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Samuel Agostinho Comole

Turma A

Apicultura

Metodologias de Ensino de Ofícios

ADPP Escola de Professores do Futuro-Gaza

Gaza - 2020
Samuel Agostinho Comole

Turma A

Apicultura

Trabalho de pesquisa a ser apresentado na


cadeira de Metodologias de Ensino de Ofícios
para efeitos de avaliação, sob orientação do
Formador Ricardo Nhacula.

ADPP Escola de Professores do Futuro-Gaza

Gaza - 2020
1. Zootecnia

A zootecnia é a ciência que visa aproveitar as potencialidades dos animais domésticos, com a
finalidade de explorá-los racionalmente como fonte de alimento e outras finalidades junto aos
seres humanos, adaptando os animais ao ambiente de criação e, desta forma, aproveitando-os
com finalidade nutricional e económica. Ao conhecimento biológico do animal soma-se também
os princípios da economia e da produção de alimentos, visando suprir o mercado com produtos
adequados para a alimentação humana.

Apicultura

É uma actividade que consiste na exploração comercial das abelhas para a produção do
mel, geleia real e própolis.

Modalidades da apicultura

 Apicultura fixa
É caracterizada pela permanência das colmeias durante todos os meses do ano, em um
mesmo local, no qual as abelhas vão explorar as fontes florais disponíveis em seu raio
de acção.

 Apicultura migratória
É caracterizado pela mudança do apiário de uma região para outra acompanhando as
floradas, com vistas à produção de mel e também a prestação do serviço de polinização
em lavouras visando o aumento da produtividade.

Importância da apicultura

A apicultura tem vindo a florescer em vários domínios, sendo necessário cada vez mais
divulgar esta actividade pela notável acção que desempenha no mundo rural e no meio
ambiente.
A actividade apícola é inteiramente compatível com a preservação da flora e fauna e a
conservação de rios e nascentes, porque esses elementos são essenciais para o bom
desempenho da apicultura. Portanto a qualidade do mel, da cera, do pólen, do própolis,
apitoxina e geleia real, produtos originários da actividade, depende das condições
ambientais. Um segmento que ultimamente vem sendo explorado é a produção de mel
orgânico. Ele é produzido em condições naturais, sem a utilização de produtos
químicos, como: fertilizantes, agrotóxicos. A exploração apícola, além de importante
fonte de renda para o produtor rural, contribui para a maior colheita na agricultura, por
meio da polinização das plantas.

Aspecto social - gera trabalho e possibilita uma vida com dignidade ao homem do
campo e sua família;

Aspecto económico - por exigir pouco investimento e ter bom lucro, viabiliza a
inclusão dos pequenos produtores no processo produtivo, assegurando renda e
viabilidade económica ao negócio.
Aspecto ambiental - é uma actividade limpa, não polui, não destrói e contribui no
processo de polinização das espécies, ajudando na preservação da natureza.
Estima-se que aproximadamente 73% das espécies vegetais cultivadas no mundo sejam
polinizadas por alguma espécie de abelha, 19% por moscas, 6,5% por morcegos, 5% por
vespas, 5% por besouros, 4% por pássaros e 4% por borboletas e mariposas (FAO,
2004).

Aspectos da saúde - os produtos da colmeia podem ser utilizados na alimentação da


família, assegurando boa nutrição e disposição para o trabalho, podendo ainda ser
utilizados no auxílio do tratamento de determinadas enfermidades.

As abelhas

As abelhas utilizadas na actividade apícola são insectos pertencentes à classe Insecta,


ordem Hymenoptera, gênero Apis, espécie mellifera. Vivem em sociedades muito
organizadas chamadas colmeias, onde cada abelha tem um trabalho a cumprir,
geralmente relacionado com sua idade e as necessidades da colónia. Cada colmeia
possui milhares de abelhas vivendo harmonicamente e com funções bem definidas.

Morfologia das abelhas

O corpo das abelhas é constituído por três partes: cabeça, tórax e abdómen.

Cabeça: nela estão inseridos os olhos compostos, aparelho bucal e antenas. As abelhas
enxergam quatro cores diferentes: amarelo, azul, verde azulado e ultravioleta.

Tórax: nele estão inseridos três pares de patas (pernas) e dois pares de asas. As operárias
possuem na parte posterior do último par de patas uma cavidade chamada, na qual o
pólen é transportado. As asas das abelhas como nas vespas são constituídas por duas
membranas sobrepostas, reforçadas por nervuras com ramificações. As asas de trás são
mais pequenas e possuem pequenos ganchos, com os quais a abelha durante o voo
prende as duas asas formando uma só.

Abdómen: é dividido em segmentos e, na parte posterior, se encontra o ferrão que é o


órgão de defesa das abelhas operárias e de protecção da colmeia, que se situa na parte
de trás. Servem para a aptoxina (veneno no corpo do inimigo).

