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2.2.

O PODER JUDICIÁRIO – REFLEXOS DA PANDEMIA

A pandemia gerou reflexos negativos em todos os poderes, inclusive no Judiciário.


De tal forma, por mais que o Poder legislativo e o Poder executivo tenham se
esforçado muito para tentar amenizar os problemas que a pandemia trouxe, nada mudou em
relação ao Poder Judiciário, pois mesmo na pandemia, houve uma avalanche de demandas,
tais como ações iniciais, bem como ações de execução, seja pra cobrar, seja pra rescindir ou
seja pra revisar contratos firmados antes e durante a pandemia, sob a justificativa de que
juntamente da pandemia veio o isolamento e a paralisação de todo o comércio, e também uma
imprevisibilidade e onerosidade excessiva advindas desses acontecimentos.
A exemplo do que fora mencionado anteriormente, bastamos lembrar de todos os
contratos bancários que não puderam ser cumpridos porque muitas pessoas foram demitidas,
muitas empresas foram fechadas, os contratos de plano de saúde que por muitas vezes não
previam cobertura em caso de doença pandêmica nos contratos, os contratos de transportes
em geral, os contratos de viagens com empresas aéreas que foram rescindidos por conta do
fechamento dos aeroportos e a proibição de aglomerações por todo o mundo, os contratos de
eventos, feiras, que também tiveram que ser rescindidos por conta da determinação dos órgãos
responsáveis de saúde para que o comércio fosse completamente fechado – lock down, a
quebra de acordo judiciais homologados, seja em ação de alimentos, ação de inventário ou
divórcio, por conta da instabilidade financeira que assolou o Brasil e o mundo. Todos esses
são exemplos de inexecução contratual causados pela pandemia.
Com destaque, em meio a todo esse caos judicial que a pandemia nos trouxe, cabe
ressaltar a desenvoltura do Tribunal de Justiça de São Paulo, que mesmo em meio a pandemia
conseguiu dar continuidade em todos os seus processos que tramitam de forma eletrônica, o
que corresponde a 75% dos processos existentes no Estado. Desta forma, o Poder Judiciário
Paulista, proferiu mais de 1 milhão de sentenças judiciais e pouco mais de 300 mil acórdãos,
em um espaço de tempo de pouco menos de 3 meses. O que se torno um exemplo aos demais
Estados.

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