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Gramática
Gramática
Acentuação gráfica.........................................................................................................................4
Ortografia básica.............................................................................................................................5
Emprego do hífen...........................................................................................................................6
Formação de palavras.....................................................................................................................8
Principais prefixos.........................................................................................................................10
Principais sufixos...........................................................................................................................11
Semântica.....................................................................................................................................12
Classes gramaticais.......................................................................................................................15
Vozes do verbo..............................................................................................................................20
Orações subordinadas...................................................................................................................28
Orações coordenadas....................................................................................................................29
Concordância verbal......................................................................................................................30
Concordância nominal..................................................................................................................31
Regência verbal.............................................................................................................................33
Crase.............................................................................................................................................35
Colocação pronominal..................................................................................................................36
Pontuação.....................................................................................................................................36
Figuras de linguagem....................................................................................................................39
Fonética Atenção
Nem sempre o número de letras corresponde ao
número de fonemas, nem cada fonema é represen-
Importante
Utilidade do acento gráfico
Encontros consonantais que começam palavras
Evidenciar o deslocamento da tonicidade da sílaba
não são separados. Exemplo: Psi /co/ lo / gi /a, PNeu,
de determinada palavra do padrão natural de pro-
PNeu / mo / ni / a. Sublinhar – sub / li / nhar , abrupto
núncia para outro diferente.
– ab / rup / to.
Exemplo:
Também – observe a diferença comparando com fa-
Encontros vocálicos zem e pedem; biquíni – compare com escrevi, rubi.
Há três tipos de encontros vocálicos.
Aplicação do acento gráfico
Ditongo 1. Todas as palavras proparoxítonas levam
Crescentes – semivogal (i, u) e vogal (a, e, o) na acento gráfico.
mesma sílaba: Fábio, sábia, profícuo. Exemplo:
Decrescentes – vogal e semivogal na mesma síla-
Fórmula, pêssego, prático, máquina, tática, aca-
ba: foi, mau, sabeis.
dêmico etc.
Emprego do hífen
Prefixos e Radicais Com hífen Exemplos
Ante, anti, arqui, auto, contra, Antes de h e nas formações em Anti-inflamatório, anti-herói, ar-
extra, infra, intra, micro, neo, que o prefixo termina na mesma qui-inimigo, auto-observação,
proto, pseudo, semi, sobre, supra vogal com que se inicia o segundo contra-ataque, intra-abdominal,
e ultra. elemento. micro-ônibus, proto-histórico,
neo-humanismo, semi-interno,
supra-hepático, sobre-humano,
sobre-excelente.
Formação de nova palavra mediante acréscimo de Dou-lhe esta carta rosa. (adjetivo)
prefixo e sufixo em sequência.
Composição
Derivação Prefixal Formação de nova palavra mediante associação
Termo Primitivo
e Sufixal de dois ou mais radicais simples.
Feliz Infelizmente Há dois processos de composição: composição
Cumprir Descumprimento por justaposição e composição por aglutinação.
Legal Ilegalidade
Composição por justaposição
Os radicais componentes da composição mantêm
Derivação parassintética sua integridade sonora.
Contexto
•• eminente: importante
•• iminente: próximo de acontecer
Substantivos uniformes
Substantivos comuns e substantivos próprios
São aqueles que apresentam uma única forma
Comuns: cidade, homem, cachorro, santo, rio.
para os dois sexos. Dividem-se em comuns-de-dois
Próprios: Porto Alegre, George, Tóbi, Antônio, gêneros, epicenos e sobrecomuns.
Guaíba.
Comum-de-dois gêneros
Substantivos primitivos e
É aquele que apresenta uma única forma para os
substantivos derivados
dois sexos, mas cujo gênero se distingue pela presen-
Primitivos: caça, cabeça, roupa, maçã. ça de um determinante, como o artigo.
Derivados: caçador, cabeceira, roupinha, macieira.
o/a estudante o/a jornalista
Substantivos simples e o/a chefe o/a sem-terra
substantivos compostos o/a atleta o/a jovem
Retos: eu, tu, ele, nós, vós, eles. 2.a pess. pl. Vos Vós
Oblíquos: me, te, se, nos... 3.a pess. pl. Os, as, lhes Eles, elas
Possessivos: meu, teu, seu, nosso...
Demonstrativos: este, esse, aquele... Também são pronomes pessoais oblíquos se, si,
Indefinidos: algum, nenhum, alguém, tudo, comigo, contigo, consigo, conosco. Não foram in-
nada... cluídos na tabela por serem sempre reflexivos.
