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O CANCERINISMO DEFINIGAO © cancerinismo, enquanto ditese, & umn forma reativa que orienta na diego do isco one (0 tumor cancerso, 0 cincer dsseinado nfo sio nunca acidenes fortitos. Elessfo.a rea de chegada de un processo patoégico prolongado, fespondendo a umn esiesoe de naturezas diversas. Eslablece-se assim uma Tena epradagao’ das defests tnunologicns que prccedem a explosio cancerosa Sendo tendéncia patoligicateatva,o cancernismo se iniegra em nossa anise diatesica. A. Nebel, crador da nog, compreendea “Tudo se passa como sc determinndosindvidvosestivesem eniicados para desenvolver diferentes formas de cancer ‘A hereditariedade¢ freqientemente a causa, Custouse muito a admit Mas hoje ninguém contesta que hi familias com cincer. 0 que confirma © esto genética Por eincer, entende-se, a partir de zonas inflamatérias, @ desenvelvi- neato anirquico. de oSlulas “moasirsas” que encontraram caracteres mbrioniriosexplicando sin illiplicago rpida Este desenvolvimento pode tomar desde o inicio uma forma “issemi- nada” como nes einceres do sangue ou o sistema linftico, Pode ozorrer sob forma de um tumor limitado, ov de infltragio sida lcaizade, como nos Sineres dos sei0s. da pristata, do inestino. Mas a disseininagio, a mmetistae, permanece como a rere. sem divida concomitant com o tutor primitive E contra ela que sto posta em opergao as quimioterapias clisicas necesirias. (© proceso diatésico cancerinico se caracteriza, portanto, pela triade: 482 - AS DIATESES HOMEOPATICAS Tnflamagio —> Multiplicagio — Disseminagao © cancerinismo se assemelha, portanto, a sicose pela multiplicagao, pela neoformagao, e a psora, pela metistase disseminativa mérbida, Toda diitesc & identificada pela obscrvagdo de uma moléstia grave ceuja evolugzo traz 4 luz.0 reativo diatésico. Assim a sora © efincer do seio, um problema maior da sade piblica, parece-nos quando da ocorréncia de um modelo confiivel para identificar 0 reativo ccancerinico, sem por isso entrar em fodos os arcanos especificos anatomopa- {ologicos, Nosso fito & verificar o que & comum a todos os canceres, © estigio inflamatério ¢ ficil de evidenciar no cancer do seo. Determinados cinceres mamrios se desenvolvem logo cm seguida a um traumatisino, mesmo que minimio, da glindula. A presenga de microcalci- ficagbes concretiza esta inflamagdo. A extensio das mastopatias proliferantes, portanto inflamatérias. ¢ igualmente comprovavel. © tumor se desenvolve entio pela muliplicagao das células cancero- sais, fis expensas do epitélio dos galactéforos ou dos lébulos glandulares. Em auséncia de diagndstico e de tratamento, 0 processo neoplisico produz. um nédulo carcinomtoso que vai crescer, se espalhar, endurccer. lis concretiza a Iues, a blenorragia, a sicose, a sarna, a Por fim a disseminaglo: as metistases vio se alastrar, nfo somente por via linfitica, mas também sangiiinea, tendo como uma primeira meta as vértebras, figado © pulindes, Quando da ocorréncia, a importincia de um “terreno” patol6gico ‘subjacente a0 desenvalvimenta da afecgio fica evidente ¢ & perfeitamente admissivel. Hi, portanto, como se imaginar a realidade de uma didtese ccancerinica, Todas as mulheres que descnvolvem tal cncer. apresentam uma hipersensibitidade aos estrdgenos do tecido mamvirio. A dosagem dos receptores 0 objetiva, E essencial aqui, que se leve em conta a duragao da exposigio do seio aos estrégenos. A influgncia hereditisia & agora bem coulecida, Uma me, uma ind, vitimas de tal tipo de cfincer. aumentam a probabilidade oncdgena. A pesquisa genética traz sua confirmagdo. Dois genes foram aqui identificadas, 0 BRA. 1 (Breast Cancer) no cromossomo 17, 0 B.R.C.A. 2 no cromossomo 1B_A transmissio destes genes se faz de forma dominante € gera um risco iaior entre 90% das mulheres que portam estes genes (© CANCERINISMO - 183 Enquanto forma reativa patologica, o cancerinismo é seguramente uma se que explica 0 cincer, mesino que ndo 0 atraia obrigatoriamente, lizer de “miasni” oncégeno? Existe um miasma Mas 0 que se exbgeno do ncer? ‘A esta pergunta, minha resposta seri afirmativa. mesmo que ‘ccorréncia 0 miasma nao soja univoco, esfeja bem indeterminado. e se aqui. 0 termo misma parecer inadequado, Falar em origem minsmtica, implica que se tente elucidar a nogiio de idade. Veremos aqui, que ha fatores alimentares, agressdes repetidas. fontes de irritagao inflamagio em longo prazo. ‘A etiologia viral jf foi invocada, mas quase no objetivada, afora escepeionatmente o tumor de Burkitt, Ela explica, alias. a jungio de confatores concomitantes & presenga viral como nia papilomatose do colo tuterino, implicada no desenvolvimento do cancer in situ A sobrevinda de ui edncer implica certamente uma falha grave dos rmecanismos de defesn imunolégica. E bem provvel que sejamos todos porladores de células cancerosas