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EXERCÍCIOS DE SALA

01. (UNICAMP) Quanto seja louvável a um príncipe manter a fé, aparentar


virtudes e viver com integridade, não com astúcia, todos o compreendem;
contudo, observa-se, pela experiência, em nossos tempos, que houve príncipes
que fizeram grandes coisas, mas em pouca conta tiveram a palavra dada, e
souberam, pela astúcia, transtornar a cabeça dos homens, superando, enfim, os
que foram leais (...). Um príncipe prudente não pode nem deve guardar a palavra
dada quando isso se lhe torne prejudicial e quando as causas que o
determinaram cessem de existir.
(Nicolau Maquiavel, O Príncipe. São Paulo: Nova Cultural, 1997, p.73-85.)

A partir desse excerto da obra, publicada em 1513, é correto afirmar que:


a) O jogo das aparências e a lógica da força são algumas das principais
artimanhas da política moderna explicitadas por Maquiavel.
b) A prudência, para ser vista como uma virtude, não depende dos
resultados, mas de estar de acordo com os princípios da fé.
c) Os princípios e não os resultados é que definem o julgamento que as
pessoas fazem do governante, por isso é louvável a integridade do
príncipe.
d) A questão da manutenção do poder é o principal desafio ao príncipe e,
por isso, ele não precisa cumprir a palavra dada, desde que autorizado
pela Igreja.

02. (UECE) É um dito corrente que todas as leis silenciam em tempos de guerra,
e é verdade, não apenas se falarmos de leis civis, mas também naturais [...] E
entendemos que tal guerra é de todos os homens contra todos os homens.
HOBBES, Thomas. Do Cidadão. Trad. Raul Fiker. São Paulo: Edipro, 2016, p.
83s.

O texto de Hobbes se refere a um estado de guerra de todos contra todos, que


enseja, pelo medo da morte, um estado civil. O nome dado por Hobbes a esse
estado anterior ao pacto social é
a) Leviatã.
b) Sociedade Civil.
c) Estado de Natureza.
d) Lei Natural.

03. (UFU) Com relação à noção de estado de natureza, que é o estado em que
os seres humanos se achavam antes da formação da sociedade, podem-se
identificar, na filosofia política moderna, três tendências:
1. Os seres humanos são naturalmente egoístas e, no estado de natureza, se
achavam numa guerra de todos contra todos daí que, por medo uns dos
outros, aceitam renunciar à liberdade e constituir um Soberano, o estado,
que garanta a paz.
2. Não é por medo uns dos outros, e sim para garantir o direito à propriedade
e à segurança que os seres humanos consentem em criar uma autoridade
que possa tornar isso possível.
3. No estado de natureza, os seres humanos eram felizes e foi o advento da
propriedade privada e da sociedade civil que tornou alguns escravos de
outros.
Podem-se atribuir essas três concepções, respectivamente, a
a) Hobbes, Rousseau e Maquiavel.
b) Hobbes, Locke e Rousseau.
c) Maquiavel, Hobbes e Locke.
d) Rousseau, Maquiavel e Locke.

04. (ENEM) A importância do argumento de Hobbes está em parte no fato de


que ele se ampara em suposições bastante plausíveis sobre as condições
normais da vida humana. Para exemplificar: o argumento não supõe que todos
sejam de fato movidos por orgulho e vaidade para buscar o domínio sobre os
outros; essa seria uma suposição discutível que possibilitaria a conclusão
pretendida por Hobbes, mas de modo fácil demais. O que torna o argumento
assustador e lhe atribui importância e força dramática é que ele acredita que
pessoas normais, até mesmo as mais agradáveis, podem ser inadvertidamente
lançadas nesse tipo de situação, que resvalará, então, em um estado de guerra.
(RAWLS, J. Conferências sobre a história da filosofia política. São Paulo: WMF,
2012 (adaptado)

O texto apresenta uma concepção de filosofia política conhecida como


a) alienação ideológica.
b) microfísica do poder.
c) estado de natureza.
d) contrato social.
e) vontade geral.

EXERCÍCIOS-TAREFA

1. (UNIOESTE) No capítulo XV de O Príncipe, Nicolau Maquiavel (1469-1527)


destaca um dos principais fundamentos de sua reflexão política. Visando
distinguir-se tanto de seus predecessores quanto de seus contemporâneos, ele
indica claramente sua perspectiva realista: “Mas, sendo a minha intenção
escrever coisa útil a quem a escute, pareceu-me mais convincente ir direto à
verdade efetiva da coisa do que à imaginação dessa”
(MAQUIAVEL, N. O Príncipe. São Paulo: Hedra, 2011. p. 151).

A partir da leitura do trecho citado, pode se afirmar CORRETAMENTE que


a) o realismo político de Maquiavel baseia-se na idealização da vida política.
b) o realismo político de Maquiavel baseia-se na análise da vida política na
sua realidade ou verdade efetiva.
c) o realismo político de Maquiavel baseia-se na busca de leis imutáveis que
regem a vida religiosa dos homens.
d) o realismo político de Maquiavel baseia-se na crença da bondade natural
do homem.
e) o realismo político de Maquiavel baseia-se na busca das leis que regem
as repúblicas e principados perfeitos propostos pelos pensadores
utópicos.

2. (UNESP) Cada um de nós põe em comum sua pessoa e todo o seu poder sob
a direção suprema da vontade geral, e recebemos, enquanto corpo, cada
membro como parte indivisível do todo. [...] um corpo moral e coletivo, composto
de tantos membros quantos são os votos da assembleia [...]. Essa pessoa
pública, que se forma, desse modo, pela união de todas as outras, tomava
antigamente o nome de cidade e, hoje, o de república ou de corpo político, o qual
é chamado por seus membros de Estado [...].
(Jean-Jacques Rousseau. Os pensadores, 1983.)

O texto, produzido no âmbito do Iluminismo francês, apresenta a doutrina política


do
a) coletivismo, manifesto na rejeição da propriedade privada e na defesa dos
programas socialistas de estatização.
b) humanismo, presente no projeto liberal de valorizar o indivíduo e sua
realização no trabalho.
c) socialismo, presente na crítica ao absolutismo monárquico e na defesa da
completa igualdade socioeconômica.
d) corporativismo, presente na proposta fascista de unir o povo em torno da
identidade e da vontade nacional.
e) contratualismo, manifesto na reação ao Antigo Regime e na defesa dos
direitos de cidadania.

3. (UFPR) Para os filósofos contratualistas, o Estado é pensado como tendo por


origem um contrato entre os indivíduos. Segundo Thomas Hobbes, “é como se
cada homem dissesse a cada homem: autorizo e transfiro o meu direito de me
governar a mim mesmo a este homem, ou a esta assembleia de homens, com a
condição de transferires para ele o teu direito, autorizando de maneira
semelhante todas as suas ações”.
(HOBBES, T. Leviatã, cap. 17, In: MARÇAL, J. CABARRÃO, M.; FANTIN, M. E.
(org.) Antologia de textos filosóficos, Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 365.)