Interrogativos: qual, quem, o quê... Regra I – as preposições essenciais regem prono-
Relativos: que, quem, qual, quanto, como, cujo, mes pessoais oblíquos tônicos.
onde. Exemplo:
Levei o presente para ti.
Preposição Estamos falando de mim e ti.
Liga termos de uma oração. Serve para estabele- Faça isso por nós. (esse nós é oblíquo, não é o
cer relações entre os termos. Dividem-se em: pessoal, de mesma grafia).
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Gramática
Regra II – as preposições acidentais regem pro- cant ara
nomes pessoais retos. São preposições acidentais: cant áramos
conforme, consoante, segundo, durante, mediante,
cant áreis
como, salvo, fora, que.
cant aram
Exemplo:
Quando eu crescer, quero ser como tu. Futuro do Pretérito
Incluam todos exceto eu. cant aria
Todos agirão conforme eu e ele mandarmos. cant arias
(esse ele não é o oblíquo tônico, de mesma grafia) cant aria
cant aríamos
Cuidado
cant aríeis
Somente os pronomes pessoais retos podem ser
cant ariam
sujeito, os pronomes pessoais oblíquos serão sem-
pre complemento.
Futuro do Presente
cant arei
cant arás
Verbos – modos e tempos cant ará
cant aremos
cant areis
a) Modo indicativo cant arão
Expressa certeza, realidade ou verdade.
Presente
Pretérito Perfeito cant o
cant ei cant as
cant aste cant a
cant ou cant amos
cant amos cant ais
cant astes cant am
cant aram
b) Modo subjuntivo
Pretérito Imperfeito
Expressa dúvida, possibilidade, incerteza, hipótese.
cant ava
cant avas Presente
cant ava cant e
cant ávamos cant es
cant áveis cant e
cant avam cant emos
cant eis
Pretérito Mais-que-perfeito
cant em
cant ara
cant aras
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Gramática
Pretérito Imperfeito Reflexiva
cant asse Quando o sujeito pratica e sofre a ação indicada
cant asses pelo verbo.
cant asse A moça se feriu com um canivete.
cant ássemos
cant ásseis Recíproca
cant assem Quando há um sujeito que representa dois agentes
e pacientes um do outro.
Futuro Os cães morderam-se na disputa pelo osso.
cant ar
cant ares Passagem da voz ativa para passiva
cant ar Veja:
cant armos O professor examinou as provas.
cant ardes sujeito verbo obj. direto
cant arem As provas foram examinadas pelo professor.
sujeito verbo agente da passiva
c) Modo imperativo
Expressa uma ordem, pedido, súplica ou con-
Procedimento
selho. a. O objeto direto passa a ser o sujeito.
b. O sujeito passa à função de agente da pas-
Afirmativo Negativo siva.
Estuda tu Não estudes tu c. O verbo se desdobra, numa forma composta,
Estude você Não estude você formada pelo verbo ser (ir, estar), no mesmo
Estudemos nós Não estudemos nós tempo do verbo da ativa, e o seu próprio
particípio.
Estudai vós Não estudeis vós
Estudem vocês Não estudem vocês Outros termos que não
sejam sujeito, verbo e objeto
No dia de Natal, com muito carinho, Paulo enviou
Vozes do verbo para a noiva um buquê de flores e um cartão.
No dia de Natal, com muito carinho, um buquê de
flores e um cartão foram enviados por Paulo para a
Ativa noiva.
Complemento nominal
Termo complementar de sentido do nome. Assim como há verbos transitivos, há nomes transitivos, que
requerem complemento. Estes são sempre abstratos. O complemento nominal pode complementar o sentido
de um adjetivo, de um advérbio, ou de um substantivo, sempre com auxílio de preposição.
É aquele que só tem um núcleo: um verbo no- (VTD ou VTI + predicativo do objeto)
cional. A imprensa fez dele um herói.
(VTD + predicativo do objeto)
Minha mãe chegou ontem. (VI)
A mãe vestiu a filha de bruxa.
Os pais sempre esperam seus filhos. (VTD)
(VTD + predicativo do objeto)
Há um estranho em nossa casa. (VTD)
O namoro com Melissa tornou-o um astro.
Precisamos de cuidados. (VTI)
(VTD + predicativo do objeto)
Os professores informaram os alunos do aci-
Gosto de você nua.
dente da diretora. (VTDI)
(VTI + predicativo do objeto)
Patrícia não está em casa. (VI)
Preciso de você sadio.
(VTI + predicativo do objeto)
Predicado nominal
Só tem um núcleo: o predicativo. Como não ocor-
Complementos verbais
re núcleo verbal, o verbo só pode ser de ligação.
