que se encontra à saída do britador. Pode


ser classificada em primária ou secundária. Será primária quando deixar o britador
primário, com graduação aproximada de 300 mm, dependendo da regulagem e tipo de
britador. Será secundária quando deixar o britador secundário, com graduação
aproximada de 76 mm

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TIPOS DE AGREGADOS
 Rochas britadas

Fragmentos rolados nos leitos dos cursos


d’água;

Materiais encontrados em jazidas


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provenientes de alterações de rocha


PROCEDÊNCIA DAS
AREIAS
• Dos Rios: mais puras,
portanto as preferidas;
• Do Mar: só podem ser
usadas, depois de bem lavadas
em água doce de modo a perder
os sais componentes.
• De Minas: encontram-se à
superfície da terra em camadas,
em filões ou em covas,
quando expurgadas de certas
impurezas, torna-se melhor que
a de rio.

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OBTENÇÃO DE AGREGADOS
• Agregados Naturais:
• Processos de obtenção:
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Figura 5 – Processos envolvidos na obtenção de areias: (a) dragagem; (b) silo de areia; (c) e (d)
barcaça de areia; (e) areal.
Fonte: http://www.ufrrj.br/institutos/it/dau/profs/edmundo/Agregados.pdf

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OBTENÇÃO DE AGREGADOS
• Agregados britados:
• Processo de produção:
SOLOS E ROCHAS

Figura 6 – Processo de produção de agregados britados:


(a) explosão; (b) transporte de matacões; (c) britagem;
(d) classificação. Fonte:
http://www.ufrrj.br/institutos/it/dau/profs/edmundo/Agregados

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OBTENÇÃO DE AGREGADOS

• Agregados Artificiais e Reciclados:

OPERAÇÕES
SOLOS E ROCHAS

AGREGADOS
INDUSTRIAIS
ARTIFICIAIS DE PRODUÇÃO

BRITAGEM DE
AGREGADOS ENTULHO
SELECIONADO DE
RECICLADOS CONSTRUÇÕES E
DEMOLIÇÕES

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APLICAÇÕES DE AGREGADOS
 Lastro de vias férreas;

Bases para calçamentos;

Camadas drenantes;
SOLOS E ROCHAS

 Reforço das camadas de um pavimento;

Concretos asfálticos;

 Argamassas para assentamento e revestimento de pisos, paredes e


tetos;

 Concretos:
Simples;
Armado;
Protendido; e
Especiais.
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APLICAÇÕES NAS OBRAS
• Argamassa;
SOLOS E ROCHAS

(a) (b)
(a) Aplicação de argamassa de revestimento, (b) preparação de argamassa.
Fonte: http://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&tab=wi

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APLICAÇÕES NAS OBRAS


• Lastro de ferrovia;
SOLOS E ROCHAS

(b)

(a)
(a) e (b) Lastro de ferrovia.
Fonte: http://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&tab=wi

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APLICAÇÕES NAS OBRAS


• Enrocamento;
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(b)
(a)
(a) e (b) Enrocamento.
Fonte: http://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&tab=wi

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ARGAMASSAS E CONCRETOS

 Funções dos agregados:

resistir aos esforços mecânicos;


SOLOS E ROCHAS

resistir ao desgaste;

resistir ao intemperismo;

reduzir as variações volumétricas; e

reduzir o custo.
A ABNT NBR 7211 fixa as características
exigíveis na recepção e produção de
agregados, miúdos e graúdos, de origem
natural, encontrados fragmentados ou
resultante da britagem de rochas

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SOLOS E ROCHAS SOLOS!

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SOLOS
SOLOS E ROCHAS

Conceito de solo:
Conforme destaca a ABNT NBR 6502 (NBR 6502) define-se como
solo o “Material proveniente da decomposição das rochas pela ação
de agentes físicos ou químicos, podendo ou não ter matéria
orgânica”, ou simplesmente, produto da decomposição e
desintegração da rocha pela ação de agentes atmosféricos.
 A ação contínua do intemperismo tende a
desintegrar e decompor as rochas, dando
origem ao solo. Na maioria dos casos, as
construções de engenharia são assentes
sobre os solos.
 Definição da norma NBR 6502 para
intemperismo: “Conjunto de processos
que ocasionam a desintegração e a
decomposição das rochas e minerais
submetidos à ação dos agentes
atmosféricos e biológicos”

