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Universidade Púnguè
Chimoio
2021
Esmael Domingos Jornal
Universidade Púnguè
Chimoio
2021
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1. Introdução
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde não apenas como a ausência de
doença, mas como a situação de perfeito bem-estar físico, mental e social (SEGRE; FERRAZ,
1997, pág. 539). Para manter o organismo saudável é necessário que haja uma alimentação
equilibrada. Segundo Santos (2003, pág. 157), o crescimento e o bom funcionamento do
organismo dependem de uma alimentação adequada.
Uma alimentação saudável reúne as substâncias químicas que são necessárias para que o
corpo funcione correctamente. A mesma precisa ter uma diversificação de nutrientes nas
refeições, possuindo um equilíbrio entre carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais
(ABÍLIO, 2010).
A alimentação faz parte do quotidiano escolar, desse modo torna-se importante evidenciar
aos educandos a importância da alimentação saudável para a manutenção da saúde. A educação
Alimentar e nutricional têm por finalidade desenvolver critérios para escolher os alimentos de
forma consciente, assumindo a responsabilidade pelo cuidado com a própria saúde física, mental
e emocional (BOOG, 2008, pág. 83).
1.1. Tema
O presente projecto de pesquisa científica, tem como tema: O papel do ensino da Biologia na
conscientização alimentar dos alunos na escola, caso da ESG de Honde - Bárué.
A escolha do tema em estudo Este estudo justifica-se pelo alto consumo de alimentos
industrializados pelos alunos, no ambiente escolar. Nesse sentido, a abordagem nutricional no
ambiente escolar mereceu uma atenção especial, devido aos maus hábitos alimentares nesta faixa
etária ser um dos principais factores de risco para o desenvolvimento de doenças crónicas, que
tem sido hoje responsável pelo gasto de boa parte dos recursos disponibilizados pela saúde
pública em Moçambique.
Por essas considerações, este estudo propõe acções que poderiam ser implantadas nas
escolas, a fim de melhorar o conhecimento dos alunos quanto à alimentação saudável dos alunos
no ambiente escolar.
1.5. Problematização
1.6. Hipóteses
1.6.1. Hipótese primária
1.7. Objectivos
1.7.1. Objectivo Geral
Contribuir para a mudança de hábitos alimentares dos alunos na escola, promovendo uma
reeducação alimentar em busca de uma melhor qualidade de vida.
Avaliar a contribuição do ensino de biologia na conscientização dos hábitos alimentares
saudáveis na Escola Secundaria geral de Honde-Barue
Analisar o impacto do ensino de biologia na educação alimentar para a mudança dos
hábitos alimentares nos alunos da Escola Secundaria Geral de Honde-Barue.
MARCONI e LAKATOS (2003), afirma que todo trabalho de investigação científica tem
um potencial bibliográfico que confere a pesquisa maiores fundamentos. Aqui recorreu-se
algumas obras bibliográficas para a execução deste trabalho, como forma de consubstanciar a
pesquisa. Constitui na consulta de alguns manuais que aborda sobre o papel de ensino de
Biologia na conscientização alimentar dos alunos na escola.
2.3. Técnicas e instrumentos de Recolha e Análise de Dados
Após a colecta dos dados foi realizada a análise textual discursiva, seguindo as orientações
de Moraes (2003). A análise textual discursiva é um processo que se inicia com uma unitização,
nela os textos são separados em unidades de significado. Depois se faz a articulação de
significados semelhantes categorizando os dados, nesse processo as unidades de significado
semelhantes são reunidas, podendo gerar vários níveis de categorias de análise. Este processo
todo gera meta-textos analíticos que irão compor os textos interpretativos.
Para esta pesquisa será aplicada a entrevista e o inquérito no decurso do trabalho de campo,
que permitira obter informações a partir dos intervenientes neste caso a comunidade escolar da
ESG de Honde no distrito de Báruè, o que permitira buscar informações sobre o papel de ensino
de Biologia na conscientização alimentar dos alunos nesta escola pública.