A partir do enunciado, é correto afirmar que Hobbes recorre à ideia do contrato


com o fim de:
a) descrever como os Estados nacionais surgiram na história.
b) calcular os deveres e direitos dos indivíduos em relação ao Estado.
c) convocar os homens a resistirem ao poder do Estado.
d) mostrar que os homens agem na esperança de contrapartidas.
e) provar que os homens não sabem governar a si mesmos.

4. (UFPR) Considere a passagem abaixo:


A substituição do reino do dever ser, que marca a filosofia anterior, pelo reino do
ser, da realidade, leva Maquiavel a se perguntar: como fazer reinar a ordem,
como instaurar um Estado estável? O problema central de sua análise política é
descobrir como pode ser resolvido o inevitável ciclo de estabilidade e caos. Ao
formular e buscar resolver esta questão, Maquiavel provoca uma ruptura com o
saber repetido pelos séculos. Trata-se de uma indagação radical e de uma nova
articulação sobre o pensar e fazer política, que põe fim à ideia de uma ordem
natural eterna. A ordem, produto necessário da política, não é natural, nem a
materialização de uma vontade extraterrena, e tampouco resulta do jogo de
dados do acaso. Ao contrário, a ordem tem um imperativo: deve ser construída
pelos homens para se evitar o caos e a barbárie, e, uma vez alcançada, ela não
será definitiva, pois há sempre, em germe, o seu trabalho em negativo, isto é, a
ameaça de que seja desfeita.
(SADEK, Maria Tereza. Nicolau Maquiavel: o cidadão sem fortuna, o intelectual
de virtù. In: WEFFORT, Francisco (org.). Clássicos da política, vol. 01. São
Paulo: Ática, 2001. p. 17-18.)

Considerando o argumento de Maria Tereza Sadek, em seu texto intitulado


Nicolau Maquiavel: o cidadão sem fortuna, o intelectual de virtù, é correto afirmar:
a) Os estudos de Maquiavel sobre o reino do ser na política levam em
consideração a tradição idealista de Platão, Aristóteles e São Tomás de
Aquino e rejeitam as interpretações de historiadores antigos, como Tácito,
Políbio, Tucídides e Tito Lívio.
b) Em sua obra, Maquiavel coloca em relevo a dimensão efetivamente
social, histórica e política das relações humanas, explicitando que sua
regra metodológica implica o exame da realidade tal como ela é e não
como se gostaria que ela fosse.
c) A política, segundo Maquiavel, tem correspondência com as ideias
inatistas, ou seja, de que os indivíduos são predestinados a um tipo de
condição que lhes é inerente, não havendo possibilidade de mudança ou
qualquer outra forma de alterar as estruturas de poder, por ele
denominada de “maquiavélicas”.
d) Segundo Sadek, ao formular uma explicação sobre essa questão,
Maquiavel não rompeu com os paradigmas que fundavam a política de
seu tempo, por conseguinte, favorecendo a perpetuação de tiranias nos
séculos XV e XVI.
e) Para Maquiavel, o problema central da política foi a democracia, e sua
construção implicava o fortalecimento de governos descentralizados, o
que aproximava seus estudos de liberais como John Locke e Thomas
Hobbes.

5. (UECE) Leia atentamente o seguinte excerto:


“A liberdade do homem em sociedade consiste em não estar submetido a
nenhum outro poder legislativo senão àquele estabelecido no corpo político
mediante consentimento, nem sob o domínio de qualquer vontade ou sob a
restrição de qualquer lei afora as que promulgar o poder legislativo, segundo o
encargo a este confiado”.
LOCKE, John. Dois tratados sobre o governo. Martins Fontes, 1998, p. 401-402.
Adaptado.

Considerando a definição de liberdade do homem em sociedade, de John Locke,


atente para as seguintes afirmações:
I. A concepção de liberdade do homem em sociedade de Locke elimina
totalmente o direito de cada um de agir conforme a sua vontade.
II. A concepção de liberdade do homem em sociedade de Locke consiste em
viver sob a restrição das leis promulgadas pelo poder legislativo.
III. A concepção de liberdade do homem em sociedade de Locke consiste em
viver segundo uma regra permanente e comum que todos devem
obedecer.

É correto o que se afirma em


a) I e II apenas.
b) I e III apenas.
c) II e III apenas.
d) I, II e III.

6. (UECE) Atente para o seguinte trecho de um artigo de jornal: “Segundo o


coordenador do Setor de Ciências Naturais e Sociais da Unesco no Brasil, Fabio
Eon, os direitos humanos estão sendo alvo de uma onda conservadora que trata
a expressão como algo politizado. — ‘Existe hoje uma tendência a enxergar
direitos humanos como algo ideológico, o que é um equívoco. Os direitos
humanos não são algo da esquerda ou da direita. São de todos,
independentemente de onde você nasceu ou da sua classe social. É importante
enfatizar isso para frear essa onda conservadora’ — ressalta Eon, que sugere
um remédio para o problema: — ‘Precisamos promover uma cultura de direitos
humanos’”.
Disponível em: O Globo. https://oglobo.globo.com/sociedade/os-direitos-
humanosnao- sao-da-esquerda-ou-da-direita-sao-de-todos-23088573.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi aprovada pela Assembleia


Geral da ONU em 1948. Já a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
foi aprovada durante a primeira fase da Revolução Francesa, pela Assembleia
Nacional Constituinte.

No que diz respeito à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, é correto


afirmar que
a) apesar de ser um documento revolucionário moderno, tem suas premissas
filosóficas no pensamento político de Aristóteles.
b) é de inspiração hobbesiana, tendo seus primórdios nos inícios do Estado
moderno.
c) é de inspiração iluminista e liberal, sob influência de grandes pensadores
do século XVIII, tais como Locke e Rousseau.
d) é de inspiração marxista, no influxo dos grandes movimentos grevistas e
reivindicatórios que aconteceram na França durante o século XIX.

7. (UEL) Leia o texto a seguir.


Por que só o homem é suscetível de tornar-se imbecil? [...] O verdadeiro
fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno,
lembrou-se de dizer isto é meu e encontrou pessoas suficientemente simples
para acreditá-lo.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da
desigualdade entre os homens. Trad. Lourdes Santos Machado, 3. ed. São
Paulo: Abril Cultural, 1983. pp. 243; 259.

Com base nos conhecimentos sobre sociedade civil, propriedade e natureza


humana no pensamento de Rousseau, assinale a alternativa correta.
a) A instauração da propriedade decorre de um ato legítimo da sociedade
civil, na medida em que busca atender às necessidades do homem em
estado de natureza.
b) A instauração da propriedade e da sociedade civil cria uma ruptura radical
do homem consigo mesmo e de distanciamento da natureza.
c) A fundação da sociedade civil é legitimada pela racionalidade e pela
universalidade do ato de instauração da propriedade privada.
d) O sentimento mais primitivo do homem, que o leva a instituir a
propriedade, é o reconhecimento da necessidade da propriedade para
garantir a subsistência.
e) A sociedade civil e a propriedade são expressões da perfectibilidade
humana, ou seja, da sua capacidade de aperfeiçoamento.