Colónias das abelhas

Em um enxame existem três tipos de indivíduos diferentes: rainha, zangão e operária.

Função de cada indivíduo na colmeia:

Rainha:
É a mãe de todos os indivíduos da colónia. Só existe uma rainha na colmeia que, para
ser fecundada, realiza o voo nupcial. O fato acontece no início da sua vida reprodutiva.
Neste voo a rainha pode ser fecundada por vários zangões. Cinco a seis dias após a
fecundação, inicia-se a postura, podendo a rainha pôr até 3.000 ovos por dia.
A rainha pode viver até cinco anos, no entanto, nas condições tropicais, sua vida útil é
de aproximadamente dois anos. A rainha consegue manter as abelhas unidas dentro da
colmeia por meio de um cheiro produzido por ela, o feromônio de agregação. Com o
passar do tempo, a rainha envelhece diminuindo a postura e a produção de feromônio,
fazendo com que as abelhas operárias a substituam. Na apicultura moderna, é
importante que o apicultor seleccione as abelhas rainhas visando o aumento da
produtividade.

Operárias:
As abelhas operárias são responsáveis por todas as tarefas dentro e fora da colmeia.
Suas actividades obedecem a uma escala de trabalho que normalmente está associada
com a idade do indivíduo e ao desenvolvimento de suas glândulas.

Do 1º ao 3º dia de vida
As abelhas são denominadas faxineiras. Elas têm a função de limpar a colmeia, os
depósitos de mel e as células de nascimento das abelhas operárias, rainhas e zangões.

Do 4º ao 14º dia de vida


Nessa idade, elas elaboram a geleia real e alimentam a rainha e as larvas (jovens).

Do 14º ao 21º dia de vida


São baptizadas de abelhas engenheiras, por ser esse o período no qual elas se dedicam à
produção da cera e à construção dos favos.

Do 21º ao 38/42º dia de vida


Após os 21 dias de idade, as operárias dão início à actividade de colecta de néctar no
campo (fonte de açúcares), pólen (fonte de proteína, minerais, óleos e vitaminas), resina
e água.

Zangão
São os indivíduos machos da comunidade. Não apresentam estrutura específica para o
trabalho e sua função na colmeia é fecundar a rainha. Atingem a maturidade sexual aos
12 dias de vida e, após fecundar a rainha, morrem, por perderem parte dos seus órgãos
sexuais, os quais ficam presos na genitália da rainha.

Reprodução das abelhas

Numa colónia, a rainha é a única reprodutora, o seu aparelho reprodutor é constituído por:
vagina, ovários (2), espermateca e glândula de odor. A espermateca é uma vesícula que
armazena o esperma obtido durante o voo nupcial. O aparelho reprodutor masculino é uma
vesícula que produz espermatozóides.

Enxameação

Nas abelhas a reprodução dos enxames acontece pelo processo de enxameação


reprodutiva, processo pelo qual os enxames se multiplicam na natureza, sendo este
importante para manutenção da espécie.

Durante o processo de enxameação reprodutiva, de 6 a 12 rainhas são criadas ao mesmo


tempo. Quando uma delas está por emergir, a rainha da colónia deixa o ninho com parte
das operárias da colónia. Este primeiro grupo que partiu com a rainha fecundada é
denominado de enxame primário. A primeira rainha a emergir após a saída do enxame
primário pode deixar a colónia acompanhada de um grupo de operárias,
aproximadamente metade da população restante, ou destruir as demais células com as
rainhas que estão por emergir. Os enxames que saem após o primeiro e que levam
consigo rainhas virgens são denominados de exames secundários.
Passados alguns dias após a emergência, a rainha virgem alcança a maturidade sexual e
realiza o voo de acasalamento, quando é fecundada e retorna para a colmeia. Poucos
dias após a fecundação a nova rainha inicia a postura e a colónia volta à normalidade.

Raças das abelhas

A família Apidae, a qual pertencem as abelhas, possui duas subfamílias:

 Melliponinae – abelhas sem ferrão, as chamadas indígenas. Vivem em regiões


tropicais e subtropicais.
 Apinae – constituído pelos géneros Apis e Bombus que possuem ferrão. O
género Apis possui várias espécies nas quais se inclui a Apis Mellifera, a abelha
doméstica comum, a qual pertence à espécie mais explorada para a produção de
mel.

A Apis Mellifera aparece em várias partes do mundo com diferentes variedades


adaptadas aos locais onde vivem e produzem; à essas variedades designa-se raças.

 Apis Mellifera Linguística – são mais claras que as abelhas comuns e têm mais
faixas amarelas no abdómen. São muitos mansas, ficam calmas nos favos
quando manuseadas e são pouco enxameadoras.

 Apis Mellifera Mellifera – possui cor preta comum, é muito agressiva e


enxameadora, ou seja, com tendência de originar novas colónias.