Esta técnica “constitui uma alternativa para se colectarem dados não documentados sobre
determinado tema. É uma técnica de interacção social, uma forma de diálogo assimétrico, em
que uma das partes busca obter dados, e a outra se apresenta como fonte de informação”
(Gerhardt e Silveira, 2009).
O acesso aos alimentos actualmente, é determinado pela estrutura socioeconómica, por isso
pode considera-lo complexo e variável devido as políticas económicas, social, agrícola e agrária.
A promoção de saúde no ambiente escolar vem sendo fortemente recomendada por órgãos
internacionais, pois as crianças maiores de cinco anos habitualmente se acham excluídas das
prioridades estratégicas das políticas oficiais de saúde, apesar de biológica, nutricional e
socialmente susceptíveis (BIZZO e LEDERM, 2005).
O tema de promoção de saúde na escola torna-se um eixo importante em nível nacional,
deixando clara a visão de que a escola é um espaço de ensino-aprendizagem, convivência e
crescimento importante, no qual se adquirem valores fundamentais. A escola é o lugar ideal para
se desenvolverem programas da Promoção e Educação em Saúde de amplo alcance e
repercussão, já que exerce grande influência sobre seus alunos nas etapas formativas e mais
importantes de suas vidas (GONÇALVES, et al, 2008).
A alimentação para os seres humanos não está relacionada apenas com a necessidade
nutricional, ela também esta ligada a relações culturais, sociais e afectivas. E como afirma Brasil,
(2007, pág. 24) "os alimentos possuem vários significados de acordo com a religião, cultura ou
condição económica" de cada indivíduo.
Existem religiões que proíbem o consumo de alguns alimentos, por exemplo, os judeus não
consomem carne de porco (SILVA; SILVA, 2009). A condição financeira exerce forte influência
na alimentação das famílias, sendo este um dos principais determinantes de uma alimentação
saudável (BRASIL, 2007). Além disso, a família apresenta uma acção directa na alimentação do
individuo, pois é nela onde são passados os primeiros hábitos alimentares para as crianças, desta
forma, os pais têm grandes influências nos hábitos alimentares de seus filhos.
Para Schimtz et al (2008) é papel do professor valer-se de variadas abordagens de ensino que
resultem em uma melhor alimentação por parte do indivíduo. Logo, os conhecimentos acerca do
tema são indispensáveis aos profissionais das escolas.
Schimtz et al (2008) são outros autores que defendem a ideia de que a cantina escolar e os
conteúdos abordados pelos educadores em aula relacionam-se e a cantina passa a ser um espaço
favorável a formação de práticas alimentares saudáveis. Dessa forma, os autores acreditam que a
mudança para melhores hábitos alimentares passa directamente pelos donos de cantina e
educadores. Esse pensamento é reforçado por Loureiro (2004, p. 46) ao afirmar que “na escola é
crucial que mensagens aprendidas em sala de aula estejam em consonância com os produtos
alimentares disponíveis e a forma como são apresentados na cantina e no bufete”.
Sendo assim, além da criação de programas que promovam a educação alimentar capazes de
abranger toda comunidade escolar, a concordância entre os alimentos ofertados nas cantinas e os
conteúdos acerca da educação alimentar trabalhados pelo professor, bem como sua orientação,
aparecem como factores que podem agregar ao processo de formação do comportamento
alimentar do aluno, de modo a torná-lo mais consciente acerca de sua própria alimentação
(DANELON; DANELON; SILVA, 2006).
Por sua vez, Loureiro (2004) nos diz que a opção por uma alimentação saudável por parte
dos alunos tem de ser estimulada pelos professores e pela comunidade escolar através de
métodos que despertem o interesse, a criatividade e a capacidade na criação de suas refeições. Da
mesma forma, Amodio e Fisberg (2005 apud DANELON; DANELON; SILVA, 2006, p. 91)
acreditam que “os educadores devem ensinar os alunos a optar pelo melhor, instruindo sobre os
efeitos que cada tipo de alimento pode causar ao organismo, visando evitar, por exemplo, que um
alimento menos nutritivo se transforme na principal refeição da criança”.
