Você está na página 1de 31

Processo Civil III

1. Petição inicial distribuída


Contra fé = cópia da inicial
 Legitimidade = capacidade de ser parte;
 Interesse = mostrar o motivo pelo qual foi levado para o judiciário o
problema em questão.
2. Citação = Validade ao processo (para dar conhecimento ao réu q ele
está sendo processado) Pode ser:
 Pessoal = citação por hora certa;
 Por AR;
 Por edital;
 Por meio eletrônico.

3. Audiência de conciliação ( o conciliador se envolve no processo e


apresenta a solução para o conflito) Mediação ( o mediador fala da
importância do acordo e não traz solução para as partes) = "acordo"

4. Contestação = respostas do réu: reconvenção = as partes do processo


se invertem, isto é, o autor vira réu e o réu vira autor);exceções;

5. Audiência de instrução e julgamento


As Provas podem ser: documental, testemunhal, pericial, depoimento
pessoal e inspeção judicial. Em um processo elas apareceram na seguinte
ordem:
- Pericial;
- Depoimento pessoal: Autor
Réu
- Testemunhas: Autor
Réu
6. Sentença: Decisão de primeira instância, cujo o objetivo é trazer a
análise do mérito (pedido). Existem casos que a sentença extingue o
processo, sem que o mérito seja julgado (sentença terminativa).
OBS: Em regra a sentença é chamada de definitiva, quando há o
julgamento do mérito.

Sentença (1º Instância) Embargos declaratórios

Apelação (2º Instância) Acórdão (TJ)

Embargos infringentes (CPC 1973) Embargos declaratórios


Recurso especial (acordão STJ) Embargos declaratórios Recurso
extraordinário (acordão STF) Embargos declaratórios
Sentenças Definitivas

Sentença condenatória: traz uma condenação em regra ao réu. Sendo está de


qualquer natureza. Ex: Condeno ao réu ao pagamento de danos morais.

Sentença constitutiva: é aquela que altera o estado inicial do processo. Ex:


ação de divórcio.

Sentença declaratório: aquela que declara um direito. Ex: ação de


reconhecimento de paternidade (para a maioria dos doutrinadores).

Sentença mandamentos: é aquela que traz a ordem da expedição de um


mandado. Ex: Mandado de busca e apreensão (processo cautelar)

Espécies:

Sentença Citra Petita: quando o juiz deixa de julgar um pedido.


(Esquecimento). (Recurso para essa sentença é embargos declaratórios).

Sentença Ultra Petita: na sentença Ultra Petita o juiz se atém ao que foi
requerido no processo, mas ele ultrapassa o que foi realmente pleiteado. Ex:
Pedido de R$ 5000,00 (máximo) e determinou uma condenação de R$8000,00
(ultrapassando aquilo que foi pedido).

Sentença Extra Petita: Na sentença Extra Petito o juiz profere pedido que não
está no processo, algo que não foi requerido pelas partes. Ex: pedido de dano
material e condenação de dano material e moral (fora do processo).

OBS: Diferença entre sentença, acordão e decisão interlocutória


Sentença: proferida pelo juiz de primeira instância.
Acórdão: proferida pelo desembargadores na segunda instância.
Decisão interlocutora: e proferida durante os trâmites do processo.

1.Recursos: Trata-se do instrumento processual cujo objetivo, em regra, é


alterar uma decisão, sendo ela de primeira instância ou segunda instância (STJ
e STF).

2. Requisitos de admissibilidade ( aceitação):

- Legitimidade: saber se a parte é legítima para interpor o processo.


- Interesse: demonstrar que existe uma motivação para recorrer.
- Adequação ( o juiz vai analisar se o recurso é adequado para a ação, ou seja,
se ele é correto para aquela decisão.
- Fundamentação: o juiz analisa se foi bem fundamentado, podendo esta ser
fundamentada em lei, jurisprudência, princípios e etc.
- Tempestividade: analisa se o recurso está sendo interposto no seu prazo.
- Preparo: são as custas do processo, ou seja, existem recursos que requerem
o pagamento. Sem o qual o recurso é considerado deserto. Logo, deserção é a
falta de pagamento das custas recursais, ou seja, o recurso será deserto.
3.Princípios
1) Princípio do contraditório e da ampla defesa : Este princípio também se
destaca com grande importância para a matéria de recursos, já que
estes são instrumentos utilizados no processo com intuito de alterar uma
decisão. A cada recurso interposto a parte contrária será intimada para
contrarrazoar (impugnar) o recurso do outro.
OBS: O prazo para interpor um recurso é o mesmo para interpor a
contrarrazão.
2) Princípio da recorribilidade: Cada recurso terá um momento certo para
ser interposto.
3) Princípio do duplo grau de jurisdição : Em regra o recurso interposto será
julgado por um órgão hierarquicamente superior ao órgão que proferiu a
decisão recorrida. É importante mencionar que os embargos
declaratórios e os embargos infringentes (previstos no CPC/73) são
julgados pelo mesmo órgão que proferiu a decisão recorrida.
OBS: O duplo grau de jurisdição nos dá a possibilidade de levar a decisão a um
novo julgamento quando não estamos satisfeitos.
4) Princípio da singularidade: a cada decisão cabe apenas um único
recurso, com exceção do recurso especial e do recurso extraordinário
que podem ser interpostos ao mesmo tempo, os que os diferencia é que
o recurso especial “combate” acordão e fere lei federal e será julgado
pelo STJ; Já o recurso extraordinário cabe contra acordão que feriu a
constituição e será julgado pelo STF.
5) Princípio da fungibilidade: O juiz poderá aceitar a interposição de um
recurso “errado” como se correto fosse, contanto que a interposição
tenha ocorrido dentro do prazo do recurso correto.
6) Princípio da fundamentação jurídica : É considerado requisito de
admissibilidade os recursos a fundamentação jurídica, ou seja, os
motivos que o levaram a recorrer com o pedido de alteração da decisão.
Esta fundamentação poderá se basear nas fontes do direito, como por
exemplo na lei, na doutrina, na jurisprudência e etc.
OBS: A parte não pode basear seu recurso na equidade, mas o juiz pode
proferir uma decisão baseada na equidade, ou seja, no bom senso.
7) Princípio da congruência e da proibição da reformatio in pejus (proibido
reformar para pior): O juiz ou o órgão julgador do recurso deve se ater
ao que está sendo requerido no recurso (princípio da congruência), pois
é proibido piorar uma decisão para o recorrente, se não concorda com o
que foi requerido deverá manter a decisão, mas se alterá-la deverá ser
de acordo com o que está no recurso.

4.Juízo de admissibilidade e Juízo de mérito


Juízo de admissibilidade: É a análise feita pelo órgão julgador do recurso, onde
se verifica a presença dos requisitos de admissibilidade daquele recurso.
Juízo de mérito: É a análise do pedido trazido no recurso, e consequentemente
o seu julgamento.
Quando um recurso é interposto analisa-se primeiro os seus requisitos, se
presentes, o recurso será levado a julgamento onde será analisado o mérito.
5. Efeitos
a)Devolutivo:
Sentença Apelação TJ STJ
Ocorrendo a possibilidade da reforma de uma decisão através da interposição
de um recurso, fica caracterizado o efeito devolutivo, ou seja, é necessário que
o órgão julgador seja diferente do que proferiu a decisão. Não necessariamente
necessita de que seja hierarquicamente superior. Ex: embargos infringentes
CPC/73 (Na mesma instância, porém em câmaras diferentes).
b)Suspensivo:
Sentença Apelação TJ STJ

(Em regra possuí efeito suspensivo, mas o parágrafo 1º, do


artigo 1012 Novo CPC é a exceção).
Art. 1012 §1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir
efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que:
I – homologa divisão ou demarcação de terras;
II – condena a pagar alimentos;
III – extingue sem resolução de mérito ou julga improcedentes os embargos do
executado;
IV – julga procedente o pedido de instituição de arbitragem
V – confirma, concede ou revoga tutela provisória;
VI – decreta a interdição.