 Apis Mellifera Andasonni – são muito agressivas e têm o hábito de emigrar


entre planícies e regiões montanhosas. Quando perturbadas pelo apicultor,
formigas e vespas, abandonam facilmente a sua colmeia. As suas rainhas são
muito prolíficas, chegando a dar enxames muito numerosos e trabalham a
chuva, são boas polinizadoras e dificilmente aceitam o povoamento forçado.

 Apis Mellifera Caucásia – de cor cinzenta derivada de seus pêlos, utilizam o


própolis para a protecção dos seus ninhos. Abelha identificada como existente
em Moçambique. É agressiva, migratória, muito produtiva, enxameia com
frequência. Trabalha a chuva, é boa polinizadora mas não aceita facilmente o
povoamento forçado.

 Apis Mellifera Lamarckii – muito mais agressiva do que as outras raças. A sua
pigmentação é carregada e têm forte tendência de enxamear.
Localização e instalação apícola

Apiário é a denominação de um conjunto de colmeias devidamente instaladas em uma


área geográfica. Os apiários podem ser destinados à apicultura fixa, quando são
construídos para receberem colmeias que permanecerão definitivamente na área, ou
destinados para a apicultura migratória, quando recebem colmeias apenas durante um
determinado período do ano, para exploração de floradas específicas.

Para assegurar a melhor localização e a instalação acertada dos apiários é necessário que
o apicultor observe alguns itens como: as floradas da região; disponibilidade de água;
facilidade de acesso; segurança das pessoas e animais nas proximidades; distância entre
apiários; sombreamento e ventos; número de colmeias por apiário e distribuição das
colmeias no apiário. Estarão sendo discutidos a seguir os principais itens que devem ser
observados na implementação de um apiário.

 Florada da região

A presença de boas floradas nas imediações do apiário é imprescindível para assegurar


viabilidade económica à criação de abelhas. O néctar é a matéria-prima, da qual depende
directamente a produção do mel e da cera e para a alimentação das abelhas. Portanto, é
importante observar a floração da região.

A avaliação deste item é sempre um momento de grande dificuldade para o apicultor,


pois é quando vem a dúvida se a área escolhida é ou não adequada à apicultura. A
visualização de plantas de valor apícola, são normalmente fortes indícios de que o local é
bom.

 Disponibilidade de água

A água é um elemento vital para todos os seres vivos. Para as abelhas sua importância
está relacionada às suas necessidades fisiológicas e ao controle da temperatura interna
da colmeia. As abelhas não armazenam água no ninho, quando esta se faz necessária as
operárias saem para colectá-la. A ausência de água pode levar ao abandono da colmeia
e, consequentemente, contribuir para a redução do número de enxames do apiário.
Assim, recomenda-se que, quando as fontes naturais de água estiverem a mais de 300
metros do apiário, que o apicultor coloque bebedouros artificiais próximo às abelhas.

Os bebedouros devem ser instalados fora da linha de voo das abelhas e a uma distância
de aproximadamente 50 metros, o que permitirá seu abastecimento e limpeza com
tranquilidade. A água a ser oferecida às abelhas deve ser em quantidade adequada e de
boa qualidade, a fim de preservar a saúde destes insectos e a qualidade do mel
produzido. Existem diversos modelos de bebedouros para abelhas, devendo o apicultor
procurar seleccionar aquele que for melhor, seja pelo custo, facilidade no abastecimento
e limpeza, ou facilidade de construção. O importante é que ele disponibilize a água em
quantidade e com qualidade adequada.

 Facilidade de acesso
É importante que na escolha do local o apicultor esteja atento à facilidade de acesso à
área, de forma que o transporte de material ao campo e dos favos de mel não sejam
prejudicados por estradas ruins ou inacessíveis.
Não se pode esquecer que trabalhando com um insecto que pode representar risco à vida
das pessoas e animais, é prudente que o acesso ao trabalho seja fácil e sem obstáculos
que venham a dificultar o fluxo das actividades e causar acidentes.
Na escolha da área, observar se existe espaço suficiente para se chegar com um carro,
carregar, descarregar e fazer a manobra do veículo.

É importante que o local escolhido seja o mais plano possível, pelo menos no apiário.
Isso facilita o trabalho e evita que o apicultor trabalhe em uma posição desconfortável,
como acontece quando as colmeias são instaladas em uma área íngreme, obrigando a
pessoa a trabalhar com um pé em uma altura diferente do outro.

 Segurança das pessoas e animais nas proximidades

O apicultor é o responsável, perante a lei, por qualquer incidente provocado pelas


abelhas do seu apiário. Por isso, na escolha do local para instalação do apiário, deve-se
respeitar a distância mínima de 300 metros de casas, escolas ou estradas e áreas de
criação de animais, o que dará maior segurança. Em se tratando de área de vegetação
rasteira, sem barreiras naturais, o que possibilitaria acesso directo das abelhas a
instalações (escolas, casas, etc.), o apicultor deve aumentar esta distância para pelo
menos 400 metros.

