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Autos 476/09
Vistos.
Relatório final foi apresentado pelo Delegado João Batista Vasconcelos (fls.
27/28).
Os réus foram citados (fls. 39) e interrogados: Bruno (fls. 98) e Lucas (fls. 99).
As Defesas Prévias foram apresentadas: Bruno (fls. 66/68) e Lucas (fls.47/49).
A Defesa do réu Bruno, por sua vez, pugnou pela absolvição do acusado, antes a
carência do conjunto probatório produzido durante a instrução processual (fls.
117/119).
A Defesa do réu Lucas (Dra. Regina Célia Gomes) postulou pela improcedência
da presente ação, com sua consequente absolvição, de acordo com o art. 386,
VII, do Código de Processo Penal (fls. 121/125).
É o relatório.
· CI·O.
A autoria é induvidosa.
O réu Bruno (fls. 98) negou os fatos. Disse que não sabe o motivo da acusação.
Alegou que a foi abordado pelos policiais e injustamente acusado do roubo.
Em juízo, o acusado Lucas (fls. 99) negou os fatos. Disse que no dia do ocorrido
estava trabalhando, portanto nada sabe a respeito do roubo. Afirmou que
conhecia o réu Bruno apenas de vista.
A vítima Eduardo (fls. 95) explicou que saía da casa da avó de sua namorada
quando foi abordado pelos réus. Afirmou que um deles sacou uma arma,
colocou em suas costas e pediu para que voltasse a casa. Contou que ao
entrarem na residência, os acusados mandaram que todos deitassem no chão.
Disse que foi amarrado juntamente com sua sogra. Declarou que depois de ser
amarrado nada mais viu, visto que teve que permanecer de cabeça abaixada.
Afirmou que os acusados levaram aparelhos como notebook e celular, além de
dinheiro. Assegurou que os réus ficaram cerca de quinze minutos na residência.
Contou que a avó de sua namorada não foi amarrada, os acusados a deixaram
ficar sentada no sofá. Explicou que permaneceu na sala, portanto não soube
declarar o que ocorreu no momento em que os rapazes estavam no quarto.
Declarou que no momento da abordagem era Lucas quem estava na
posse da arma. Contou que sua sogra também viu Bruno na posse de uma
arma. Assegurou que foi amarrado por Bruno, enquanto Lucas lhes
ameaçava com a arma. Afirmou que no momento em que os acusados
chegaram e efetuaram a abordagem estavam com o rosto descoberto. Disse que
Lucas estava de boné, todavia era possível reconhecê-lo.
A vítima Vera (fls. 96) explicou que estava em sua casa e viu seu genro deitado
no chão, junto dele estavam os acusados. Contou que os agentes estavam
armados. Afirmou que foi amarrada. ·eclarou que identificou o réu
Bruno, o qual que lhe amarrou. Disse também que ele estava armado.
Assegurou que foram levados dois notebooks, celular, além de R$ 1.300,00.
A vítima Natália (fls. 97) disse que estava em sua casa, momento em que os
acusados entraram na residência. Afirmou que eles a mandaram deitar no chão,
a amarraram e taparam seu rosto, todavia o objeto utilizado deslizou, sendo
possível ver os acusados. Afirmou que reconheceu o acusado que entrou
em seu quarto, e disse que este estava armado . Contou que foram
roubados dois notebooks, um celular, relógio, R$ 1.300,00, máquina
fotográfica. Declarou que nenhum objeto foi recuperado.
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Reafirmo que tudo o que foi colhido na fase policial contra os réus foi
devidamente corroborado dentro do contraditório.
Os acusados não trouxeram aos autos provas suficientes para rebaterem o que já
estava provado contra suas pessoas.
·AS SANÇÕ S
Do acusado Bruno
Atendendo aos ditames do artigo 59, do Código Penal, fixo a pena base acima do
mínimo legal, tendo em vista que o réu possui vários envolvimentos criminais,
inclusive condenações. O aumento será de 1/5.
Atendendo aos ditames do artigo 59, do Código Penal, fixo a pena base no
mínimo legal, vez que o acusado não ostenta outros envolvimentos na esfera
criminal.
Tal conduta deve ser reprimida com maior severidade, até porque a Lei de
Execução Penal Brasileira é branda e os réus terão direito a benefício em curto
espaço de tempo.
·A · CISÃO FINAL
Posto isto e por tudo mais que dos autos consta, julgo procedente a presente
ação penal para:
P. R. I. C.
Juiz de ·ireito