8. (UECE) No Brasil, na Argentina e em outros países da América Latina, os


governos estão promovendo mudanças econômicas e de políticas públicas,
mudanças essas conhecidas como liberais ou neoliberais. Nessas mais recentes
políticas governamentais, o poder público transfere à economia de mercado a
satisfação de determinadas carências dos cidadãos, que devem provê-las a
partir do próprio esforço individual em uma economia mais fortemente
caracterizada pela concorrência entre os indivíduos e por menos direitos sociais.
Em seu tempo, o filósofo contratualista Jean-Jacques Rousseau, em seu Do
Contrato Social, afirma que quanto menos felicidade a República é capaz de
proporcionar aos cidadãos, mais eles terão que buscar, individualmente, a
felicidade. A consequência é uma sociedade cada vez mais egoísta,
desinteressada pela política e, por fim, agrilhoada por um déspota qualquer ou
pela cobiça.

O texto acima apresenta duas opiniões conflitantes sobre a condução das


políticas públicas. Considerando essas opiniões, assinale a afirmação
verdadeira.
a) O governo brasileiro defende uma posição socialista, que consiste no
provimento estatal daquilo que é necessário para a felicidade geral,
enquanto Rousseau apresenta uma ideia liberal de economia e livre-
iniciativa.
b) Rousseau é um contumaz representante do marxismo cultural, que
produz suas críticas ao governo Bolsonaro com o único objetivo de
desestabilizar o Brasil e inviabilizar as reformas econômicas
liberalizantes.
c) Rousseau apresenta um argumento contrário ao individualismo liberal,
uma vez que o indivíduo, despreocupado com a política e engajado nos
ganhos econômicos, se distancia dos assuntos públicos e corre risco de
perder sua liberdade.
d) A posição do governo brasileiro, ao apresentar um menor aporte para as
universidades públicas, quando amplia a rede de universidades privadas,
é condizente com o pensamento de Rousseau, que tem em foco o bem
público e não a busca individualizada por felicidade.

9. (UEL) Leia o texto a seguir.


Por conseguinte, todo homem, ao consentir com outros em formar um único
corpo político sob um governo único, assume a obrigação, perante todos os
membros dessa sociedade, de submeter-se à determinação da maioria e acatar
a decisão desta. Do contrário, esse pacto original, pelo qual ele, juntamente com
outros, se incorpora a uma sociedade, não teria nenhum significado e não seria
pacto algum, caso ele fosse deixado livre e sob nenhum outro vínculo além dos
que tinha antes no estado de natureza.
LOCKE, J. Dois tratados sobre o governo. Trad. Julio Fischer. São Paulo: Martins
Fontes, 1998. p. 470.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de John Locke,


assinale a alternativa correta.
a) O ser humano deve superar o estado de natureza fundando a sociedade
civil e o Estado, cedendo seus direitos em prol da paz social.
b) Os indivíduos, no estado de natureza, são juízes de si mesmos, fundam
o Estado para garantir segurança e direitos individuais por meio das leis.
c) O poder do Estado deve ser absoluto para a garantia dos direitos naturais
da humanidade, como a vida, a liberdade e a propriedade.
d) O pacto ou contrato social é o garantidor das liberdades e direitos, sendo
o poder legislativo o menos importante, já que é possível sua revogação
por aqueles que participam do poder executivo.
e) O ser humano se realiza como um ser possuidor de bens, sendo sua
posse o que garante tolerância religiosa, livre-iniciativa econômica e
liberdade individual.

10. (UECE) Três pensadores modernos marcaram a reflexão sobre a questão


política: Hobbes, Locke e Rousseau. Um ponto comum perpassa o pensamento
desses três filósofos a respeito da política: a origem do Estado está no contrato
social. Partem do princípio de que o Estado foi constituído a partir de um contrato
firmado, entendendo o contrato como um acordo. Portanto, o Estado deve ser
gerado a partir do consenso entre as pessoas em torno de alguns elementos
essenciais para garantir a existência social. Todavia, há nuances entre eles.

Considerando o enunciado acima, atente para o que se diz a seguir e assinale


com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.

( ) Em comum, esses pensadores buscavam justificar reformas do Estado para


limitar o poder despótico dos monarcas absolutos.
( ) Para Hobbes, o contrato social é a renúncia dos direitos individuais ao
soberano em nome da paz civil.
( ) Para Locke, o contrato social é a renúncia parcial dos direitos naturais em
favor da liberdade e da propriedade.
( ) Para Rousseau, contrato social é a transferência dos direitos individuais
para a vontade geral em favor da liberdade e da igualdade civis.

A sequência correta, de cima para baixo, é:


a) F, V, F, V.
b) V, F, V, F.
c) V, F, F, F.
d) F, V, V, V.

GABARITO EXERCÍCIOS DE SALA


1–A
2–C
3–B
4–C

GABARITO EXERCÍCIOS-TAREFA
1–B
2–E
3–B
4–B
5–C
6–C
7–B
8–C
9–B
10 –D
CONTRATUALISMO POLÍTICO

O holandês Hugo Grotius foi um dos primeiros a abordar a questão do


Estado soberano associado ao direito dos indivíduos que constituem uma
sociedade. Em seu entendimento, os detentores da soberania só podem
garantir-se no governo pela vontade coletiva. Aí se identificam os primórdios da
visão que associa o Estado à garantia de um direito natural, sendo isso possível
mediante relação contratual entre governantes e governados, o que constitui a
base da soberania do Estado. Depois de Hugo Grotius, Thomas Hobbes e John
Locke, desenvolveram considerações importantes sobre direito natural e
contratualismo, contribuindo para certas visões sobre a extensão e o poder das
organizações estatais.
Já no século XVIII, Jean-Jacques Rousseau, fez um alerta para o caráter
hipotético dos raciocínios que permitiriam estruturar um pacto social que
garantisse, num mundo de desigualdades, os direitos naturais do homem. Em
linhas gerais, o contratualismo propunha a substituição do poder real assentado
no direito divino, em que os governados são entendidos por súditos, pela defesa
de um governo que garantisse os direitos naturais do homem. Daí o surgimento
do jusnaturalismo.
THOMAS HOBBES — O LEVIATÃ

Hobbes identificou o homem como um ser de natureza perversa, violenta,


o que prejudica sua relação com o outro. Procurando explicar a necessidade de
um estado forte e centralizado, ele publicou sua obra-prima, o Leviatã.
A solução necessária, para Hobbes, é a elaboração de um contrato social,
de um pacto de submissão, instrumento pelo qual todos os indivíduos, em nome
de uma ordem, abririam mão da liberdade e de seu direito natural de autogoverno
em favor do Estado. Escolhido entre os homens, o soberano que controla o
Estado é responsável por impor a paz e garantir a vida.

