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Apostila: Contabilidade Geral – por Prof. Joel Marques de Oliveira
Assunto:
CONTABILIDADE GERAL
Autor:
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Apostila: Contabilidade Geral – por Prof. Joel Marques de Oliveira
1. ASPÉCTOS GERAIS
a) escrituração
É o registro dos fatos contábeis em livros especiais, em linguagem própria, seguindo
princípios e legislações específicas.
Lei nº 6.404/76
Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com
obediência aos preceitos da legislação comercial e desta lei e aos princípios de
Contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios uniformes no
tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência.
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Lei nº 6.404/76
Art.176. Ao fim de cada exercício Social, a Diretoria fará elaborar, com base na escrituração
mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras (ou Demonstrações
Contábeis), que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as
mutações ocorridas no exercício:
I – BP - Balanço Patrimonial;
II – DRE - Demonstração do Resultado do Exercício;
III – DMPL - Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;
IV – DOAR - Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos.
c) Auditoria
É a técnica de verificação e avaliação da qualidade e confiabilidade dos registros contábeis e
das informações produzidas. É através da Auditoria que se confirma a veracidade dos
acontecimentos, ou seja, se os registros estão baseados em documentos, se os documentos
são os previstos em leis e se os lançamentos obedeceram os princípios contábeis e a
legislação especifica.
CAPÍTULO II
DA CONSTITUIÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO
Art. 2º Os Princípios Fundamentais de Contabilidade representam a essência das doutrinas e
teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos
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Seção I
O Princípio da Entidade
Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como um objeto da Contabilidade e
afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um patrimônio particular no
universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um
conjunto de pessoas, uma Sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou
sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o patrimônio da entidade não se confunde
com aqueles dos seus sócios ou proprietários.
Seção II
O Princípio da Continuidade
Art. 5º A CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE, bem como sua vida definida ou provável,
deve ser considerada quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais,
quantitativas e qualitativas.
§ 1º A CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos Ativos e, em muitos casos,
o valor ou vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da ENTIDADE
tem prazo determinado, previsto ou previsível.
§ 2º A observância do Princípio da CONTINUIDADE é indispensável à correta
aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA, por efeito de se relacionar diretamente à
quantificação dos componentes patrimoniais e à formação do resultado , e de constituir
dado importante para aferir a capacidade futura de geração de resultado.
Este princípio contábil diz respeito especificamente, a perpetuidade dos
empreendimentos para a posteridade.
Seção III
O Princípio da Oportunidade
Art. 6º O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à
integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que este seja feito de
imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as originaram.
Parágrafo único. Como resultado da observância do Princípio da OPORTUNIDADE:
I- desde que tecnicamente estimável, o registro das variações patrimoniais
deve ser feito mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de
sua ocorrência;
II - o registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos,
contemplando os aspectos físicos e monetários;
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Seção IV
O principio do Registro pelo valor original
Art. 7º Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das
transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do País, que serão
mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem
agregações ou decomposições no interior da Entidade.
Parágrafo único. Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta:
I- a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos
valores de entrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso
com os agentes externos ou da imposição destes;
II - uma vez integrados no patrimônio, o bem, direito ou obrigação não
poderão ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão-somente,
sua decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a
outros elementos patrimoniais;
III - o valor original será mantido enquanto O componente permanecer como
parte do patrimônio, inclusive quando da saída deste;
IV - os Princípios da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA e do REGISTRO
PELO VALOR ORIGINAL são compatíveis entre si e complementares,
dado que o primeiro apenas atualiza e mantém atualizado o valor de
entrada;
V- o Uso da moeda do País na tradução do valor dos componentes
patrimoniais constitui imperativo de homogeneização quantitativa dos
mesmos."
Seção V
O Princípio da Atualização Monetária
Art. 8º Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos
nos registros contábeis através do ajustamento da expressão formal dos valores dos
componentes patrimoniais.