É recomendado, ainda, que o apicultor procure construir em volta do apiário, ou entre


ele e as edificações, barreiras como por exemplo uma cerca viva, a fim de quebrar a
visão directa. As cercas vivas podem ser de eucalipto, acácia ou outra espécie qualquer
da região. Estas barreiras trarão maior segurança às pessoas que trabalham e/ou moram
nas proximidades do apiário.

 Distância entre os apiários

Normalmente as abelhas trabalham em um raio de voo de até 1.500 metros. Em


períodos de escassez de alimentos a colecta de néctar e pólen pode ser realizada em
distâncias maiores, ou em distâncias menores quando existem floradas abundantes
próximas ao apiário. Em função disso recomenda-se que os apiários fixos estejam
distanciados 3.000 metros um do outro, evitando-se assim a sobreposição das áreas
utilizadas pelas abelhas.

Contudo, é possível, alguma flexibilidade no distanciamento entre apiários, em função


da capacidade de suporte da área e do número de colmeias por apiário. A análise destas
variantes deve ser realizada por pessoa experiente e com sensibilidade para ajustar estes
números para cada situação em particular.

 Altura média da caixa em relação ao solo

50 cm do solo, o que previne contra os inimigos naturais (sapo, tatus, etc.). O ideal é a
utilização de cavaletes individuais, distantes de dois metros um do outro, pelo menos.
 Temperatura e ventos

Sabe-se que as abelhas procuram manter a temperatura no interior da colmeia próximo


dos 34-35ºC, que é o valor óptimo ao desenvolvimento das crias. Qualquer mudança
nesse valor desencadeia uma série de comportamentos específicos nas operárias com o
objectivo de restabelecer a temperatura ideal. Devido a isso, ao se implantar um apiário
em regiões quentes deve-se observar a necessidade de sombreamento das colmeias,
evitando-se sua exposição completa ao sol, já que isso resultará em um aumento muito
grande da temperatura interna, e comprometerá o desenvolvimento da colónia, podendo
levar o enxame a abandonar a colmeia.

Em regiões mais frias a exposição das colmeias ao sol é necessária, para que suas
temperaturas internas subam rápido no início da manhã e as abelhas possam sair mais
cedo para o trabalho de colecta. Deve-se evitar expor as colmeias aos ventos fortes, pois
prejudicam o movimento de entrada e saída das abelhas, além de contribuir para esfriar
as crias. Recomenda-se posicionar a entrada das colmeias voltadas para o sol nascente,
para que estas recebam os primeiros raios solares e sejam aquecidas logo no início da
manhã.

 Número de colmeias no apiário

No geral recomenda-se que o número de colmeias por apiário não ultrapasse a 30.
Acima disso o manejo das abelhas começa a ficar complicado em determinadas épocas
do ano, como no período de redução de fluxo de alimento quando começam a ocorrer
problemas de pilhagem. No caso da apicultura migratória o número de colmeias por
apiário pode ser aumentado para 40 ou 50 e a distância entre eles pode ser reduzida, em
função da densidade da florada e pelo fato das abelhas só permanecerem na área durante
o período de forte fluxo de néctar.

Ferramentas e equipamento apícolas

Os equipamentos e ferramentas apícolas podem ser divididos em: utensílios e


equipamentos de protecção individual, equipamentos de extracção e equipamentos de
envase.

Os equipamentos de protecção são:

Máscara - utilizada para proteger o rosto, pois as abelhas se irritam com a respiração
humana e o movimento dos olhos. Há no mercado vários tipos de máscaras sendo a
melhor feita com a parte frontal de tela metálica pintada de preto para não reflectir os
raios solares e possibilitando melhor visão.

Chapéu - utilizado para dar sustentação à máscara e proteger o topo da cabeça. Os mais
utilizados são os de palha, denominados de aba dupla.

Fato-macaco - deve ser confeccionado de um tecido grosso, sendo mais utilizada a cor
branca. Deve ser de mangas compridas com elástico nos punhos e na bainha das pernas,
e gola alta para melhor protecção do pescoço. O fechamento do macacão deve ser
preferencialmente com zipe devendo ir até a gola. O macacão deve ser folgado para
facilitar os movimentos e ter bolsos grandes que servirão para guardar utensílios
apícolas por ocasião do manejo.

Luvas - as luvas devem ser de cano longo, que dão melhor protecção, e confeccionadas
de material que não irrite as abelhas. Não devem ser apertadas dificultando o
movimento dos dedos. As luvas de couro, fortes e resistentes, se prestam melhor para
serviços pesados de limpeza e transporte. As melhores são as de pelica, embora sejam
mais caras. As luvas de borracha, forradas, de uso doméstico, servem muito bem para
serviços de manipulação da colmeia, como revisão e colheita de mel. As luvas de
camurça não são aconselhadas porque irritam as abelhas.

