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BioNTech-Pfizer
Primeira vacina contra o coronavírus autorizada para uso na UE, a produzida pela
firma alemã de biotecnologia Biontech e a gigante farmacêutica americana Pfizer foi
também aprovada nos EUA, Reino Unido, Arábia Saudita e 19 outros países.
A droga foi produzida nas instalações de ambas as parceiras na Alemanha e Bélgica,
entre outras locações, divulgou a Pfizer. Como parte de sua estratégia de vacinação, a
UE fechou acordos com seis produtoras, mas até o momento as da Biontech e da
Moderna são as únicas aprovadas para uso no bloco.
A companhia sediada em Mainz declarou que pretende começar a produção "muito
antes do planejado" numa nova fábrica em Marburg, no centro da Alemanha. Com
abertura prevista para fevereiro, a nova locação terá capacidade para 250 milhões de
doses adicionais, totalizando assim 750 milhões de doses por ano.
Sputnik V
Peritos em saúde ficaram chocados quando, em agosto de 2020, meses antes do resto
do mundo, a Rússia se tornou o primeiro país a aprovar uma vacina. Desde então, sua
Sputnik V foi licenciada para uso em Belarus, Argentina e Guiné. Cientistas na Rússia e
em outros países questionaram a decisão de aprovar a vacina antes da fase 3 de testes,
que normalmente dura meses e envolve milhares de pessoas.
A vacina será fabricada por firmas parceiras no Brasil, China, Índia, Coreia do Sul e
outros. Mais de 50 países encomendaram mais de 1,2 bilhão de doses, segundo site do
RDIF sobre a Sputnik 5.
Sinopharm
No início de janeiro de 2021, agências reguladoras concederam licença "condicional"
para uma vacina desenvolvida na unidade de Pequim da China National
Pharmaceutical Group Corporation, ou Sinopharm. Ela ainda está sendo submetida aos
últimos estágios de testes clínicos.
Embora a China esteja atrasada em relação a outros países na aprovação formal de
vacinas contra o novo coronavírus, milhões de cidadãos – sobretudo membros de
setores-chave, como saúde, alimentação e assistência comunitária – já foram
inoculados, no âmbito de um programa de emergência.
Agora a China está se concentrando em vacinar outros milhões de indivíduos,
antecipando o feriado do Ano Novo Lunar, em fevereiro, quando centenas de milhões
viajam por todo o território nacional. Está em uso, ainda, e igualmente nas fases finais
de testes, uma segunda substância candidata, desenvolvida pela unidade da Sinopharm
na cidade de Wuhan.
Os Emirados Árabes Unidos aprovaram a vacina de Pequim em dezembro, já tendo
Coronavac
Assim como a da Sinopharm, a Coronavac, vacina contra o vírus Sars-Cov-2 da Sinovac,
sediada em Pequim, ainda está na fase final de testes, mas já sendo ministrada à
população.
Uma unidade da firma biofarmacêutica recém-construída na capital chinesa pode
produzir 300 milhões de doses por ano, como declarou seu presidente e diretor
executivo, Yin Weidong, à emissora de TV estatal chinesa CGTN.
Chile, Cingapura e Turquia já encomendaram doses. A Indonésia já recebeu seu lote,
em meio a preparativos para uma campanha de vacinação em massa.
No Brasil, o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, já importou doses da
Coronavac. O governo paulista diz que seu estoque já chega a 10,8 milhões de doses, e
as autoridades paulistas preveem que a imunização no estado comece em 25 de janeiro,
mas ainda não solicitaram o registro à Anvisa.
Covaxin
A indiana Bharat Biotech International Limited desenvolveu a Covaxin, aprovada em
caráter de emergência na Índia em 3 de janeiro de 2021, juntamente com a vacina da
Oxford-AstraZeneca.
Em 2021, a empresa planeja fabricar cerca de 700 milhões de doses, em quatro
instalações no país, um dos mais atingidos pelo coronavírus.
Fabricante: Foi desenvolvida pela chinesa Sinovac. No meio do ano passado, o Instituto
Butantan se tornou parceiro dessa empresa para testar e fabricar a fórmula no Brasil.
Como funciona: É uma vacina de vírus vivo inativado. Os cientistas cultivam o Sars-CoV-2 em
laboratório e depois o tratam com uma substância que torna o agente incapaz de fazer suas
cópias. A tecnologia é tradicional e utilizada há décadas. O exemplo mais famoso é o da vacina
contra a gripe, feita da mesma maneira e inoculada em cerca de 70 milhões de brasileiros
anualmente.
Eficácia: O estudo que justificou a liberação do imunizante no nosso país demonstrou eficácia
de 50,7% em prevenir infecções sintomáticas. Na vida real, tem se mostrado altamente
protetora contra casos graves e mortes.