Parágrafo único. São resultantes da adoção do Princípio da ATUALIZAÇÃO
MONETÁRIA:
I- a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não
representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;
II - para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das
transações originais (art. 7º), é necessário atualizar sua expressão formal
em moeda nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos
os valores dos componentes patrimoniais e, por conseqüência, o do
Patrimônio Líquido;
III - a atualização monetária não representa nova avaliação, mas, tão-somente,
o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a
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Seção VI
O Princípio da Competência
Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em
que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de
recebimento ou pagamento.
§ 1º O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as alterações no Ativo ou no
passivo resultam em aumento ou diminuição no Patrimônio Líquido, estabelecendo
diretrizes para classificação das mutações patrimoniais, resultantes da observância do
Princípio da OPORTUNIDADE.
§ 2º O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, é
conseqüência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração.
§ 3º As receitas consideram-se realizadas:
I- nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou
assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na
propriedade de bens anteriormente pertencentes à Entidade, quer pela
fruição de serviços por esta prestados;
II - quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o
motivo, sem o desaparecimento concomitante de um Ativo de valor igual
ou maior;
III - pela geração natural de novos Ativos independentemente da intervenção
de terceiros;
IV - no recebimento efetivo de doações e subvenções.
§ 4º Consideram-se incorridas as despesas:
I- quando deixar de existir o correspondente valor Ativo, por transferência
de sua propriedade para terceiro;
II - pela diminuição ou extinção do valor econômico de um Ativo;
III - pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente Ativo."
Seção VII
O Princípio da Prudência
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes
do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente
válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido.
§ 1º O Princípio da PRUDÊNCIA impõem-se a escolha da hipótese de que resulte
menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante
dos demais princípios Fundamentais de Contabilidade.
§ 2º Observado o disposto no art. 7º, o Princípio da Prudência somente se aplica às
mutações posteriores, constituindo-se ordenamento indispensável à correta aplicação do
Princípio da Competência.
§ 3º A aplicação do Princípio da Prudência ganha ênfase quando, para definição dos
valores relativos às variações patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvem
incertezas de grau variável."
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a) Bens
O bem é qualquer coisa que possa satisfazer as necessidades humanas e que seja
suscetível de avaliação econômica, ou seja, existe um preço e alguém disposto a pagar esse
valor. Para satisfazer suas necessidades, o homem utiliza-se das coisas, transformando-as
em bens. As coisas são transformadas em bens quando recebem destinações úteis à
satisfação das necessidades humanas. Os bens podem ser assim classificados:
Bens móveis – bens suscetíveis de remoção sem dano, seja por força própria, seja
por força alheia. Ex: veículos, animais, máquinas, etc.
Bens imóveis - bens que não podem ser deslocados de seu lugar natural (solo e
subsolo), bem como, aqueles que , para serem deslocados terão que ser total ou
parcialmente destruídos. Ex: casa, árvore, edifício, etc.
Bens Corpóreos (tangíveis) – bens que constituem uma realidade física (material) e,
como tais, podem ser tocados. Ex: carros, máquinas, mercadorias, etc.
Bens incorpóreos (intangíveis) – bens que não constituem uma realidade física
(material); não podem, por isso mesmo, ser tocados. Ex: clientela, nome comercial,
fundo de comercio, marca, patente de invenção, etc.
b) Direitos
O ato da pessoa ou empresa ceder algum bem ou prestar serviço e em troca desse bem ou
serviço não receber o pagamento imediatamente, origina um direito correspondente ao
mesmo valor do bem ou serviço prestado. Assim, quando uma empresa vende mercadoria a
prazo, ou presta um serviço a prazo ela passará a ter o direito de receber a importância
correspondente ao valor do bem vendido ou serviço prestado. O direito refere-se a uma
operação que no futuro será transformado em dinheiro, portanto, em um outro bem. Direito,
portanto, são bens ou direitos de nossa propriedade que se encontram momentaneamente
em poder de terceiros. Ex: duplicatas a receber, títulos a receber, Contas a receber, etc.
