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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFIPMOC

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 7°PERÍODO.

DISCIPLINA: MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II

VERNIZES E LACAS

Aluna: Isa Caroline Ferreira de Almeida;

Prof.: William Voumard Cordeiro

MONTES CLAROS-MG, NOVEMBRO DE 2020.


VERNIZES E LACAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Nas fachadas de muitas edificações brasileiras não é raro observar a


depreciação da sua aparência devido à degradação das estruturas de concreto
aparente, muitas vezes, de maneira intensa. Esta degradação ocorre devido
aos agentes agressivos presentes na atmosfera, sendo o dióxido de carbono,
os íons cloreto e os íons sulfato considerados os principais.

Para minimizar esta degradação, muitas vezes é aplicado, como uma


proteção adicional, um revestimento nas superfícies de estruturas de concreto
aparente. Historicamente, tanto as tintas, como os vernizes e lacas são
utilizados como revestimentos de acabamento, melhorando o aspecto estético
das edificações e, mais recentemente, usados também com a finalidade de
proteção por barreira do concreto. Para este uso específico Schwamborn (1)
cita que os revestimentos podem assegurar a durabilidade do concreto devido
à diminuição da sua permeabilidade superficial, aumentando assim a
resistência das estruturas de concreto ao ataque de agentes agressivos,
presentes na atmosfera. As tintas e os vernizes formam, em geral, uma fina
camada que obstrui os poros superficiais do concreto, e assim, restringem o
ingresso destes agentes.

A formulação tradicional do verniz contém óleo secante, resinas e um


solvente como aguarrás, mas atualmente são utilizados também no verniz
derivados de petróleo como poliuretano ou epóxi. O verniz é utilizado para
proteção do ambiente ou peça, para ressaltar a textura e a cor, e o veniz
também é utilizado às vezes no acabamento da pintura, para proteção e efeito
de profundidade.

Hoje, pelo fato do verniz ser usado em diversos lugares, existem alguns tipos
de verniz, como o verniz para madeira que talvez seja o mais conhecido, o
veniz poliuretano, veniz para concreto, venis acrílico e também verniz para dek
de piscina.

Como podemos perceber alguns tipos de verniz para nós é um pouco


desconhecido, mas o legal é que todos eles tem a mesma função, cada verniz
especifico para o local ou material que irá ser aplicado.

CARACTERISTICAS DO VERNIZ

As características desejáveis em um verniz acabam, muitas vezes, se


relacionando. Por exemplo, uma baixa aderência do verniz deixará a superfície
metálica exposta a interações com o alimento ou com o ambiente externo. Um
verniz curado em excesso pode perder flexibilidade e romper durante a
fabricação da lata ou no caso de um amassamento, deixando o material
metálico exposto.
O verniz, quando deficientemente curado (subcura), apresenta
problemas de baixa aderência e ainda pode liberar solvente residual, não
evaporado no processo de cura, para o alimento acondicionado (Dantas et al,
1999).

A cura é a etapa de secagem do verniz, a qual é caracterizada por uma


reação de reticulação das cadeias poliméricas da resina – parte não volátil do
verniz e que denomina o tipo de revestimento – que está inicialmente
solubilizada em um solvente. Além de solubilizar a resina, o solvente também
confere a viscosidade adequada para a aplicação do verniz. No processo de
cura ocorrem reações de ramificação e as ligações cruzadas (reticulação) das
cadeias poliméricas e o solvente é evaporado através da aplicação de calor por
um determinado tempo (Figura 2).

Os vernizes têm um tempo e uma temperatura ótimos de cura,


característicos para cada formulação, os quais irão fornecer o grau adequado
de secagem. Existem algumas formas de se avaliar a eficiência da cura do
verniz e os métodos existentes para avaliação do grau de cura se resumem em
exame visual, absorção de corantes ou de vapor d’água, verificação do
amolecimento ou dissolução em solventes e extração por solvente. A escolha
do método vai depender também do tipo de verniz analisado (Dantas et al,
1996).
Para verificar se a cura de um verniz foi satisfatória, algumas técnicas
podem ser aplicadas. Uma delas é considerada o ensaio mais universal e
refere-se à absorção de vapor d’água pelo verniz. A superfície envernizada é
colocada em contato com água em ebulição e, caso o verniz esteja
deficientemente curado, nota-se um aspecto esbranquiçado. Esta técnica não
identifica a cura excessiva dos vernizes (Dantas et al, 1996).

Para verificar se a cura de um verniz foi satisfatória, algumas técnicas


podem ser aplicadas. Uma delas é considerada o ensaio mais universal e
refere-se à absorção de vapor d’água pelo verniz. A superfície envernizada é
colocada em contato com água em ebulição e, caso o verniz esteja
deficientemente curado, nota-se um aspecto esbranquiçado. Esta técnica não
identifica a cura excessiva dos vernizes (Dantas et al, 1996).

