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1. O citoesqueleto é uma estrutura dinâmica que está presente no citoplasma das células.

Ele se assemelha a uma rede, sendo formado por microtúbulos e microfilamentos


(intermediários e de actina) constituídos de proteínas. Estabelece e mantém a forma
da célula; responsável por movimentos celulares (contração, formação dos
pseudópodos, deslocamentos de organelas, cromossomos, vesículas e grânulos de
secreção), além de estabelecer estreita relação entre as células e a matriz celular.

2. Os principais elementos são os microtúbulos, filamentos intermediários e


microfilamentos.

3. Microtúbulos: Os microtúbulos são pequenas estruturas cilíndricas e ocas formadas


por proteínas chamadas tubulinas. Existem dois tipos de tubulinas que se associam
formando dímeros, a alfa e a beta, estas se polimerizam formando protofilamentos.
As extremidades de um microtúbulo são designadas como (+) que tendem a se
polimerizar e (-) que tendem a se despolimerizar. Microtúbulos forrmam um substrato
onde proteínas motoras celulares dineínas (-) e cinesinas (+) podem interagir, e assim
são usadas no transporte intracelular. As dineínas e cinesinas são dímeros, que
interagem com o microtúbulo para transportar moléculas dentro da célula. Estas
proteínas deslizam em sentidos opostos sobre o microtúbulo. Além de também
fazerem parte dos flagelos e cílios das células eucarióticas. Nos cílios a base é
composta por nove grupos de trios de microtúbulos e depois que deixa a base é
composto por nove grupos com dois microtúbulos centrais. Esses trios e pares estão
associados por proteínas chamadas nexinas.
Filamentos intermediários: Os filamentos intermediários são assim chamados por
terem um diâmetro intermediário - cerca de 10 nm - em relação aos outros dois tipos
de filamentos protéicos. Alguns exemplos de filamentos intermediários: Queratina-
celulas epiteliais; Neurofilamento, nêuronios; Dermina, músculo; Vimentina, tecido
conjuntivo. Nas células que revestem a camada mais externa da pele, existe uma
grande quantidade de um tipo de filamento intermediário chamado queratina.
Um dos papeis desse filamento é impedir que as células desse tecido se separem ou
rompam ao serem submetidas, por exemplo, a um estiramento. Além de estarem
espalhadas pelo interior das células, armando-as, moléculas de queratina promovem
uma “amarração” entre elas em determinados pontos, o que garante a estabilidade do
tecido no caso da ação de algum agente externo que tente separá-las. Outras células
possuem apreciável quantidade de outros filamentos intermediários. É o caso das
componentes dos tecidos conjuntivos e dos neurofilamentos encontrados no interior
das células nervosas.
Microfilamento: Os microfilamentos, (filamentos finos) são um componente do
citoesqueleto das células eucarióticas. São mais finos que os microtúbulos e na
estrutura são finos filamentos de proteínas com um diâmetro de cerca de 6 nm. São
proteínas longas, finas e fibrosas (principalmente a actina) em comparação com os
microtúbulos redondos em forma de tubo. São formados por fitas de actina e
frequentemente interagem com outras proteínas. Alteram a forma celular e conduzem
movimentos, tais como a contração, a corrente citoplasmática e o “estrangulamento”
que ocorre durante a divisão celular Em conjunto, os microfilamentos e fitas de
miosina determinam a ação muscular

4. As extremidades de um microtúbulo são designadas como (+) que tendem a se


polimerizar e (-) que tendem a se despolimerizar. Microtúbulos forrmam um substrato
onde proteínas motoras celulares dineínas (-) e cinesinas (+) podem interagir, e assim
são usadas no transporte intracelular. As dineínas e cinesinas são dímeros, que
interagem com o microtúbulo para transportar moléculas dentro da célula. Estas
proteínas deslizam em sentidos opostos sobre o microtúbulo.

5. Além de suporte esquelético, como no caso das microvilosidades, os microfilamentos


também estão envolvidos em uma série de movimentos celulares. A contração da
célula muscular constitui, certamente, o exemplo mais característico de movimento
devido à ação de microfilamentos (Fig. 15).