O efeito suspensivo está previsto na maioria dos recursos, e determina que o


recorrente que foi condenado em sentença ou acórdão a pagar determinado
valor, não há necessidade de fazê-lo enquanto o recurso estiver pendente de
julgamento. A apelação tem efeito suspensivo, e excepcionalmente conforme
artigo 1012 parágrafo 1º este efeito não existirá, ordenando que o recorrente
deposite em juízo o valor da condenação. Ex: sentença de alimentos.
c)Interruptivo:
Sentença Apelação TJ STJ
Prazo de 15 dias
Embargos declaratórios (Não reforma decisão, apenas esclarece) Efeito
interruptivo

Prazo de 5 dias
Interrompe o prazo de interposição dos demais recursos previstos contra
aquela decisão. O recurso que tem efeito interruptivo tem o poder, depois de
julgado, de devolver por inteiro o prazo de interposição dos outros recursos.
Artigo 1022 Novo CPC.
Art. 1022 Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial
para:
I – esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II – suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz
de ofício ou a requerimento;
III – corrigir erro material;
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I – deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos
repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob
julgamento;
II – incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, &1º.

6. Recurso principal e recurso adesivo

Sentença Apelação Fabrísio


Michele Contrarrazão (15 dias)

Apelação adesiva
Recurso Adesivo: Trata-se de um recurso que é interposto no prazo de
contrarrazão de um recurso principal. Por este motivo, é chamado de
acessório.
Recurso Principal: É aquele que é interposto no prazo contado a partir da
publicação da decisão.
OBS: A partir do momento que é publicada a sentença e está torna-se
conhecida pelas partes, existe um prazo de 15 dias úteis para apresentar um
recurso. Este é o prazo principal

Sentença (29/02) Apelação(01/03) 15/03 Protocolo da apelação

15 dias - Prazo Principal Recurso Principal Michele 16/03 Intimação da


parte contrária

Contrarrazão - 15 dias José / Apelação do José Recurso acessório


= (recurso adesivo)

Intimação da Michele para contrarrazão – 15 dias

TJ
Contrarrazão – é contra a apelação da Michele
Apelação do José – é contra a sentença
Embargos de Declaração
1.Conceito: É o recurso cabível para qualquer decisão que traga obscuridade,
contradição, omissão e erro material.
Diferença entre Despacho e Decisão Interlocutória
Despacho: Qualquer ato proferido pelo juiz para mera informação
Decisão Interlocutório: É a decisão de um dos pedidos que estão dentro do
processo.
2.Cabimento: São cabíveis contra qualquer decisão de primeira instância e/ou
de segunda instância somente para esclarecimentos.
3.Características da Decisão
a) Obscuridade: Trata-se da falta de clareza na fundamentação da decisão
judicial.
b) Contradição: Trata-se da falta de clareza na decisão proferida pelo juiz, já
que os seus pontos de fundamentação estão contrários um ao outro, estão
opostos, que se exige um posicionamento certo do juiz.
c) Omissão: Ocorre quando o juiz deixa de trazer o julgamento de um dos
pedidos na decisão.
D) Erro material: Trata-se de erro na escrita (digitação) ou erro no cálculo
apresentado pelo juiz ou mesmo por uma das partes.
4.Prazo: Para os embargos declaratórios o prazo de interposição será de 5
dias úteis.
***Se tiver litisconsortes com advogados distintos o prazo será contado em
dobro. (Os advogados com escritório diferentes)
*****A fazenda tem o prazo em dobro.
5.Contraditório: Em regra não há contraditório, ou seja, a parte contrária não
será intimada para contrarrazoar os embargos declaratórios.
Excepcionalmente, o juiz percebendo que o pedido feito dos embargos trará
uma modificação da decisão intimara a parte contrária para impugná-lo. OBS:
Se os embargos forem declaratórios com efeitos infringentes (modificativos)
haverá o contraditório para este recurso.
6. Julgamento: Os embargos declaratórios interpostos contra sentença serão
julgados pelo juiz que a proferiu. Os embargos declaratórios interpostos contra
o acordão proferido pelo TJ serão julgados pelo juiz relator.
7. Competência para julgar: Será competente para julgar os embargos
declaratórios o próprio órgão que proferiu a decisão. Se proferida pelo juiz de
primeira instância, será ele competente para julgar; Se proferida pelo tribunal
de justiça o juiz relator será o competente. Se os embargos interpostos forem
com efeitos infringentes (efeitos modificativos) o juiz terá o prazo de 5 dias para
julgá-los.
8. Princípio da Fungibilidade: O juiz em decorrência deste princípio poderá
aceitar os embargos declaratórios, interpostos contra decisão proferida
monocraticamente como se fosse agravo interno **, com o intuito de
modificação de decisão interlocutória.
9. Pré questionamento:
1ºgrau TJ
Sentença Apelação Acordão Recurso especial STJ
***
Embargos declaratórios Recurso Extraordinário STF
O advogado vai falar da omissão do juiz, ou seja,
algo que ele não tinha mencionado na sentença (# de deixar de julgar)
OBS: Recurso especial e Recurso extraordinário não aceitam matéria nova no
processo.
*** Pré questionamento (antes questionado): é um requisito de admissibilidade
do Recurso especial e Recurso extraordinário.
Trata-se de um requisito de admissibilidade para o recurso especial e para o
recurso extraordinário. Muitos advogados no CPC/73 interpunha os embargos
declaratórios com o intuito de forçar o juízo a questionar uma matéria que não
foi trazida em sua decisão. O CPC/15 já admite a interposição dos embargos
declaratórios com esse objetivo, estendendo seus efeitos ao acordão proferido
pelo tribunal de justiça, com o objetivo de preparar a interposição do recurso
especial e do recurso extraordinário. (Art. 1025 CPC)
Art. 1025 Consideram incluídos no acórdão os elementos que o embargante
suscitou, para afins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere
existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.
OBS: A análise dos embargos declaratórios será feita pelo mesmo órgão que
proferiu a sentença.
OBS: Embargos declaratórios com efeitos infringentes: efeitos infringentes
significa com efeitos modificativos, ou seja, este embargo é interposto ara que
o juiz altere o teor da sentença. Logo, todo caso que venha erro material o
recurso correto será embargos declaratórios com efeitos infringentes. EX: Caso
altere aquilo que foi pedido.
10. Embargos declaratórios protelatórios:
Conforme previsão do artigo 1026, parágrafos 2º a 4º os embargos
declaratórios que forem interpostos para protelar o processo serão cabíeis de
multa de até 2% sob o valor da causa (interpostos pela primeira vez), e de até
10% sob o valor da causa se forem reiterados. Neste último caso o
embargante, caso queira interpor outro recurso, terá que depositar o valor da
multa em favor do embargado. Caso seja constatado que os dois últimos
embargos interpostos sejam protelatórios, este embargante não terá mais o
direito de interpor novos embargos.
Art. 1026. § 2o Quando manifestamente protelatórios os embargos de
declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o
embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento
sobre o valor atualizado da causa.
§ 4o Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2
(dois) anteriores houverem sido considerados protelatórios.