Uma pesquisa feita pela governo da Indonésia, ainda não revisada por pares, mostra uma taxa
de prevenção contra óbitos de 98% em profissionais de saúde.
Recentemente, contudo, dados preliminares apontam para uma queda da eficácia em
indivíduos de idade avançada, acima de 80 anos. O achado precisa ser confirmado, mas reforça
a necessidade de tomar as duas doses e aponta que a vacina não resolve sozinha a pandemia.
Na prática, mesmo algumas pessoas vacinadas estão contraindo Covid-19. Quanto mais o vírus
circula, maiores as chances de qualquer uma delas falhar.
Reações adversas: Os mais comuns são dor de cabeça e dor no local da aplicação. Febre,
cansaço, diarreia e náusea também podem acontecer. Mais raramente, hematomas no local,
diminuição de apetite e vômito foram descritos nos participantes de estudos. Não apareceram
possíveis efeitos colaterais mais graves até agora.
Como deve ser tomada: Duas injeções com intervalo de duas a quatro semanas. No Brasil,
atrasos estão acontecendo por falta de doses. Nesse caso, complete o esquema assim que
possível.
Comirnaty: a vacina high-tech da Pfizer
Fabricante: Pfizer e BioNTech. Essa segunda empresa, oriunda da Alemanha e até então pouco
conhecida, é a que desenvolveu a tecnologia por trás da fórmula.
Como funciona: É uma vacina de RNA mensageiro. Ela usa o próprio corpo para fabricar o
antígeno (a parte do vírus que é apresentada ao sistema imune pelas vacinas).
O produto contém apenas um trecho do código genético do Sars-CoV-2, o responsável por
ordenar a fabricação da espícula, ou spike, uma proteína que recobre o vírus. Quando entra
nas células, o tal trecho é lido como uma receita de bolo por estruturas chamadas ribossomos,
que então montam a tal espícula.
A partir daí, o processo é o mesmo das outras vacinas: o sistema imune vai de encontro a essa
espícula e cria uma resposta personalizada para ela, que será acionada em uma eventual
invasão do vírus verdadeiro.
A abordagem promete revolucionar a medicina e estava sendo estudada há décadas, mas
enfrentava desafios técnicos e logísticos, agora praticamente superados.
Eficácia: Demonstrou 95% de eficácia em prevenir casos confirmados de Covid-19.
Reações adversas: As mais relatadas são dor e inchaço no local da injeção, cansaço, dor de
cabeça e nas articulações, febre, calafrios e diarreia. Menos de 1% dos voluntários das
pesquisas tiveram sinais de hipersensibilidade, como erupções e coceiras na pele e inchaço dos
gânglios linfáticos.
Alguns casos de reação anafilática, um evento alérgico grave que exige atendimento imediato,
foram relatados pós-vacinação nos Estados Unidos. Mas as vacinas de RNA costumam ser
seguras para a maioria dos alérgicos e essas reações mais graves são contornáveis.
Como deve ser tomada: Duas doses com intervalo maior ou igual a 21 dias.
"Ela é uma protease celular (proteína dos seres humanos) que participa, junto com o receptor
ACE2, na entrada do SARS-CoV-2 nas células humanas. Assim, TMPRSS2 e ACE2 são essenciais
para a entrada e infecção das células humanas”, explica Faria, que também pesquisa a
genética do novo coronavírus pela Universidade de Oxford, mas não assina este estudo da
"Cell".Com uma maior quantidade do receptor ACE2 e da proteína TMPRSS2, a entrada do
vírus é mais fácil pelas vias respiratórias. O uso de equipamentos pessoais de proteção, como
as máscaras, é extremamente importante para a prevenção da doença.
Boca
O vírus, que tem a boca como um dos seus principais pontos de entrada no
corpo, também tem novos mecanismos que lhe permitem começar a replicar-se
muito antes de atingir os pulmões.
Um estudo científico recente, realizado na Alemanha em doentes assintomáticos,
mostrou que o vírus começa a multiplicar-se na boca e na garganta, actuando como o
principal reservatório para a propagação da doença.
Isto poderia explicar porque os pacientes com uma alta concentração de vírus na
garganta apresentam um sintoma tão característico como a perda do sabor e do
cheiro. Se este vírus tem tal predilecção pela boca e garganta que é a sua porta de
entrada por excelência, o cuidado com a higiene oral é um factor determinante na
propagação do vírus juntamente com o resto das medidas de controlo emitidas pelas
autoridades sanitárias.
A boca representa um local robusto para a infecção pelo SRA-CoV-2 e implica a saliva
na transmissão do vírus.
Graças à presença de receptores ACE2 encontrados nestas células orais, o vírus
pode facilmente se conectar com elas para se hospedar dentro delas e ativar o
mecanismo de replicação.
Transmissão fecal-oral