imantidas sob controle por um policiamento Tinfocitario, Isso vem testemunhar a sobrevinda de difercntes tipos de cancer no docnte de Aids, abaixo de uma determinada taxa de CDS, A vinda a tona de uma diitese cancerinica rotulando um terreno de ccerta fragilidade patolégica, nos permite compreender que 0 cAnoer niio é um fexdmeno fortuito, Ele representa a culminagao de un longo processo. cau De maneira andloga A ditese psérica, Ini um cancerinismo “latente perceptivel por determinados sinais erdnicos © um cancerinismo “dectarado ferminando em cincer, Antoine Nebel, Léon Vannier' ji 0 tinham compreendido. ‘A homeopatia no possui, & evidente, o remédio para os cinceres declarados - quem 0 tem? Isto ndo significa que cla seja initil ao lado dos {ratamentos ckissicos, bem ao contrario, Por outro lado, no cancerinismo tatente. podemos, pelo manipular de rnossas dinamizagdes. recolocar no sentido correto 0 funcionamento do corganismo. a forga vital desregulada Por aplicagio da semelhanca. dispomos de fato de remédios can cerinicos Léon Vannier, Os cancerinicos & seu ratamento homeopstica, Fd, Doin 1952, 404 - AS DIATESES HOMEOPATICAS A este respeito, ¢ voltando a nosso modelo patolégico, 0 cancer do scio, CONIUM MACULATUM, a grande cicuta, sera um dos remédios-chave, tag lado de THUYA. fazendo a ligaglo entre sicose e cancerinismo, De fato, na patogencsin de CONIUM. assim como na de THUYA. encontramos todos os sinais funcionais, até mesmo lesionais. que caracterizam © estado cancerinico, com um tropisino manvirio evidente em CONIUM. ETIOLOGIA HO fator hereditario Ele 6 muito importante. HA familias com cancer: céncer do seio, cinceres célicos. sindrome de Li-Fraumeni, alingimento maligno de miltiplos 6 Mas 0 interrogatério de nossos pacientes revela outras relagdes, por cexemplo, cincer da prostata no pai € no filho, mais ou menos com a mesma idade, ou ainda cincer do intestino na mie, cincer do seio ma fill, HA uma predisposigao genética global ao cincer. que convém pesquisar com muito cuidado quando do interrogatério de nossos pacientes, em relaga0 a seus antecedentes parcntais. Um dia a andlise genética ira nos trazer uma resposta precisa, centrada no genoma, HO fator viral Desconfia-se muito dele, mesmo que no tenha sido provado. Conhece-se © poiencial oncégeno de deferminados virus impulados no desenvolvimento de certos tipos de tumores: virus papilomatosos do tipo Papova na sobrevinda de cinceres do colo uterino, virus da hepatite B carcinoma hepatocelular. relago entre o linfoma de Burkit, que & un cancer dda nasofaringe, ¢ o virus de Epstein-Barr cuja sorologia francamente positiva nos parece um bom indicador biol6gico da propensio cancerinica Além do mais, imimeros virus oncdgenos foram colocados em idéncia nos aninis, © CANCERINISMO - 185 Da mesma forma, determinados virus que induzem a falha das defesas légicas indo favorecer o desenvolvimento de clnceres varindos. A responsibilidade dos H.LV. parece provada no sarcoma de Kaposi. © outros retrovinis podem ser responsabilizados, tais como, HTLV 1 no linfoma T. @ O fator iatrogénico Nenhum medicamento que se beneficie de wna A.M.M. provoca sem sombra de diivida um cancer. E uma verdade comprovada, Senio, este ‘medicamento perigoso nfo teria obtido AMM, © nenhum médico 0 prescreveria. Felizmente os legisladores so extremamente rigorosos a respeito, Por outro lado. ignora-se mito risco de determinados (ratamentos alopiticos em longo prazo, prolongados ao infinite, de falo toda uma cexisténcia. As experimentagoes hospitalares. farmacoldgicas mio sio feitas a iio ser em curto espago de tempo. Qual seri o destino patolégico dos doentes que pelo fato de seu estado. scjam obrigados a tomar em longo prazo remédios cujas conseqiiéncias negativas sobre a dofesa imunologica se conhece? Eo caso dos corticdides ou dos tranqillizantes to bat prescritos 5 tratamentos hormonais também acarretam problei nasculino favorece incontestavelmente © cincer da prostata. Alias, & pouco prescrito © mesmo no ocorre na horn noterapia femninina A prescrigfo de estrégenos © de progesterona. atualmente. ¢ pratica- mente sistentitica para as mulheres nia menopausa, A intengao é louvivel evitar. combater a osteoporose, Enlretanto, ndo s6 no est provado de forma ‘confiavel que esta hormonoterapia preserva da descalcificagao, mas, além de tudo, estatsticas incriminam um aumento do risco de cineer no seio © no ‘iter. Evidentemente, hi mais estatisticas que apontam no sentido contrario, Ma |. permanece a divida. Ora, 0 cincer 6 uma docnga muito rave para que se esqueca nosso ideal hipocritico: “Prinmum non nocere™ (em Drimeiro lugar nao lesar) Allis, 0s clissicos ndo se enganiam ao recomendar na ocorrénci supervisio atenta dos seios. para quem, um antecedente de cincer é uma ccontra-indicagao absolut,

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