3.4. Cronograma de actividades e orçamento
3.4.2. Orçamento
4.0. Referências
1. ABÍLIO, F. J. P. Educação, Meio Ambiente e Saúde nas Escolas. In: GUERRA, R.A.T. (org.).
Ciências Biológicas: Cadernos CB Virtual. João Pessoa: Ed. Universitária, 2010.
2. BRASIL. Alimentação e nutrição no Brasil. Brasília, DF, Ministério da Educação, Secretaria
de Educação Básica, 2007. 93p.
3. BRASIL. Guia Alimentar Para a População Brasileira: Promovendo a Alimentação
Saudável. Brasília, DF, Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, 2006. 210. (Série A.
Normas e manuais técnicos) b.
4. BRASIL. Guia de livros didácticos PNLD 2012: Biologia. Brasília, DF, Ministério da
Educação, Secretaria de Educação Básica, 2011. 76p.
5. BRASIL. Manual operacional para profissionais de saúde e educação: promoção da
alimentação saudável nas escolas. Brasília, DF, Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à
Saúde, Departamento de Atenção Básica, 2008. 152p. il. (Série A. Normas e Manuais Técnicos)
b.
6. BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística. Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar: Avaliação do Estado Nutricional dos
Escolares do nono ano do ensino fundamental. Rio de Janeiro, 2009, p. 45.
7. BRASIL. Obesidade. Brasília, DF, Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Atenção Básica, 2006. 108 p. il. - (Cadernos de Atenção Básica, n. 12) (Série
A. Normas e Manuais Técnicos) a.
8. BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: Meio Ambiente e Saúde; Temas Transversais.
9. BOOG, M. C. F. O professor e a alimentação escolar: ensinando a amar a terra e o que a terra
produz. Campinas, SP: Komedi, 2008.
10. COULTATE, T.P. Alimentos: a química de seus componentes. 3ª Edição. Porto Alegre:
Artmed, 2004.
11. CORDEIRO, T. Alimentação Saudável: Faça mais pela sua Saúde. Associação Portuguesa
dos Nutricionistas. Porto, p. 1-23, 2011.
12. ENES, C. C; SLATER, B. Obesidade na adolescência e seus principais factores
determinantes. Revista Brasileira Epidemiol, São Paulo, v.13 (1), p. 163-71, 2010.
13. KRASILCHIK, M. Prática de Ensino de Biologia. 4a ed. São Paulo: Editora da
Universidade de São Paulo, 2004.
14. LOPES, R. M. B; LIMA, S.O; MONTEIRO, S. R. A gestão da qualidade e vida no trabalho
e o comprometimento organizacional: um estudo de caso no Banco do Brasil S.A – Centro de
Serviço e Logística. 2010. 84f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração)
- Faculdade do Pará (FAP), Belém, 2010.
15. MONTICELLI, F.D.B. Consumo Alimentar de Adolescentes de Escolas da Rede Municipal
de Ensino da Cidade de Curitiba. 2010. 99f. Dissertação (Mestrado em Nutrição em Saúde
Publica) - Faculdade de Saúde Publica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.
16. MORAES, R. Uma tempestade de luz: a compreensão possibilitada pela análise textual
discursiva. Ciência e Educação, Bauru, 9 (2), 191-211, 2003.
17. REBOUÇAS, T. B. P. Análise dos conteúdos de alimentação e nutrição em livros
didácticos do ensino fundamental do distrito federal. 2013. 40f. Trabalho de Conclusão de
Curso (Graduação em Nutrição) - Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade de Brasília,
Brasília, 2013.
