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Fugitiva
Fugitiva
De uma semana para outra minha vida virou de cabeça para baixo, em um momento
eu desfrutava de uma felicidade relativa e assim era feliz, mas em questão de horas, romã
virou de cabeça para baixo e uma caçada começou, eles invadiam casas, quebravam e
reviravam tudo a procura de provas do que eles diziam ser crime, eles quebraram a porta
invadiram minha casa, pegaram minha mãe e me bateram até eu desmaiar enquanto gritava
por ela e por socorro, quando acordei me vi sozinha no chão em uma casa destruída.
Passei alguns dias de fome, vagando pelas ruas escondida e com medo quando duas
mulheres me acolheram me deram comida, e me deram um refúgio, morava em uma casa
dentro de uma floresta, perto de Roma com umas oitenta pessoas, fugindo da chamada
santa inquisição. Após alguns meses, ouvindo verdadeiras atrocidades daqueles que ainda
tinham coragem de ir até a cidade, começou um burburinho, que aos poucos foi se
espalhando, seriamos nos que iriamos trazer paz e segurança para Roma de novo.
Antes do báculo do cardeal tocar o chão, ouviu-se um forte assobio, era o nosso
sinal, eu via pessoas da minha comuna correr para cima das mulheres afim de solta-las e
outra multidão grande para cima do cardeal, mais antes da chagada destes últimos, soou
uma trombeta, e de todos os lugares apareceram uma centena de soldados, havia pessoas
correndo, alguns dos nossos se matando e cardeal indo para muito longe, sem pensar duas
vezes comecei a correr para longe de tudo aquilo, corri, corri e corri até não conseguir mais,
cai no chão e aos prantos percebi que era uma armadilha, que aquilo nunca iria acabar, que
nunca mais haveria paz e que eu seria para sempre uma fugitiva.