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“Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação
escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.”
A educação especial é uma educação organizada para atender especifica e exclusivamente alunos
com determinadas necessidades especiais. Algumas escolas dedicam-se apenas a um tipo de
necessidade, enquanto outras se dedicam a vários. O ensino especial tem sido alvo de criticas por
não promover o convívio entre as crianças especiais e as demais crianças. Por outro lado, a
escola direcionada para a educação especial conta com materiais, equipamentos e professores
especializados. O sistema regular de ensino precisa ser adaptado e pedagogicamente
transformado para atender de forma inclusiva.
Assim, os objetivos da educação especial são os mesmos da educação em geral. O que difere,
entretanto, é o atendimento, que passa a ser de acordo com as diferenças individuais do aluno.
O termo "educação especial" denomina tanto uma área de conhecimento quanto um campo de
atuação profissional. De um modo geral, a educação especial lida com aqueles fenômenos de
ensino e aprendizagem que não têm sido ocupação do sistema de educação regular, porém têm
entrado na pauta nas últimas duas décadas, devido ao movimento de educação inclusiva.
Historicamente, a educação especial vem lidando com a educação e aperfeiçoamento de
indivíduos que não se beneficiaram dos métodos e procedimentos usados pela educação regular.
Dentro de tal conceituação, no Brasil, inclui-se em educação especial desde o ensino de pessoas
com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação,
passando pelo ensino de jovens e adultos, alunos do campo, quilombolas e indígenas, até mesmo
o ensino de competências profissionais.
Assim, os objetivos da educação especial são os mesmos da educação em geral. O que difere,
entretanto, é o atendimento, que passa a ser de acordo com as diferenças individuais do aluno.
Por outro lado, as escolas com educação especializada contam com materiais, tecnologia,
equipamentos e professores especializados. enquanto o sistema regular de ensino ainda precisa
ser adaptado e pedagogicamente transformado para atender de forma inclusiva.
Dentre os profissionais que trabalham ou atuam em educação especial, estão: educador especial,
educador físico, pedagogo, psicólogo, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional,
psicopedagogo, neuropsicopedagogo, dentre outros.
Sendo assim, é necessário antes de tudo, tornar reais os requisitos para que a escola seja
verdadeiramente inclusiva, e não excludente.
Índice
1 Crianças com necessidades especiais
2 Atendimento Educacional Especializado – AEE
o 2.1 AEE para alunos com deficiência visual
o 2.2 AEE para alunos com deficiência intelectual
3 A educação da criança com deficiência auditiva
4 Sala de recursos
5 Tecnologias especiais para crianças com necessidades especiais
6 Vantagens
7 A adaptação do sistema educativo
8 Perspectivas históricas da educação especial: a caminho da inclusão
9 Integração X Inclusão
10 Alunos atendidos pela Educação Especial
11 Como está sendo feita a inclusão de alunos com deficiência que nunca tiveram contato
com as classes regulares? É necessário algum tipo de adaptação?
12 Objetivo da política nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação
Inclusiva
13 Diretrizes da política nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação
Inclusiva
14 Legislação e Inclusão
15 Legislação que regulamenta a Educação Especial no Brasil
16 Ver também
17 Ligações externas
18 Referências
Reuven Feuerstein afirma que a inteligência pode ser "ensinada".[1] A Teoria da modificabilidade
cognitiva estrutural, elaborada por ele, afirma que a inteligência pode ser estimulada em qualquer
fase da vida, concedendo ao indivíduo (mesmo considerado inapto) a capacidade de aprender.
Seu próprio neto (portador de síndrome de Down) foi auxiliado por seus métodos.[2]
No Brasil, muitas são as dificuldades enfrentadas pelas pessoas com necessidades especiais,
dificuldades de acessibilidade e falta de tecnologias assistivas, principalmente nas escolas que
estão realizando a inclusão de alunos com deficiências no ensino regular.
Ser uma criança especial é ser uma criança diferente, e essa diferença esta também no professor
atuante na área ou seja fazer e ser diferente.
"A deficiência visual envolve as condições de cegueira e de baixa visão. A pessoa cega apresenta
perda total da visão até a ausência de projeção de luz, enquanto pessoas com baixa visão
conseguem perceber a projeção de luz, mas sua acuidade visual interfere e limita seu
desempenho. A pessoa cega aprende por meio dos sentidos remanescentes (tato,audição, olfato,
paladar) e utiliza o sistema Braille como principal meio de comunicação escrita. A pessoa com
baixa visão (anteriormente chamada de visão parcial ou visão subnormal) aprende por meio
visual, mas com a utilização de recursos específicos (BRASIL, 2003)."