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c) Obrigações
São bens de propriedade de terceiros que se encontram em nosso poder (da empresa).
Quando recebemos um bem ou tomamos algum serviço e em troca desse bem ou serviço
não houve pagamento imediato, origina-se uma obrigação (dívida) no valor correspondente
ao bem ou serviço tomado. Assim, quando uma empresa compra mercadoria a prazo, ela
passará a ter uma obrigação de pagar o valor correspondente no prazo estipulado ou, em
ultimo caso, a obrigação de devolver a mercadoria recebida. Ex: fornecedor, duplicata a
pagar, etc.
ATIVO
O Ativo compreende os bens e os direitos da entidade (patrimônio bruto da entidade). No
balanço patrimonial, os elementos que compõem o Ativo acham-se discriminados no lado
esquerdo.
PASSIVO
O passivo compreende as obrigações (dívidas para com terceiros) da entidade e acham-se
localizadas no lado direito do balanço patrimonial
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Representa a diferença entre o Ativo (bens e direitos) e o Passivo (obrigações) de uma
pessoa física a jurídica, é a obrigação da entidade para com seus sócios/acionistas, também
denominada de “Capital Próprio”.
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
OBRIGAÇÕES
BENS E DIREITOS (PASSIVOS)
(ATIVOS) PATRIMÔNIO LÍQUIDO
(CAPITAL PRÓPRIO)
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Aplicação de Recursos
Os bens e os direitos (Ativo) são as aplicações de recursos.
Origens de Recursos
As obrigações (passivo) e o patrimônio líquido são as origens de recursos. As origens de
recursos podem ser classificadas em:
Atenção!
Ou
Ou
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Ou
1ª situação: O Ativo é maior do que o passivo. A soma dos bens e direitos é maior que a
soma das obrigações. Se fossem vendidos os bens e recebidos todos os direitos da
entidade, seriam suficientes para pagar todas as obrigações e sobraria uma parte chamada
de patrimônio líquido. Os quadros abaixo ilustram duas possibilidades:
PASSIVO
ATIVO PL ATIVO
PL
2ª situação: o Ativo é igual ao passivo, de onde resulta uma situação liquida nula. A Soma
dos bens e direitos é igual ao total das obrigações. Significa dizer que se a empresa
vendesses todos os bens e recebesse todos os direitos, o total só seria suficiente para pagar
as obrigações, não sobraria nada. Nesse caso, o Capital Social foi absorvido e todo o
patrimônio pertence a terceiros, pois, o total de bens e direitos é igual ao das obrigações. O
quadro abaixo ilustra essa situação:
ATIVO PASSIVO
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3ª Situação: O Ativo é menor do que o passivo. A soma dos bens e direitos é menor que a
soma das obrigações. Se fossem vendidos os bens e recebidos todos os direitos seriam
insuficientes para pagar as obrigações, faltaria uma parte chamada de passivo à descoberto.
Os quadros abaixo ilustram duas possibilidades:
Situação anormal Situação anormalíssima
Passivo a descoberto Empresa sem Ativos
ATIVO
PASSIVO PL PASSIVO
PL
Observações importantes:
O aumento da situação líquida positiva, ou a diminuição da situação líquida negativa,
acarreta aumento da riqueza patrimonial; a diminuição da situação líquida positiva, ou
o aumento da situação líquida negativa, resulta diminuição da riqueza patrimonial.
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CONTA
É o registro de débito e crédito de mesma natureza, identificado por um título, que qualifica
um componente do patrimônio ou uma variação patrimonial. É uma invenção contábil que
tem como finalidade identificar componentes de mesma natureza de um patrimônio para
registrar entradas e saídas (débitos e créditos) desses componentes.