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O conceito de solos pode ter
diferentes conceitos!
 Focando na área da construção civil
pode-se entender o solo como sendo
os materiais da crosta terrestre
SOLOS E ROCHAS

que servem de suporte, podendo


ser arrimados, escavados ou
perfurados e utilizados nas obras
da Engenharia Civil.
 Tais materiais, por sua vez, reagem
sob as fundações e atuam sobre os
arrimos e coberturas, deformam-se
e resistem a esforços nos aterros
Figura: Fundação de edifício
e taludes, influenciando as obras residencial em Porto Velho inclinou
segundo suas propriedades e após o solo ceder cerca de 30
comportamentos. centímetros. (Importância do
conhecimento do solo de fundação!)
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SOLOS
Tipos de Solos
SOLOS E ROCHAS

De acordo com a origem, os solos podem ser classificados como:


 Solos residuais;
 Solos transportados ou sedimentares;
 Solos de evolução pedogênicas.

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TIPOS DE SOLOS
SOLOS RESIDUAIS
 São originados do processo de intemperização
(decomposição) de rochas pré-existentes, no qual ele se
SOLOS E ROCHAS

encontra sobre a rocha que lhe deu origem;


 Para que eles ocorram é necessário que a velocidade de
decomposição (temperatura, regime de chuvas e vegetação) da
rocha seja maior do que a velocidade de remoção por agentes
externos;
 Regiões tropicais favorecem a degradação da rocha mais rápida,
sendo comum a sua ocorrência no Brasil;
 A composição depende do tipo e composição mineralógica da
rocha matriz;

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TIPOS DE SOLOS
TIPOS DE SOLOS RESIDUAIS
 Solo residual maduro: Solo residual com total decomposição da
rocha matriz, o qual não apresenta vestígios de estrutura da rocha.
Pode ocorrer em vários estágios de evolução;
SOLOS E ROCHAS

 Solo residual jovem (Saprolito ou saprólito): Material proveniente


da alteração in situ da rocha, que se encontra em um estágio
avançado de desintegração. Possui a estrutura original da rocha e a
ela se assemelha em todos os aspectos visuais perceptíveis, salvo na
coloração. Sua constituição é variável, mostrando o conjunto, em
geral, anisotropia ou heterogeneidade acentuada, decorrente da
presença de núcleos de material consistente entremeados a uma
massa com características de solo
 Solo de alteração de rocha: preserva parte da estrutura e de
seus minerais, porém com dureza inferior à da rocha matriz,
em geral muito fraturada permitindo grande fluxo de água através
das descontinuidades; MATERIAIS NATURAIS E ARTIFICIAIS

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SOLOS E ROCHAS
Perfil típico de solo residual

(Figura extraída de OTIGÃO, 2007)


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Perfil típico de solo residual
SOLOS E ROCHAS

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TIPOS DE SOLOS
SOLOS TRANSPORTADOS OU SEDIMENTARES

 Solo transportado, do local de sua formação, por água, vento,


gravidade ou gelo.
SOLOS E ROCHAS

 Os solos sedimentares ou transportados são aqueles que foram


levados ao seu local atual por algum agente de transporte e lá
depositados. As características dos solos sedimentares são função
do agente de transporte.
 Cada agente de transporte seleciona os grãos que transporta com
maior ou menor facilidade, além disto, durante o transporte, as
partículas de solo se desgastam e/ou quebram. Resulta daí um
tipo diferente de solo para cada tipo de transporte. Esta influência
é tão marcante que a denominação dos solos sedimentares é feita
em função do agente de transporte predominante.

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TIPOS DE SOLOS
TIPOS DE SOLOS TRANSPORTADOS OU SEDIMENTARES

 Solos de Aluvião:
 São transportados e arrastados pela água. Sua constituição
SOLOS E ROCHAS

depende da velocidade das águas no momento de deposição,


sendo encontrado próximo às cabeceiras material mais
grosseiro e o material mais fino (argila) são carregados a
maiores distâncias;
 Existem aluviões essencialmente arenosos, bem como aluviões
muito argilosos, comuns nas várzeas dos córregos e rios;
 Estes solos apresentam baixa capacidade de suporte (resistência),
elevada compressibilidade e são susceptíveis à erosão;

Figura: Exemplo de erosão laminar do solo que


originará solos de aluvião

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TIPOS DE SOLOS TRANSPORTADOS OU SEDIMENTARES
 Solos coluviais:
• O transporte se deve exclusivamente à
gravidade e o solo formado possui grande
heterogeneidade;
SOLOS E ROCHAS