LOCKE — DIREITO À INSUBORDINAÇÃO


Ao contrário de Hobbes, John Locke vislumbrou uma situação em que os
homens, por meio da razão, mantêm entendimento mútuo com relativa
serenidade. Em sua concepção, a liberdade assume caráter positivo. Dentro
dessa comunidade, os indivíduos muitas vezes se deixam levar pelas paixões,
colocando em risco a própria vida e almejando a propriedade dos demais ao seu
redor.
Assim se justifica a organização dos homens em comunidade política,
com base na organização de um contrato social, a fim de fundar o governo que
tenha por objetivo proteger os direitos naturais (liberdade, propriedade e vida)
quando ameaçados. O excesso da propriedade privada é criticado por Locke,
caso crie uma desigualdade entre os indivíduos. O governo apenas se forma
com o consentimento de todos os indivíduos da comunidade, constituído por um
poder representativo voltado ao bem comum. O poder pertence ao povo e é
delegado ao corpo soberano, que o exerce enquanto se atém ao pacto
estabelecido com a comunidade. Caso o governante atenda aos próprios
interesses e ameace a propriedade, instala-se a tirania e ele perde legitimidade.
JEAN-JACQUES ROUSSEAU — IGUALDADE
Para Rousseau, a igualdade entre os indivíduos é que constrói o caminho
em direção à felicidade, não a liberdade. Ele a afirmou que o estado de natureza
é o momento de felicidade da humanidade, e sua superação é o início de um
período conturbado e tenebroso.
O fator responsável pela mudança de vida dos indivíduos que vivem
felizes no estado de natureza é um só: o surgimento da propriedade. De acordo
com Rousseau, a propriedade destrói a igualdade entre os indivíduos,
exterminando a piedade mútua e o “bom selvagem” que aí vive. Decorre daí o
nascimento do Estado e de todos os males que afligem a humanidade. Então, o
primeiro objetivo do surgimento do Estado é possibilitar a preservação da
propriedade e, com ela, a desigualdade e a impossibilidade de todos serem
felizes. Esse pacto inicial teria como única função favorecer os ricos em
detrimento dos pobres, e não se poderia sustentar.
A única saída possível, para Rousseau, seria a formulação de um novo
pacto para reestruturar a sociedade, criando ordem política efetivamente voltada
ao benefício de todos. Isso exigiria a concordância mútua de todos e a alienação
dos direitos dos indivíduos em favor da comunidade, o que levaria a constituir
um corpo soberano que refundaria o Estado. Dentro desse modelo, os
representantes escolhidos são tidos como funcionários da comunidade e, assim,
passíveis de exclusão por qualquer desvio de conduta.
Exercícios

. (Unimontes 2015) Um espaço importante de ação ideológica são os meios


de comunicação de massa, como jornais, revistas, rádio, tevê, internet.
Pela internet, dispomos, além da troca de mensagem entre particulares, da
difusão de versões on-line de jornais e de páginas pessoais (blogs) das
mais diversas tendências políticas.
Com relação à ideologia, podemos afirmar:
a) O pensamento é sempre determinado pela ideologia.
b) Os pensamentos são fixos e não admitem mudanças.
c) Os pensamentos são sempre ideológicos e formulados para dominar
o ser humano.
d) A ação e o pensamento nunca são totalmente determinados pela
ideologia. Sempre haverá espaços para a crítica e fenda que
possibilitam a elaboração do discurso contra ideológico.
2- (Uem 2012) “A ideologia afirma que somos todos cidadãos e, portanto,
temos todos os mesmos direitos sociais, econômicos, políticos e culturais.
No entanto, sabemos que isso não acontece de fato: as crianças de rua não
têm direitos; os idosos não têm direitos; os direitos culturais das crianças
nas escolas públicas são inferiores aos das crianças que estão em escolas
particulares, pois o ensino não é de mesma qualidade em ambas; os negros
e índios são discriminados como inferiores; homossexuais são
perseguidos como pervertidos, etc.”
(CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2011.
p.218.).

Sobre as formas da ideologia, assinale o que for correto.


a. Direitos das minorias, como movimento dos sem-terra,
associações de moradores etc., são direitos individuais e, por
isso, não devem ser contemplados pelas políticas públicas.
b. A função principal da ideologia é ocultar e dissimular as
divisões sociais e políticas, dando-lhes a aparência de
diferenças naturais entre os seres humanos.
c. A diferença entre ideologia e senso comum é que a primeira
representa uma prática das elites sociais, intelectuais e
econômicas, e o segundo representa as classes mais pobres
e desfavorecidas.
b) 08) Pelo seu estatuto de neutralidade e acuidade científica, a filosofia
não é ideológica, apenas analítica, sem tomar partido de classes
sociais e de classes políticas.
c) 16) Podem-se associar religião, alienação e ideologia, já que são
práticas que podem funcionar como modelos de ação acríticos.
IMMANUEL KANT – O ESCLARECIMENTO

Immanuel Kant nasceu em 1724, na cidade de Königsberg, hoje


Kaliningrado, Rússia. Membro de uma família simples, recebeu uma educação
exemplar que foi crucial para o desenvolvimento de suas obras. Seu caráter e
personalidade foram características de destaque em sua vida. Todos os seus
biógrafos afirmam que Kant era um homem íntegro, extremamente digno,
sistemático, disciplinado, desprendido e determinado. Preocupado com a
possibilidade de o sujeito conhecer o mundo, ocupou-se também do campo
prático da moral humana, buscando responder à seguinte pergunta: como o ser
humano pode agir com liberdade?
Para Kant, o mundo exterior ao indivíduo constitui o campo da
necessidade, pois todas as coisas da natureza seguem leis naturais de
causalidade, estando inseridas em relações de causa e efeito. O ser humano, ao
contrário, como um ser de vontade, tem liberdade para fazer suas escolhas de
acordo com os fins que deseja alcançar, não sendo determinado por leis naturais
ou instintivas que guiam suas ações.
Segundo Kant, no campo da razão teórica, as possibilidades naturais
humanas (formas da sensibilidade e do entendimento) limitam o conhecimento
da natureza. O ser humano não é, então, realmente livre nesse terreno. Contudo,
no campo da ação moral, o indivíduo pode agir guiado pela razão absolutamente
livre de qualquer determinação natural.
Kant trabalha essa problemática moral em suas obras Fundamentação da
metafísica dos costumes (1785), Crítica da razão prática (1788) e Metafísica dos
costumes (1797). Nelas, o filósofo procura compreender como a ação humana
pode ser verdadeiramente livre, sendo uma ação por “dever”. Por “dever”, Kant
compreende a ação ética que deve guiar-se única e exclusivamente pela
racionalidade humana, a qual busca princípios ou valores racionais que
fundamentarão a ação, livrando-se de todo e qualquer desejo subjetivo que
possa desvirtuar a ação correta.
Sendo o ser humano racional, ele deve utilizar sua racionalidade apenas
para buscar os princípios que serão a base da ação. Esses princípios estão
acima de toda e qualquer particularidade, devendo servir a todos os seres
humanos sem exceção, uma vez que a racionalidade humana determinará os
mesmos princípios para todos eles. Essa é a ética kantiana do dever que, em
sua natureza, é tanto prescritiva quanto normativa (prescreve normas): a ação
correta é determinada pela razão e o indivíduo deve segui-la. Não há
circunstâncias pessoais ou relativismo moral que diga que a pessoa deva agir
de outra forma.
Assim, para Kant, o ser humano é essencialmente livre porque é racional.
Enquanto todos os outros seres seguem leis determinadas pela sua própria
natureza, o ser humano é o único capaz de tomar decisões utilizando sua razão.
A moral é, portanto, independente do mundo natural.
Kant afirma que existem princípios a priori de moralidade, o que significa
que o ser humano não precisa experimentar certa coisa ou viver uma situação
concreta para saber o que deve ou não fazer. Utilizando sua razão, a pessoa é
capaz de encontrar os princípios morais que devem ser colocados em prática.
Para encontrar esses princípios, o indivíduo deve partir de outro, em uma
espécie de “fórmula” racional que Kant denomina imperativo categórico ou
imperativo absoluto.