OBS: Embargos a título de esclarecimento da decisão não tem preparo


(pagamento), não tem contraditório e não tem contrarrazão.
Tem efeito interruptivo e não suspensivo, ou seja, ele somente interrompe o
processo não suspende o processo. Ex: Ação de cobrança – autor R$ 5000,00
1º grau
Sentença Embargos declaratórios com efeitos infringentes (Erro material /
contraditório) intima a parte contrária para contrária para contrarrazão: 5
dias
R$10.000,00 (cobrança)
R$ 2.000,00 (Lucro cessante)
R$ 1.500,00 (dano moral)

Julga os embargos Publicação da decisão dos embargos


Devolve para as partes o prazo, por inteiro para apelação (15 dias).
Apelação: Artigo 1009º a 1014º
Art. 1.009.  Da sentença cabe apelação.
§ 1o As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu
respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela
preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente
interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões.
§ 2o Se as questões referidas no § 1o forem suscitadas em contrarrazões,
o recorrente será intimado para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se a respeito
delas.
§ 3o O disposto no caput deste artigo aplica-se mesmo quando as
questões mencionadas no art. 1.015 integrarem capítulo da sentença.
Art. 1.010.  A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro
grau, conterá:
I - os nomes e a qualificação das partes;
II - a exposição do fato e do direito;
III - as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade;
IV - o pedido de nova decisão.
§ 1o O apelado será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de
15 (quinze) dias.
§ 2o Se o apelado interpuser apelação adesiva, o juiz intimará o apelante
para apresentar contrarrazões.
§ 3o Após as formalidades previstas nos §§ 1o e 2o, os autos serão
remetidos ao tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de admissibilidade.
Art. 1.011.  Recebido o recurso de apelação no tribunal e distribuído
imediatamente, o relator:
I - decidi-lo-á monocraticamente apenas nas hipóteses do art. 932, incisos
III a V;
II - se não for o caso de decisão monocrática, elaborará seu voto para
julgamento do recurso pelo órgão colegiado.
Art. 1.012.  A apelação terá efeito suspensivo.
§ 1o Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos
imediatamente após a sua publicação a sentença que:
I - homologa divisão ou demarcação de terras;
II - condena a pagar alimentos;
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os
embargos do executado;
IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória;
VI - decreta a interdição. (será revogado por não ter interdição no CC)
§ 2o Nos casos do § 1o, o apelado poderá promover o pedido de
cumprimento provisório depois de publicada a sentença.
§ 3o O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1o
poderá ser formulado por requerimento dirigido ao:
I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e
sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para
julgá-la;
II - relator, se já distribuída a apelação.
§ 4o Nas hipóteses do § 1o, a eficácia da sentença poderá ser suspensa
pelo relator se o apelante demonstrar a probabilidade de provimento do
recurso ou se, sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave
ou de difícil reparação.
Art. 1.013.  A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria
impugnada.
§ 1o Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas
as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido
solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado.
§ 2o Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz
acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento
dos demais.
§ 3o Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o
tribunal deve decidir desde logo o mérito quando:
I - reformar sentença fundada no art. 485;
II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os
limites do pedido ou da causa de pedir;
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que
poderá julgá-lo;
IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.
§ 4o Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a
prescrição, o tribunal, se possível, julgará o mérito, examinando as demais
questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo de primeiro grau.
§ 5o O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela
provisória é impugnável na apelação.
Art. 1.014.  As questões de fato não propostas no juízo inferior poderão
ser suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo
de força maior.

1. Conceito: Trata-se do recurso interposto contra sentença, com o intuito de


reforma-la.
2. Efeitos: A apelação possuí efeito suspensivo (que suspende a sentença até
que apelação seja julgado) e efeito devolutivo (que transfere ao tribunal a
competência de julgamento desse recurso, objetivando a mudança da
sentença.
OBS: Agravo não muda sentença, apenas decisão interlocutória.
A apelação que modifica sentença.
** Artigo 1012º, parágrafo I: Exceções em que a apelação não tem efeito
suspensivo.
EX: Ação de cobrança:
Autor: Paulo (R$5.000,00)
Ré: Rafaela
1º Grau
Sentença Apelação (ré reduzir o valor da condenação)
Intimação da
R$4.000,00 parte contrária

Contrarrazão (Paulo) 15 dias (impugna o recurso) Remetida a apelação


para o TJ Juiz relator recebe a apelação Juízo de admissibilidade
Marca o julgamento
1º)A apelação é remetida sempre ao órgão hierarquicamente superior àquele
que proferiu a sentença.
2º)Tem preparo (pagamento).
3º)Admite contraditório
4º) TJ – Faz o juízo de admissibilidade (juiz relator) e julga.
Quando tem uma sentença parcialmente deferida significa que as duas partes
poderão recorrer. Ex: Pedido: R$2.000,00

Apelação do autor contrarrazão


Sentença 15 dias TJ – 2 apelações
julgadas na sessão
Apelação do réu Contrarrazão
Juiz relator
Juízo de admissibilidade
OBS: Admite-se fato novo no recurso de apelação, que será totalmente
apreciado pelo Tribunal de Justiça. Será necessário demonstrar, que a
existência desse fato novo é anterior ao ajuizamento da ação, e que não foi
apreciado anteriormente por decorrência de força maior. Se isso não for
provado o juiz relator em decisão monocrática poderá indeferi-lo de imediato.
Contra essa decisão caberá agravo interno.
A apelação será julgada pelo Tribunal de Justiça, podendo os advogados das
partes fazerem sustentação oral, cuja inscrição será feita um dia anterior a
sessão de julgamento.
Exercícios
Fábio ajuizou uma ação de reparação de danos em face de Alberto,
requerendo danos materiais no valor de R$ 2.500,00 reais e lucros
cessantes no valor de R$1.500,00 reais. Na audiência de instrução e
julgamento tanto Fábio quanto Alberto levaram testemunhas, que
confirmaram a inicial e a contestação. Ao proferir a sentença, o juiz se
baseou integralmente ao depoimento de uma das testemunhas de Fábio,
o que por consequência deixou de analisar pontos importantes da inicial
e da contestação. O juiz condenou Alberto ao pagamento de danos
materiais no valor de R$2.500,00 reais, lucro cessantes no valor de R$
1.500,00 reais e dano moral no valor de R$3.000,00 reais. Analise o caso e
como advogado de Alberto, aponte o recurso a ser interposto, e justifique
sua reposta.
R. O recurso que deve ser interposto são os embargos declaratórios, para que
a sentença do juiz seja esclarecida, pois este foi contraditório ao trazer algo
que não foi pedido no processo proferindo uma sentença extra petita.
E ainda foi omisso, pois não analisou todos os pontos importantes do processo,
ou seja, quanto ao pré-questionamento.
Samantha contratou o serviço de José, arquiteto, para reformar o seu
quarto, e construir nele um closet. O serviço tinha que ser entregue até o
dia 06 de março de 2016, mas tal obrigação não foi realizada por José. Por
ser um contrato verbal e diante do seu descumprimento, Samantha teve
que ajuizar uma ação exigindo que José cumprisse a obrigação de fazer.
Durante o processo, José deixou bem claro que não faria a reforma no
quarto de Samantha, o que por consequência fez com que o juiz o
condenasse ao pagamento do valor cobrado pelo serviço e que já havia
sido pago, mais juros e correção monetária e ainda uma multa de 10%
calculada sobre o valor do serviço, e requerida por Samantha na petição
inicial, sob a fundamentação de que mesmo o contrato sendo verbal, por
analogia tem direito a multa de descumprimento contratual. Aponte o
recurso a ser interposto pelo advogado de José e justifique sua resposta.
Aponte ainda o órgão julgador desse recurso.
R. O recurso a ser interposto pelo advogado de José é a apelação para
requerer a modificação da sentença que será julgada pelo Tribunal de Justiça.
Agravo: Art. 1015º a 1021º
1. Conceito:
Trata-se do recurso que impugna e reforma a decisão interlocutória, que ocorre
em primeira ou segunda instância. Pela legislação atual têm-se duas espécies
de agravo: instrumento e interno (ou regimental).
2. Efeitos:
Quando interposto em decisão interlocutória de primeira instância, admite-se o
efeito devolutivo, por ter o seu julgamento realizado por um órgão
hierarquicamente superior ao que proferiu a decisão. Tem efeito suspensivo,
em regra, pois impede que o recorrente cumpra a decisão interlocutória até que
o agravo seja julgado. Alguns doutrinadores, acrescentam o efeito interruptivo
por interromper o prazo de interposição de outros recursos durante o seu
trâmite.
OBS:
Medidas de urgência

Tutela provisória liminar Processo cautelar


(antecipada)
Verossimilhança fumus boni iuris periculum in mora
Possibilidade de sofrer um dano

Petição Citação Audiência De conciliação e Contestação


inicial mediação
Agravo de instrumento TJ
Tutela provisória Acordão
(medida de urgência) intimação da parte para contrarrazão
(15dias)
OBS: Qual a medida de urgência que julga o mérito do processo? Liminar
Incidente = acontece no curso do processo que deve ser jugada antes da
matéria do processo.
3. Requisitos e Cabimento
Cabimento:
Art. 1015º CPC: Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que
versarem sobre:
I - tutelas provisórias;
II - mérito do processo;
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua
revogação;
VI - exibição ou posse de documento ou coisa;
VII - exclusão de litisconsorte;
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à
execução;
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o;
XII - (VETADO);
XIII - outros casos expressamente referidos em lei.
Parágrafo único.  Também caberá agravo de instrumento contra decisões
interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de
sentença, no processo de execução e no processo de inventário.

