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Cabimento
O art. 1015 do Novo Código de Processo Civil rege que as situações em que o Agravo
de Instrumento é cabível, contendo expressamente em seus incisos, as decisões
interlocutórias que ensejam o recurso em questão, no entanto, se fazem necessário
observar que no próprio dispositivo, especificamente em seu inciso XIII, autoriza
hipóteses de cabimento de Agravo de Instrumento em outros casos, desde que,
expressamente referidos em lei.
Não houve preocupação por parte do legislador de considerar como recorríveis por
agravo de instrumento as decisões interlocutórias que versam sobre competência e que
anulam o negócio jurídico processual, que por meio de interpretação se possa incluí-las
no rol legal.
O art. 994, III CPC prevê o cabimento do recurso de agravo interno que manteve o
objeto de impugnar a decisão interlocutória, contudo, proferida pelo relator do recurso
principal. O art. 1.021/CPC determina que a decisão proferida pelo relator pode ser
impugnada por agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observando-se as
regras do regimento interno do tribunal. Entende-se que, uma vez registrados, os autos
do recurso contra a decisão proferida em primeira instância, são registrados e
distribuídos no tribunal competente, obedecendo as regras internas do tribunal, a
alternatividade, o sorteio eletrônico e a publicidade. Distribuídos, os autos seguirão
conclusos ao relator, a quem compete a administração do julgamento do recurso,
elaborando relatório e voto.
Importante ressaltar que o recurso especial é utilizado em regra nos casos de decisões
que contrariarem dispositivo constitucional, decisão que declarar a
inconstitucionalidade de Lei ou Tratado Federal, decisão que julgar válida lei ou ato de
governo local contestado em face da Constituição Federal e de decisão que julgar válida
lei de governo local contestado em face de Lei Federal. Já no caso do recurso
extraordinário são seus requisitos específicos tratar de decisão que contrariar dispositivo
constitucional, decisão que declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal,
decisão que julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição
Federal e decisão que julgar válida lei de governo local contestado em face de Lei
Federal. Ambos recursos tem o prazo de 15 dias para o seu ingresso no juízo
competente e verificação do juízo de admissibilidade do recurso.
Com relação aos efeitos produzidos pelos recursos especial e extraordinário, ambos são
norteados apenas pelo efeito suspensivo. O efeito devolutivo não recai sobre eles.