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Caos político-

social na Líbia

Grupo 3:
Rebecca Mattos
Raul Lima
Matheus Sampaio
Gabriella Mangiavacchi

Prof. Alexandre.

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O atual governador líbio, o coronel Muamar Al Khadafi.

Síntese:
A Líbia, assim como seus vizinhos árabes em potencial,
caracteriza-se por ricas reservas petrolíferas e exorbitantes
desigualdades sociais combinadas com altas taxas de desemprego.
Esses fatores influenciam diretamente o caos que se instalou há
décadas no dito país e na Tunísia, Egito, Iêmen e Omã, tendo estes
também sido controlados por ditadores há décadas, sendo que no
caso da Líbia, a situação complicou-se devido aos conflitos internos
que irromperam na população, que estava dividida entre os que eram
a favor da deposição de Khadafi (na foto) e os que apoiavam-no.

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Detalhamento:
No princípio da década de 1950, a Líbia teve sua independência
com advento da posse do rei Idris ao poder. No último ano da década
de 1960, com um golpe de Estado, Muamar Khadafi assumiu o poder
e instalou-se uma ditadura no país. Khadafi instaurou seu próprio
sistema político (a Terceira Teoria Universal) extraído do “Livro
Verde” em que alternativa aos sistemas sócio-econômicos capitalista
e socialista mesclando o anti-imperialismo e algo de tradições
islâmicas, religião igualmente implantada pelo coronel. A democracia
era literal, pois Khadafi construiu uma estrutura política de verídico
poder popular, porém, tudo isso não sendo mais que uma estratégia
demagoga (assim como seu centro de caridade, que a princípio
visava à melhoria da qualidade de vida dos menos afortunados).
Assim iniciava-se a ditadura mais longa das paragens afro-árabes.

Khadafi forneceu apoio ideológico a diversos atentados, entre


estes o grupo terrorista basco ETA. Um dos mais controversos atos de
seu governo foi negar a extradição de um terrorista que inseriu uma
bomba em um avião que consequentemente explodiu; falecendo
todos os tripulantes.

Como sua política “popular” e seus ‘preceitos’ pontuando


milhares de discursos, a partir do momento em que as massas
populacionais iniciaram os protestos, houve outra massa populacional
significativa que apoiava Khadafi (possivelmente a população menos
afortunada, cujo posicionamento diante da política atual foi
influenciado pela falta de informação a respeito do real caráter de
Khadafi). A partir da medição de forças entre esses grupos, instalou-
se o conflito levando ao caos sócio-político que obviamente viria a
estourar.

Em 1986 o presidente Ronald Reagan autorizou á Força Aérea


Americana de bombardear Trípoli e Benghazi, em retaliação a um
ataque terrorista (que se suspeitava que os autores fossem de origem
líbia) á uma casa noturna na antiga Berlim Ocidental, na qual dois
militares estadunidenses faleceram em decorrência da explosão da
bomba.

A primeira cidade dominada pelos 60 oficiais rebeldes foi Benghazi,


que atualmente foi à metrópole onde primeiramente se ergueu a
população revoltosa. O país está em estado de guerra civil devido ao
confronto de revoltosos e aliados de Khadafi, ao contrário de seus
vizinhos Egito e Tunísia, onde o confronto limitou-se á horda
populacional ás ruas, sem o embate bélico com os EUA e nem os
conflitos violentos entre os grupos populacionais. Khadafi ataca as
duas metrópoles e as demais cidades revoltas.

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Durante seu pronunciamento na metrópole carioca, o
presidente estadunidense Barack Obama autorizou o lançamento de
mísseis na Líbia, para que dizimassem as tropas que invadiriam
Benghazi e Trípoli, dentre as demais cidades revoltosas. As Forças
Armadas de vários outros países também participaram da operação
(Inglaterra, França, etc).

Segundo Obama: “Hoje eu autorizei as forças armadas dos


Estados Unidos a começarem uma ação militar limitada na Líbia em
apoio ao esforço internacional para proteger civis líbios. Esta ação
agora começou. Neste esforço, os EUA estão agindo com uma ampla
coalizão que está comprometida com a resolução do Conselho de
Segurança da ONU. Este não é um resultado que os Estados Unidos
ou nenhum dos seus parceiros procuraram. Até ontem, a comunidade
internacional ofereceu a Muamar Kadhafi a chance de aceitar um
cessar-fogo imediato. Apesar das palavras vazias do seu governo, ele
ignorou essa oportunidade. Seus ataques ao seu próprio povo
continuaram, suas tropas estão em movimento e o perigo para o povo
da Líbia cresceu”.

Khadafi revelou á imprensa portuguesa que financeiramente


despendia enormemente em camelos e torneiras de ouro,
evidenciando a corrupção em seu governo, simultaneamente
protestando aos altos impostos da nação lusa.

Devido ao caos a Líbia obviamente não prescinde de auxílio


humanitário, já havendo um saldo de emigrantes bastante
considerável, muitos dos quais migrando para outros países do
extenso Continente Africano, sendo a Nigéria um dos países que mais
recebeu líbios refugiados, contando 36 mil indivíduos.

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