TEORIA MATERIALISTA – esta teoria tem uma preocupação voltada para a composição
material do patrimônio. Nesta teoria as Contas são classificadas em dois grupos:
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TEORIA PATRIMONIALISTA – esta teoria tem sua preocupação voltada para o patrimônio
em si. Nesta teoria as Contas estão classificadas em dois grupos:
4. LANÇAMENTOS CONTÁBEIS
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4.1 Lançamento
É o registro contábil de uma ou mais operações efetuadas nos livros ou fichas adequadas, de
acordo com normas específicas. Ao conjunto dos lançamentos chamamos escrituração. A
função histórica do lançamento consiste em narrar os fatos contábeis em ordem cronológica.
A função estatística do lançamento compreende o registro da expressão monetária dos fatos
e seus agrupamentos segundo a natureza de cada um.
4.2 Escrituração
É o registro dos fatos contábeis, obedecendo princípios e normas especificas, fundamentado
em documentos legais, com a finalidade de acompanhar e demonstrar a situação econômica
e patrimonial da entidade, bom como, suas variações no período.
CONTAS ATIVAS
As Contas representativas do ATIVO representam elementos patrimoniais positivos. São
debitadas quando bens e direitos entram no patrimônio e são creditadas quando bens e
direitos saem do patrimônio.
Quando o cliente (devedor) paga a dívida, registra-se a extinção desse direito por meio de
um crédito em sua Conta (duplicatas a receber), que anula o débito anterior.
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Contas de Ativo
DÉBITO CRÉDITO
Entrada Saída
CONTAS PASSIVAS
As Contas passivas representam elementos patrimoniais negativos.
São creditadas quando a entidade assume obrigações (entrada de obrigações no
patrimônio)
Quando se líquida uma obrigação (exemplo: pagamento de compra feita a prazo), registra-
se a extinção dessa obrigação por um débito na Conta do fornecedor, que anula o crédito
anterior.
Contas de Passivo
DÉBITO CRÉDITO
Saída Entrada
Debitadas quando diminuem Creditadas quando aumentam
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
O patrimônio líquido, que se encontra do mesmo lado do passivo no Balanço Patrimonial,
obedece ao mesmo critério das demais contas do passivo.
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CONTAS DE RESULTADO
As contas de resultado abrangem as contas de receitas, de custos e de despesas.
CONTAS DE RECEITA
DÉBITO CRÉDITO
Exceção: estorno de lançamento Sempre creditadas
indevido ou transferência de saldo
para apuração de resultado
CUSTOS E DESPESA
Quando se realiza fato diminutivo (exemplo: pagamento de aluguel), registra-se essa
variação patrimonial negativa por meio de um débito na Conta de despesa. Em geral, são
sempre debitadas, pois representam uma redução do Patrimônio Líquido. Somente são
creditadas em duas hipóteses: para estornar (cancelar) algum lançamento indevido feito a
débito ou para encerrar a Conta, na apuração do resultado.
CONTAS DE DESPESA
DÉBITO CRÉDITO
Sempre debitadas Exceção: estorno de
lançamento indevido ou
transferência de saldo para
apuração de resultado
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Um Plano de Contas não é exatamente algo que se deva ler integralmente, conta a conta.
Mas é importante percorrê-lo atentamente, buscando identificar especialmente, cada grupo,
subgrupo e compreender sua relação ao respectivo conjunto de contas.
Cada empresa, dentro de sua respectiva área de atuação, através de seu Contador,
devidamente habilitado, deve elaborar o seu Plano de Contas sempre obedecendo suas
particularidades e, principalmente, à legislação pertinente. Atualmente, o Plano de Contas
deve obedecer às disposições contidas na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 ( Lei
das Sociedades por Ações).
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O Plano de Contas tem por finalidade principal estabelecer normas de conduta para o
registro das operações das entidades e, na sua elaboração, devem ser levados em conta
alguns objetos fundamentais:
b) ser planejado de forma a permitir a inclusão de qualquer conta nova sem alterar a
codificação das já existentes;
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Embora seja, em tese, desejável certa padronização geral de contas (e, assim, dos diversos
Planos de Contas das diversas empresas), deve ser preservado o respeito às peculiaridades
dos vários ramos de atividade. Desse modo, a denominação de uma conta deve ser
adaptada, quando necessário, à atividade especifica de cada empresa.
