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2a Avaliação de Física Geral I – Novo Modelo

Título
O momento de inércia de um corpo em um plano inclinado

Desafio
Uma esfera maciça e uma oca, ambas de raio R e massa M, deslizam, em momentos
distintos. Ao fim da rampa, de ângulo igual a 30º, há um sensor, o qual registra a velocidade
de ambas as esferas após a descida. A esfera maçica chegou em menos tempo na base da
rampa, por possuir maior velocidade. Qual possui o menor momento de inércia? Justifique.
(Despreze o atrito) O que aconteceria se fosse considerado o atrito?

Autor(a)
Ana Clara Cornelio Ramos

Resumo
O objetivo do desafio é aplicar os conceitos de momento de inércia em corpos distintos em
uma situação prática.

Palavras-Chaves
Momento; Inércia; Rampa.

Tema
O momento de inércia em um plano inclinado

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Objetivo
Utilizar, por meio de uma questão, conceitos abordados no estudo de
momento de inércia, de modo a provocar um pensamento
aprofundado acerca desse tema.

Base Teórica
Segundo OLIVEIRA, “o momento de inércia de um objeto em relação
a um eixo é a propriedade do objeto que o faz resistir a uma variação
em sua velocidade vetorial angular em relação ao eixo”. Assim,
quanto menor o momento de inércia de um objeto, menos ele vai
resistir a variação de velocidade e, consequenteme, maior sera a sua
velocidade. Este, é definido pela expressão: I=mr² e varia de um
objeto a outro.

Determinando o momento de inércia de uma esfera oca:


Consideramos que o eixo de rotação está passando pelo centro de
massa e que a casca possui raio R e massa M de distribuição
contínua apenas ao longo de sua superfície, como é possível
visualizar na figura 1. Como a distribuição é continua e uniforme, há
uma densidade superficial de massa (∂), dada pela divisão da massa
M pela área A da superfície da esfera (∂ =M/A). Ao pegar um
infinitésimo de massa (dm) tem-se que: ∂ = dm/dA. Ao aplicar dm na
formula do momento de inércia chega-se a formula presente na figura
2.
Consideramos que a esfera é composta de diversos anéis
sobrepostos, de espessura infinitesimal, que representa o
comprimento do arco da esfera ds. Esse arco tem raio r e ângulo de
abertura teta, como é possível ver na figura 3. Ao ser aberto, o anel
se comporta como um retângulo, de comprimento igual a 2π*r e
altura ds (figura 4). Dessa forma, dA equivale a área do anel, que é
igual a 2π*r*ds. Ds, por outro lado, equivale a R*dteta, como é
possível ver na figura 5. Substituindo os valores encontrados de dA e
ds na formula do momento de inércia, chegamos a uma integral (figura
6), que pode ser facilmente resolvida com algumas propriedades
(figura 7). Assim, o momento de inércia de uma esfera oca equivale a
(2/3)MR².

Determinando o momento de inércia de uma esfera maciça:


Consideramos que o eixo de rotação está passando pelo centro de
massa e que a esfera possui raio R e massa M de distribuição
contínua em todo o seu volume. (figura 7). Como a distribuição é
continua e uniforme, há uma densidade volumétrica de massa (ρ),
dada pela divisão da massa M pelo volume V da esfera (ρ =M/V). Ao
pegar um infinitésimo de massa (dm) tem-se que: ρ = dm/dA. Ao
aplicar dm na fórmula do momento de inércia chega-se a formula
presente na figura 9.

Consideramos que a esfera é composta de diversos discos


sobrepostos, como é possível observer na figura 10. Cada disco, por
outro lado, é composto por diversos anéis concêntricos, de
espessura infinitesimal dr e altura infinitesimal dz (figura 11). Ao abrir
esse anel, tem-se um retângulo de espessura dr e comprimento 2π*r.
(figura 12). O volume do disco (dv) é dado pela multiplicação da área
do anel (dA) pela sua altura (dz). Como dA é calculada pela
multiplicação da sua espessura pelo comprimento, encontra-sea forma
explícita na figura 13. Aplicando o valor de dv na fórmula do momento

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de inércia, encontrado anteriormente, chega-se a formula da figura 14.
Basicamente uma integral faz a soma da área de todos os os anéis e
a outra tem o papel de multiplicar por todas as diferenciais de altura da
esfera.

É preciso, além disso, relacionar as variáveis r e z. Como o raio do


disco varia dependendo da altura em que está no eixo z, é possível
utilizar o teorema de pitágoras para chegar ao valor de r em relação
ao raio R da esfera e a variável z (figura 15). Ao substituí-lo na
equação do momento de inércia da esfera, basta integrar para
encontrar o valor do momento (figura 16). Ao início do cálculo foi
determinado um valor para a densidade volumétrica de massa, o qual
pode ser substituido na fórmula do momento (figura 17). Assim, o
momento de inércia de uma esfera maciça equivale a (2/5)MR².

Desenvolvimento A questão é prioritariamente lógica, já que pode-se chegar a uma


conclusão por meio dos conhecimentos de momento de inércia. No
entando, é necessário determinar o momento de inércia de uma
esfera oca e de uma esfera rígida para desenvolver a justificativa.

Recursos Conhecimento de integral e derivada.

Fontes
OLIVEIRA, Ivânia de . Momento De Inércia E Energia Cinética. Disponível em:
https://propg.ufabc.edu.br/mnpef-sites/leis-de-conservacao/momento-de-inercia/.
Acesso em 19 de novembro de 2021.

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Resultados Esperados
A esfera maciça possui o menor momento de inércia.

Sugestão de continuidade
Determinar a velocidade de cada um dos objetos em um plano inclinado de altura x e
comprimento y, para depois determinar qual possui o maior momento de inércia.

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Descrição
Descreva aqui em detalhes todas as etapas. Se você estiver usando algum documento externo, vá até o final do
documento e adicione-o no Anexo. Adicione mais linhas à tabela, se necessário.

Procedimentos

Etapa 1
Quanto menor o momento de inércia de um objeto, mais fácil sera de
acelerá-lo, e consequentemente, maior será a sua velocidade. Como a
esfera maciça chegou em menos tempo no solo, possui a maior
velocidade e, consequentemente, o menor momento de inércia.

Etapa 2
Justificando:
O momento de inércia de uma esfera oca equivale a (2/3)MR² e o de
uma esfera maciça equivale a(2/5)MR². Como ambas possuem o
mesmo raio e a mesma massa, o momento de inércia da esfera
maciça é menor, pois (2/5) < (2/3), o que implica que (2/5)MR² <
(2/3)MR². Assim, conclui-se que a esfera com maior velocidade tem o
menor momento de inércia.

Etapa 3
A força de atrito, que atua no ponto de contato entre o objeto e a
rampa, se opõe ao movimento e está direcionada para cima ao longo
da rampa. Assim, caso fosse considerada, a velocidade de ambos os
corpos iria ser menor. No entanto, a relação entre as velocidades e os
momentos de inércia se manteriam.

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Anexos

FIGURA 1

FIGURA 2

FIGURA 3

-5-
FIGURA 4

FIGURA 5

FIGURA 6

-6-
FIGURA 7

FIGURA 8

FIGURA 9

-7-
FIGURA 10

FIGURA 11

FIGURA 12

FIGURA 13

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FIGURA 14

FIGURA 15

FIGURA 15

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FIGURA 16

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