TIPOS DE VERNIZES

O verniz acrílico é tradicionalmente usado como revestimento de


proteção de estruturas de concreto aparente. No entanto, nos últimos anos,
uma grande variedade de revestimentos tem surgido no mercado, em
decorrência do grande avanço ocorrido na última década na indústria química,
voltada para a construção civil. Dentre estes, citam-se os à base de
poliuretano, em destaque aqueles que são denominados como antipichação. O
filme deste tipo de verniz mantém-se íntegro mesmo após constantes limpezas
para a remoção de pichações na sua superfície. Desta forma, o verniz
antipichação tem um maior campo de aplicação, podendo ser, também, um
substituto no emprego, generalizado, do verniz acrílico nas construções, já que
o mesmo, além de não proteger as fachadas contra pichações, aparentemente,
tem um desempenho inferior como barreira de proteção contra os agentes mais
potencialmente nocivos ao concreto armado.

No mercado da construção civil no Brasil, esses dois tipos de vernizes


têm sido bastante aplicados como revestimentos de proteção e acabamento
das estruturas de concreto, tanto em obras recém-edificadas, como parte de
sistemas de recuperação e tratamento de fachadas das obras existentes.
Entretanto, tais aplicações ocorrem, em geral, sem o conhecimento da
qualidade do revestimento e de sua eficiência como barreira de proteção ao
concreto armado.

VERNIZ MARITIMO

O verniz marítimo, também conhecido como verniz naval, é indicado


para a aplicação em madeiras que ficam muito expostas ao tempo. A sua
aplicação é importante pois protege a madeira não só da exposição ao tempo
como também de possíveis fungos que possam surgir, além de enobrecer e
deixá-la mais bonita.

Os móveis de jardim e varanda que são de madeiras devem receber


aplicação de verniz antes de ficarem expostos. Quando você usa verniz
marítimo a madeira absorve o produto e cria uma proteção que quando a
mesma é exposta à chuva, a madeira repele a água.

É importante também destacarmos que você pode aplicar o verniz


marítimo em diversos tipos de madeira, e graças a sua variedade de
acabamentos e cores você ainda pode dar o toque perfeito para os mais
variados estilos de decoração e aos mais diferentes ambientes.
VERNIZ TINGIDOR

Só pelo nome já dá pra ter uma noção de para que ele serve, para tingir.
Entretanto é bom ter noção de que somente nos padrões de madeira mogno e
imbuia. Principalmente se tratando de uma madeira nova, o verniz tingidor
realça os seus veios naturais.

Este verniz é bom tanto para áreas externas quanto internas, excelente
para você que busca garantir uma durabilidade maior para o seu móvel, pelo
menos no quesito visual. Porém tenha cuidado a nunca utilizá-lo com os
solventes thinner, gasolina e benzina.
O verniz copal é utilizada para superfícies internas de madeira, de modo
que você realce as características naturais deste material.

Sua aplicação também é bastante simples de ser feita, possui uma boa
aderência e alastramento, acabamento excelente, boa homogeneidade e seca
com certa rapidez.

o verniz para madeira do tipo copal é recomendado para superfícies em


áreas internas, novas ou para repintura, deixando um acabamento brilhante. Já
vem pronto para uso, mas pode ser diluído em uma pequena proporção de
aguarrás, conforme necessidade. Deve-se fazer 3 aplicações com intervalo de
12 horas entre cada uma.

Excelente para prevenir materiais de trincas e rachaduras, além de ser


ótimo para manter a madeira longe do mofo, fungos e algas.

O verniz premium pode ser aplicado tanto em madeira interna quanto


externa, porém é bom ficar atento pois há diferença entre ambos com relação a
demão e a porcentagem do produto que deverá ser diluído com aguarrás.

LACA
É um tipo de verniz natural, resultante da secreção de insetos, é uma
resina obtida de plantas da família das anacardiáceas.

Obtido atravez as incisão na casca dessas arvores, é extraido um tipo de


latex cremoso que é purificado por varias filtragens e preservados contra ação
de ar e da luz em recipientes hermeticamente fechadas.

É muito usada em revestimento de móveis e outras madeiras para


acabamento mais refinado. Também é usada em acabamento final de
instrumentos musicais de madeira pois confere melhor efeito acústico que os
vernizes sintéticos.

NBR VIGENTE
REFERENCIAS:

Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (ABRAFATI), site


www.abrafati.com.br acessado em 07/06/2010

BARBUTTI, A. D.; GATTI, J. A. B.; DANTAS, S. T.; FIDELIS, D.;


LEMOS, A. B. Avaliação do grau de cura de vernizes por calorimetria
exploratória diferencial (DSC) comparativamente aos métodos convencionais.
In: CONGRESSO INTERINSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 7.,
2013, Campinas. Anais... Campinas: IAC, 2013.

DANTAS, S. T.; ANJOS, V. D. A. ; SEGANTINI, E.; GATTI, J. A. B.


Avaliação da qualidade de embalagens metálicas: aço e alumínio. Campinas:
ITAL/CETEA, 1996. 317 p.

DANTAS, S. T.; ANJOS, V. D. A. ; SEGANTINI, E.; GATTI, J. A. B.


Avaliação da qualidade de embalagens metálicas: aço e alumínio. Campinas:
ITAL/CETEA, 1996. 317 p.

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