Figura 15: Esquema da disposição dos feixes de actina e miosina na fibra muscular
(A), nos estados relaxado e contraído. Note que os filamentos de miosina (que atuam
como proteínas motoras) deslizam em relação aos de actina neste tipo de movimento.
Imagens de cortes de células musculares nos dois estados citados, podem ser vistas na
fig. B.
Fonte: KARP, G. - Cell molecular biology. New York, J. Wiley, 1996.
Este tipo de movimento é ocasionado por uma interação específica e reversível entre
dois tipos de filamentos, com um consumo simultâneo de ATP. Um desses filamentos
é constituído pela actina em sua forma F (além de outras proteínas de ação
reguladora), enquanto que o segundo tipo, de maior diâmetro, é formado por um feixe
bipolarizado de uma outra proteína existente em maior quantidade — a miosina. Esta
última atua como uma proteína motora (como as dineínas e cinesinas) em relação à
actina.
Assim, a contração muscular, provocada pelo estímulo nervoso, decorre do
deslizamento dos feixes de miosina em relação à actina, tendo como consequência, o
encurtamento (contração) da célula muscular.
6. Quanto à divisão celular, são indispensáveis para a distribuição adequada e equitativa
dos cromossomos. Os microtúbulos montam e formam o fuso mitótico. Quando o
núcleo se divide, os microtúbulos transportam e separam os cromossomos para os
novos núcleos.

Durante a divisão celular ocorre a emissão de prolongamentos (microtúbulos), sendo


estes sendo responsáveis pela ligação ao cromossomo, após isso irão puxar as
cromátides irmãs, ocasionando na distribuição equitativa de cromossomos, isto é o
fuso mitótico.
7. Os dímeros de tubulina (associados a GTP) são acrescidos e dissociados pelas
extremidades, sendo a ponta "+" a extremidade mais ativa nesse processo. A forma
polimerizada dos microtúbulos encontra-se em equilíbrio dinâmico com a forma
dimérica, dependente da concentração de tubulina livre.
No entanto, as duas extremidades não se comportam de maneira idêntica. Assim, em
uma delas, convencionada com sendo a extremidade "+", a reação de polimerização é
mais rápida, assim como a despolimerização, enquanto que a extremidade oposta,
denominada de "-", ela é mais lenta, da mesma forma que a despolimerização. A
estabilidade dos microtubulos é variável de acordo com o local e função que
desempenham numa célula, existindo, no entanto, vários mecanismos celulares que
controlam sua polimerização ou despolimerização.
Alguns fatores externos, como baixas temperaturas e certas drogas como a colchicina
e vimblastina, podem atuar no sentido da despolimerização de muitos microtúbulos.
Outros, como o taxol, estabilizam os microtúbulos ou atuam no sentido inverso. Como
estas drogas pertubam o equilíbrio dinâmico dos microtúbulos, frequentemente a
despolimerização ou estabilização dessas estruturas, atuam também nos fusos
mitóticos que se formam na mitose, impedidindo a divisão celular. Por isso, essas
drogas são chamadas de drogas anti-mitóticas e são muito usadas na terapia contra o
câncer no sentido de bloquear as divisões celulares descontroladas que caracterizam
as células tumorais.

8. A mitose é um processo de divisão celular que forma duas células-filhas, cada uma
com o mesmo número de cromossomos que a célula-mãe. Esse processo está
relacionado, em plantas e animais, com o desenvolvimento dos organismos,
cicatrização e crescimento.
As etapas da mitose são prófase, prometáfase, metáfase, anáfase e telófase. Ao
fim da telófase, observa-se a ocorrência da citocinese, ou seja, a divisão do citoplasma
da célula, gerando duas células-filhas.
→ Fases da mitose
 Prófase: inicia-se logo após a interfase, uma longa etapa na qual ocorrem aumento da
célula, produção de organelas e a duplicação dos cromossomos. Na prófase, os
cromossomos aumentam sua condensação, e o nucléolo, local onde os ribossomos são
formados, desaparece. Inicia-se ainda a formação do fuso mitótico (estrutura
constituída por microtúbulos), e os centrossomos (região onde são organizados os
microtúbulos) afastam-se.
 Prometáfase: ocorre a desintegração do envoltório nuclear, também chamado de
carioteca. Os microtúbulos que partem do centrossomo ligam-se ao cinetócoro
(estrutura proteica localizada no centrômero) dos cromossomos. Os cromossomos
continuam sua condensação.
 Metáfase: os cromossomos atingem seu maior grau de condensação. Os
centrossomos estão em lados opostos da célula, e os cromossomos estão organizados
na região mediana da célula (placa metafásica).
 Anáfase: na fase mais curta do processo de mitose, ocorrem a separação das
cromátides irmãs e a migração em direção aos polos das células. A célula alonga-se e,
no final dessa etapa, temos dois polos com a quantidade completa de cromossomos.
 Telófase: formam-se novos núcleos e os envelopes nucleares. O nucléolo reaparece, e
os cromossomos ficam menos condensados. Normalmente, no final dessa etapa,
ocorre a citocinese, que nada mais é do que a divisão da célula em duas.