É por meio dos relacionamentos sociais que descobrimos o que é necessário para viver na
sociedade. O primeiro contato social da criança é no meio familiar. Segundo Santana e Bergamo
(2005),os surdos foram durante muito tempo condenados por sua condição, considerados
doentes, pela falta da comunicação oral e escondidos da sociedade pela sua família. A língua de
sinais era proibida. Recentemente, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) [3] foi reconhecida como
língua materna dos surdos, através da Lei Nº 10.436, de 24 de abril de 2002, o que proporcionou
aos mesmos um reconhecimento perante a sociedade.O Decreto Federal n° 5.626[4], de 22 de
dezembro de 2005, estabelece que os alunos surdos tenham direito a educação da Língua
Brasileira de Sinais (Libras) e a língua portuguesa como sua segunda língua; logo as crianças
devem ter acesso a língua especial o mais cedo possível, o que em geral acontece nas escolas.
No ano de 2006 e 2009, o ministério da educação (MEC) certificou mais de 5.000 interpretes da
língua de sinais. Mais de 7,6 mil cursos superiores como pedagogia, fonoaudiologia e letras
oferecem a disciplina, porém o número para atender a demanda das escolas é muito pequeno.
São Paulo contém apenas 19 interpretes para atender mais de 200 alunos; Estimasse que no
Brasil exista 230 interpretes capacitados em sala de aula. A inclusão da Libras no cotidiano da
sociedade, principalmente nas escolas, seria indispensável para o desenvolvimento social do
surdo. É importante para os surdos que as pessoas consigam comunicar-se com eles através da
Libras.Serviços básicos como saúde, educação e comércio em geral muitas vezes não possuem
pessoas qualificadas para o atendimento ao surdo, fazendo com que ele se sinta ainda mais
excluído.
Nas escolas é fundamental os recursos visuais para ajudar o desenvolvimento dos surdos, sempre
com materiais pedagógicos ilustrados e com maior quantidade possível de referências que
possam ajudar como: caderno de vocabulário, dicionário, manuais em libras, etc, devem também
oferecer apoio no contra turno.
A utilização de Libras nas escolas deve ser obrigada, as crianças com deficiência têm a
necessidade de aprender o quanto antes, o aprendizado da língua deve ser incentivado tornando a
educação dos surdos facilitada e incluída na educação brasileira. A aprendizagem social ou
educacional precisa de contribuições desde o nascimento da criança, sendo compreendida pelas
suas características. O relacionamento interpessoal familiar, faz diferença no modo como essa
criança irá se identificar enquanto parte das relações sociais. [5]
Sala de recursos
Sala de Recursos são espaços (salas) destinados ao atendimento aos alunos com necessidades
educacionais especiais que estão inseridos na educação regular por meio da política de Educação
Inclusiva. Trata-se de salas com materiais diferenciados, além de contar com profissionais
preparados especificamente para o atendimento às diversas necessidades educativas especiais dos
educandos.
A evolução das tecnologias permite cada vez mais a integração de crianças com necessidades
especiais nas nossas escolas, facilitando todo o seu processo educacional e visando a sua
formação integral. No fundo, surge como uma resposta fundamental à inclusão de crianças com
necessidades educativas especiais num ambiente educativo.
Como uma das respostas a estas necessidades surge a utilização da tecnologia, com o
desenvolvimento da Informática veio a se abrir um novo mundo recheado de possibilidades
comunicativas e de acesso à informação, manifestando-se como um auxílio a pessoas com
necessidades educativas especiais.
Partindo do pressuposto que aprender é fazer, a tecnologia deve ser encarada como um elemento
cognitivo capaz de facilitar a estruturação de um trabalho viabilizando a descoberta, garantindo
condições propícias para a construção do conhecimento. Na verdade são inúmeras as vantagens
que advêm do uso das tecnologias no campo do ensino – aprendizagem no que diz respeito a
crianças especiais.
Assim, o uso da tecnologia pode despertar em crianças especiais um interesse e a motivação pela
descoberta do conhecimento tendo em base as necessidades e interesses das crianças. A
deficiência deve ser encarada não como uma impossibilidade, mas como uma força, onde o uso
das tecnologias desempenha um papel significativo.
