RELATOR DE PEC QUE PROÍBE NOVOS ENCARGOS SEM CONTRAPARTIDA
FINANCEIRA DEVE MANTER TEXTO DO SENADO PARA APROVAR TEXTO QUE JÁ TEM SEIS ANOS EM ANÁLISE NA CÂMARA. PREFEITOS DISSERAM AOS DEPUTADOS QUE QUEREM VER ESSA LIMITAÇÃO APROVADA. O REPÓRTER MARCELLO LARCHER TEM AS INFORMAÇÕES.
O relator da proposta que proíbe a criação de novos encargos para os
estados e municípios sem a contrapartida financeira de recursos (PEC 122/15), deputado Silvio Costa Filho, do Republicanos de Pernambuco, disse que não deve mudar o texto aprovado pelo Senado em 2015. Isso vai permitir a transformação da proposta em lei ainda este ano. Qualquer alteração feita pelos deputados forçaria o retorno ao Senado, para nova rodada de votação. Costa Filho debateu a proposta com prefeitos em reunião virtual. Sonora 1 – 7h44-8h03 “Nós não faremos nenhuma mudança no nosso relatório que possa causar algum prejuízo para que essa matéria tenha que voltar para o Senado Federal. Acho que a gente tem que avançar de forma objetiva para ainda esse ano tentar votar essa matéria aqui na Câmara. Esse é o esforço de todos nós”. O deputado Silvio Costa Filho prometeu entregar o parecer no próximo dia 24. Antes disso, a comissão especial que analisa a proposta fará mais duas audiências públicas para debater o assunto. A proposta tem apoio do movimento municipalista. O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, disse que o texto evita que o governo federal crie obrigações para os municípios sem oferecer uma contrapartida de recursos. Ziulkoski deu como exemplo a criação de pisos salariais de categorias. Sonora 2 – 14h51-15h14 “Agora estão falando aí num piso da enfermagem e que todos nós concordamos que tem que ter um mínimo, mas como é que vamos votar uma emenda que dá 48 bilhões de perda nas prefeituras [...] e termina com o resto da saúde que tem. E quem vai ter que pagar isso, é o prefeito? Não, é a lei, e ele não vai ser punido, quem é punido é a população.” A comissão especial que analisa a proposta volta a se reunir no dia 10 de novembro para uma nova audiência pública. Desta vez, o debate será com representantes do Ministério da Economia, do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Comitê Nacional de Secretarias de Fazenda. Da rádio Câmara, de Brasília, com reportagem de Janary Júnior, Marcello Larcher