Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ª Lei da Termodinâmica
Num sistema isolado a energia transfere-se e/ou transforma-se, havendo sempre a sua
conservação.
Convenções em termodinâmica
– a energia recebida pelo sistema como trabalho, calor e/ou radiação considera-se positiva;
– a energia cedida pelo sistema à sua vizinhança como trabalho, calor e/ou radiação considera-
se negativa.
Degradação da energia
Nestas transferências há energia que é utilizada para o fim pretendido e energia que não é
usada para esse fim, ou seja, uma parte da energia é usada de forma útil e outra diz-se que é
desperdiçada.
Os processos que ocorrem à nossa volta podem ser classificados em reversíveis e irreversíveis.
Processo reversível - Processo que ocorre de modo a que o sistema possa retornar ao estado
anterior, ou seja, voltar ao estado inicial, sem alterar a sua energia e a da sua vizinhança.
Processo irreversível - Processo em que o sistema não pode inverter as alterações que sofreu.
Entropia
Esta grandeza representa-se pela letra S - Num sistema fechado, um aumento da entropia é
acompanhado por uma diminuição da energia utilizável.
Num sentido mais lato, a entropia pode ser interpretada como uma medida da desordem dos
sistemas.
Ou seja, uma entropia elevada implica maior desordem. Em qualquer variação real, um
sistema fechado tende para uma entropia mais elevada e, por isso, para uma maior desordem.
Assim, conclui-se que a entropia do Universo está a aumentar e a sua energia utilizável a
diminuir.
Como os processos que ocorrem nos sistemas podem ser reversíveis ou irreversíveis
considera-se que:
Um valor de variação de entropia menor que zero significa que o sistema evoluiu para um
estado de menor entropia. Nestes casos o sistema é forçado a seguir este caminho através de
acções exteriores sobre ele como realização de trabalho e/ou fornecimento de calor. Ou seja,
não ocorre espontaneamente na natureza.
O processo é irreversível, pois a entropia do sistema aumenta. Este tipo de processos ocorre
espontaneamente e com uma probabilidade de regresso ao estado inicial nula.
De acordo com esta lei, a energia utilizável de um sistema diminui sempre que ocorrem
processos espontâneos na Natureza, pois parte dessa energia é degradada.
Consequentemente a entropia aumenta pois estamos a falar de processos espontâneos que
são, por isso, irreversíveis.
Com base nesta ideia pode-se enunciar a 2.ª lei da Termodinâmica do seguinte modo:
Unidade 2
Sistemas mecânicos
Um sistema mecânico é todo aquele que apresenta energia cinética e energia potencial a nível
macroscópico.
Para funcionar, um veículo motorizado necessita de energia que provém dos combustíveis. Os
combustíveis geralmente utilizados neste tipo de veículos são a gasolina ou o gasóleo.
Por exemplo, num automóvel, a energia interna do combustível (energia potencial química)
transforma-se em energia cinética macroscópica do veículo (energia útil) e em energia interna
e sonora (energia dissipada).
A energia dissipada para a vizinhança – como calor, como radiação e como som – provém da
energia radiante do motor e da variação da energia interna dos gases de escape, da água de
refrigeração, das peças em contacto e do solo.
Estas transferências de energia ocorrem entre o motor e os vários sistemas que constituem o
veículo.
Podemos classificar os corpos em dois grupos distintos: corpos rígidos e sistemas discretos de
partículas. Por agora, interessam-nos apenas os corpos que se incluem no primeiro grupo.
Da energia fornecida a um corpo rígido, apenas a energia útil é responsável pelo seu
movimento. Admitindo que as variações de energia interna (ΔU) neste tipo de sistemas são
muito pequenas e, por isso, desprezáveis, então são consideradas apenas as variações
macroscópicas de energia mecânica e o corpo é considerado uma partícula material.
Esta partícula material representa o corpo como um ponto cuja massa é a massa do corpo e
não tem tamanho ou estrutura bem definidos. Quando um corpo é representado como uma
partícula material, apenas são considerados os movimentos de translação desse corpo e não o
seu movimento de rotação.
