(Quando nós sabemos todas as respostas, eles mudam as perguntas.)
Sabemos muitas coisas, muitas respostas,
E todos os dias, eles mudam as perguntas. Sabemos um pouco sobre ter equilíbrio e sorrir. E na vida não nos cansamos de chorar e cair.
Sabemos um pouco sobre o nosso interior,
Seja no plano físico, seja sobre o amor. Sabemos alguma coisa sobre as emoções, Uma vida cheia de bens materiais e provisões.
Sabemos também sobre o dar e o agradecer,
Damos das nossas posses, para rapidamente esquecer. Sabemos pouco sobre o “dar de si” e, ouvir, Não temos tempo e, rápido queremos partir.
Sabemos buscar muita informação, um entupimento,
E tudo o que interessa é o filtro, o conhecimento. Sabemos que acima de tudo, é preciso aprender. Mas nunca nos ensinaram que é preciso desaprender.
E um dia, depois de muitas veredas percorrer,
Depois de muito buscar esse Deus chamado Ter, Nós descobrimos que é preciso continuar a viver.
É que é chegada a hora do despertar e, com o amor renascer,
Esvaziar a mente, além do sentir, do pensar e do conhecer, Como uma partícula ir à busca da Grande Luz e, simplesmente Ser.
Riacho Grande, Refúgio Tranqüilo, março de 2.002 – equinócio de outono.
Reflexões de um arteiro, rimador e aprendiz que renasceu próximo da Páscoa, da Ressurreição, que é o renascimento para uma nova vida. Oduwaldo Álvaro. oduwaldoalvaro@uol.com.br