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Propriedades e dados do óleo de mamona

 Como componente principal, destaca-se o ácido ricínoleico (12-hidróxi-9-


octadecenóico), que representa aproximadamente 90% da constituição total do óleo;
esse ácido é um hidroxiácido (ácido carboxílico hidroxilado), possui insaturação,
massa molar alta (298) e baixo ponto de fusão (5 ºC). A quantidade total de ácidos
graxos insaturados, entre eles, o ácido ricinoleico, responde por cerca de 97% em
massa deste óleo vegetal.
 O óleo de mamona diferencia-se dos demais óleos vegetais pela quantidade de
hidroxilas presentes, essa propriedade lhe confere solubilidade total em álcool. Além
disso, possui uma boa estabilidade em diferentes condições de temperatura e pressão.
 Melhor fazer o uso de catálise alcalina;
 Não necessita de calor para se transformar em combustível;
 1.000 kg de óleo vegetal produz 1000 litros de biodiesel, sendo que, 1000 kg de
mamona produzem 470 kg de óleo vegetal (PARENTE, 2004);
 Entre os esteróis já identificados no óleo de mamona estão o β-sitosterol, stigmasterol
e campesterol, quanto aos tocoferóis, encontra-se principalmente o αtocoferol
(correspondem a cerca de 3%);
 Para a transesterificação via catálise básica foi considerada uma razão molar
álcool/óleo de 6:1 e reação ocorrendo numa faixa de 65-70 °C em pressão atmosférica.
Para separar o excesso de metanol do biodiesel e glicerol produzidos, foi adotada uma
coluna de destilação, enquanto para purificação do biodiesel foi realizada uma
extração utilizando água quente. Duas das quatro simulações foram elaboradas para o
processo via catálise básica: a primeira utilizando óleo virgem como reagente, e a
segunda utilizando óleo residual, sendo, portanto, necessária a adição de uma etapa de
purificação do óleo residual antes da reação detransesterificação;
 Fluxograma de produção do óleo de mamona:
 Mamona; álcool: etanol; catalisador: NaOH/1,0; razão molar álcool/óleo: 12:1;
temperatura em celsius: 30-70; modelo cinético: 1ª ordem;
 Em todas as reações, os catalisadores utilizados foram alcalinos e, segundo Schuchardt
et al. (1998), esses catalisadores, além de serem menos corrosivos, apresentam taxa de
conversão mais rápida que os catalisadores ácidos, tornando-os mais utilizados
industrialmente;

 Viscosidade e densidade do óleo de mamona em diferentes temperaturas:


 Entre todos os óleos, a reação de transesterificação utilizando o óleo de mamona foi o
que apresentou taxa de conversão mais rápida.
 Para o óleo de mamona, os resultados da cinética da transesterificação do óleo de
mamona e etanol obtidos por Lima Silva et al. (2008) foram utilizados neste trabalho.
 A vazão de óleo vegetal foi de 1000 kg/h utilizando uma relação molar álcool/óleo de
12:1 (etanol: óleo de mamona). Para a reação com óleo de mamona, a razão de etanol
foi de 592,25 kg/h na corrente que alimentava o reator utilizando um reator de 1 m^3;
 Para este trabalho, foram considerados ausentes os ácidos graxos livres e água no óleo
e no álcool, além disso, a reação entre hidróxido de sódio e álcool produz, e neste
trabalho também foi desprezada a formação de água durante a reação entre o álcool e o
hidróxido de sódio.
 A temperatura de reação foi limitada em 75ºC para o óleo de mamona. A pressão de
trabalho foi de 1 atm.

 Parte de possível introdução:


O óleo obtido da semente da mamona possui uma composição bem diferente dos óleos
obtidos de outras plantas, sendo: 80-90 % de ácido ricinoléico, 3-6 % de ácido linoléico, 2-4
% de ácido oléico e 1-5 % de ácidos graxos saturados (SCHOLZ et al., 2008). O alto teor de
ácido ricinoléico é a razão da versatilidade do óleo de mamona em processos industriais, e
tem como conseqüência a alta solubilidade em álcool. Essa qualidade faz com que para a
transformação em biodiesel não requeira aquecimento e por consequência energia comparável
a outros óleos (SUJATHA et al., 2008).
A respeito das propriedades relativas ao seu uso como combustível, o alto poder calorífico, e
o alto número de cetano, apresentam-se como vantagens, tal como, o baixo teor de fósforo e
de resíduos de carbono. As desvantagens são que o óleo de mamona tem uma alta viscosidade
em temperaturas abaixo de 50 °C e possivelmente uma elevada compressibilidade quando
comparado a outros óleos vegetais. Isso pode causar problemas na extração e na injeção
(SCHOLZ et al., 2008). Há também o problema da higroscopicidade e o alto teor de água,
fatores que podem causar problemas durante a transesterificação, o armazenamento e a
distribuição.
O que faz da mamona um potencial competidor na procura por fontes renováveis para a
produção de biodiesel é que esta também não é comestível por possuir uma fitotoxina, a
ricina, uma proteína que está concentrada principalmente nas sementes, tornando tanto a torta
de filtração como o óleo impróprios para consumo humano ou animal.
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SIMULAÇÃO

 Para a transesterificação via catálise básica foi considerada uma razão molar
álcool/óleo de 6:1 e reação ocorrendo numa faixa de 65-70 °C em pressão atmosférica.
Para separar o excesso de metanol do biodiesel e glicerol produzidos, foi adotada uma
coluna de destilação, enquanto para purificação do biodiesel foi realizada uma
extração utilizando água quente.
 No processo de simulação o biodiesel foi representado pelo metil-oleato (C19H36O2)
 Foram considerados simples reatores de conversão para a reação de transesterificação, com
conversão de 95% para o processo via catálise básica
 razão molar de 9:1 (álcool: óleo) durante a esterificação alcalina como os pontos ótimos para
a produção de biodiesel de óleo das sementes
 Reações de transesterificação:

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