18. SCHMITZ, B. A. S. et al. A escola promovendo hábitos alimentares saudáveis: uma proposta
metodológica de capacitação para educadores e donos de cantina escolar. Caderno Saúde
Pública, Rio de Janeiro, vol.24, p. 01-15, 2008.
19. SEGRE, M.; FERRAZ, F. C. O conceito de saúde. Rev. Saúde Pública, São Paulo, V. 31 (5),
538-42, Outubro de 1997.
20. SILVA, J. P.; SILVA, L. P. G. Estudo e avaliação do consumidor de carne suína “in
Natura” e industrializada na microrregião de Guarabira-pb. ACSA - Agro-pecuária Científica
no Semi-Árido, Patos, v.05, p. 57-61, 2009.
21. TRANCOSO, S. C.; CAVALLI, S. B.; PROENÇA, R. P. C. Café da manhã: caracterização,
consumo e importância para a saúde. Revista de Nutrição, Campinas, v. 23(5), p. 859-869, 2010.
22. ZANCUL, M. S. Orientação nutricional e alimentar dentro da escola: Formação de
conceitos e mudanças de comportamento. 2008. 130f. Tese (Doutorado em Ciências
Nutricionais) - Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara, Universidade Estadual
Paulista, Araraquara, 2008.
Apêndice
UNIVERSIDADE PÚNGUÈ
A presente ficha de entrevista tem como objectivo final de recolher dados da Direcção da
escola sobre o papel do ensino da Biologia na conscientização alimentar dos alunos na
escola.
1. IDENTIFICAÇÃO
Diretor:_______________________________________________________________________
Telefone: _____________________________________________________________________
2. ESTRUTURA FUCIONAL
( ) Outros: ___________________________________________________________________
3. INFRA-ESTRUTURA
Outros:________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
4. RECURSOS DIDÁTICOS PRESENTES E DISPONÍVEIS PARA USO
Outros:________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
6. QUANTO A INFORMATIZAÇÃO
O material de expediente (papel, grampo, clips, pincel atómico, giz, etc.) é disponível e acessível
a funcionários e professores? ( ) sim ( ) não
As salas de aulas recebem influência externa de barulhos? ( ) sim ( ) não
Estado geral das janelas, portas, paredes, pisos e telhados: ( ) bom ( ) regular ( ) ruim
8. DAS FINANÇAS
Outros:________________________________________________________________________
UNIVERSIDADE PÚNGUÈ
Faculdade de Ciências Exactas e Tecnológicas
A presente ficha de inquérito tem como objectivo final de recolher dados do professor da
ESG de Honde sobre o papel do ensino da Biologia na conscientização alimentar dos
alunos na escola.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Como ver a relação: Conhecimentos de Biologia versus Quotidiano.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Quanto a Pesquisa:_____________________________________________________________
4. CONHECIMENTO ESPECÍFICO
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Você costuma relacionar esta temática com o quotidiano?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
UNIVERSIDADE PÚNGUÈ
A presente ficha de inquérito tem como objectivo final de recolher dados dos alunos da
ESG de Honde sobre o papel do ensino da Biologia na conscientização alimentar dos
alunos na escola.
______________________________________________________________________________
1. Como são as aulas de Biologia? Que assunto ou temas você gostaria de ser mais debatido e
melhor ilustrado na disciplina de Biologia?________________________________________
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2. MAPA DE CONCEITOS (concepções prévias sobre alguns conceitos e/ou termos sobre
alimentação saudável).
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______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
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G. Pense nos seguintes alimentos: frutas (unidade ou suco), legumes, verduras, cereais, carne,
leite, feijão, arroz. Você costuma comer qualquer um deles com que frequência?
______________________________________________________________________________
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Os conteúdos destacados a cor amarela são propostas que podem ser validas ou inválidas de
acordo com aquilo que pretende pesquisar. No que diz respeito aos objectivos gerais e
específicos, deve imaginar toda actividade que ira desenvolver com vista a atingir cada
objectivo. Os específicos podem variar de acordo com a forma de pesquisa.