Vantagens
O uso das tecnologias no campo do ensino-aprendizagem traz inúmeras vantagens no que
respeita às crianças com necessidades especiais, permitindo:
A idade média, é marcada pelo interesse da medicina, aos portadores de alguma deficiência,
porém, os indivíduos ainda eram discriminados pela sociedade,o interesse maior era com relação
aos indivíduos que por algum motivo , se tornaram deficientes físicos e passariam a ser
sustentados pelo governo, a iniciativa da medicina era devolver a estes, uma maneira de voltar a
trabalhar e prover o seu próprio sustento.
No Brasil, por volta do século XIX, as crianças com deficiências passaram a ser cuidadas por
instituições religiosas, que passaram a crer que esses seres tinham alma e não mereciam o
sacrifício de suas vidas. No início do século XX, houve o surgimento das escolas com
atendimentos especiais, porém, uma educação a parte, esse alunado teria convívio apenas com
outros portadores de necessidades especiais, eram instituições de natureza filantrópica como as
APAES (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). Por volta da década de 1950, a
história da educação especial no Brasil, é marcada pela criação do Instituto Benjamin Constant
(para pessoas cegas) e Instituto Nacional de Educação de Surdos /INES (para pessoas surdas),
porém a oferta de atendimento era muito abaixo da demanda.
Um passo importante para a educação e special, foi a declaração de Salamanca, criado em 1.994
pelo governo Espanhol, se refere as necessidades educacionais especiais, nela, tratam-se os
princípios, direitos, políticas e práticas na área das necessidades educativas especiais. A
declaração de Salamanca, aborda o s direitos da inclusão no sistema de ensino regular; os direitos
humanos; um sistema de educação para todos; apresenta proposta para uma nova visão
educacional especial, com orientações e organizações que podem ser trabalhadas ao nível
regional, nacional e internacional; apresenta um direcionamento a os educadores e as adequações
necessárias nas escolas para o recebimento dos alunos com alguma deficiência. A declaração de
Salamanca, abriu caminhos para uma educação inclusiva mais justa, pois,
[...] O princípio fundamental desta linha de Ação é de que as escolas devem acolher todas as
crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais,
linguísticas ou outras. Deve acolher crianças com deficiência e crianças bem-dotadas, crianças
que vivem nas ruas e que trabalham, crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais e
crianças de outros grupos, ou zonas desfavoráveis ou marginalizadas (1994, p. 17-18)
Conforme descrito na convenção de Nova Iorque, em seu artigo 1, pessoas com deficiência, “são
aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial,
os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas.”
Integração X Inclusão
A integração escolar, cuja metáfora é o sistema de cascata, é uma forma condicional de inserção
em que vai depender do aluno, ou seja, do nível de sua capacidade de adaptação às opções do
sistema escolar, a sua integração, seja em uma sala regular, uma classe especial, ou mesmo em
instituições especializadas. Trata-se de uma alternativa em que tudo se mantém, nada se
questiona do esquema em vigor.
Já a inclusão institui a inserção de uma forma mais radical, completa e sistemática, uma vez que
o objetivo é incluir um aluno ou grupo de alunos que não foram anteriormente excluídos. A meta
da inclusão é, desde o início não deixar ninguém fora do sistema escolar, que terá de se adaptar
às particularidades de todos os alunos para concretizar a sua metáfora — o caleidoscópio.
(MONTOAN,2012)
Alunos com altas habilidades/superdotação demonstram potencial elevado em qualquer uma das
seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e
artes. Também apresentam elevada criatividade, grande envolvimento na aprendizagem e
realização de tarefas em áreas de seu interesse. Dentre os transtornos funcionais específicos
estão: dislexia, disortografia, disgrafia, discalculia, transtorno de atenção e hiperatividade, entre
outros. As definições do público alvo devem ser contextualizadas e não se esgotam na mera
categorização e especificações atribuídas a um quadro de deficiência, transtornos, distúrbios e
aptidões. Considera-se que as pessoas se modificam continuamente transformando o contexto no
qual se inserem. Esse dinamismo exige uma atuação pedagógica voltada para alterar a situação
de exclusão, enfatizando a importância de ambientes heterogêneos que promovam a
aprendizagem de todos os alunos.
Portanto, são necessárias as adaptações nos espaços e nos recursos e principalmente uma
mudança de atitude, que já reflitam a concepção de desenho universal, não só na estrutura física
das escolas, como também no desenvolvimento das práticas de ensino e aprendizagem e nas
relações humanas.