Requisitos:
Art. 1017º CPC A petição de agravo de instrumento será instruída:
I - obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da petição
que ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da
respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividade e das
procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado;
II - com declaração de inexistência de qualquer dos documentos referidos no
inciso I, feita pelo advogado do agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal;
III - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis.
§ 1o  Acompanhará a petição o comprovante do pagamento das respectivas
custas e do porte de retorno, quando devidos, conforme tabela publicada pelos
tribunais.
§ 2o  No prazo do recurso, o agravo será interposto por:
I - protocolo realizado diretamente no tribunal competente para julgá-lo;
II - protocolo realizado na própria comarca, seção ou subseção judiciárias;
III - postagem, sob registro, com aviso de recebimento;
IV - transmissão de dados tipo fac-símile, nos termos da lei;
V - outra forma prevista em lei.
§ 3o Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso de algum outro vício que
comprometa a admissibilidade do agravo de instrumento, deve o relator aplicar o
disposto no art. 932, parágrafo único.
§ 4o Se o recurso for interposto por sistema de transmissão de dados tipo fac-
símile ou similar, as peças devem ser juntadas no momento de protocolo da petição
original.
§ 5o Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as peças referidas
nos incisos I e II do caput, facultando-se ao agravante anexar outros documentos que
entender úteis para a compreensão da controvérsia.

Agravo instrumento
Segundo o novo CPC o agravante deve instruir a petição de agravo com a
cópia da petição agravada, com a cópia da intimação, com a cópia da certidão
da intimação da decisão agravada, com cópia da decisão que ensejou a
decisão agravada, com cópia da petição inicial e da contestação, com cópia da
procuração dos advogados (todos são obrigatórios). Facultativamente o
agravante poderá juntar qualquer peça que achar relevante.
Caso um dos documentos obrigatórios não possa ser juntado, o agravante
deverá apresentar uma declaração que justifique a sua ausência.
O agravo é distribuído para o tribunal competente para julgá-lo, adquirirá um
novo número, por tal motivo formará um instrumento. Em decorrência da forma
em como é distribuído, deverá trazer a qualificação completa das partes e
cumprir os requisitos de admissibilidade de qualquer recurso, como por
exemplo: a fundamentação e o pedido de reforma da decisão agravada.
Agravo interno
Art. 1.021 CPC.  Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o
respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do
regimento interno do tribunal.
§ 1o Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os
fundamentos da decisão agravada.
§ 2o O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-
se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo
retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em
pauta.
§ 3o É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão
agravada para julgar improcedente o agravo interno.
§ 4o Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou
improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada,
condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento
do valor atualizado da causa.
§ 5o A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito
prévio do valor da multa prevista no § 4o, à exceção da Fazenda Pública e do
beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final.

É um recurso que combate decisão interlocutória proferida pelo juiz relator.


Para a sua interposição é necessário seguir as normas gerais do código de
processo civil, mas caberá também ao recorrente a observação do regimento
interno do tribunal ad quem (tribunal que receberá o recurso). Cabe
contrarrazão no mesmo prazo de sua interposição, qual seja, 15 dias. Com a
sua interposição, o juiz relator poderá se retratar, mas senão o fizer marcará a
sessão de julgamento ao órgão colegiado. Se o agravo interno é inadmitido ou
julgado improcedente, o órgão colegiado condenará o recorrente (agravante)
ao pagamento de uma multa de 1% a 5% sob o valor da causa em favor do
recorrido (agravado). Fica o recorrente sob a condição de pagar tal multa, caso
queira interpor um novo recurso.
Observações Gerais
- Não cabe recurso adesivo para o agravo;
- Apresenta efeitos suspensivo, devolutivo e interruptivo, salvo as exceções
previstas em lei. Ex.: Se a decisão interlocutória tratar de alimentos.
- O agravante terá que juntar no processo uma cópia do agravo, para que o juiz
tenha conhecimento de sua interposição.
Art. 1018 CPC. O agravante poderá requerer a juntada, aos autos do processo, de
cópia da petição do agravo de instrumento, do comprovante de sua interposição e da
relação dos documentos que instruíram o recurso.
§ 1o Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator
considerará prejudicado o agravo de instrumento.
§ 2o Não sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará a providência prevista
no caput, no prazo de 3 (três) dias a contar da interposição do agravo de instrumento.
§ 3o O descumprimento da exigência de que trata o § 2 o, desde que arguido e
provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo de instrumento.

- O agravo tem preferência de julgamento a outros recursos.


- O agravo interposto contra decisão interlocutória proferida pelo STJ e STF é
chamado apenas de agravo, porque não forma o instrumento, já que é
devidamente protocolado.
Recurso Especial e Extraordinário – Arts. 1029 a 1042 CPC
Arts. 102 II e 105 III CF
TJ Recurso especial Lei federal STJ – Preferência de
julgamento
Acordão 15 dias
Recurso extraordinário Constituição STF
1. Conceito
Recurso Especial será interposto contra acórdão proferido pelo Tribunal de
justiça ou pelo Tribunal regional federal, que fira lei federal ou tratado. Já o
Recurso Extraordinário será cabível contra acórdão que fira a Constituição
Federal.
Podem ser interpostos juntos.
Prazo: 15 dias para interpor os dois que são feios em peça separada, pois são
encaminhados para tribunais diferentes.
Efeitos: Devolutivo e Suspensivo.
2. Requisitos
Art. 1029 CPC.  O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na
Constituição Federal, serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do
tribunal recorrido, em petições distintas que conterão:
I - a exposição do fato e do direito;
II - a demonstração do cabimento do recurso interposto;
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida.
§ 1o  Quando o recurso fundar-se em dissídio jurisprudencial, o recorrente fará a
prova da divergência com a certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência,
oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicado o
acórdão divergente, ou ainda com a reprodução de julgado disponível na rede mundial
de computadores, com indicação da respectiva fonte, devendo-se, em qualquer caso,
mencionar as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados.
§  2º (Revogado).   (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)   (Vigência)
§ 3o O Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça poderá
desconsiderar vício formal de recurso tempestivo ou determinar sua correção, desde
que não o repute grave.
§ 4o  Quando, por ocasião do processamento do incidente de resolução de
demandas repetitivas, o presidente do Supremo Tribunal Federal ou do Superior
Tribunal de Justiça receber requerimento de suspensão de processos em que se
discuta questão federal constitucional ou infraconstitucional, poderá, considerando
razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, estender a
suspensão a todo o território nacional, até ulterior decisão do recurso extraordinário ou
do recurso especial a ser interposto.
§ 5o O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a
recurso especial poderá ser formulado por requerimento dirigido:
I – ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação
da decisão de admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado
para seu exame prevento para julgá-lo; (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)  
(Vigência)
II - ao relator, se já distribuído o recurso;
III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período
compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão
do recurso, assim como no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art.
1.037. 

