Já na apresentação da candidíase oral secundária as lesões estão
localizadas nos tecidos orais e periorais, bem como em outras partes do corpo.
Subdivisões da candidíase Primária
Pseudomembranosa: tende a cursar com um quadro mais
agudo, mas alguns casos pode evoluir para meses ou anos, principalmente, em pacientes que fazem uso de corticosteróides, imunossuprimidos, imunodeprimidos. Tipicamente se apresenta com máculas esbranquiçadas que podem formar placas, localizadas na mucosa bucal e labial, língua e palato mole. Uma característica importante dessas lesões, é que elas podem ser removidas com a ajuda de uma gaze ou outro material, mostrando uma superfície eritematosa, erosada ou ulcerada e, usualmente, sensível.
Hiperplásica: também chamada de leucoplásica, na
hiperplásica o quadro clínico tende a ser mais crônico, sendo a mais rara dos 3 tipos de candidíase primária. Tipicamente se apresenta com lesões palpáveis e translúcidas, e grandes placas opacas com regiões endurecidas e ásperas à palpação. Em alguns casos as lesões podem ser encontradas em formas nodulares. Um aspecto importante dessas lesões é que mesmo com a tentativa de raspagem, elas não conseguem ser removidas
Eritematosa: é o tipo mais associado com o uso de
corticoesteróides e antibióticos de largo espectro, visto que este desregula a microbiota. A candidíase eritematosa pode ser resultado da cronificação e evolução da candidíase pseudomembranosa. Apesar de ser normalmente assintomática, o paciente pode apresentar máculas eritematosas tipicamente encontradas na parte posterior-média do dorso da língua, palato ou mucosa labial. A candidíase atrófica crônica ocorre em pessoas que usam próteses totais superiores. Por esse motivo, essa lesão também é denominada “estomatite por dentadura”. Nesse tipo de lesão, é comum que o palato encontre-se hiperemiado e doloroso. Essas formas clínicas de candidíase frequentemente são observadas em pacientes portadores de câncer de cabeça e pescoço que se submetem à terapia antineoplásica.