Termos que complementam o sentido de verbos
Xexéu parecia muito cansado. transitivos. Os complementos verbais são os seguin-
(VL; “cansado” – predicativo do sujeito) tes sintagmas nominais: o objeto direto e o objeto
indireto. Objeto direto é o complemento de um
Ele tornou-se um excelente arquiteto.
VTD e, portanto, é subordinado ao verbo. Objeto
(VL; “um excelente arquiteto” – predicativo do indireto é o complemento de um VTI e, portanto, é
sujeito) subordinado ao verbo. No caso de VTDIs, ocorrem os
Janjão era só lágrimas. dois objetos simultaneamente.
(VL; “lágrimas” – predicativo do sujeito) a. Objeto direto
Minha mulher é isso.
Comprei o carro.
(VL; isso – predicativo do sujeito)
Gostaria de vê-los agora.
Ela fumou um cigarro fedorento.
Predicado verbo-nominal Ela bebeu um uísque vagabundo.
Tem dois núcleos: um verbal (verbo nocional);
outro nominal: o predicativo. Observe os dois exemplos abaixo:
Orações subordinadas substantivas O trabalho foi feito por quem tinha competên-
cia.
Subjetiva
Exerce a função de sujeito do verbo da oração Orações subordinadas adjetivas
principal.
Uma oração subordinada adjetiva é introduzida
por pronome relativo.
É bom que você estude.
Restritiva
Objetiva direta É aquela que restringe ou particulariza o nome a
que se refere.
Exerce a função de objeto direto da oração prin-
cipal.
Pedra que rola não cria limo.
Desejo que você passe.
Explicativa
Objetiva indireta É aquela que não restringe nem particulariza o
nome a que se refere. Indica uma propriedade pres-
Exerce a função de objeto indireto do verbo prin-
suposta como pertinente a todos os elementos do
cipal.
conjunto a que se refere.
Necessitamos de que você saia.
A pedra, que é dura, resiste ao tempo.
Predicativa
Exerce a função de predicativo.
Orações subordinadas adverbiais
As orações subordinadas adverbiais desempe-
A verdade é que te amo. nham a função de adjunto adverbial.
Causais
Completiva nominal
•• porque, visto que, uma vez que, como.
Desempenha a função de complemento nominal.
Ela faz sucesso porque é muito inteligente.
Tenho necessidade de que você me ame.
Como era muito esperto, sempre achava um
jeitinho de escapar.
Apositiva
Desempenha a função de aposto em relação a um Condicionais
nome. •• se, caso, a menos que, a não ser que, desde
que.
Só te faço um pedido: que venhas logo.
Irei à festa, se vierem me buscar de carro em
casa.
Expressões partitivas
A concordância pode dar-se com o sujeito ou com
a expressão partitiva.
Advérbio
Anexo, incluso, mesmo, obrigado, próprio, quite
A mulher estava meio cansada.
Concordam com o substantivo a que se referem, Meio enterradas estavam as ferramentas.
como quaisquer outros adjetivos.
Regência verbal
VTI = presenciar (prep. a obrigatória):
Exemplo:
A regência verbal se ocupa do estudo da relação Assistimos ao filme Titanic trinta e quatro vezes. =
que se estabelece entre os verbos e os termos que os Assistimos a ele trinta e quatro vezes.
complementam (objetos diretos e objetos indiretos)
ou caracterizam (adjuntos adverbiais). e) Aspirar
VTD = cheirar, sorver ...
Regência de alguns verbos Exemplo:
Aspirei durante muito tempo fumaça de óleo die-
a) Querer sel.
VTD = desejar:
VTI = ambicionar (prep. a obrigatória):
Exemplo:
Exemplo:
Eu quero a liberdade plena para todos os seres
humanos. Luís aspira ao cargo = Luís aspira a ele.
j) Preferir
A preposição e os
Preferir exige a preposição a. pronomes relativos
Exemplo:
No padrão culto, é preciso manter a regência de-
Prefiro o “tchan” da Scheila Carvalho ao da Carla terminada pelo verbo quando seu complemento ou
Perez. modificador é um pronome relativo.
Esta é a moça cuja voz ouviste há pouco. A reunião foi marcada para as cinco horas.
Observação
excetua-se o caso da preposição a seguir:
Crase Foi até a praia ou, foi até à praia.
Definição
Substituição de termo
Crase é a contração de preposição e artigo definido
feminino ou a contração de preposição e pronomes feminino por termo masculino
demonstrativos “aquele(s), aquela(s), aquilo”. Não ocorrendo qualquer dos casos anteriores, pode
haver crase ou não. Para verificarmos, basta substituir
NÃO se usa crase a palavra feminina que vem após o a por um termo
masculino. Feita essa substituição, três coisas podem
Antes de substantivo masculino acontecer:
Andar a cavalo.