- Matéria de fato (não de fato novo) e de direito;


- Recurso fundamentado;
- Modificação da decisão recorrida;
- Pré-questionamento: questionado antes, ou seja, a matéria deve ter sido
questionada antes. Logo, tem que mostrar para o STF e o STJ que essa já foi
discutida antes.
- Preparo
- Tempestividade
- Repercussão geral (Arts. 1032 e ss.) apenas do recurso extraordinário
Art. 1035 CPC.
Art. 1.035.  O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá
do recurso extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver
repercussão geral, nos termos deste artigo.
§ 1o Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de
questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que
ultrapassem os interesses subjetivos do processo.
§ 2o O recorrente deverá demonstrar a existência de repercussão geral para
apreciação exclusiva pelo Supremo Tribunal Federal.
§ 3o Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar acórdão que:
I - contrarie súmula ou jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal;
II – (Revogado);          (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)   (Vigência)
III - tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal, nos
termos do art. 97 da Constituição Federal.
§ 4o O relator poderá admitir, na análise da repercussão geral, a manifestação
de terceiros, subscrita por procurador habilitado, nos termos do Regimento Interno do
Supremo Tribunal Federal.
§ 5o Reconhecida a repercussão geral, o relator no Supremo Tribunal Federal
determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes,
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território nacional.
§ 6o O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-presidente do
tribunal de origem, que exclua da decisão de sobrestamento e inadmita o recurso
extraordinário que tenha sido interposto intempestivamente, tendo o recorrente o
prazo de 5 (cinco) dias para manifestar-se sobre esse requerimento.
§ 7º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 6º ou que aplicar
entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos
repetitivos caberá agravo interno. (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)  
(Vigência)
§ 8o Negada a repercussão geral, o presidente ou o vice-presidente do tribunal
de origem negará seguimento aos recursos extraordinários sobrestados na origem
que versem sobre matéria idêntica.
§ 9o O recurso que tiver a repercussão geral reconhecida deverá ser julgado no
prazo de 1 (um) ano e terá preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que
envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus.
§ 10.  Não ocorrendo o julgamento no prazo de 1 (um) ano a contar do
reconhecimento da repercussão geral, cessa, em todo o território nacional, a
suspensão dos processos, que retomarão seu curso normal.
§ 11.  A súmula da decisão sobre a repercussão geral constará de ata, que será
publicada no diário oficial e valerá como acórdão.

O Recurso Especial e o Recurso Extraordinário apresentam, em regra, os


requisitos de admissibilidade dos demais recursos, mas especificamente o
artigo 1029 CPC traz diferenciações, se comparado ao CPC 73, como por
exemplo: matéria de fato e de direito sob a discussão de tais recursos. O pré-
questionamento, valorizado nos dois recursos exige que a fundamentação
apresentada pelo recorrente seja matéria que já foi avaliada anteriormente. Já
a repercussão geral é requisito somente do recurso extraordinário e exige que
o recorrente demonstre a existência ou não de questões do ponto de vista
econômico, político, social ou jurídico existentes no processo.
OBS: Revogados = parágrafos 2º e 5º art. 1037 CPC
Art. 1.037.  Selecionados os recursos, o relator, no tribunal superior, constatando
a presença do pressuposto do caput do art. 1.036, proferirá decisão de afetação, na
qual:
I - identificará com precisão a questão a ser submetida a julgamento;
II - determinará a suspensão do processamento de todos os processos
pendentes, individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no
território nacional;
III - poderá requisitar aos presidentes ou aos vice-presidentes dos tribunais de
justiça ou dos tribunais regionais federais a remessa de um recurso representativo da
controvérsia.
§ 1o Se, após receber os recursos selecionados pelo presidente ou pelo vice-
presidente de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal, não se proceder à
afetação, o relator, no tribunal superior, comunicará o fato ao presidente ou ao vice-
presidente que os houver enviado, para que seja revogada a decisão de suspensão
referida no art. 1.036, § 1o.
§ 3o Havendo mais de uma afetação, será prevento o relator que primeiro tiver
proferido a decisão a que se refere o inciso I do caput.
§ 4o Os recursos afetados deverão ser julgados no prazo de 1 (um) ano e terão
preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os
pedidos de habeas corpus.
§ 6o Ocorrendo a hipótese do § 5o, é permitido a outro relator do respectivo
tribunal superior afetar 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia na
forma do art. 1.036.
§ 7o Quando os recursos requisitados na forma do inciso III do caput contiverem
outras questões além daquela que é objeto da afetação, caberá ao tribunal decidir
esta em primeiro lugar e depois as demais, em acórdão específico para cada
processo.
§ 8o As partes deverão ser intimadas da decisão de suspensão de seu processo,
a ser proferida pelo respectivo juiz ou relator quando informado da decisão a que se
refere o inciso II do caput.
§ 9o Demonstrando distinção entre a questão a ser decidida no processo e
aquela a ser julgada no recurso especial ou extraordinário afetado, a parte poderá
requerer o prosseguimento do seu processo.
§ 10.  O requerimento a que se refere o § 9o será dirigido:
I - ao juiz, se o processo sobrestado estiver em primeiro grau;
II - ao relator, se o processo sobrestado estiver no tribunal de origem;
III - ao relator do acórdão recorrido, se for sobrestado recurso especial ou
recurso extraordinário no tribunal de origem;
IV - ao relator, no tribunal superior, de recurso especial ou de recurso
extraordinário cujo processamento houver sido sobrestado.
§ 11.  A outra parte deverá ser ouvida sobre o requerimento a que se refere o §
9o, no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 12.  Reconhecida a distinção no caso:
I - dos incisos I, II e IV do § 10, o próprio juiz ou relator dará prosseguimento ao
processo;
II - do inciso III do § 10, o relator comunicará a decisão ao presidente ou ao vice-
presidente que houver determinado o sobrestamento, para que o recurso especial ou
o recurso extraordinário seja encaminhado ao respectivo tribunal superior, na forma do
art. 1.030, parágrafo único.
§ 13.  Da decisão que resolver o requerimento a que se refere o § 9o caberá:
I - agravo de instrumento, se o processo estiver em primeiro grau;
II - agravo interno, se a decisão for de relator.

OBS: Caso o recurso especial e o recurso extraordinário forem indeferidos


cabe agravo (este é protocolado diretamente no STJ ou STF e combate a
inadmissão do recurso especial e extraordinário).
Recursos Repetitivos
Tanto o STJ quanto o STF poderão utilizar as regras de julgamento de
recursos repetitivos. Diante de casos semelhantes haverá uma seleção de dois
ou mais recursos, dentre todos interpostos e admitidos para que haja o seu
julgamento. Se a decisão dos recursos selecionados for praticamente a
mesma, ela também será apresentada aos recursos que estão na espera. Mas
se as decisões forem diferenciadas, os recursos que estão na espera serão
chamados e cada um será julgado separadamente.

Art. 1036 CPC. Sempre que houver multiplicidade de recursos extraordinários ou


especiais com fundamento em idêntica questão de direito, haverá afetação para
julgamento de acordo com as disposições desta Subseção, observado o disposto no
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e no do Superior Tribunal de Justiça.
§ 1o O presidente ou o vice-presidente de tribunal de justiça ou de tribunal
regional federal selecionará 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia,
que serão encaminhados ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de
Justiça para fins de afetação, determinando a suspensão do trâmite de todos os
processos pendentes, individuais ou coletivos, que tramitem no Estado ou na região,
conforme o caso.
§ 2o O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-presidente, que
exclua da decisão de sobrestamento e inadmita o recurso especial ou o recurso
extraordinário que tenha sido interposto intempestivamente, tendo o recorrente o
prazo de 5 (cinco) dias para manifestar-se sobre esse requerimento.
§ 3º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 2º caberá apenas
agravo interno. (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)
§ 4o A escolha feita pelo presidente ou vice-presidente do tribunal de justiça ou
do tribunal regional federal não vinculará o relator no tribunal superior, que poderá
selecionar outros recursos representativos da controvérsia.
§ 5o O relator em tribunal superior também poderá selecionar 2 (dois) ou mais
recursos representativos da controvérsia para julgamento da questão de direito
independentemente da iniciativa do presidente ou do vice-presidente do tribunal de
origem.
§ 6o Somente podem ser selecionados recursos admissíveis que contenham
abrangente argumentação e discussão a respeito da questão a ser decidida.