9. Regular as reações químicas que ocorrem dentro da célula e armazenar as


informações genéticas da célula.

10. A composição do núcleo: Envoltório nuclear; cromatina; cromossomos e nucléolos.


11. Neutrófilos:
São os leucócitos mais abundantes no sangue periférico de adultos. Os neutrófilos
maduros são células altamente especializadas no exercício da fagocitose e destruição
intracelular de bactérias, principalmente por mecanismos que envolvem a ativação de
peroxidação e uso de proteínas de seus grânulos e citoplasma como lisozimas,
defensinas, proteínas catiônicas, entre outras. A produção e circulação de neutrófilos,
sua migração para os tecidos e a fagocitose de bactérias são razoavelmente bem
conhecidos e servem como modelo da dinâmica dos granulócitos.

Eosinófilos:
Eosinófilos representam até 3 – 5% dos leucócitos em circulação. São caracterizados
pelo seu núcleo bilobulado e numerosas granulações alaranjadas no citoplasma, esses
são ricos em peroxidase, arilsulfatase, fosfatase ácida e fosfolipase, mas não contêm
fosfatase alcalina e nem lactoferrina.

Os eosinófilos têm uma atividade proinflamatória e citotóxica considerável,


participando da reação e patogênese de numerosas doenças alérgicas, parasitárias e
neoplásicas.

Eosinófilos e neutrófilos têm origens e funções semelhantes. No entanto, enquanto os


neutrófilos acumulam-se rapidamente em focos de infecção bacteriana, os eosinófilos
são atraídos para tecidos onde há invasão por parasitas ou sítios de reações alérgicas.

Basófilos:
Basófilos são os grânulos mais escassos do sangue e caracterizam-se pela presença de
grandes grânulos metacromáticos que são ricos em histamina, serotonina, sulfato de
condroitina e leucotrienos. Os basófilos têm similaridades funcionais com os
mastócitos, mas são células distintas: os mastócitos são células do tecido conjuntivo
que não entram em circulação e não são relacionados com os basófilos quanto à
origem: seus grânulos são menores mais abundantes do que os basófilos.

12. A interfase é uma das principais fases do ciclo celular e ocorre em três etapas: G1, S e
G2. Pode-se dizer que é o estágio de preparação da célula para a divisão, pois ocorre
seu crescimento e a duplicação do DNA. No ciclo celular, a etapa S representa o
período de síntese de DNA, enquanto que G1 e G2 (G vem da palavra inglesa gap,
traduzida como “intervalo”) constituem o espaço antes e depois da produção do
material genético.

A célula em interfase
A interfase ocorre antes da divisão celular e, por isso, é o espaço de tempo em que a
célula não está se dividindo. Trata-se do maior estágio no ciclo celular, que é formado
pelo surgimento da célula, preparação para a divisão e a divisão.
Embora as funções desempenhadas durante a interfase possam variar de uma célula
para outra, podemos destacar que as principais funções nos estágios interfásicos são:
 Duplicação do DNA;
 Aumento de tamanho e volume da célula;
 Produção de proteínas e outras moléculas importantes para a divisão celular;
 Armazenamento de energia para a divisão celular.
As três fases da interfase
A interfase é subdividida em três estágios: G1, S e G2.
Fase G1 (intervalo 1)
G1 é o período que antecede a duplicação do DNA e é caracterizado pelo aumento do
tamanho da célula e metabolismo celular normal. Nessa etapa ativa da célula, há a
síntese de RNA e produção de proteínas, inclusive as proteínas sinalizadoras que
indicarão quando a divisão celular começará.
Algumas células podem partir da etapa G1 e entrar em uma fase de repouso, chamada
de G0.

Fase S (síntese)
A etapa de síntese, chamada de S, é a que necessita de mais tempo para ocorrer, pois é
responsável pela duplicação semiconservativa do DNA. Cada DNA replicado é
formado por uma cadeia de polinucleotídeos da molécula-mãe e se une a uma nova
cadeia complementar. A duplicação do material genético é um importante parte do
ciclo celular, pois garante que na divisão celular as células-filhas sejam idênticas à
célula-mãe.
Fase G2 (intervalo 2)
O intervalo G2 ocorre após a duplicação do DNA e antes da divisão celular. Assim
como em G1, há síntese de proteínas e de moléculas que participarão da divisão, além
de um crescimento adicional.
Tanto G1 quanto G2 apresentam pontos de checagem, feitos por moléculas de
controle, ou seja, há a verificação do que foi produzido na célula. Se, por exemplo, o
DNA apresentar algum dano ou erro, o ciclo celular age para corrigir o problema ou
ocorre a morte celular.