Botas - As botas podem ser de couro ou de borracha devendo ser de cano longo e
preferencialmente branca. As botas de cor preta irritam as abelhas tornando-as
agressivas, por isso devem ser evitadas. O apicultor deve ajustar o macacão sobre as
botas para a sua maior segurança.

Fumigador - É um implemento apícola indispensável para qualquer tipo de trabalho


com as abelhas. É utilizado com a finalidade de diminuir temporariamente a
agressividade das mesmas pelo uso da fumaça.

Formão de Apicultor - utilizado pelo apicultor para auxiliá-lo na abertura da caixa


(desgrudando a tampa), remoção dos quadros, limpeza da colmeia, raspagem do
própolis de peças da colmeia (tampa, fundo, etc.), remoção de traças, etc.

Vassoura ou espanador apícola - É utilizada para remover as abelhas dos favos ou de


outros locais, sem machucá-las.

Os equipamentos de extracção e envase são:

Centrífugas - são aparelhos destinados a fazer a colecta do mel, sem prejuízos dos
favos, que depois de esvaziados, poderão ser devolvidos às colmeias, para receberem
nova carga. Os favos nos quadros são colocados na centrífuga e, através da força
centrífuga (do centro para as extremidades), o mel é jogado contra as paredes internas
do cilindro da centrífuga.

Decantador - recipiente inox onde será colocado o mel após a extracção, visando a
separação de sujidades, espuma, etc.

Povoamento do apiário

O povoamento dos apiários pode ser feito de diversas maneiras. As mais usadas são a
compra de enxames e captura de enxames localizados. Conhecer a prática de captura de
enxame é o ponto de partida da actividade apícola. Para povoar um apiário é preciso
colectar abelhas em abrigos naturais, como troncos ocos de árvores, telhados de casa,
entre outros.
Produtos da colmeia

Cera
Utilizada pelas abelhas para construção dos favos e fechamento dos alvéolos
(opérculo). Produzida por glândulas especiais (ceríperas), situadas no abdómen das
abelhas operárias. A cera de Apis mellifera possui 248 componentes diferentes, nem
todos ainda identificados. Logo após sua secreção, a cera possui uma cor clara,
escurecendo com o tempo, em virtude do depósito de pólen e do desenvolvimento das
larvas.

As indústrias de cosméticos, medicamentos e velas são as principais consumidoras de


cera; entretanto, também é utilizada na indústria têxtil, na fabricação de polidores e
vernizes, no processamento de alimentos e na indústria tecnológica.

Própolis
Substância resinosa, adesiva e balsâmica, elaborada pelas abelhas a partir da mistura da
cera e da resina colectada das plantas, retirada dos botões florais, gemas e dos cortes nas
cascas dos vegetais.
A própolis é usada pelas abelhas para fechar as frestas e a entrada do ninho, evitando
correntes de ar frias durante o inverno. Em razão das suas propriedades bactericidas e
fungicidas, é usada também na limpeza da colónia e para isolar uma parte do ninho ou
algum corpo estranho que não pode ser removido da colónia.

Sua composição, cor, odor e propriedades medicinais dependem da espécie de planta


disponível para as abelhas. Actualmente, a própolis é usada, principalmente, pelas
indústrias de cosméticos e farmacêutica. Cerca de 75% da própolis produzida no Brasil
é exportada, sendo o Japão o maior comprador.

Pólen
Gâmeta masculino das flores colectado pelas abelhas e transportado para colmeia para
ser armazenado nos alvéolos e passar por um processo de fermentação. Usado como
alimento pelas abelhas na fase larval e abelhas adultas com até 18 dias de idade. É um
produto rico em proteínas, lipídos, minerais e vitaminas.

Em virtude do seu alto valor nutritivo, é usado como suplementação alimentar,


comercializado misturado com o mel, seco, em cápsulas ou tabletes. Não existem dados
sobre a produção e comercialização mundial desse produto.

Geleia real
A geleia real é uma substância produzida pelas glândulas hipofaringeanas e
mandibulares das operárias com até 14 dias de idade. Na colmeia, é usada como
alimento das larvas e da rainha.

Constituída basicamente de água, carbohidratos, proteínas, lipídos e vitaminas, a geleia


real é muito viscosa, possui cor branco-leitosa e sabor ácido forte. Embora não seja
estocada nas colmeias como o mel e o pólen, é produzida por alguns apicultores para
comercialização, misturada com mel ou mesmo liofilizada. A indústria de cosméticos e
medicamentos também a utilizam na composição de diversos produtos.

Apitoxina
O veneno das abelhas operárias, ou apitoxina, é produzido pelas glândulas de veneno
nas duas primeiras semanas de vida da operária e armazenado no “saco de veneno”
situado na base do ferrão. Cada operária produz 0,3 mg de veneno, que é uma
substância transparente, solúvel em água e composta de proteínas, aminoácidos, lipídos
e enzimas. Embora a acção anti-reumática do veneno seja comprovada e o preço no
mercado seja muito atractivo, trata-se de um produto de difícil comercialização, pois, ao
contrário de outros produtos apícolas, o veneno deve ser comercializado para farmácias
de manipulação e indústrias de processamento químico, em razão da sua acção tóxica.