O imperativo categórico é, portanto, só um único, que é este: age apenas


segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne
lei universal.
KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Tradução de
Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 1995. p. 59.

Diante de qualquer questão moral, o indivíduo, utilizando-se do imperativo


categórico, chegará inevitavelmente à resposta do princípio que deve guiar sua
ação. Por exemplo, ao perguntar: o ser humano deve mentir para não magoar
alguma pessoa? O sujeito, aplicando o imperativo categórico, deve pensar o
seguinte: será que mentir pode tornar-se uma lei moral universal, ou seja, será
que todas as pessoas do mundo podem mentir? A razão nos leva a concluir que
não. Se todos os indivíduos do mundo tomassem a mentira como um princípio,
o mundo tornar-se-ia caótico, uma vez que não haveria mais confiança entre as
pessoas. Logo, se a razão nos levou a concluir que a mentira não pode ser
utilizada como princípio da ação, o indivíduo não deve mentir, nem mesmo para
não magoar alguém, uma vez que, se fossem admitidas exceções, as pessoas
agiriam sempre por interesses próprios, acatando ou rejeitando o princípio moral
racional de acordo com seus interesses particulares.
Kant, ao propor o imperativo categórico, não afirmou o que deveria ou
não ser feito, fornecendo somente o caminho racional que deveria ser utilizado
para alcançar o princípio universal. Se qualquer indivíduo, de qualquer cultura e
em qualquer situação, aplicar o imperativo categórico, ele chegará à mesma
conclusão de todos os outros indivíduos do mundo. Isso consiste no que Kant
chamou de ação por dever, uma ação que não admite exceções e que não leva
em consideração necessidades, apetites, interesses, desejos ou circunstâncias
pessoais e particulares. A razão ordenou por meio do imperativo categórico e o
indivíduo deve sempre obedecê-la, ainda que as consequências dessa ação lhe
sejam ruins. A lei moral é universal, invariável, insubstituível e determinante das
ações. Essa liberdade de qualquer determinação, exceto a razão para a escolha
da ação humana, foi chamada por Kant de vontade autônoma.
Há uma diferença fundamental entre ação por dever e ação correta. O ser
humano pode agir corretamente, sem, no entanto, agir por dever. Se a ação
correta é realizada porque o sujeito tem interesses próprios, ele então ganhará
alguma vantagem, será bem visto pelas outras pessoas, tendo agido
corretamente, mas não por dever. A ação por dever é totalmente desinteressada,
não havendo nela qualquer influência a não ser a da simples racionalidade, a
qual determina que o sujeito deva agir de determinada maneira. Para Kant, a
ação digna é apenas aquela que ocorre fundamentalmente por dever.
Para Kant, o indivíduo só é realmente feliz e livre quando segue sua razão
e, por conseguinte, a lei moral determinada pelo imperativo categórico. A razão
é o que separa o indivíduo do mundo natural e é o que nos diferencia dos
animais, os quais seguem determinações naturais. Se a razão determina um
princípio moral, o indivíduo deve segui-lo. Se, pelo contrário, a pessoa nega esse
princípio racional e decide agir de acordo com seus desejos e necessidades
particulares, ela está abandonando aquilo que a diferencia dos outros seres,
perdendo, assim, sua própria dignidade.

UTILITARISMO DE STUART MILL


O utilitarismo é uma das doutrinas éticas que consideram a felicidade o
bem maior a ser buscado em toda e qualquer ação. Logo, a ação humana deve
ter como critério de bem e mal o “princípio da maior felicidade”, conhecido
também como princípio da utilidade, que encontra suas origens na filosofia de
Epicuro. Jeremy Bentham, porém, foi quem desenvolveu essa ideia com maior
sistematização. Segundo ele, na obra Uma investigação dos princípios da moral
e da
legislação, de 1789:

[...] o princípio da maior felicidade é aquele que aprova ou desaprova qualquer


ação, segundo a tendência que tem a aumentar ou diminuir a felicidade da
pessoa cujo interesse está em jogo.
BENTHAM, Jeremy. Uma investigação dos princípios da moral e da legislação.
São Paulo: Abril cultural, 1974. p. 4.
A melhor ação seria, portanto, aquela que proporcionaria maior prazer ou
felicidade ao indivíduo ou à comunidade, definindo-se o critério de certo ou
errado de acordo com o maior grau de felicidade para um maior número de
pessoas. De acordo com Bentham, são sete os critérios utilizados para definir se
uma ação irá trazer ou não a felicidade, os quais devem auxiliar na avaliação das
dores e dos prazeres para a tomada de decisão: intensidade, duração, certeza
ou incerteza, proximidade ou longinquidade, fecundidade, pureza e extensão.
Essa posição filosófica de Bentham, porém, pode ser facilmente
confundida com o hedonismo (a busca do prazer sem se preocupar com as
consequências posteriores), uma vez que o princípio da maior felicidade está
ligado ao prazer, e nem tudo o que traz prazer para o ser humano é
necessariamente bom. Há de se distinguir os tipos de prazeres, como o fez o
filósofo
grego Epicuro, mas de forma mais sistemática, de modo que se evite o erro do
subjetivismo e do egoísmo, pois, aquilo que seria prazer e felicidade para uns,
poderia não o ser para outros.
Buscando justificar a posição ética de seu mestre, Stuart Mill reelabora
sua tese, defendendo a necessidade de unir ao hedonismo aspectos do
estoicismo e do cristianismo. Faz-se necessária, assim, uma distinção clara entre
os prazeres humanos e os prazeres animais. Tal distinção se dá
qualitativamente, sendo que os prazeres melhores e superiores, chamados por
Mill de prazeres mentais, estão ligados ao pensamento, enquanto os prazeres
inferiores, chamados de prazeres corporais, estão ligados ao corpo.
Stuart Mill acreditava que as pessoas deveriam buscar em sua vida os
prazeres que lhe fariam alcançar a felicidade, fazendo a distinção adequada
desses prazeres, sendo que os prazeres superiores e mentais é que fariam as
pessoas verdadeiramente felizes, embora os prazeres inferiores e corporais não
devessem ser deixados de lado, precisando ser buscados com moderação e
comedimento.