13. O ciclo celular é uma série ordenada de eventos envolvendo crescimento celular e
divisão celular que produz duas novas células filhas. As células no caminho da
divisão celular passam por uma série de estágios de crescimento precisamente
cronometrados e regulados, replicação do DNA e divisão que produzem duas células
geneticamente idênticas. O ciclo celular possui duas fases principais: a interfase e a
fase mitótica (Figura). Durante a interfase, a célula cresce e o DNA é replicado.
Durante a fase mitótica, o DNA replicado e o conteúdo citoplasmático são separados e
a célula se divide. Para fazer duas células-filhas, o conteúdo do núcleo e do
citoplasma deve ser dividido. A fase mitótica é um processo de várias etapas durante
o qual os cromossomos duplicados são alinhados, separados e movidos para os polos
opostos da célula, e então a célula é dividida em duas novas células filhas idênticas. A
primeira porção da fase mitótica, a mitose, é composta por cinco etapas, que realizam
a divisão nuclear. A segunda porção da fase mitótica, chamada citocinese, é a
separação física dos componentes citoplasmáticos em duas células filhas.
Uma célula se move através de uma série de fases de maneira ordenada. Durante a
interfase, o G 1 envolve o crescimento celular e a síntese de proteínas, a fase S
envolve a replicação do DNA e a replicação do centrossoma, e o G 2 envolve mais
crescimento e síntese de proteínas. A fase mitótica segue a interfase. A mitose é uma
divisão nuclear durante a qual os cromossomos duplicados são segregados e
distribuídos em núcleos-filhos. Normalmente, a célula se dividirá após a mitose em
um processo chamado citocinese no qual o citoplasma é dividido e duas células-filhas
são formadas.

14. A P53 possui inúmeras e importantes funções a nível celular, garantindo a


manutenção do genoma. No que diz respeito ao controlo do ciclo celular, a P53 tem
como função verificar se existem erros de replicação do ADN. Quando tais erros são
detectados, a P53 é responsável por reparar o ADN ou, no caso de tais danos serem
irreparáveis, impedir que a célula se dívida e dê origem a novas células,
maioritariamente através da indução da morte celular, garantindo assim a integridade
do genoma humano.

15. A diferenciação celular é uma especialização da célula, essas especializações


permitem que haja diferentes tipos de células para diferentes funções no corpo do
indivíduo/organismo. Exemplo, as células embrionárias sofrem um processo de
diferenciação celular, assim, com alterações cada célula pode formar um tecido
diferente para dar origem a um ser.

16. No que concerne a respeito da lesão cerebral pode ser definida como um dano
cerebral independentemente da idade inicial. As lesões cerebrais podem produzir uma
deficiência significativa à pessoa que sofre a doença e pode causar várias formas de
déficits e sintomas cognitivos como a atenção, a memória ou a disfunção motora. As
lesões cerebrais também podem incluir qualquer lesão vascular sem a existência de
nenhum fator externo implicado na criação da lesão cerebral traumática. Já no que
concerne à insuficiência circulatória aguda provoca alterações celulares que podem
variar desde discretas perdas de algumas propriedades da membrana até a morte
celular. Em decorrência destas modificações, algumas substâncias intracelulares
ganham o espaço intersticial e a circulação sanguínea, resultando em aumento
transitório dos níveis circulantes. Estas substâncias incluem a aspartato
aminotransferase, a mioglobina, a creatina quinase, a desidrogenase láctica, as
troponinas, entre outras, e têm sido identificadas como marcadores de lesão cardíaca.
Os marcadores são a expressão bioquímica da lesão das fibras cardíacas, mas não
indicam a etiologia do processo. Ou seja, devido ao alto grau de especialidade de tais
células, urge um risco para o sistema, tendo em vista, o alto grau de complexidade e
importância de tais sistemas.

17.

