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Coleção particular
17 de JULHO a 25 de OUTUBRO 2021
COLEÇÃO DE CANDEIAS
Nos dias de hoje, a iluminação faz parte do quotidiano. O gesto quase automático de ligar o
interruptor elétrico para iluminar qualquer espaço é, no entanto, algo de muito recente.
Da simples fogueira, passou-se ao archote embebido em resina vegetal ou animal evoluindo para
a pequena lamparina em cerâmica, depois em metal, passando pela vela de cera de abelha até
chegar ao lampião a petróleo. De noite, o fogo era a fonte de luz e os óleos vegetais e animais
eram usados como combustíveis; Posteriormente foram substituído por duas novas fontes de
energia: o gás e a eletricidade.
A candeia, utensílio completamente caído em desuso e que se usou por todo o país, era assim até
há bem pouco tempo um elemento fundamental nas casas portuguesas – em barro, folha-de-
flandres, feita pelos latoeiros ou em metal mais nobre como o cobre e o bronze.
O azeite continuou a ser utilizado na iluminação das casas e em contexto religiosos durante boa
parte do século XX especialmente nas zonas rurais. A candeia foi o sistema de iluminação mais
vulgar no espaço doméstico convivendo com os candeeiros de petróleo antes do advento da luz
elétrica.
Era costume manter em casa uma lamparina de azeite (com uma mecha de algodão) acesa dia e
noite pois era difícil, antes da vulgarização dos fósforos, acender uma luz quando anoitecia.
Eram também usadas as candeias de azeite nos oratórios para rezar às almas e para velar os
mortos. Para as procissões noturnas usavam também candeias.