A tolerância do homem à dose do veneno é bastante variada. Existem relatos de pessoas


que sofreram mais de cem ferroadas e não apresentaram sintomas graves. Entretanto,
indivíduos extremamente alérgicos podem apresentar choque anafilático e falecer com
uma única ferroada.

Produção de mel

A produção de mel inicia-se quando as abelhas operárias colectam o néctar as abelhas


também fazem a polinização das flores, o que além de permitir a reprodução das
plantas, também resulta na produção de frutos com melhor qualidade e maior número de
sementes. Embora seja o principal ingrediente, o néctar das flores não é a única matéria-
prima do mel, uma vez que as abelhas colectam qualquer líquido açucarando que possa
ser usado para produzir o alimento

As abelhas possuem em corpo um estômago para a sua alimentação e uma espécie de


reservatório de mel, onde ela colecta o néctar que suga das flores para transportá-lo até a
colmeia, ela pode carregar cerca de 70mg da substância açucarada. Quando acaba de
fazer a colecta, a abelha então volta para a colmeia, e já durante o transporte o néctar
começa a ser transformado em mel, isso acontece graças a enzimas que são produzidas
por glândulas localizadas na boca dos pequenos insectos. Elas produzem as enzimas:
invertase e glicose oxidase.

O mel é formado pela reacção dessas substâncias com o néctar colectado das flores. A
invertase converte a sacarose – uma espécie de açúcar contido no néctar em dois outros
açúcares: glicose e frutose.

Quando as operárias chegam à colmeia o néctar trazido na bolsa de mel é passado para
as abelhas mais jovens, que irão processar o néctar por cerca de meia hora. Durante esse
processo, as enzimas irão quebrar os açúcares complexos do néctar e transformam-los
em açúcares mais simples, de modo que fica mais dirigível para as abelhas e menos
susceptível a ser atacado por bactérias, enquanto é armazenado no interior da colmeia.
As abelhas em seguida, espalham o néctar ao longo dos favos, onde a água evapora e a
mistura vai aos poucos se transformando em uma calda grossa rica em carbohidratos,
açúcar, vitaminas e minerais.

Segundo Terrab et al. (2001) o mel apresenta (70-80%) de açúcares, sendo os principais
carbohidratos glicose e frutose, (10-20%) de água e outros constituintes como sais
minerais, ácidos orgânicos, vitaminas, compostos fenólicos, proteínas e aminoácidos
livres. A (TAB. 4) apresenta a composição básica do mel.

Colheita do mel

Entende-se por colheita de mel todo o processo desde a colecta dos favos nas colmeias,
passando pelo transporte destes do apiário para a casa do mel, sua centrifugação, até a
devolução dos favos às colmeias. A forma como é realizada a colheita e os cuidados ao
longo de todo o processo é de grande importância para preservação da qualidade do mel
obtido. A falta de cuidado durante a colheita pode comprometer a qualidade do mel de
forma irreversível e inviabilizar sua comercialização.

Ao se falar em colheita do mel, automaticamente se tem que falar em qualidade. Afinal,


trata-se de um alimento que é consumido ao natural, sem qualquer tipo de preparo que
possa eliminar possíveis riscos à saúde dos consumidores. Ao fazer o manejo das
colmeias, em uma revisão, evite colocar os caixilhos directamente em contacto com o
solo. Durante a colheita do mel, nunca coloque as melgueiras directo sobre o chão,
utilize um suporte ou improvise um com uma caixa vazia. O contacto das melgueiras
com o solo poderá comprometer a qualidade do mel, pela contaminação com
microrganismo e sujidades do solo (areia, pedaços de folhas, etc.).

O mel é um produto microscópico, por ter uma alta capacidade de absorção da água.
Sua manipulação em ambientes húmidos ou dias chuvosos pode resultar no aumento da
sua humidade, colocando-o fora dos padrões exigidos pela legislação brasileira para este
produto e, consequentemente, pode comprometer sua comercialização. Por esse motivo
se deve evitar a colecta dos favos em dias com chuva, chuviscos ou mesmo quando o
tempo estiver nublado. A colecta sempre deve ser realizada em dias de tempo bom e
muito sol.

Os favos colectados devem estar totalmente operculados ou com, pelo menos, 80% de
sua área operculada, o que assegura a colheita de mel com baixo teor de humidade. A
colheita de favos que não estejam nestas condições resultam em méis com altos teores
de humidade e com grande possibilidade de fermentação.

Se no dia da colheita do mel a humidade do ar estiver muito alta, o que é comum


quando se têm vários dias com chuva, o apicultor deve colectar apenas os favos que
estejam totalmente operculados.