Miocárdio sadio:

Miocárdio com infarto:

18. Vinblastina é um fármaco quimioterápico padrão usado para tratar câncer. Devido ao fato
de ela interferir no alinhamento dos microtúbulos, sua efetividade está diretamente
relacionada à inibição formação do fuso mitótico. Bloqueia a divisão celular (bloqueia a
mitose), agindo especificamente na fase M da divisão celular. Pode também interferir com o
metabolismo de aminoácidos.
19. A hematoxilina é um corante básico, que tem atração a substâncias ácidas (lembra que os
opostos se atraem). Essas substâncias ácidas, portanto, são coradas pela hematoxilina, e
recebem o nome de basófilas (que fixam corantes básicos, pois “gostam” de básicos). Mas
nem tudo é ácido nas células e tecidos. A eosina, ao contrário da hematoxilina, tem caráter
ácido, e sendo assim atrai substâncias básicas, conhecidas como acidófilas (que fixam
corantes ácido). A hematoxilina é um corante de cor azul-púrpura, ou seja, o que você
observar na lâmina que tenha essa cor, você já sabe que é uma substância de caráter ácido,
sendo, portanto, basófila, pois foi atraída pela hematoxilina. E a eosina é um corante
vermelho. Sendo assim, tudo aquilo que você observar na lâmina que seja dessa cor, é uma
substância básica, e que foi atraída pela eosina que é ácida, sendo então uma substância
acidófila.
Corante Substância corada Característica por afinidade Coloração

Hematoxilina Ácida Basófila Azul-púrpura


(básica)
Eosina Básica Acidófila Vermelho
(básica)

20. Nesse contexto, é necessário compreender quais são as técnicas desenvolvidas para
preparar os tecidos a serem estudados, para que mantenham um aspecto próximo ao do
material vivo. As etapas envolvidas são fixação, desidratação e diafanização, inclusão,
microtomia, montagem e coloração.
 FIXAÇÃO
A fixação é o tratamento do tecido com agentes que mantêm a sua arquitetura normal. O
formol e o líquido de Bouin são os agentes fixadores mais utilizados em microscopia óptica,
pois mantem uma imagem do tecido semelhante à in vivo, através das ligações transversais
entre as proteínas.
 DESIDRATAÇÃO E DIAFANIZAÇÃO
A maioria dos tecidos é composta por água, por isso são necessários banhos de álcool em
concentrações crescentes a fim de obter a desidratação. Após a desidratação, há o tratamento
dos tecidos com xilol, para que os tecidos se tronem transparentes, processo conhecido como
diafanização.
 INCLUSÃO
É necessário que o histologista inclua os tecidos em um meio apropriado e realize cortes
finos, para que seja possível distinguir as células de um tecido da matriz extracelular. A
Parafina é um meio de inclusão em microscopia óptica. O tecido deve ser colocado em um
recipiente que contenha parafina, para que o mesmo seja totalmente infiltrado. Após ser
impregnado com a parafina, o tecido deve ser colocado em outro recipiente com parafina
fundida, até que haja um bloco de parafina contendo o tecido.
 MICROTOMIA
A microtomia é realizada após ter sido removido o excesso em material de inclusão. A
mesma é efetuada com a utilização de um micrótomo, um aparelho que faz cortes
microscópicos, variando geralmente de 5 à 10 μm (micrômetros) de espessura, em pequenas
amostras de material biológico (geralmente tecidos) em blocos de resina específica (parafina)
para análise em microscópio óptico. Além disso, a microtomia pode ser efetuada em
espécimes congelados, sendo os blocos de tecido cortados a -20º C com uma lâmina de aço
pré-resfriada. Os cortes são colocados em lâminas de vidro pré-resfriadas e corados com
corantes.
 MONTAGEM E COLORAÇÃO
Os cortes são cortados com uma lâmina de aço e montados em lâminas de vidro revestidas
com adesivo. Geralmente, muitos constituintes dos tecidos têm praticamente a mesma
densidade óptica. Então, esses constituintes precisam ser corados para a microscopia óptica.
Nesse tipo de microscópia, são utilizados geralmente corantes solúveis em água. Logo, a
parafina deve ser removida do corte e o tecido é reidratado e corado. Após a coloração, o
corte é desidratado para permitir que uma lamínula seja afixada, utilizando um meio de
montagem adequado. A lamínula protege o tecido de danos e é necessária para a observação
do corte ao microscópio.
Os corantes podem ser divididos em três classes:
* Corantes que diferenciam os componentes ácidos e básicos da célula
* Corantes especializados que diferenciam os componentes fibrosos da matriz
extracelular
* Sais metálicos que precipitam nos tecidos formando depósitos de metal

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