Denominações do tipo “Despesas Gerais” ou “Despesas Diversas” devem ser evitadas tanto
quanto possível, pois geram o agrupamento em uma só conta de fatos diversos que
deveriam estar registradas em contas especificas.
Outro aspecto para o qual chamamos a atenção é a codificação das contas, que, além de
agilizar, na prática, o trabalho de classificação de documentos, é elemento indispensável
para efeito do processamento de dados. Neste modelo de Plano de Contas adotamos os
seguinte critério de graduação dos códigos (levando em consideração a necessária
simplificação):
X. X. X. XX.
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1. ATIVO
1.1 CIRCULANTE
1.1.1. Disponível
1.1.1.1 Caixa
1.1.1.2 Bancos de Conta Movimento
1.1.1.3 Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata
1.1.2. Clientes
1.1.2.1 Duplicatas a Receber
1.1.2.2 (-) Duplicatas Descontadas
1.1.6 Estoques
1.1.6.1 Mercadorias
1.1.6.2 Matéria-prima
1.1.6.3 Material de Embalagem e Acondicionamento
1.1.6.4 Produtos Acabados
1.1.6.5 Produtos em Elaboração
1.1.6.6 Almoxarifado de Manutenção
1.1.6.7 Almoxarifado Administrativo
1.1.6.8 (-) Provisão para Ajuste do Estoque ao Valor de Mercado
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1.2.1 Clientes
1.2.1.01 Duplicatas a Receber
1.2.1.2 (-) Duplicatas Descontadas
1.3 PERMANENTE
1.3.1 Investimentos
1.3.1.1. Participações em Empresas Controladas e/ou Coligadas
1.3.1.2. Outras Participações Societárias
1.3.1.3. Participações por Incentivos Fiscais ( Finor, Finam)
1.3.1.4. Imóveis não Destinados ao Uso
1.3.1.5. (-) Provisão para Perdas em investimentos Permanentes
1.3.2 Imobilizado
1.3.2.1 Terrenos
1.3.2.2 Edifícações
1.3.2.3 Moveis e Utensílios
1.3.2.4 Máquinas e Equipamentos
1.3.2.5 Veículos
1.3.2.6 Softwares e Hardwares
1.3.2.7 Recursos Naturais
1.3.2.8 Marcas, Direitos e Patentes
1.3.2.9 Imobilizado em Andamento
1.3.2.10 (-) Depreciações, Amortizações e Exaustões Acumuladas
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2. PASSIVO
2.1 CIRCULANTE
2.1.1 Fornecedores
2.1.1.1 Fornecedores Nacionais
2.1.1.2 Fornecedores Estrangeiros
2.1.1.3 Outros Credores
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2.2.1 Fornecedores
2.2.1.1 Fornecedores Nacionais
2.2.1.2 Fornecedores Estrangeiros
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ATIVOS E PASSIVOS
ATIVO PASSIVO
Circulante: (1.1) Circulante: (2.1)
São contas (bens ou direitos) que estão São as obrigações exigíveis que serão liquidadas
constantemen- te em giro (em movimento) já no no próximo exercício social (nos próximos 365
podendo ser de proprieda- o após o levantamento do Balanço).
de da empresa ou não. Neste caso a conversão em
dinheiro será, no máximo, no próprio exercício
social, (até 365 dias após o encerramento do
Balanço).
Realizável a Longo Prazo: (1.2) Exigível a Longo Prazo: (2.2)
São Bens e Direitos que se transformarão em São as obrigações exigíveis que serão
dinheiro para a empresa, somente um ano após o Liquidadas com prazo superior a um ano
encerramento (dívidas de longo prazo).
Do Balanço Patrimonial.
Permanente: (1.3) Patrimônio Líquido: (2.4)
São Bens e Direitos que não se destinam a venda, São os recursos dos proprietários (capital próprio)
mas de de uso pela empresa, em grande parte, em aplicados na empresa.
suas atividades Operacionais.