Os favos com mel devem estar bem protegidos ao serem transportados do apiário para a
casa do mel, uma vez que existe a possibilidade de contaminação do mel com poeira e
outras sujidades durante o transporte. O ideal é que os favos sejam transportados em
veículos fechados. Caso isso não seja possível, estes devem ser protegidos (cobertos)
por uma lona plástica, de cor clara, e de uso exclusivo para este fim, devendo ser
sempre higienizada antes do uso.

Processamento do mel

No caso específico do mel, existem outros procedimentos que devem ser seguidos, de
forma a manterem-se a qualidade e as características intrínsecas do produto.
As melgueiras, ao chegarem na casa de mel, devem ser depositadas em área isolada do
recinto onde ocorrerá a extração do mel e as outras etapas do beneficiamento; devem ser
colocadas sobre estrados (de madeira ou material plástico) devidamente limpos, que
impeçam seu contato direto com o solo. Essas melgueiras provenientes do campo não
devem ter acesso à área de manipulação; assim, apenas os quadros devem ser
transportados para a manipulação, podendo-se usar outras melgueiras ou caixas
plásticas, devidamente limpas, apenas para esse fim.

Todas as etapas posteriores (desoperculação dos quadros, centrifugação, filtragem e


decantação do mel) devem também seguir as normas higiénico-sanitárias indicadas
pelas BPF. Para tal, devem-se tomar cuidados especiais em relação às vestimentas e
higiene do pessoal envolvido e aos procedimentos de manipulação.

Após a desoperculação dos favos, os quadros são encaminhados para a centrifugação,


que deverá ocorrer lentamente no início para não quebrar os quadros que estão cheios de
mel, aumentando-se a sua velocidade progressivamente. Uma vez extraído, o mel pode
ser retirado da centrífuga por gravidade, escoando-o para um balde ou directamente para
o decantador.

Conforme o volume de produção, pode-se utilizar um sistema de bombeamento.


Para ambas as possibilidades, o mel iniciará o processo de filtragem.
Nessa etapa, recomenda-se a utilização de várias peneiras com diferentes gramaturas,
seguindo-se da maior para a menor.
Após a filtragem, o mel é encaminhado para o decantador, onde “descansará” por, pelo
menos, 48 horas, a fim de que as eventuais partículas que não foram retiradas pela
filtragem e as bolhas criadas durante o processo se desloquem para a porção superior do
decantador, sendo retiradas posteriormente durante o procedimento de envase.

No caso da necessidade da homogeneização do mel, este segue, após a decantação, para


o homogeneizador por sistema manual ou por sistema mecanizado.
Na transferência do mel para o decantador e no momento do envase, deve-se evitar o
aparecimento indesejável de bolhas, executando-se os procedimentos de forma lenta e
posicionando os recipientes ligeiramente inclinados, fazendo com que o mel escoe pela
parede da embalagem.

Armazenamento
Cuidados especiais devem ser tomados em relação ao armazenamento, tanto do mel a
granel (baldes plásticos e tambores) como do fracionado (embalagens para o consumo
final), em relação à higiene do ambiente e, principalmente, em relação ao controle da
temperatura. Altas temperaturas durante todo o processamento e estocagem são
prejudiciais à qualidade do produto final, uma vez que o efeito nocivo causado ao mel é
acumulativo e irreversível. Essas embalagens devem ser colocadas sobre estrados de
madeira ou outro material, impedindo o contacto directo com o piso e facilitando seu
deslocamento no caso da utilização de empilhadeiras.

Embalagem
Para o mel, devem-se utilizar apenas embalagens próprias para o acondicionamento de
produtos alimentícios e preferencialmente novas, pois não se recomenda a reciclagem
de embalagens de outros produtos alimentícios (margarina, óleo, etc.). Actualmente, no
mercado, existem embalagens específicas para mel, com várias capacidades e formatos.
Em embalagens a granel (25 kg), os baldes de plástico têm relação custo benefício
superior ao da lata de metal, além de proporcionar facilidade no transporte (presença de
alças). Já para capacidades superiores (300 kg) destinadas à exportação, a embalagem
usada é o tambor de metal (com revestimento interno de verniz especial. Quanto às
embalagens para o varejo, tanto o plástico, específico para alimentos (Fig.51), como o
vidro são recomendáveis, embora o vidro seja o material ideal para o acondicionamento
do mel, inclusive como único material aceito para a exportação (mel fraccionado) e para
a certificação orgânica.

Embora o vidro apresente restrições em relação ao transporte e armazenagem das


embalagens (maior risco de danos por quebra), sua constituição não propicia a troca
gasosa com o ambiente externo (permeabilidade da parede), o que não ocorre com o
material plástico. Outro ponto positivo do vidro está relacionado com a sua capacidade
de realçar a cor do mel (ponto importante na atractividade do produto.