• São de ocorrência localizada, geralmente


ao pé de elevações e encostas,
provenientes de antigos escorregamentos;
• Apresentam boa resistência, porém
elevada permeabilidade;
• Sua composição depende do tipo de rocha
existente nas partes elevadas; Figura: exemplo de solo
coluvial.
• Colúvio: material predominantemente
fino;
• Tálus: material predominantemente
grosseiro.
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TIPOS DE SOLOS TRANSPORTADOS OU SEDIMENTARES
 Solos eólicos:
• Formados pela ação do vento
e os grãos dos solos possuem
forma arredondada;
SOLOS E ROCHAS

• É o mais seletivo tipo de


transporte de partículas de solo;
• Não são muito comuns no
Brasil, destacando-se somente Figura: exemplo de solo eólico!
os depósitos ao longo do litoral.
 Solos Orgânicos:
 Os solos orgânicos são
compostos de matéria orgânica,
ou seja, formados através da
decomposição de vegetais,
Figura: exemplo de solo orgânico!
animais e microrganismos.
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TIPOS DE SOLOS
SOLOS DE EVOLUÇÃO PEDOGÊNICA
 Complexa série de processos físico-químicos e biológicos que
governam a formação dos solos da agricultura.
SOLOS E ROCHAS

 Compreendem a lixiviação do horizonte superficial e concentração


de partículas coloidais no horizonte profundo e Impregnação
com húmus do horizonte superficial. Na engenharia, esta
camada recebe o nome de "solo superficial" e têm pouco
interesse técnico. (VARGAS, 1978).

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Classificação dos solos na construção civil
 A Mecânica dos Solos divide os materiais que cobrem a terra
em quatro grandes grupos:

• Rochas (terreno rochoso);


SOLOS E ROCHAS

• Solos arenosos,
• Solos siltosos, e Estes são os três tipos principais de solo
para a construção civil
• Solos argilosos.
Tipo de Argila Silte Areia fina Areia Areia Pedregulho
solo: média Grossa
Diâm. Menor 0,002 a 0,06 a 0,20 a 0,60 a 2,0 a 60***
Grãos* que 0,06 0,20 0,60 2,0
(mm): 0,002**
* Os valores atinentes as dimensões das partículas foram extraídos da NBR 6502 (ABNT, 2014).
** As argilas apresentam coesão e plasticidade.
*** Quando o pedregulho apresenta partículas arredondadas ou semi-arredondadas, são
denominados cascalho ou seixo.
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Ilustrações de pedregulho, cascalho, seixos e matacões.


SOLOS E ROCHAS

Figura: Ilustração de seixo. Figura: Ilustração de cascalho.

Figura: Ilustração de matações. Figura: Ilustração de pavimentação com cascalho.

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Os três tipos principais de solo: areia, silte e argila.
 Com se pode deduzir da tabela apresentada no slide anterior, uma argila
é formada por grãos extremamente pequenos, invisíveis a olho nu. As
areias, por sua vez, têm grãos facilmente visíveis, separáveis e
individualizáveis, o mesmo acontecendo com o pedregulho. Estas
SOLOS E ROCHAS

características mudam o comportamento do solo.

 A divisão do solo como areia, silte ou argila não é muito rígida, ou seja,
dificilmente se encontra solos que se enquadram em apenas um dos
tipos. Quando dizemos que um solo é arenoso estamos reportando que a
sua maior parte é areia e não que tudo é areia. Da mesma forma, um
solo argiloso é aquele cuja maior proporção é composto por argila.

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Solo Arenoso.
 É aquele em que a areia predomina. Esta compõe-se de grãos grossos,
médios e finos, mas todos visíveis a olho nú.

 Como característica principal a areia não tem coesão, ou seja, os seus


grãos são facilmente separáveis uns dos outros.
SOLOS E ROCHAS

 Possui grande permeabilidade quando comparado aos demais tipos de


solos.

 Compactação por meio de placas vibratórias.

Figuras: exemplos de solos arenosos.


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Solo Siltoso.
 O Silte está entre a areia e a argila e é o “primo pobre” destes dois
materiais nobres. É um pó como a argila, mas não tem coesão apreciável.
Também não tem plasticidade digna de nota quando molhado.