Do nascimento aos três anos, o atendimento educacional especializado se expressa por meio de
serviços de intervenção precoce que objetivam otimizar o processo de desenvolvimento e
aprendizagem em interface com os serviços de saúde e assistência social. Em todas as etapas e
modalidades da educação básica, o atendimento educacional especializado é organizado para
apoiar o desenvolvimento dos alunos, constituindo oferta obrigatória dos sistemas de ensino e
deve ser realizado no turno inverso ao da classe comum, na própria escola ou centro
especializado que realize esse serviço educacional.
Para a inclusão dos alunos surdos, nas escolas comuns, a educação bilíngüe - Língua
Portuguesa/LIBRAS, desenvolve o ensino escolar na Língua Portuguesa e na língua de sinais, o
ensino da Língua Portuguesa como segunda língua na modalidade escrita para alunos surdos, os
serviços de tradutor/intérprete de Libras e Língua Portuguesa e o ensino da Libras para os demais
alunos da escola. O atendimento educacional especializado é ofertado, tanto na modalidade oral
e escrita, quanto na língua de sinais. Devido à diferença lingüística, na medida do possível, o
aluno surdo deve estar com outros pares surdos em turmas comuns na escola regular. O
atendimento educacional especializado é realizado mediante a atuação de profissionais com
conhecimentos específicos no ensino da Língua Brasileira de Sinais, da Língua Portuguesa na
modalidade escrita como segunda língua, do sistema Braille, do soroban, da orientação e
mobilidade, das atividades de vida autônoma, da comunicação alternativa, do desenvolvimento
dos processos mentais superiores, dos programas de enriquecimento curricular, da adequação e
produção de materiais didáticos e pedagógicos, da utilização de recursos ópticos e não ópticos,
da tecnologia assistiva e outros.
Sua instituição de ensino está preparada para atender alunos com necessidades
especiais?
Entender o que é a Educação Especial e como ela é importante para o desempenho dos alunos
com necessidades especiais é decisivo para quem deseja abrir uma escola com educação
especializada.
Há escolas que vão se dedicar a apenas um tipo de necessidade, e outras que o farão com várias.
Independente da forma de trabalho, o objetivo de todas essas instituições é um só: promover a
igualdade de oportunidades, de forma que todos os indivíduos, independentemente das suas
diferenças, tenham acesso a uma educação de qualidade.
Neste artigo, vamos falar um pouco sobre o conceito de Educação Especial, sua principal
diferença em relação à Educação Inclusiva, suas diretrizes básicas, como implantar na sua escola,
lidar com os alunos e envolver toda a sua equipe neste processo.
Caso tenha dúvidas ou sugestões, deixe seu comentário no final deste post.
Boa leitura!
São também considerados público-alvo dessas escolas crianças com transtornos globais de
desenvolvimento ou com altas habilidades/superdotação de acordo com o art. 58 da Lei de
diretrizes e bases da educação nacional, nº 9394 de 20 de dezembro de 1996, que diz:
“Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação
escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.”
Assim, os objetivos da educação especial são os mesmos da educação em geral. O que difere,
entretanto, é o atendimento, que passa a ser de acordo com as diferenças individuais do aluno.
O Ensino Especial tem ganhado visibilidade nas últimas duas décadas devido ao movimento de
educação inclusiva, mas tem sido também alvo de críticas por sua exclusividade e por não
promover o convívio entre as crianças especiais e as demais crianças.
Por outro lado, as escolas com educação especializada contam com materiais, tecnologia,
equipamentos e professores especializados. enquanto o sistema regular de ensino ainda precisa
ser adaptado e pedagogicamente transformado para atender de forma inclusiva.
Fizemos um post específico explicando sobre a Educação Inclusiva que traz todas informações,
detalhes e como implantar na sua escola. Confira!
Desde a sua origem, a Educação Especial é um sistema separado de educação das crianças com
deficiência, fora do ensino regular. Tal sistema baseia-se na noção de que as necessidades dessas
crianças não podem ser supridas nas escolas regulares. Existem três categorias de necessidades
especiais:
Neste sentido, a Lei de Diretrizes e Bases Nacionais da Educação (9.394/96), de 1996, assegura
o direito constitucional de educação pública e gratuita aos deficientes. Ainda assim, a grande
maioria das crianças com necessidades especiais ainda está fora do sistema tradicional de ensino.
Muitas estão em escolas específicas para crianças deficientes.