Os recursos significam o Capital Social mais o seu
Investimentos: (1.3.1) rendimento, representado pelos Lucros e Reservas.
São as inversões financeiras de caráter
permanente que geram rendimentos que
não
são necessária à manutenção da atividade
fundamental da empresa.
Imobilizado: (1.3.2)
São itens de natureza permanente que serão
Utilizado para a manutenção da atividade
Operacional da empresa.
Diferido: (1.3.3)
São aplicações de recursos que beneficiarão
Resultados de exercícios futuros.
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Etapa 1 – com base num determinado modelo de plano de Contas, identificar as Contas
envolvidas no lançamento (duas Contas ou mais)
Etapa 2 – identificar o grupo (Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido, Receita Custo ou Despesa)
a que pertence cada uma das Contas envolvidas no lançamento, visando identificar o efeito
do lançamento em cada uma delas (ou seja, identificar se o lançamento em cada Conta será
efetuado a débito ou a crédito).
a) Fato contábil nº - 1
Constituição da empresa Exemplo S.A., em 01//02/X1, através da integralização de Capital
Social, em moeda corrente no valor de R$ 6.000,00
Trata-se de um lançamento para recohecimento contábil do capital dos sócios, devendo-se
creditar o Capital Social (origens de recursos) e, debitando-se a cota de aplicação desses
mesmos recursos (caixa), por se tratar de valores em espécie (dinheiro).
01/02/X1
Caixa
A Capital Social 6.000
Razonetes:
b) Fato contábil nº 02
Compra de mercadoria a prazo, no valor de R$ 5.000,00 em 02/02/X1
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b) Conta fornecedores – trata-se de uma Conta de passivo, cujo saldo aumenta por
lançamentos a crédito e diminui por lançamentos a débito (vide quadro resumo). No
presente caso, o saldo da Conta Fornecedores Social será aumentado, tendo em vista o
surgimento de uma dívida com o fornecedor das mercadorias. Conseqüentemente, o
lançamento na Conta Fornecedores deverá ser efetuado a crédito.
02/02/X1
Mercadorias / Estoques
A fornecedores 5.000,00
No Livro RAZÃO (razonetes) , por sua vez, devem ser efetuados os seguintes lançamentos:
c) Fato contábil nº 03
Compra de mercadoria a vista, no valor de R$ 3.000,00, em 03/02/X1.
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b) Conta caixa – trata-se de uma Conta de Ativo, cujo saldo aumenta por lançamentos a
débito e diminui por lançamentos a crédito (vide quadro resumo). No presente caso, o saldo
da Conta Caixa será reduzido, tendo em vista a saída de recursos financeiros para
pagamento à vista das mercadorias adquiridas. Conseqüentemente o lançamento na Conta
Caixa deverá ser efetuado a crédito.
03/02/X1
Mercadorias / Estoques
A caixa 3.000,00
No livro razão (razonete) por sua vez, devem ser efetuados os seguintes lançamentos
(valores em negrito). Convém ressaltar que as duas Contas já apresentam saldos iniciais,
decorrentes dos lançamentos anteriores (Valores em texto normal):
d) Fato contábil nº 04
Pagamento de fornecedor, no valor de R$ 1.000,00 em 04/02/X1
b) Conta caixa – trata-se de uma Conta de Ativo, cujo saldo aumenta por lançamentos a
débito e diminui por lançamentos a crédito (vide quadro resumo). No presente caso, o saldo
de Caixa será reduzido, pela saída de dinheiro para pagamento de fornecedores.
Conseqüentemente, o lançamento na Conta Caixa deverá ser efetuado a crédito.
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04/02/X1
Fornecedores
A caixa 1.000,00
No livro RAZÃO (razonete) por sua vez, devem ser efetuados os seguintes lançamentos
(valores em negrito). Convém ressaltar que as duas Contas já apresentam lançamentos
anteriores (valores em texto normal):
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