 Estradas feitas com solo siltoso formam barro na época de chuva e muito
SOLOS E ROCHAS

pó quando na seca. Cortes feitos em terreno siltoso não têm estabilidade


prolongada, sendo vítima fácil da erosão e da desagregação natural
precisando de mais manutenção e cuidados para se manter. .

Figura: terreno constituído


de solo siltoso. Figura
extraída de:
http://geoanalisys.com

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Solo Argiloso
 O terreno argiloso caracteriza-se pelos grãos microscópicos, de cores vivas
e de grande impermeabilidade. Como consequência do tamanho dos grãos,
as argilas:
• São fáceis de serem moldadas com água;
• Têm dificuldade de desagregação.
SOLOS E ROCHAS

• Formam barro plástico e viscoso quando úmido.


• Permitem taludes com ângulos praticamente na vertical.

Figura: terreno constituído de solo


argiloso em corte. Figura extraída
de: http://geoanalisys.com

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Solo Argiloso.
 Em termos de comportamento, a argila é o oposto da areia. Devido à sua
plasticidade e capacidade de aglutinação, o solo argiloso é usado há
milhares de anos como argamassa de assentamento, argamassa de
revestimento e na preparação de tijolos.
SOLOS E ROCHAS

 Os grãos de argila são lamelas microscópicas, ao contrário dos grãos de


areia que são esferoidais.

 Os solos argilosos distinguem-se pela alta impermeabilidade. É esta


característica que os tornam adequados para a construção de barragens
de terra.

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Ilustração de Solos
SOLOS E ROCHAS

Figura: escavação em solo homogêneo, de areia


média fina siltosa.

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USOS ACONSELHAVIS PARA CADA TIPO DE SOLO

USO SOLO ARENOSO SOLO SILTOSO SOLO ARGILOSO

FUNDAÇÃO É adequado, mas Similar ao solo arenoso, É usual e recomendável,


DIRETA necessita atenção aos porém é menos sensível mas também ocorrem
recalques devido ao ao lençol freático e problemas de recalques
abaixamento do lençol também é mais fácil de em função do lençol
freático. Durante a escavar. freático. Durante a
execução, é difícil escavação, é fácil de
manter a estabilidade manter a estabilidade das
das paredes laterais paredes laterais.
FUNDAÇÃO Difícil de cravar frente É usual, por ser possível Usual, mas a estaca
EM ESTACA ao atrito lateral. Em tirar partido tanto do geralmente precisa
terrenos molhados, é atrito lateral quanto da atingir profundidades
preciso fazer cravação a resistência de ponta maiores para aumentar
ar comprimido. para absorver a carga. capacidade de carga.
CORTES E Não recomendável, pois Possível, mas é preciso Possível devido à grande
TALUDES o talude fica instável. levar em conta a coesão coesão e estabilidade.
SEM e o ângulo de atrito para
PROTEÇÃO dimensionar o talude. A
altura de corte é menor
do que para as argilas.

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01/03/2020

USO SOLO ARENOSO SOLO SILTOSO SOLO ARGILOSO

USOS ACONSELHAVIS PARA CADA TIPO DE SOLO


RECAL- Recalques em solo arenoso Intermediário entre Recalques
QUES são imediatos à aplicação areia e argila. extremamente lentos,
FRENTE ÀS das cargas, mas podem pode levar décadas
CARGAS ocorrer posteriormente para ocorrer a
devido à mudança do lençol estabilização.
freático.
ADENSA- Adensamento ocorre apenas Há adensamento se Há adensamento se
MENTO E se houver perda de água. A houver perda de água. houver perda de
COMPAC- compactação se faz com Compactação é feita água. Compactação é
TAÇÃO vibração. com percussão ou com feita com percussão e
rolos (pé-de-carneiro) com rolos.
DRENABI- Ocorre facilmente, mas Aceita água passante, Alta
LIDADE precisa cuidado com a mas necessita impermeabilidade
instabilidade das paredes e verificação cuidadosa dificulta a drenagem.
do fundo das valas. da coesão e ângulo de
atrito.
MATERIAL Não recomendável, por ser Utilizável desde que Recomendável pela
DE BARRA- permeável e sem coesão. Os com maior coeficiente impermeabilidade,
MENTO taludes são instáveis e de segurança. Tem coesão e ângulo de
haveria fluxo intenso de pouca coesão e os atrito favoráveis à
água pela barragem. taludes ficam mais estabilidade.
abatidos (ângulo menor)

Eng. Civil, MSc. Danilo Gonçalves Batista

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