NIETZSCHE E MORAL DO REBANHO


O desenvolvimento tecnológico do século XIX estava vinculado à visão
que acompanhava a ciência da época e apelava para o caráter utilitário do saber
científico. Ao mesmo tempo em que o discurso científico se consolidava e
legitimava ações econômicas e políticas imperialistas, bem como uma cultura
racionalista instrumental (utilitária), esforços intelectuais buscavam o
entendimento da sociedade com base na ideia de sistema. Eram pensamentos
legitimados na crença na evolução.
O nacionalismo e as agitações operárias ganharam os noticiários da
época e modificaram o mapa político europeu. Em meio ao turbilhão científico,
das argumentações em defesa da razão como guia infalível do conhecimento,
das propostas de uma nova engenharia social pautada no racionalismo, nascia
o pensamento de Friedrich W. Nietzsche, que colocava a razão em xeque,
propondo crítica radical ao racionalismo. Muitos consideram Nietzsche um
pensador errante. Consta que, por influência de Arthur Schopenhauer, Nietzsche
dirigiu crítica radical aos valores e aos postulados da metafísica, da religião e da
ciência.
Nietzsche situou a análise da moral e o questionamento da razão como
uma espécie de psicologia do homem, estabeleceu relação entre civilização e
cultura. Como evidências da condição humana, a primeira corresponde aos
progressos materiais e a segunda diz respeito a uma espécie de formação
espiritual. Nesse sentido, é fundamental entender os postulados desses
dois pilares, cujos valores concentram a crítica profunda de Nietzsche. A
metafísica, a religião e a própria ciência produzidas eram expressão de valores
decadentes, de uma cultura degenerada.

SUPER-HOMEM
Uma das preocupações centrais de Nietzsche é combater a “moral de
rebanho”: um conjunto de pessoas que derivam seus pensamentos, ações e
sentimentos de uma entidade externa, onisciente e inquestionável. Essa moral
de rebanho tem sido, ao longo da história, estimulada por religiões, líderes e
instituições.
Ao negar a moral de rebanho, Nietzsche buscava a emergência de um
novo homem, capaz de negar esse legado determinista e propor uma nova
relação entre humanos e entre esses e o mundo. Seria o super-homem
(übermensch). Esse estado superior da existência humana não é divino, mas
rompe com a ideia da necessidade de uma entidade externa e mágica que
forneça moral, valores, sentidos e caminhos para a vida humana. O super-
homem está mais próximo da autonomia na vida material, na superação de
determinismo e na condição de promover discussões e reflexões sobre o modo
de existência da vida humana. É superior porque esforça-se para atingir tal
estado de amadurecimento, o que faz do super-homem um estágio alcançável
por aqueles que desejam, por meio da educação e do esforço, livrarem-se de
um estado de medíocridade da existência humana. Nietzsche concentra-se,
portanto, no amadurecimento dos indivíduos, não em seleção natural dos
melhores. Além disso, a meta dos humanos deve ser tal amadurecimento, não
uma busca ingênua pela felicidade. A condição para o progresso está nesse
esforço para atingir o estágio super-humano.

1. (UNESP) Tradição de pensamento ético fundada pelos ingleses Jeremy


Bhentam e John Stuart Mill, o utilitarismo almeja muito simplesmente o bem
comum, procurando eficiência: servirá aos propósitos morais a decisão que
diminuir o sofrimento ou aumentar a felicidade geral da sociedade. No caso da
situação dos povos nativos brasileiros, já se destinou às reservas indígenas uma
extensão de terra equivalente a 13% do território nacional, quase o dobro do
espaço destinado à agricultura, de 7%. Mas a mortalidade infantil entre a
população indígena é o dobro da média nacional e, em algumas etnias, 90% dos
integrantes dependem de cestas básicas para sobreviver. Este é um ponto em
que o cômputo utilitarista de prejuízos e benefícios viria a calhar: a felicidade dos
índios não é proporcional à extensão de terra que lhes é dado ocupar.
(Veja, 25.10.2013. Adaptado.)

A aplicação sugerida da ética utilitarista para a população indígena brasileira é


baseada em
a) uma ética de fundamentos universalistas que deprecia fatores conjunturais e
históricos.
b) critérios pragmáticos fundamentados em uma relação entre custos e
benefícios.
c) princípios de natureza teológica que reconhecem o direito inalienável do
respeito à vida humana.
d) uma análise dialética das condições econômicas geradoras de desigualdades
sociais.
e) critérios antropológicos que enfatizam o respeito absoluto às diferenças de
natureza étnica.
2. (UNESP) A maior violação do dever de um ser humano consigo mesmo,
considerado meramente como um ser moral (a humanidade em sua própria
pessoa), é o contrário da veracidade, a mentira [...]. A mentira pode ser externa
[...] ou, inclusive, interna. Através de uma mentira externa, um ser humano faz
de si mesmo um objeto de desprezo aos olhos dos outros; através de uma
mentira interna, ele realiza o que é ainda pior: torna a si mesmo desprezível aos
seus próprios olhos e viola a dignidade da humanidade em sua própria pessoa
[...]. Pela mentira um ser humano descarta e, por assim dizer, aniquila sua
dignidade como ser humano. [...] É possível que [a mentira] seja praticada
meramente por frivolidade ou mesmo por bondade; aquele que fala pode, até
mesmo, pretender atingir um fim realmente benéfico por meio dela. Mas esta
maneira de perseguir este fim é, por sua simples forma, um crime de um ser
humano contra sua própria pessoa e uma indignidade que deve torná-lo
desprezível aos seus próprios olhos.
(Immanuel Kant. A metafísica dos costumes, 2010.)

Em sua sentença dirigida à mentira, Kant


a) considera a condenação relativa e sujeita a justificativas, de acordo com o
contexto.
b) assume que cada ser humano particular representa toda a humanidade.
c) apresenta um pensamento desvinculado de pretensões racionais
universalistas.
d) demonstra um juízo condenatório, com justificação em motivações religiosas.
e) assume o pressuposto de que a razão sempre é governada pelas paixões.

3. (UFU) Leia a citação a seguir.

A preguiça e a covardia são as causas pelas quais uma grande parte dos
homens, depois que a natureza de há muito os libertou de uma direção estranha,
continuem, no entanto, de bom grado menores durante toda a vida. São também
as causas que explicam porque é tão fácil que os outros se constituam em
tutores deles.
KANT, I. Resposta à pergunta: que é “Esclarecimento”? (Aufklarung). In: ______.
Textos seletos. Tradução de Raimundo Vier. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2005, p.
64.

A menoridade de que fala Kant é a condição daqueles que não fazem o uso da
razão. Essa condição evidencia a ausência
a) do idealismo necessário para a ampliação dos horizontes existenciais.
b) da autonomia para fazer uso próprio da razão sem a tutela de outrem.
c) da religião encarregada de fazer feliz o homem indigente de pensamento.
d) da ignorância, pois quem se deixa guiar pelos outros acerta sempre.