1. O a transforma-se em o
Vendeu a prazo.
Releu a revista.
Chegou a tempo.
Releu o livro.
Antes de verbo
2. O a permanece inalterado
Começou a chover.
Elas estavam cara a cara.
Ficou a contemplar a paisagem.
Elas estavam lado a lado.
Antes de artigo indefinido
3. O a transforma-se em “ao”
Levou o automóvel a uma oficina.
Refiro-me a moça.
Antes de pronomes pessoais, Refiro-me ao moço
demonstrativos ou indefinidos Nesse caso, ocorre a fusão; portanto, temos a cra-
se e o acento grave é indispensável.
Dei a ela o prêmio merecido.
Refiro-me à moça.
A ninguém é lícito fugir do trabalho.
Refiro-me a esta moça.
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Gramática
Conjunções Subordinativas
Usa-se ênclise quando houver:
Embora me conheçam, não agirei como es-
Ausência de fator próclise ou mesóclise
peram.
Bandidos e policiais enfrentaram-se na favela.
Disseram que te emprestarão o dinheiro.
Início de orações
Pronomes Relativos, Indefinidos, Demonstra-
tivos e Pessoais. Disseram-me a verdade.
O Homem que me emprestou o dinheiro é o Infinitivo (uso facultativo, mesmo com fa-
dono da loja. tor próclise ou mesóclise)
Ninguém nos encontrará aqui. Não dizer-nos a verdade será um erro.
Isto o impressionará. Imperativo
Ele me ofereceu o emprego. Dê-me os materiais agora!
Advérbios
Certamente a vi na festa.
Palavras de Negação Pontuação
Não nos faça voltar atrás.
Jamais te iludas com ele.
Nunca me aponte o dedo. O uso da vírgula
Objeto Direto Invertido
Usa-se vírgula
A casa, ontem, nos deram nossos pais.
a. Nas enumerações.
Orações Exclamativas
Era uma pessoa bonita, inteligente e simpática.
Como se fala alto aqui!
Janjão possuía imóveis em Casca, Picada Café,
Orações Interrogativas Quintão e Presidente.
Quem te trouxe aqui?
b. Para separar orações ligadas por conjunções
coordenativas.
4. Advérbio aqui.
“Compra este brinquedo aqui”, pediu a criança.
Aqui, cá Ali, lá
Figuras de linguagem
As figuras de linguagem são as responsáveis pela transformação, intensificação, alteração, expressividade
e inventividade do discurso literário. O sentido inusitado, a beleza imagética, o efeito sonoro são alguns dos
resultados atingidos com a aplicação das figuras de linguagem.
Vinicius de Morais
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Gramática
Assíndeto A dinâmica e populosa São Paulo continua so-
É a omissão de conjunção coordenativa. frendo com as enchentes.
(Silepse de gênero: subentendendo-se a cida-
Clara passeava no jardim com as crianças. de de São Paulo.)
O céu era verde sobre o gramado, Os brasileiros torcemos pela seleção na Copa
a água era dourada sob as pontes, do Mundo.
outros elementos eram azuis, róseos, alaran- (Silepse de pessoa: subentende-se “nós, os
jados, (...) brasileiros.”)
Os Lusíadas narra os grandes feitos do “peito
Carlos Drummond de Andrade
ilustre lusitano”.
(Observe que a conjunção coordenativa que (Silepse de número: subentende-se a obra Os
não aparece é “e”.) Lusíadas.)
Eufemismo
Silepse É a atenuação de uma expressão muito forte.
É a concordância ideológica, logo não há concor- Busca-se suavizar essa expressão com um termo
dância com o termo relacionado e sim com a ideia que menos agressivo.
ele passa.
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Gramática
A amiga Gradação
Ele chegou ao bar, pálido e trêmulo. Sentou-se. É a disposição de ideias em ordem crescente (para
- Por enquanto, nada – desculpou-se ao gar- se atingir o clímax) ou decrescente (para se atingir o
çom. anticlímax).
- Estou esperando uma amiga.
Dali a dois minutos, estava morto. Oh não aguardes que a madura idade,
Quanto ao garçom que o atendeu, esse ado- Te converta essa flor, essa beleza,
rava repetir a história, mas sempre acrescentava Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em
ingenuamente: nada.
- E até hoje, a “grande amiga” não chegou!
Gregório de Matos
Mario Quintana