Outro aspecto relacionado com a qualidade da embalagem é o tipo de tampa, uma vez
que ela será o ponto mais vulnerável no contacto entre o produto acondicionado e o
ambiente externo. A tampa deve isolar hermeticamente o conteúdo do recipiente. Isso
ocorre normalmente pela presença de um anel de vedação interno. Nesse caso, as
embalagens de vidro levam vantagem sobre as de plástico, que muitas vezes apresentam
tampas com vedação precária, propiciando a absorção de humidade do ambiente e
criando condições para o desenvolvimento microbiano, que irá acarretar a fermentação
do produto.

Pragas e doenças na apicultura

Formigas
As formigas atacam, de preferência, os enxames fracos. Para impedir que as formigas
subam até a colmeia, usar suportes que tenham dispositivos de protecção, como, por
exemplo: latas com óleo ou graxa.

Traças
Enxames fracos são atacados também mais facilmente pelas traças. Normalmente
quando existem espaços vazios, onde as abelhas não circulam e não fazem limpeza, a
colmeia fica mais susceptível ao ataque.

Podridão da cria
É uma doença que mata as larvas das abelhas. Normalmente observa-se a presença de
larvas mortas dentro das células, consequentemente, existe pequeno número de favos
com cria.

Varroase
É a morte das abelhas causada por ácaro. É parecido com um piolho, é vermelho, gruda
no corpo das abelhas e chupa o sangue. Esse ácaro põe os ovos junto aos das abelhas e,
após o nascimento, se alimenta das larvas.

Envenenamento
O envenenamento pode ocorrer por águas contaminadas ou por néctar e pólen de
culturas pulverizadas com agrotóxicos. Se o veneno for muito tóxico, a abelha morre
fora da colmeia. Caso contrário, as abelhas podem retornar à colmeia, levando
alimentos contaminados, intoxicando assim toda a família.

Doenças

Doenças de cria
Agente causador: bactéria Paenibacillus larvae subsp. larvae. As larvas são infectadas
quando comem alimento contaminado com esporos desta bactéria. Estes esporos são
formas altamente resistentes às condições adversas.

Sintomas:
Favos falhados com opérculos perfurados, escurecidos e afundados;
Morte da cria ocorre na fase de pré-pupa ou pupa;
Pré-pupas ou pupas com mudança de cor em toda extensão do corpo, passando de
branco pérola para amarelo, marrom escuro até ficar totalmente escura;
Cheiro pútrido;
As crias mortas apresentam consistência viscosa, principalmente quando têm coloração
marrom escura. Para verificar isto, deve-se fazer o teste do palito que consiste em inserir
um palito rugoso no alvéolo, esmagar a cria e puxar devagar, observando-se, então, a
formação de um filamento viscoso normalmente com mais de dois centímetros;
Quando a morte ocorre na fase de pupa, observa-se, geralmente, a língua da pupa
estendida de um lado para o outro do alvéolo;
Presença de escamas ao longo da parede lateral do alvéolo (restos da cria já seca e muito
escura), normalmente de difícil remoção.

Controle:
 Não utilizar antibióticos para tratamento preventivo ou curativo, pois pode levar
à resistência da bactéria e contaminar os produtos da colmeia, além de ser um
gasto adicional para o apicultor. O tratamento preventivo pode ainda esconder os
sintomas da doença, prejudicando trabalhos de seleção para resistência, que seria
altamente recomendado.
 Quando o apicultor suspeitar da ocorrência da CPA em seu apiário deve tomar
as seguintes medidas:
 Marcar as colónias com sintomas de CPA;
 Colectar uma amostra do favo com crias apresentando sintoma de doença e
enviar para análise por intermédio do Ministério da Agricultura ou directamente
para o Laboratório de Patologia Apícola, Departamento de Biologia
Animal/UFV, 36570-000 Viçosa/MG.
 Limpar bem os instrumentos que entraram em contacto com os favos com
sintomas e não mover caixilhos desta colmeia para outras, pois poderá estar
transferindo esporos da bactéria através da cera, mel e pólen,
 A rainha da colmeia doente deve ser substituída por outra mais resistente e
produtiva,
 Em caso positivo para Cria Pútrida Americana, o apicultor receberá as devidas
instruções para seu controle.
Cria Pútrida Europeia

Agente causador: bactéria Melissococus pluton. Esta bactéria não forma esporos como
ocorre no caso de Cria Pútrida Americana. As larvas são infectadas quando comem
alimento contaminado.

Sintomas:
 Favos com muitas falhas;
 A morte ocorre normalmente na fase de larva, antes que os alvéolos sejam
operculados, ficando as crias doentes em forma de “C” no fundo do alvéolo;
 Quando a morte ocorre em fase um pouco mais adiantada, as crias ficam em
posições anormais, podendo ficar contorcidas, nas paredes dos alvéolos;
 Mudança de cor das larvas que passam de branco pérola para amarelo e até
marrom;
 Pode apresentar cheiro pútrido ou não.

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