4. (UNESP) Convicção é a crença de estar na posse da verdade absoluta. Essa


crença pressupõe que há verdades absolutas, que foram encontrados métodos
perfeitos para chegar a elas e que todo aquele que tem convicções se serve
desses métodos perfeitos. Esses três pressupostos demonstram que o homem
das convicções está na idade da inocência, e é uma criança, por adulto que seja
quanto ao mais. Mas milênios viveram nesses pressupostos infantis, e deles
jorraram as mais poderosas fontes de força da humanidade. Se, entretanto,
todos aqueles que faziam uma ideia tão alta de sua convicção houvessem
dedicado apenas metade de sua força para investigar por que caminho haviam
chegado a ela: que aspecto pacífico teria a história da humanidade!
(Nietzsche. Obras incompletas, 1991. Adaptado.)

Nesse excerto, Nietzsche


a) defende o inatismo metafísico contra as teses empiristas sobre o
conhecimento.
b) valoriza a posse da verdade absoluta como meio para a realização da paz.
c) defende a fé religiosa como alicerce para o pensamento crítico.
d) identifica a maturidade intelectual com a capacidade de conhecer a verdade
absoluta.
e) valoriza uma postura crítica de autorreflexão, em oposição ao dogmatismo.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

01. (UEL) Leia o texto a seguir.

Dever é a necessidade de uma ação por respeito à lei. [...] devo proceder sempre
de maneira que eu possa querer também que a minha máxima se torne uma lei
universal.
KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos costumes. Trad. Paulo
Quintela. São Paulo: Abril Cultural, 1974. p. 208-209.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria kantiana do dever,


assinale a alternativa correta.
a) A máxima de uma ação moral universalizável pode ter como fundamento os
efeitos da ação, sendo considerada moralmente boa uma ação cujos efeitos
causam o bem.
b) A obrigação incondicional que a lei moral impõe advém do reconhecimento da
possibilidade de universalização das máximas da ação
c) A mentira pode, em certas circunstâncias, ser legitimada moralmente quando
dela resulta uma ação benéfica ou impede o prejuízo a outrem.
d) A máxima incondicional de uma ação moral pode ter como fundamento a
experiência, pois os costumes fornecem elementos suficientes para ela.
e) O imperativo categórico, princípio dos imperativos do dever, escolhe, dentre
os estímulos fornecidos à vontade, o que lhe é mais adequado.

02. (UECE) “No Brasil, a tortura ganhou destaque durante o período da ditadura
militar, quando foram cometidos diversos atos de tortura contra pessoas
consideradas pelo governo como uma ‘ameaça’ à ordem e à paz. Após esse
período turbulento, a Assembleia Constituinte se reuniu para elaborar a nova
Constituição, aquela que mais tarde seria considerada como a Constituição
Cidadã, pois ressalta o respeito à dignidade da pessoa humana e a garantia dos
direitos essenciais”.
TEIXEIRA, Adriano Mendes. Os crimes de tortura e o princípio constitucional da
dignidade da pessoa humana. Disponível em:
https://adrianomendes2016.jusbrasil.com.br/artigos/385521311/os-crimes-de-
tortura-e-o-principio-constitucionalda-dignidade-da-pessoa-humana

O conceito de pessoa na expressão “dignidade da pessoa humana” se refere ao


conceito
a) jurídico de persona, no sentido hobbesiano, como indivíduo em sua existência
legal como membro do Estado.
b) religioso, no sentido agostiniano, da pessoa individual como imago dei, ou
seja, criado à imagem e semelhança de Deus.
c) estético-teatral, como dramatis personae, lista dos personagens principais de
uma obra teatral.
d) ético-moral, no sentido kantiano, em que o homem, como ser racional, é fim
em si mesmo e nunca meio.

03. (UEL) Leia os textos a seguir.


Exercita-te primeiro, caro amigo, e aprende o que é preciso conhecer para te
iniciares na política; antes, não. Então, primeiro precisarás adquirir virtude, tu ou
quem quer que se disponha a governar ou a administrar não só a sua pessoa e
seus interesses particulares, como a cidade e as coisas a ela pertinentes. Assim,
o que precisas alcançar não é o poder absoluto para fazeres o que bem
entenderes contigo ou com a cidade, porém justiça e sabedoria.
PLATÃO, O primeiro Alcebíades. Trad. Carlos Alberto Nunes. Belém: EDUFPA,
2004. p. 281-285.

Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é


culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso do seu entendimento sem
a direção de outro indivíduo... Sapere Aude! Tem coragem de fazer uso de teu
próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento.
KANT, I. Resposta à pergunta: que é ‘Esclarecimento’ (‘Aufklärung’). Trad.
Floriano de Souza Fernandes, 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1985. p. 100-117.
Tendo em vista a compreensão kantiana do Esclarecimento (Aufklärung) para a
constituição de uma compreensão tipicamente moderna do humano, assinale a
alternativa correta.
a) Fazer uso do próprio entendimento implica a destruição da tradição, na
medida em que o poder da tradição impede a liberdade do pensamento.
b) A superação da condição de menoridade resulta do uso privado da razão, em
que o indivíduo faz uso restrito do próprio entendimento.
c) A saída da menoridade instaura uma situação duradoura, pois as verdadeiras
conquistas do Esclarecimento se afiguram como irreversíveis.
d) A menoridade é uma tendência decorrente da natureza humana, sendo, por
esse motivo, superada no Esclarecimento, com muito esforço.
e) A condição fundamental para o Esclarecimento é a liberdade, concebida como
a possibilidade de se fazer uso público da razão.

04. (ENEM) Uma pessoa vê-se forçada pela necessidade a pedir dinheiro
emprestado. Sabe muito bem que não poderá pagar, mas vê também que não
lhe emprestarão nada se não prometer firmemente pagar em prazo determinado.
Sente a tentação de fazer a promessa; mas tem ainda consciência bastante para
perguntar a si mesma: não é proibido e contrário ao dever livrar-se de apuros
desta maneira? Admitindo que se decida a fazê-lo, a sua máxima de ação seria:
quando julgo estar em apuros de dinheiro, vou pedi-lo emprestado e prometo
pagá-lo, embora saiba que tal nunca sucederá.
KANT, I. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: Abril Cultural,
1980.

De acordo com a moral kantiana, a “falsa promessa de pagamento” representada


no texto
a) assegura que a ação seja aceita por todos a partir da livre discussão
participativa.
b) garante que os efeitos das ações não destruam a possibilidade da vida futura
na terra.
c) opõe-se ao princípio de que toda ação do homem possa valer como norma
universal.
d) materializa-se no entendimento de que os fins da ação humana podem
justificar os meios.
e) permite que a ação individual produza a mais ampla felicidade para as
pessoas envolvidas.

05. (UNIOESTE) Texto 1


“Por princípio da utilidade entende-se aquele princípio que aprova ou desaprova
qualquer ação, segundo a tendência que tem a aumentar ou a diminuir a
felicidade da pessoa cujo interesse está em jogo, ou, o que é a mesma coisa em
outros termos, segundo a tendência de promover ou comprometer a referida
felicidade. Digo qualquer ação, com o que tenciono dizer que isto vale não
somente para qualquer ação de um indivíduo particular, mas também de
qualquer ato ou medida de governo. [...] A comunidade constitui um corpo fictício,
composto de pessoas individuais que se consideram como constituindo os seus
membros. Qual é, nesse caso, o interesse da comunidade? A soma dos
interesses dos diversos membros que integram a referida comunidade”.
BENTHAM, Jeremy. Uma introdução aos princípios da moral e da legislação.
São Paulo: Abril Cultural, 1974. p. 10.

