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Alienação parental é crime!


Alienação parental é crime!
Paulo Roberto Vieira Gregorian dos Santos
(https://paulosantos.jus.com.br/publicacoes)| Suzy Tavares
(https://jus.com.br/1726787-suzy-tavares/publicacoes)| Paulo Santos
(https://jus.com.br/1726788-paulo-santos/publicacoes)

Publicado em 04/2018. Elaborado em 04/2018.

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Direito da Criança e do Adolescente
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De acordo com a nova lei, quem pratica atos de alienação parental pratica
também crime, podendo incorrer em penas de prisão preventiva ou por
descumprimento de medidas protetivas garantidas pelo ECA e pela Lei
Maria da Penha, dentre outras penalidades.

A Lei° 13.431/2017 ¹ entrou em vigor de 5 de abril de 2018, e estabelece o


sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente vítima ou
testemunha de violência e altera a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990
(Estatuto da Criança e do Adolescente).

     De acordo com a nova lei, quem pratica atos de alienação parental
pratica também crime- e isso passa a ser incluso no ECA por
alteração da nova lei, que em seu artigo 4º, inciso II, alínea B, determina
que, sem prejuízo das tipificações criminosas, são formas de violência
psicológica os atos de alienação parental, entendidos:

                      “como a interferência na formação psicológica da criança ou


do adolescente, promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós
ou por quem os tenha sob sua autoridade, guarda ou vigilância, que leve ao
repúdio de genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à
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      Em linhas mais gerais, alienação parental é uma forma de
manipulação, que pode ser feita por qualquer pessoa que detenha a
guarda,  ou que seja, de certa forma, responsável pela criança ou
adolescente, que gere ou vise a uma má relação da criança ou
adolescente com um de seus genitores (pai ou mãe, ou outro
 responsável), seja tentando afastar a criança do convívio destes, ou de 
causar prejuízos sentimentais e emocionais à relação, por exemplo,
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tentando fazer com que a criança ou adolescente odeie aquele genitor
atacado, ou impedindo o seu convívio.

     Isto pode- se dar por meio de xingamentos dirigidos ao genitor atacado,


falados para a criança, gerando claro intuito de denegrir a imagem do
genitor para a criança, ou falando mal e fazendo fofocas do genitor para a
criança.

    Exemplos: “Seu pai não paga a pensão porque ele não gosta de
você”, ou “Sua mãe é uma irresponsável porque ela não queria que
você nascesse”, ou “seu pai vai formar outra família e esquecer de você”,
ou “sua mãe não te busca porque ela não está nem aí para você”.  

     Isto é, a alienação parental – realidade moderna- passa a ser


considerada também um ato de violência psicológica contra a criança
e o adolescente, garantindo à criança, por meio de seu representante
legal, o direito de exigir o cumprimento de medidas protetivas contra o
agressor, como exigir o afastamento do agressor do convívio familiar
(do lar). 

     Além disso, é possível, ainda, aplicar as medidas da Lei Maria da


Penha, inclusive a prisão preventiva do agressor, quando necessário –
inclusa no rol das chamadas “medidas protetivas de urgência”, que, se
descumpridas, podem gerar a pena de detenção de 03 meses a dois anos.

      Poderá ainda, o agressor, incorrer em possibilidade de prisão


preventiva, decretada pelo magistrado, e a sujeição a possível  processo
criminal, aquele que descumprir medida protetiva que conceda a
guarda compartilhada.

      Isto é, se o pai ou mãe impedir o outro genitor de ver os filhos ou


de leva-los para sua casa,  impedindo o exercício concedido de
guarda compartilhada,  incorrerá nas penas por descumprimento de
medida protetiva, sem prejuízo de outras consequências cíveis e
criminais, como dano moral por alienação parental, multa por
descumprimento de ordem judicial, e possível registro de boletim de
ocorrência por impedimento de visitas adequados bem como, registro
de boletim de ocorrência e processo criminal por cárcere privado, ao
impedir que a criança saia de uma casa e vá para outra, quando o
genitor praticante não detenha a guarda exclusiva da criança, e o
outro genitor detenha o direito de visitas ou de guarda compartilhada.

      O ECA já assegurava à criança e ao adolescente as medidas legais


protetivas contra atos de maus tratos, abuso dos responsáveis ou
omissão,  e para coibir tais práticas por parte de pais ou responsáveis
potencial ou efetivamente abusadores, o magistrado poderia, como
medida cautelar, determinar o afastamento do agressor da moradia
em convívio com a criança, além de destituir o agressor dos poderes
familiares.

     Agora, com a alteração, além de prisão, o pai, mãe, avô, avó ou
qualquer responsável agressor psicológico, praticante de alienação
parental, poderá incorrer nas mesmas penas, além de outras medidas
possíveis, como por exemplo, a aplicação das medidas protetivas da  Lei
Maria da Penha já citadas.

    Vale ressaltar que, apesar da possibilidade de aplicação das medidas


protetivas da Lei Maria da Penha, as penalidades impostas ao
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parental, isto é, ao contrário do que muitos entenderam (dentre eles, a
maioria leigos em termos legais), a possibilidade de aplicação das
medidas da Lei Maria da Penha não serão favoráveis somente à mãe
da criança, por ser mulher, podendo ser usadas inclusive contra a mãe
 quando esta for a agressora psicológica, portanto, tais possibilidades de 
aplicação nada tem a ver com gêneros, e muito menos favorecimento de
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um sexo em detrimento do outro, e sim, com a proteção das crianças e
adolescentes, independentemente de raça, cor, sexo ou classe social.

     A lei admite, ainda, a escuta especializada e o depoimento pessoal


como formas de produzir provas da violência, isto é, admitida a oitiva da
vítima, em local adequado e protegido, resguardado qualquer contato com
o agressor, bem como, a escuta especializada, que é um procedimento
realizado pelos órgãos de proteção à criança e ao adolescente, visando
assegurar à vítima o devido acompanhamento de seu caso, e condições de
superação do trauma sofrido, eventualmente, com apoio psicológico
especializado, oferecido pelas redes de proteção.

     A Lei, desta forma, aumenta a proteção das crianças e


adolescentes vítimas de violência, incluindo a alienação parental como
forma de violência psicológica.

     A violência psicológica cometida por familiares é uma das violações


mais comuns aos direitos da criança e do adolescente, segundo resultados
de pesquisa do Centro de Empreendedorismo Social e Administração em
Terceiro Setor (Ceats) da Fundação Instituto de Administração (Fia)”.  ²

Por Suzy Tavares e Paulo Santos.

¹ Clique aqui para ler a lei na íntegra:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/L13431.htm
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/L13431.htm)

² Clique aqui para ler mais sobre a pesquisa e quais as formas de abuso
mais comuns, contra as crianças e adolescentes:
http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2010-09-25/violencia-
psicologica-e-violacao-mais-comum-dos-direitos-das-criancas-e-
adolescentes (http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2010-09-
25/violencia-psicologica-e-violacao-mais-comum-dos-direitos-das-
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