– aquecimento/arrefecimento;
– deformação,
não podem ser representados pelo modelo da partícula material, uma vez que sofrem
variações consideráveis de energia interna.
Ponto onde se pode considerar concentrada toda a massa de um corpo. Quando são aplicadas
forças sobre um corpo que se comporta como uma partícula material, pode dizer-se que essas
forças actuam sobre o seu centro de massa. Nalguns corpos, o centro de massa coincide com o
centro geométrico do corpo enquanto noutros coincide com o centro de gravidade.
Validade da representação de um sistema pelo centro de massa e aproximações
– as forças que actuam sobre o corpo comportam-se exactamente como se estivessem a ser
exercidas no centro de massa;
– a sua velocidade é igual em cada instante, à de qualquer das partículas que constituem o
corpo.
Trabalho
Forças
Assim, a aplicação de uma força sobre um corpo pode provocar uma alteração do seu estado
de repouso ou de movimento e pode ainda causar-lhe deformação.
Os efeitos que uma força produz são visíveis, no entanto a força, em si, não se vê. Logo, uma
força é um conceito intuitivo e é necessário defini-la para a ficarmos a conhecer melhor.
Para definir uma força, que é uma grandeza vectorial, é necessário conhecer a sua direcção,
sentido, intensidade e ponto de aplicação.
Quando as forças actuam sobre um corpo podem ter diversos efeitos, tais como:
– deformação do corpo;
Por vezes, quando uma força actua num corpo produz ou modifica o seu movimento, dizendo-
se, então, que a força realizou trabalho sobre esse corpo.
Em Física, este conceito relaciona-se com as forças e com o deslocamento que a acção destas
provoca nos corpos.
Para se poder considerar que uma força realiza trabalho tem que haver movimento (ou uma
alteração do movimento) do corpo como consequência da sua aplicação e tem de existir uma
componente dessa força na direcção do deslocamento.
Quando uma força que actua sobre um dado corpo em movimento é constante durante todo o
seu trajecto, isto significa que mantém o seu valor e a sua direcção e sentido.
W = Fef X r
Define-se força eficaz Fef como a componente da força, que actua sobre um corpo, paralela à
direcção do movimento desse corpo. Esta força é responsável pelo trabalho realizado sobre o
centro de massa do corpo.
Quando a força aplicada sobre o corpo faz um determinado ângulo com a direcção do
movimento, projectamos as suas componentes nas direcções dos eixos coordenados (vertical e
horizontal).
Deslocamento r
Define-se como deslocamento de um corpo o vector que representa a mudança de posição do
seu centro de massa, e que corresponde à movimentação do ponto de aplicação da força.
As forças que actuam sobre um corpo definem o tipo de trabalho que realizam sobre ele.
– positivo, potente ou motor, se a força eficaz aplicada apresenta o mesmo sentido e direcção
do deslocamento;
Tal como já estudaste, o trabalho é uma medida da energia transferida entre dois sistemas.
Portanto, quando uma força realiza trabalho sobre um corpo vai fazer com que haja variação
de energia do centro de massa desse corpo.
Então:
– quando o trabalho é negativo ou resistente a força contribui para uma diminuição da energia
do centro de massa do sistema (o sistema cede energia);
Neste caso, o trabalho realizado sobre o corpo é a soma dos trabalhos realizados por todas as
forças que actuam sobre o corpo. Ou seja, é equivalente ao trabalho que a força resultante
exerce sobre o centro de massa.
W = F∙d∙ cos α
Mas, como será que varia a quantidade de energia transferida como trabalho com o ângulo
formado pelos vectores força e deslocamento?
O ângulo formado entre a força aplicada sobre um corpo e o seu deslocamento influencia o
valor da força eficaz, uma vez que é esta que efectivamente contribui para o trabalho realizado
pela força.
Conforme já vimos, o trabalho realizado por uma força pode ser:
– negativo ou resistente;
– nulo,