Coisa Julgada
1. Conceito de coisa julgada formal: É a imutabilidade da decisão proferida
no processo em que ela foi dada. Na sentença terminativa (aquele que
extingue o processo sem o julgamento do mérito) ocorre coisa julgada formal,
porque a decisão não poderá ser alterada nesse processo, mas a parte terá o
direito a uma decisão diferente com ajuizamento de uma nova ação
(perempção). Ocorre também no caso em que a parte decide recorrer somente
de uma parte da sentença, fazendo com que a outra parte se torne imutável.
2. Conceito de coisa julgada material: É a decisão que se torna imutável no
processo em que foi proferida e em qualquer outro processo, é o que significa
dizer que o processo transitou em julgado
3. Limites da coisa julgada:
a) Inter partes: A coisa julgada atinge somente as partes envolvidas no
processo.
b) Intra partes: A coisa julgada atinge as partes envolvidas no processo e
também terceiros diretamente relacionados. Como por exemplo: fiador.
c) Ultra partes: O trânsito em julgado do processo atinge as partes nele
envolvidas e toda uma coletividade que nele tenha interesse. Ex.: Ação civil
pública mandado de segurança coletivo, Ação ajuizada por sindicato
requerendo direitos a determinada categoria de empregados.
4. Efeitos:
a) Negativo: Por não existir mais a possibilidade de reformar a decisão, o
trânsito em julgado do processo se torna um efeito negativo para a parte
insatisfeita com a decisão.
b) Positivo: A parte vencedora se desfruta do efeito positivo da coisa julgada,
por não existir mais a possibilidade de reformar a decisão.
c) Preclusivo: Com o trânsito em julgado preclui para todas as partes o direito
de recorrer da decisão proferida.
5. Relativização da coisa julgada
a) Querela Nulitatis:
Trata-se de uma ineficácia ação, cujo objetivo é anular todo o processo até a
citação, em recorrência da ou inexistência da própria citação. Poderá ser
ajuizada, mesmo que o processo tenha transitado em julgado.

b). Ação Rescisória:


Prazo: Em regra 2 anos, com exceções.
Art. 966.  A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:
I - se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou
corrupção do juiz;
II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente;
III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte
vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei;
IV - ofender a coisa julgada;
V - violar manifestamente norma jurídica;
VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo
criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória;
VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja
existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar
pronunciamento favorável;
VIII - for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos.
§ 1o Há erro de fato quando a decisão rescindenda admitir fato inexistente ou
quando considerar inexistente fato efetivamente ocorrido, sendo indispensável, em
ambos os casos, que o fato não represente ponto controvertido sobre o qual o juiz
deveria ter se pronunciado.
§ 2o Nas hipóteses previstas nos incisos do caput, será rescindível a decisão
transitada em julgado que, embora não seja de mérito, impeça:
I - nova propositura da demanda; ou
II - admissibilidade do recurso correspondente.
§ 3o A ação rescisória pode ter por objeto apenas 1 (um) capítulo da decisão.
§ 4o Os atos de disposição de direitos, praticados pelas partes ou por outros
participantes do processo e homologados pelo juízo, bem como os atos
homologatórios praticados no curso da execução, estão sujeitos à anulação, nos
termos da lei.
§ 5º  Cabe ação rescisória, com fundamento no inciso V do caput deste artigo,
contra decisão baseada em enunciado de súmula ou acórdão proferido em julgamento
de casos repetitivos que não tenha considerado a existência de distinção entre a
questão discutida no processo e o padrão decisório que lhe deu fundamento.            
§ 6º  Quando a ação rescisória fundar-se na hipótese do § 5º deste artigo,
caberá ao autor, sob pena de inépcia, demonstrar, fundamentadamente, tratar-se de
situação particularizada por hipótese fática distinta ou de questão jurídica não
examinada, a impor outra solução jurídica.

Art. 966, inciso I: Se o juiz, de primeira ou segunda instância tiver proferido a


decisão em benefício de uma das partes, mas cometendo os crimes de
prevaricação ou corrupção ou concussão, caberá a parte prejudicada o direito
de ajuizar a ação rescisória, e anular a decisão proferida. Para ajuizar a ação
rescisória, baseada nestes incisos não é necessário que o juiz já esteja
respondendo por processo criminal. Pode o autor da ação rescisória requerer a
intimação do Ministério Público para tomar conhecimento do suposto crime
praticado.
Inciso II: Juiz impedido ou absolutamente incompetente
Também é motivo de se ajuizar ação rescisória quando a decisão que
prejudicar uma das partes for proferida por juiz impedido ou absolutamente
incompetente. O legislador deixou de mencionar a suspeição, que se ocorrer
poderá ser fundamentada de acordo com o inciso V desse mesmo artigo. A
incompetência relativa, por se basear no valor da causa ou competência
territorial, não trará grandes prejuízos ao processo, havendo, portanto, a sua
prorrogação.
Inciso III: Autor da ação Ministério Público
Se uma das partes pratica dolo no processo com o intuito de prejudicar a outra
parte, ou se as duas partes, de comum acordo, realizam transação com o
intuito de fraudar a lei caberá a ação rescisória. Neste último caso, a autoria da
ação rescisória será do Ministério Público e os réus serão autor e réu da ação
originária. A fundamentação do MP poderá se basear no interesse público
porque as partes fraudaram a lei.
Inciso IV: a coisa julgada mencionada neste inciso, trata-se da coisa julgada
material, onde se caracteriza a imutabilidade da decisão no processo em que
foi proferida e em qualquer outro processo. A parte prejudicada que de má fé
ajuizar uma outra ação e conseguir êxito nela poderá ter ajuizado contra si a
ação rescisória sob a fundamentação que esta segunda ação não respeitou a
coisa julgada.
Inciso V: Violação de Norma Jurídica
É um inciso muito amplo em que dá a oportunidade ao prejudicado no processo
transitado em julgado de ajuizar a ação rescisória no caso em que seu
processo não abrangido nos demais incisos. A suspeição (suspeito) do juiz
pode ser encaixada nele já que houve falha do legislador em não trazer o inciso
dois a suspeição, motivo que também tem poder de rescindir a decisão
transitado em julgado.
Inciso VI: Prova Falsa
Não é necessário ter processo criminal já tramitando antes do ajuizamento
rescisório, como no inciso um é possível que o MP seja intimado na ação
rescisória para tomar conhecimento que o vencedor do processo transitado e
julgado só obteve êxito com a apresentação de prova falsa. Esta prova pode
ser de qualquer natureza.
Inciso VII: Prova Nova
A doutrina a chama de fato novo, e o “novo” trazido em sua nomenclatura faz
referência ao seu conhecimento no processo que transitou em julgado. O fato
novo é novidade para o processo, porque aquele que o alega na ação deverá
prova a sua existência antes do ajuizamento da ação, e provar também que
impossibilitado de alguma forma de apresenta-lo no processo. Caso este inciso
seja a base da ação rescisória o prazo de ajuizamento desta será de 5 anos
(art.975 §2º).
Inciso VIII: Erro de Fato Verificável
A sua definição está prevista no §1º deste mesmo artigo, mas conclui-se será
caracterizado quando o juiz tiver o entendimento contrário da verdadeira
essência do fato, ou seja, o juiz considera um fato inexistente como se
existente fosse ou considerará um fato existente como inexistente.
Regras de procedimento de ação rescisória
- Competência originaria
- Tribunal de Justiça

- Legitimidade:

Art. 967 CPC. Têm legitimidade para propor a ação rescisória:


I - quem foi parte no processo ou o seu sucessor a título universal ou singular;
II - o terceiro juridicamente interessado;
III - o Ministério Público:
a) se não foi ouvido no processo em que lhe era obrigatória a intervenção;
b) quando a decisão rescindenda é o efeito de simulação ou de colusão das
partes, a fim de fraudar a lei;
c) em outros casos em que se imponha sua atuação;
IV - aquele que não foi ouvido no processo em que lhe era obrigatória a
intervenção.
Parágrafo único.  Nas hipóteses do art. 178, o Ministério Público será intimado
para intervir como fiscal da ordem jurídica quando não for parte.

a) autor: parte prejudicada no processo que transitou em julgado e seu


sucessor.
-Terceiro interessado MP.
a) MP tem obrigatoriedade de manifestar no processo que transitou em julgado,
e não foi.
b) simulação ou colisão entre as partes - Art. 966, III CPC. resultar de dolo ou
coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação
ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei;

c) necessidade de sua atuação.