Vale lembrar que no Brasil, diferentemente de outros países, existe uma Política Nacional de
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008). O movimento inclui outros
tipos de alunos, além dos que apresentam deficiências. E acompanha os avanços do
conhecimento e das lutas sociais para constituir políticas públicas promotoras de uma educação
de qualidade para todos os estudantes.
Para uma prática pedagógica coletiva, multifacetada, dinâmica e flexível, porém, são requeridas
mudanças significativas na estrutura e no funcionamento das escolas atuais, na formação humana
dos professores e nas relações família-escola.
A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais em classes comuns exige que a
escola regular se organize para oferecer:
Acima de tudo, é preciso tornar factíveis os requisitos para que a escola seja verdadeiramente
inclusiva, e não excludente. Dentro desse contexto, vale destacar o trabalho de secretarias de
educação do país, como a exemplar Secretaria de Educação do Paraná.
Ela disponibiliza em sua página materiais pedagógicos e guias auxiliares para a capacitação dos
gestores e educadores no trabalho junto a estes alunos.
Resumo: A presente pesquisa será embasada na doutrina e na legislação pátria atinente
ao acesso à educação e inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais
nas classes comuns de ensino regular e o atendimento educacional especializado.
Partindo do levantamento da evolução histórica do tema serão analisados os
instrumentos normativos decorrentes de tratados internacionais, a Constituição
Federal, o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação. Para tanto, será utilizado o método lógico dedutivo e a pesquisa
bibliográfica e legal. O objetivo do presente trabalho é apresentar a inclusão como um
direito humano fundamental capaz de propiciar a inserção social.
(Mario Quintana)
INTRODUÇÃO
O presente artigo fará uma breve ilustração acerca da inclusão escolar dos
portadores de necessidades especiais como direito fundamental.
Inicialmente analisaremos a evolução histórica da educação especial, primeiro
na sua perspectiva exclusiva e após em sua análise inclusiva.
Ocorre, entretanto, que muitos ainda são os estereótipos acerca do tema o que
incute nos profissionais da educação baixa expectativas em relação ao papel
transformador da educação, tais como a associação da pobreza com o fracasso escolar,
as criticas aos pais pelo desinteresse das crianças pelos conteúdos escolares e a
clássica alegação de que o governo não gasta dinheiro suficiente com a educação, não
que tais fatores não influenciem nos resultados alcançados pelo processo educacional,
todavia, não podem ser determinantes.
A educação inclusiva pode não ser o caminho mais fácil a ser percorrido pelos
profissionais da educação, principalmente em virtude de diferentes mazelas
encontradas em nossas escolas públicas, porém, compete ao Poder Público e a todos
os agentes do processo educativo (alunos, pais, professores, gestores) procurar
soluções, caminhos para sua implementação, precisamos fugir do lugar comum, ou
seja, da falácia de que é melhor para o portador de necessidades educacionais
especiais freqüentar escolas especiais, tendo em vista que estas possuem melhores
equipamentos e recursos materiais, bem como profissionais especializados, pois tais
instituições apesar destas características materiais segrega, aliena tais pessoas do
convívio social e, por vezes sequer oferecem conteúdo pedagógico, trabalhando com
conteúdos destinados a higiene pessoal, alimentação e comunicação, não propiciando
a qualificação para vida social e para o trabalho.
O acesso à educação é direito público subjetivo que deve ser garantido a todos,
inclusive aos portadores de necessidades educacionais especiais. Sobre o tema,
diferentes regulamentações foram expedidas, sejam na órbita internacional, federal,
estadual e municipal. No presente trabalho apresentaremos sinteticamente os
principais instrumentos normativos internacionais e federais sobre o tema.
Ainda, no art. 227 estabelece a Constituição Federal que, entre outros direitos
no caput deste artigo estipulados, “é dever da família, da sociedade e do Estado
assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à (...)
educação”, estabelecendo, ainda no §1º, II “criação de programas de prevenção e
atendimento especializados para os portadores de deficiência física, sensorial ou
mental, bem como de integração social do adolescente portador de deficiência
mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos
bens e serviços coletivos, com a eliminação de preconceitos e obstáculos
arquitetônicos”
No art. 6º enumera a Constituição Federal a educação como direito social,
essencial nas palavras de Fiorillo ao piso vital mínimo (2005), no 7º, XXV estipula o
direito à creche aos menores de 05 (cinco) anos , por sua vez o art. 23, V estipula
como competência comum entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios a obrigatoriedade de proporcionar os meios de acesso à educação e por
derradeiro o art. 30, VI a competência municipal para manter a educação infantil e o
ensino fundamental.
