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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Departamento de Física
Curso: Física Bacharelado
Disciplina: Introdução a Relatividade Especial - CD0269
Professor: Dr.Geova Maciel de Alencar Filho

Lista de Sala 06

Matheus Henrique de Sousa Macedo - 412760

Fortaleza-CE
11 de novembro de 2021
Sumário
Mostrar (5.11) 2
Solução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

Mostrar (5.18) 3
Solução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

Mostrar (5.15) e (5.16) 3


Solução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

Problema 5.3 5
Solução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

1
Mostrar (5.11)
 v 
∆x0 = γ ∆x − ∆ct , ∆y 0 = ∆y
c (5.11)
0 0
 v 
∆z = ∆z, ∆ct = γ ∆ct − ∆x
c

Solução
A Equação (2.11) do Rindler é dada por:

∆x0 = γ(∆x−vt), ∆y 0 = ∆y ∆z 0 = ∆z
(2.11)
∆t0 = γ(∆t − v∆x/c2 )

Podemos reescrever ∆x0 = γ(∆x − v∆t) da seguinte forma:

0 c
 
∆x = γ ∆x − v∆t
c

uma vez que c/c = 1, ou  v 


∆x0 = γ ∆x − ∆ct
c
que é um dos termos de (5.11). Analogamente, podemos reescrever ∆t0 = γ(∆t − v∆x/c2 )
de uma forma mais simétrica multiplicando ambos os lados desta relação por c:

0
 v 
c∆t = γ c∆t − ∆x
c

que é o último termo de (5.11). As coordenadas do eixo y e z de (2.11) permanecem


inalteradas nessa notação mais compacta.

2
Mostrar (5.18)
Mostrar  
dR dct dx dy dz
U= = , , ,
dτ dτ dτ dτ dτ

Solução
Seja uma curva no espaço-tempo que dependa de um parâmetro τ (tempo próprio), se
um ponto P desta curva tem coordenadas R = (ct, x, y, z), então a reta tangente a esta
curva é igual a:

dR R(τ + ∆τ ) − R(τ )
= lim
dτ ∆τ →0
 ∆τ 
ct(τ + ∆τ ) − ct(τ ) x(τ + ∆τ ) − x(τ ) y(τ + ∆τ ) − y(τ ) z(τ + ∆τ ) − z(τ )
= lim , , ,
∆τ →0 ∆τ ∆τ ∆τ ∆τ
 
dct dx dy dz
= , , ,
dτ dτ dτ dτ

onde a passagem da segunda para a terceira linha segue pela definição de derivada.

Mostrar (5.15) e (5.16)


Mostrar

A · B = B · A, A(B + C) = A · B + A · C, A · A = A2 (5.15)

d(A · B) = dA · B + A · B (5.16)

Solução
Por definição temos que

A · B = A0 B0 − A1 B1 − A2 B2 − A3 B3 = B0 A0 − B1 A1 − B2 A2 − B3 A3 = B · A

o que demonstra a primeira relação em (5.15). Assim, segue que

A · B + A · C = A0 B0 − A1 B1 − A2 B2 − A3 B3 + A0 C0 − A1 C1 − A2 C2 − A3 C3
= A0 (B0 + C0 ) − A1 (B1 + C1 ) − A2 (B2 + C2 ) − A3 (B3 + C3 )
= A · (B + C)

3
o que demonstra a segunda relação. Por fim,

A · A = A0 A0 − A1 A1 − A2 A2 − A3 A3 = A20 − A21 − A22 − A23 = A2

Agora demonstremos (5.16), por definição a diferencial de uma função f (τ ) é (τ é um


parâmetro)
df = lim f (τ + ∆τ ) − f (τ )
τ →0

se f = A · B, então

d(A · B) = lim A(τ + ∆τ ) · B(τ + ∆τ ) − A(τ ) · B(τ )


τ →0

= lim A(τ + ∆τ ) · B(τ + ∆τ ) − A(τ + ∆τ ) · B(τ ) + A(τ + ∆τ ) · B(τ ) − A(τ ) · B(τ )


τ →0

= lim A(τ + ∆τ ) · [B(τ + ∆τ ) − B(τ )] + [A(τ + ∆τ ) − A(τ )] · B(τ )


hτ →0 i h i h i h i
= lim A(τ + ∆τ ) · lim B(τ + ∆τ ) − B(τ ) + lim A(τ + ∆τ ) − A(τ ) · lim B(τ )
τ →0 τ →0 τ →0 τ →0

= A · dB + dA · B

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Problema 5.3
Um quadrivetor V de componentes (V0 , V1 , V2 , V3 ) em um referencial inercial S. Escreva
abaixo suas componentes em
(i) Em um referencial que coincide com S exceto que as direções dos eixos −x e −z estão
invertidas;
(ii) Em um referencial que coincide com S exceto por uma rotação de 45◦ do plano xy em
torno da origem seguida por uma translação na direção do eixo z por 3 unidades.
(iii) Em um referencial no qual seus eixos estão paralelos aos de S e se move com velocidade
v na direção do eixo y.

Solução
• Caso (i)
Suponhamos um novo referencial S 0 que coincide com o referencial de S, exceto que
as direções dos eixos x e z estão invertidas, portanto x0 = −x e z 0 = −z, portanto
uma coordenada V1 no referencial S será vista no referencial S 0 como −V1 , portanto o
quadrivetor V possui as seguintes componentes em S 0

V = (V0 , −V1 , V2 , −V3 )

Caso (ii)
As coordenadas x0 , y 0 do referencial S 0 obtido pela rotação do plano x−y em um ângulo de
θ em torno da origem, são dadas pela conhecida fórmula de rotação do cálculo elementar:

x0 = x cos θ − y sin θ
(5.3.1)
y 0 = −x sin θ + y cos θ
como no presente caso θ = 45◦ , obtemos ao fazer θ = 45◦ em (5.3.1) que:

0 2
x = (x − y)
√2 (5.3.2)
2
y0 = (−x + y)
2

como o novo eixo z 0 do sistema S 0 sofreu uma translação, temos que

z0 = z + 3 (5.3.3)

e por último
ct0 = ct (5.3.4)

5
Portanto,
V00 = V0

2
V10 = (V1 − V2 )
√2 (5.3.5)
2
V20 = (−V1 + V2 ) = −V10
2
0
V3 = V3
onde a terceira componente permanece inalterada devido ao fato de que 4-vetores não se
alteram sob translações espaciais e temporais.

Caso (iii)
Um boost de um sistema S para um sistema S 0 ao longo do eixo y produz as seguintes
relações:
ct0 = γv (ct − βy)
x0 = x
(5.3.6)
y 0 = γv (y − βct)
z0 = z
Portanto
V00 = γv (V0 − βv V2 )
V10 = V1
(5.3.7)
V20 = γv (V2 − βv V0 )
V30 = V3

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