Réu: parte contraria, que de alguma forma se beneficiou com o processo
transitou em julgado.
- Petição inicial

Art. 319 CPC.  A petição inicial indicará:


I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a
profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do
autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos
alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de
mediação.
§ 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor,
na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a
que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.
§ 3o A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no
inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou
excessivamente oneroso o acesso à justiça.

- Citação para contestar prazo mínimo de 15 dias e prazo máximo de 30 dias.


Art. 970 CPC.  O relator ordenará a citação do réu, designando-lhe prazo nunca
inferior a 15 (quinze) dias nem superior a 30 (trinta) dias para, querendo, apresentar
resposta, ao fim do qual, com ou sem contestação, observar-se-á, no que couber, o
procedimento comum.

- Terá que ser depositado 5% sobre o valor da causa, em juízo, a título de


multa
Art. 968, II CPC. depositar a importância de cinco por cento sobre o valor da causa,
que se converterá em multa caso a ação seja, por unanimidade de votos, declarada
inadmissível ou improcedente.

Obs.: ação rescisória não é recurso


Não há suspensão do processo de execução enquanto transita a ação
rescisória. Cabe a ação rescisória da ação rescisória.
-Prazo para ajuizamento: 2 anos. Regra: Art.975, caput, CPC. O direito à rescisão
se extingue em 2 (dois) anos contados do trânsito em julgado da última decisão
proferida no processo.

Exceções: 5 anos - Art. 975, §2º. Se fundada a ação no inciso VII do art. 966, o
termo inicial do prazo será a data de descoberta da prova nova, observado o prazo
máximo de 5 (cinco) anos, contado do trânsito em julgado da última decisão proferida
no processo.
§ 3o Nas hipóteses de simulação ou de colusão das partes, o prazo começa a
contar, para o terceiro prejudicado e para o Ministério Público, que não interveio no
processo, a partir do momento em que têm ciência da simulação ou da colusão.

Da homologação de Sentença Estrangeira e da concessão do exequatur à


Carta Rogatória – Arts. 960 a 965 CPC.
Homologação de sentença estrangeira: Trata-se de uma ação ajuizada no STJ,
cujo o objetivo em regra, é executar uma sentença estrangeira transitada em
julgado. A sentença estrangeira é considerada título executivo judicial conforme
a lei brasileira, e será executada na justiça federal competente. Admite-se esta
ação para decisão interlocutória e também para a emissão de documento que
garanta o cumprimento de carta rogatória. (exequatur)
Requisitos para a homologação da sentença estrangeira - Art 15º LINDB
a) Haver sido proferida por juiz competente: A legislação brasileira determina
que se uma decisão é proferida por juiz absolutamente incompetente, caberá a
sua anulação e de todos os atos processuais proferidos por ele, inclusive
depois do trânsito em julgado, através da ação rescisória.
b) Terem sido as partes citadas ou haver-se legalmente verificado a revelia: A
citação dá validade ao processo, que segundo a lei brasileira completa a sua
própria definição quando Liebrman define processo como: procedimento em
contraditório. Com a citação do réu, o contraditório é caracterizado, porque lhe
dará a oportunidade de impugnar os dizeres do autor. Na legislação brasileira
um processo que não tenha apresentado uma citação válida ou que a revelia
não tenha ocorrido de forma legal cabe a anulação processual. O STJ analisa a
citação ocorrida no processo estrangeiro ou ainda se a revelia foi devidamente
apresentada no processo, para que não corra o risco de anulação de processo
estrangeiro em território brasileiro.
c) Ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para
a execução no lugar em que foi proferida: O STJ somente homologará a
sentença estrangeira se ela cumpre as formalidades exigidas pelo seu país de
origem para se iniciar a execução definitiva (processo transitado em julgado e
que não cabe mais reforma).
d) Estar traduzida por interprete autorizado: Todo processo deve ser traduzido
por tradutor juramentado, cadastrado em consulado estrangeiro, situado em
território brasileiro.
e) Ter sido homologada pelo STJ.
Art. 960.  A homologação de decisão estrangeira será requerida por ação de
homologação de decisão estrangeira, salvo disposição especial em sentido contrário
prevista em tratado.
§ 1o A decisão interlocutória estrangeira poderá ser executada no Brasil por
meio de carta rogatória.
§ 2o A homologação obedecerá ao que dispuserem os tratados em vigor no
Brasil e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça.
§ 3o A homologação de decisão arbitral estrangeira obedecerá ao disposto em
tratado e em lei, aplicando-se, subsidiariamente, as disposições deste Capítulo.

OBS: Homologação de sentença estrangeira necessária? Há uma discussão


trazida por alguns doutrinadores, se há necessidade da homologação dada
pelo STJ, para uma decisão estrangeira gerar efeitos no Brasil. Daniel
Assumpção diz que a natureza da sentença é claramente constitutiva, porque a
partir de homologada ela sofre uma alteração se comparada ao seu início.
Esse mesmo autor, diz não ser integralmente necessária, principalmente se
tratar de decisão interlocutória provisória, que por uma simples carta rogatória
poderá ser cumprida. Para esse autor, será constitutiva necessária se a
decisão a ser homologada, trata-se de sentença transitada em julgada.
Art. 961 CPC.  A decisão estrangeira somente terá eficácia no Brasil após a
homologação de sentença estrangeira ou a concessão do exequatur às cartas
rogatórias, salvo disposição em sentido contrário de lei ou tratado.
§ 1o É passível de homologação a decisão judicial definitiva, bem como a
decisão não judicial que, pela lei brasileira, teria natureza jurisdicional.
§ 2o A decisão estrangeira poderá ser homologada parcialmente.
§ 3o A autoridade judiciária brasileira poderá deferir pedidos de urgência e
realizar atos de execução provisória no processo de homologação de decisão
estrangeira.
§ 4o Haverá homologação de decisão estrangeira para fins de execução fiscal
quando prevista em tratado ou em promessa de reciprocidade apresentada à
autoridade brasileira.
§ 5o A sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos no Brasil,
independentemente de homologação pelo Superior Tribunal de Justiça.
§ 6o Na hipótese do § 5o, competirá a qualquer juiz examinar a validade da
decisão, em caráter principal ou incidental, quando essa questão for suscitada em
processo de sua competência.

OBS:
Procedimento: Ao ajuizar a ação, cujo objetivo é homologação da sentença
estrangeira, o STJ citará a parte contrária para contestar no prazo de 15 dias,
depois da apresentação da defesa, intimará o Ministério Público para que se
manifeste sobre o pedido (10 dias), e somente depois da oitiva do MP, o STJ
proferirá a sua decisão. Sendo homologada, o autor terá que distribuir a
execução na justiça federal competente, e a petição inicial deverá também ser
instruída com a cópia da homologação da sentença estrangeira, e a partir
desse momento a execução tramitará de acordo com a lei brasileira.
Art. 962.  É passível de execução a decisão estrangeira concessiva de medida
de urgência.
§ 1o A execução no Brasil de decisão interlocutória estrangeira concessiva de
medida de urgência dar-se-á por carta rogatória.
§ 2o A medida de urgência concedida sem audiência do réu poderá ser
executada, desde que garantido o contraditório em momento posterior.
§ 3o O juízo sobre a urgência da medida compete exclusivamente à autoridade
jurisdicional prolatora da decisão estrangeira.
§ 4o Quando dispensada a homologação para que a sentença estrangeira
produza efeitos no Brasil, a decisão concessiva de medida de urgência dependerá,
para produzir efeitos, de ter sua validade expressamente reconhecida pelo juiz
competente para dar-lhe cumprimento, dispensada a homologação pelo Superior
Tribunal de Justiça.