Texto 2
“Para compreendermos o valor que Mill atribui à democracia, é necessário
observar com mais atenção a sua concepção de sociedade e indivíduo [...]. O
governo democrático é melhor porque nele encontramos as condições que
favorecem o desenvolvimento das capacidades de cada cidadão”.
WEFFORT, F. (org.). Os clássicos da política 2. 3 ed. São Paulo: Ática, 1991. p.
197-98.

Sobre o utilitarismo e o pensamento de Bentham e Stuart Mill, é INCORRETO


afirmar.
a) Para o utilitarismo clássico, o principal critério para a moralidade é o princípio
da utilidade, que defende como morais as ações que promovem a felicidade e
o bem-estar para o maior número de pessoas envolvidas.
b) Para os utilitaristas Bentham e Stuart Mill, uma ação é considerada
moralmente correta se promove a felicidade e o bem-estar para o indivíduo,
não importando suas consequências em relação ao conjunto da sociedade.
c) Utilitaristas como Bentham defendem que o papel do legislador é o de produzir
leis que sejam do interesse dos indivíduos que constituem uma comunidade e
que resultem na maior felicidade para o maior número deles.
d) O pensamento de Stuart Mill propõe mudanças importantes à agenda política,
na medida em que reconhece que a participação política não pode ser tomada
como privilégio de poucos. O Estado deverá, portanto, adotar mecanismos que
garantam a institucionalização da participação mais ampliada dos cidadãos.
e) Enquanto Bentham defendia a democracia representativa como sendo uma
forma de impedir que os governos imponham seus interesses aos do povo,
Stuart Mill defende tal forma de governo como a melhor forma para se controlar
os governantes e ao mesmo tempo aumentar a riqueza total da sociedade.

06. (Enem) A moralidade, Bentham exortava, não é uma questão de agradar a


Deus, muito menos de fidelidade a regras abstratas. A moralidade é a tentativa
de criar a maior quantidade de felicidade possível neste mundo. Ao decidir o que
fazer, deveríamos, portanto, perguntar qual curso de conduta promoveria a maior
quantidade de felicidade para todos aqueles que serão afetados.
RACHELS. J. Os elementos da filosofia moral, Barueri-SP; Manole. 2006.

Os parâmetros da ação indicados no texto estão em conformidade com uma


a) fundamentação científica de viés positivista.
b) convenção social de orientação normativa.
c) transgressão comportamental religiosa.
d) racionalidade de caráter pragmático.
e) inclinação de natureza passional.

07. (UECE) “[N]ão existe contraposição maior à exegese e justificação


puramente estética do mundo [...] do que a doutrina cristã, a qual é e quer ser
somente moral, e com seus padrões absolutos, já com sua veracidade de Deus,
por exemplo, desterra a arte, toda arte, ao reino da mentira – isto é, nega-a,
reprova-a, condena-a.”
NIETZSCHE, F. O nascimento da tragédia, ou helenismo e pessimismo. –
“Tentativa de autocrítica”. São Paulo: Companhia das Letras, 1992, p. 19.

Nessa passagem, Nietzsche


a) apoia a valorização moral da obra de arte, negando que seja possível obras
de arte divergentes da moral cristã.
b) defende uma arte verdadeira, contra a arte cristã, que adere à mentira, pois
não passa de uma moral.
c) concebe que os padrões absolutos do cristianismo são supraestéticos,
suprassensíveis, e por isso valorizam a arte.
d) critica a concepção moral da existência em defesa do caráter sensível,
estético do mundo, tal como se configura na arte.

08. (ENEM) Eis o ensinamento de minha doutrina: “Viva de forma a ter de desejar
reviver – é o dever –, pois, em todo caso, você reviverá! Aquele que ama antes
de tudo se submeter, obedecer e seguir, que obedeça! Mas que saiba para o
que dirige sua preferência, e não recue diante de nenhum meio! É a eternidade
que está em jogo!”.
NIETZSCHE apud FERRY, L. Aprender a viver: filosofia para os novos tempos.
Rio de Janeiro: Objetiva, 2010 (adaptado).

O trecho contém uma formulação da doutrina nietzscheana do eterno retorno,


que apresenta critérios radicais de avaliação da
a) qualidade de nossa existência pessoal e coletiva.
b) conveniência do cuidado da saúde física e espiritual.
c) legitimidade da doutrina pagã da transmigração da alma.
d) veracidade do postulado cosmológico da perenidade do mundo.
e) validade de padrões habituais de ação humana ao longo da história.

09. (ENEM) Jamais deixou de haver sangue, martírio e sacrifício, quando o


homem sentiu a necessidade de criar em si uma memória; os mais horrendos
sacrifícios e penhores, as mais repugnantes mutilações (as castrações, por
exemplo), os mais cruéis rituais, tudo isto tem origem naquele instinto que divisou
na dor o mais poderoso auxiliar da memória.
NIETZSCHE, F. Genealogia da moral. São Paulo: Cia. das Letras, 1999.

O fragmento evoca uma reflexão sobre a condição humana e a elaboração de


um mecanismo distintivo entre homens e animais, marcado pelo(a)
a) racionalidade científica.
b) determinismo biológico.
c) degradação da natureza.
d) domínio da contingência.
e) consciência da existência.
10. (UNIOESTE) Considere os seguintes excertos:
“Dionísio já havia sido afugentado do palco trágico e o fora através do poder
demoníaco que falava pela boca de Eurípedes. Também Eurípedes foi, em certo
sentido, apenas máscara: a divindade, que falava por sua boca, não era Dionísio,
tampouco Apolo, porém um demônio de recentíssimo nascimento, chamado
Sócrates”.
Nietzsche, F. O Nascimento da Tragédia ou Helenismo e Pessimismo. Trad. J.
Guinsburg. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

“O Nascimento da tragédia tem dois objetivos principais: a crítica da


racionalidade conceitual instaurada na filosofia por Sócrates e Platão; a
apresentação da arte trágica, expressão das pulsões artísticas dionisíaca e
apolínea, como alternativa à racionalidade”.
Machado, R. “Arte e filosofia no Zaratustra de Nietzsche” In: Novaes, A. (org.)
Artepensamento. São Paulo. Companhia das Letras, 1994.

Os trechos acima aludem diretamente à crítica nietzschiana referente à atitude


estética que
a) subordina a beleza à racionalidade.
b) cultua os antigos em detrimento do contemporâneo.
c) privilegia o cômico ao trágico.
d) concebe o gosto como processo social.
e) glorifica o gênio em detrimento da composição calculada.

GABARITO EXERCÍCIOS DE SALA


1–B
2–B
3–B
4–E

GABARITO EXERCÍCIOS PROPOSTOS


1–B
2–D
3–E
4–C
5–B
6–D
7–D
8–A
9–E
10 – A

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