A pandemia gerou reflexos negativos em todos os poderes, inclusive no Judiciário.
De tal forma, por mais que o Poder legislativo e o Poder executivo tenham se esforçado muito para tentar amenizar os problemas que a pandemia trouxe, nada mudou em relação ao Poder Judiciário, pois mesmo na pandemia, houve uma avalanche de demandas, tais como ações iniciais, bem como ações de execução, seja pra cobrar, seja pra rescindir ou seja pra revisar contratos firmados antes e durante a pandemia, sob a justificativa de que juntamente da pandemia veio o isolamento e a paralisação de todo o comércio, e também uma imprevisibilidade e onerosidade excessiva advindas desses acontecimentos. A exemplo do que fora mencionado anteriormente, bastamos lembrar de todos os contratos bancários que não puderam ser cumpridos porque muitas pessoas foram demitidas, muitas empresas foram fechadas, os contratos de plano de saúde que por muitas vezes não previam cobertura em caso de doença pandêmica nos contratos, os contratos de transportes em geral, os contratos de viagens com empresas aéreas que foram rescindidos por conta do fechamento dos aeroportos e a proibição de aglomerações por todo o mundo, os contratos de eventos, feiras, que também tiveram que ser rescindidos por conta da determinação dos órgãos responsáveis de saúde para que o comércio fosse completamente fechado – lock down, a quebra de acordo judiciais homologados, seja em ação de alimentos, ação de inventário ou divórcio, por conta da instabilidade financeira que assolou o Brasil e o mundo. Todos esses são exemplos de inexecução contratual causados pela pandemia. Com destaque, em meio a todo esse caos judicial que a pandemia nos trouxe, cabe ressaltar a desenvoltura do Tribunal de Justiça de São Paulo, que mesmo em meio a pandemia conseguiu dar continuidade em todos os seus processos que tramitam de forma eletrônica, o que corresponde a 75% dos processos existentes no Estado. Desta forma, o Poder Judiciário Paulista, proferiu mais de 1 milhão de sentenças judiciais e pouco mais de 300 mil acórdãos, em um espaço de tempo de pouco menos de 3 meses. O que se torno um exemplo aos demais Estados.