Ainda, para uma correta hermenêutica constitucional sobre o tema, conforme
mencionado devemos analisar todos os artigos acima especificados, conjuntamente
com o art. 1º, II e III que estipula como fundamentos do Estado Democrático de
Direito a cidadania e a dignidade da pessoa humana e com o art. 3º que enumera os
objetivos fundamentais da Republica Federativa do Brasil, principalmente, a
construção de uma sociedade livre, justa e solidária; erradicação da marginalização e
redução das desigualdades e promoção do bem de todos, sem preconceitos ou
discriminação.
Primeiramente, cumpre destacar que define referido estatuto em seu artigo 2º
criança como sendo o menor de 12 anos e adolescente os que possuam entre 12 e 18
anos.
Além dos artigos já mencionados o E.C.A. dedica capítulo especial para o
direito à educação – Capítulo IV, que compreende os artigos 53 a 59, dentre os quais o
art. 54, III prevê o dever do Estado de assegurar a criança e ao adolescente o
atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência
preferencialmente na rede regular, estabelecendo, ainda em seu § 1º que “o acesso ao
ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo”.
Destarte, assim como preceituado tanto pela CF quanto pelo ECA, todas as
pessoas, compreendida entre estas as crianças e os adolescentes, tem direito à
educação, tendo assegurado o acesso ao ensino fundamental gratuito e concomitante a
este o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência
preferencialmente na rede regular, ou seja, o acesso ao ensino fundamental na rede
regular é obrigatório, o que pode ser prestado pela rede regular – preferencialmente –
ou por outras instituições é apenas o atendimento educacional especializado.
O art. 2º por sua vez estabelece a educação como dever da família e do Estado
e estabelece como objetivo desta o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Na seqüência o art. 3º estabelece os princípios em que deve ser pautado o
ensino (incisos I a XI) e finalmente, no art. 4º, III estabelece o atendimento
educacional especializado aos educandos com necessidades especiais, conforme já
preceituado pela Constituição Federal e Estatuto da Criança e do Adolescente,
também preceituando que o mesmo deverá ser prestado preferencialmente na rede
regular de ensino.
Destaque-se, ainda que o art. 60 estabelece os critérios para apoio técnico e
financeiro do Poder Público para as instituições privadas sem fins lucrativos que
ofereçam educação especial, estabelecendo, contudo que o ideal seja a ampliação do
atendimento na rede pública regular.
A Constituição Federal em seu art. 208, III dispõe neste sentido, ou seja, o
atendimento educacional especializado (AEE) concomitante ao ensino regular e não
educação especial exclusiva, tendo em vista que a possibilidade de escolha se refere
apenas ao oferecimento do AEE na rede regular ou na especial, mas não a educação
do portador de deficiência na escola regular ou na escola especial.
Flagrante, portanto, que o atendimento educacional especializado não se
confunde com a educação especial, sendo ainda que esta não tem qualquer previsão
constitucional. Conforme amplamente demonstrado educação é para todos e deve ser
de qualidade, oferecida em igualdades de condições, sem preconceitos ou
discriminações e, para tanto, cada aluno conforme suas necessidades merecerá
tratamento diferenciado para progredir e permanecer em seus estudos. Assim o aluno
cego deverá ter equipamentos adequados, o cadeirante acessibilidade, o surdo-mudo
interprete de Libras etc., além de atendimento educacional especializado para que
possa avançar em seus estudos.
Destarte, pela Declaração Universal dos Direitos Humanos a educação atingiu
status de direito humano fundamental.
Sobre referida declaração o psicólogo Jean Piaget, quando analisou seu art. 26
discorreu que “falar de um direito à educação é, pois, em primeiro lugar, reconhecer o
papel indispensável dos fatores sociais na própria formação do indivíduo” (PIAGET,
1988, p.29).
Assim não cabe no cenário nacional qualquer discussão que envolva a limitação
ou restrição deste direito, tendo todo aluno portador de necessidades educacionais
especiais o direito de ser incluído em todos os níveis de ensino da rede regular,
primando por uma educação heterogênea que trabalha com as diferenças e promove o
desenvolvimento harmônico e a convivência social pacífica e solidária.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ARAUJO, Luiz Alberto David; NUNES JUNIOR, Vidal Serrano. Curso de direito
constitucional. 14. Ed. – São Paulo: Editora Saraiva, 2010.
CHALITA, Gabriel Benedito Issaac. Educação: a solução está no afeto. São Paulo:
Gente, 2001