OBS:
- Sentença transitada em julgado precisa passar pelo STJ.
- Carta rogatória como é decisão interlocutória não precisa passar pelo STJ.
OBS: O CPC de 2015, além dos requisitos trazidos pelo artigo 15º LINDB,
também exige que a sentença estrangeira não fira a coisa julgada material (art.
963, IV CPC) e que não contenha ofensas a ordem pública (art. 963, VI CPC).
Admite-se o trâmite de processos semelhantes ao mesmo tempo, em território
brasileiro e território estrangeiro contanto que a causa de pedir seja diversa.
Não caracteriza litispendência.

Art. 963.  Constituem requisitos indispensáveis à homologação da decisão:


I - ser proferida por autoridade competente;
II - ser precedida de citação regular, ainda que verificada a revelia;
III - ser eficaz no país em que foi proferida;
IV - não ofender a coisa julgada brasileira;
V - estar acompanhada de tradução oficial, salvo disposição que a dispense
prevista em tratado;
VI - não conter manifesta ofensa à ordem pública.
Parágrafo único.  Para a concessão do exequatur às cartas rogatórias, observar-
se-ão os pressupostos previstos no caput deste artigo e no art. 962, § 2o.

Segundo o inciso V do artigo 963 do CPC a tradução de tratado em que o


Brasil tenha parceria não precisa ser feita por tradutor juramentado, se nele
estiver exposto.
Art. 964.  Não será homologada a decisão estrangeira na hipótese de
competência exclusiva da autoridade judiciária brasileira.
Parágrafo único.  O dispositivo também se aplica à concessão do exequatur à
carta rogatória.
Art. 965.  O cumprimento de decisão estrangeira far-se-á perante o juízo federal
competente, a requerimento da parte, conforme as normas estabelecidas para o
cumprimento de decisão nacional.
Parágrafo único.  O pedido de execução deverá ser instruído com cópia
autenticada da decisão homologatória ou do exequatur, conforme o caso.

Execução: Competente para julgar é a Justiça Federal (TRF).

Lei 9099/95 - Juizado Cível


Ações de até 40 salários mínimos
Ações de até 20 salários mínimos não necessita de advogado
Citação por AR – para comparecer em audiência de conciliação

Conciliação acordo – homologado pelo juiz título executivo (sentença)


Mas há provas a produzir AIJ Contestação
Não há mais provas a produzir ou se o objeto for matéria de
fato e de direito julgamento antecipado da lide
Audiência de Instrução e Julgamento
Justiça Comum JESP
- Perícia; - Depoimento pessoal:
- Depoimento pessoal: 1º autor
1º autor 2º réu
2º réu
-Testemunha: - 3 testemunhas para cada parte
1º autor
2º réu
OBS: Corpo da sentença
- Relatório (o juiz não é obrigado a fazê-lo)
- Fundamentação
- Dispositivo

Sentença Embargos declaratórios


Recurso Inominado
Embargos declaratórios na JESP
 Efeito suspensivo; (Assim que a decisão dos embargos declaratórios é
proferida, começa o prazo do recurso inominado do ponto em que parou,
ou seja, se foi interposto no 1º dia terá mais 9 dias.
 Prazo de interposição – 5 dias
Recurso Inominado na JESP
 Prazo de interposição - 10 dias
 Serve para alterar decisão;
 Tem preparo;(O comprovante de pagamento poderá ser apresentado até
48 horas após o horário de interposição do recurso).
 Não aceita fato novo;
 A parte contraria terá contraditório com prazo de até 10 dias.
 Será julgado pela Turma recursal (como se fosse a “2º instância” do
Juizado) composta por juízes togados. Acórdão
 Efeitos suspensivos e devolutivo.

Lei 9.099/95
Legitimidade: Qualquer pessoa poderá ajuizar a ação no juizado especial
cível, contanto que o valor da causa não ultrapasse 40 salários mínimos.
Capacidade postulatória: A capacidade de postular pertence somente ao
advogado, mas no juizado se a causa não ultrapassar 20 salários mínimos, não
há necessidade da presença do advogado. A doutrina diverge quanto a
existência da capacidade postulatória para as partes, mas os doutrinadores
majoritários tradicionais dizem que: a capacidade postulatória pertence aos
advogados e que as partes têm o benefício concedido pela Lei 9.099/95.
Audiência de Conciliação: Após o ajuizamento da ação o réu será citado para
comparecer à audiência de conciliação, cujo objetivo do próprio juizado é fazer
com que as partes celebrem um acordo. Não acontecendo as partes serão
intimidas na própria audiência de conciliação para a audiência de instrução e
julgamento. Caso não tenham provas testemunhais e depoimento pessoal a ser
recolhido, o juiz dará um prazo de 15 dias para o réu juntar no processo a
contestação, e logo em seguida colocará o processo concluso para a sentença.
Audiência de Instrução e Julgamento: Nesta audiência o réu apresentará a
sua contestação, e em seguida o juiz dará um prazo ao autor para impugnar a
contestação (em termos gerais) e os documentos. Após este prazo, começará
a instrução, ouvindo as partes (depoimento pessoal) se for requerido por
qualquer delas ou pelo próprio juiz; Ouvirá as testemunhas do autor e depois
do réu, para ambas partes no máximo de três; E proferirá sentença ou colocará
o processo concluso para a sentença.
Provas: Podem ser produzidas no juizado as provas documentais,
testemunhais e depoimento pessoal. Se a parte quiser poderá arcar com a
prova pericial fora do juizado, e levar o laudo pericial para audiência de
instrução e julgamento como mera prova documental e ouvir o perito como
testemunha para mero esclarecimento.
Sentença: é composta pelo relatório (resumo os fatos e dos atos ocorridos no
processo), pela fundamentação jurídica (motivação do juiz, onde serão
apontados os motivos jurídicos que o fizeram decidir daquela forma) e pelo
dispositivo (conclusão do caso apresentado ao poder judiciário. A lei do juizado
especial cível admite que o relatório seja dispensado pelo juiz. A sentença
pode ser proferida na própria audiência de instrução e julgamento.
Recursos - Lei 9.099/95
a) Embargos declaratórios: A lei admite a interposição desse recurso para
esclarecer sentença obscura, contraditória, omissa ou duvidosa. Esse recurso,
como na justiça comum, não tem contraditório e nem mesmo preparo, e o seu
efeito suspensivo. Assim que é interposto, o prazo para a interposição do
recurso inominado é suspenso, será descontado do prazo de 10 dias para o
recurso inominado o tempo gasto para a interposição do recurso de embargos
declaratórios (5 dias).
OBS: A palavra duvidosa trazida como requisito para a interposição dos
embargos declaratórios é muito criticada pela doutrina, já que abrange a
omissão, a obscuridade e a contradição. Ou seja, se o recorrente tem dúvida
com relação a uma dessas três expressões mencionadas não é necessário ter
o requisito da dúvida.
b) Recurso inominado: é o recurso utilizado para alterar a sentença. Cabe
contraditório e preparo. O prazo de interposição é de 10 dias, contados da data
da publicação da sentença. Têm efeito devolutivo e suspensivo. Será julgado
pela turma recursal composta de juízes togados, que fará o papel “2º instância”
do juizado especial cível. O comprovante de pagamento das custas recursais
não necessariamente precisa ser juntado ao recurso, porque admite-se que
seja apresentado no processo até 48 horas depois da hora da interposição do
recurso inominado.
c) Agravo de instrumento: Não se admite na Lei 9.099/95 a interposição do
agravo de instrumento. Caso haja uma decisão interlocutória é necessário
impetrar mandando de segurança para a turma recursal, provando o dano
causado.

Crítica de Misael Montenegro Filho:


Este autor defende que se a lei não admite o agravo para combater a decisão
interlocutória ocorrida, deveria utilizar o CPC subsidiariamente.

V2 – Processo Civil
Recurso especial
Recurso extraordinário
Coisa julgada
Ação rescisória
Homologação de sentença estrangeira
Lei 9.099/95

Você também pode gostar