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IGOR XAVIER CENTRO EDUCACIONAL

AVALIAÇÃO DE GRAMÁTICA
PROFESSOR (A): JULIANA LEMES DATA: 07/06/2021
2º BIMESTRE N1 SÉRIE: 3ª VALOR: 8,0
ALUNO (A): ___________________________________________________________
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Questão-01 - Observe o poema abaixo, retirado do livro “Eu me chamo Antônio” (2013), de Pedro Antônio Gabriel Anhorn, e
responda à questão.

O verbo “ter”, conjugado como “têm”, no poema, pode ser classificado como

a) tempo presente, modo indicativo, 3ª pessoa do singular.


b) tempo pretérito imperfeito, modo subjuntivo, 1ª pessoa do plural.
c) tempo presente, modo subjuntivo, 2ª pessoa do singular.
s
d) tempo presente, modo indicativo, 3ª pessoa do plural.
e) futuro do presente (simples), modo indicativo, 3ª pessoa do singular.

TEXTO: 1 - Comum à questão: 2

Lei Maria da Penha, um novo paradigma

Jandira Feghali e Maria da Penha Folha de S.Paulo, 07/08/2016

Há exatos dez anos, uma lei chegou para romper um modelo enraizado
há séculos no Brasil. Padrões excludentes empurravam para a minoria a hoje
majoritária parcela da população brasileira. Tratadas pelo mercado de trabalho,
pelas relações
ações sociais e econômicas e até pelas leis como inferiores, as mulheres
viram nesta específica legislação o maior exemplo de combate.
A lei surgiu, como nossa história registra num triste capítulo, da pior
violência que pode acometer alguém. Na década de 1980, uma de nós carregou
na pele e na alma tamanha brutalidade. Foram tiros e choques desferidos pelo
próprio marido, com a intenção de matá-la.
Essas tentativas não foram suficientes para calar esta guerreira, Maria
da Penha, e dela veio o exemplo que gerourou a legislação em vigor: a Lei Maria da
Penha.
Hoje a naturalização da violência decorrente de nosso atraso não
encontra mais respaldo. A lei e todo o debate que a precedeu promoveram uma ruptura, uma mensagem clara de que a violência
contra a mulher não é mais aceitável.
O texto da lei é uma declaração, um confronto à hierarquia até então estabelecida. Um basta à lógica que dividia a
sociedade entre superiores e inferiores, os que possuem poder e os que estão a ele submetidos, os que podem usufruir de uma um vida
livre de violência e os que estão sujeitos a ela diariamente.
Em dez anos, a taxa de homicídio de mulheres permaneceu no mesmo patamar, por volta de 1,2 para cada 100 mil,
comprovando que a violência ainda persiste, mas ao menos não cresceu. Mesmo que que em número insuficiente, a instalação de varas
e juizados especializados em agressões contra a mulher conferiu maior segurança para a denúncia.
Hoje mais mulheres buscam as delegacias porque passaram a confiar na possibilidade de proteção. A sensação de
impunidade foi aos poucos sendo afastada.
De acordo com estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em 2015 houve redução de 10% no número de
mulheres assassinadas em decorrência da violência doméstica. Vidas foram salvas.
A Lei Maria da Penha avançou em muitos sentidos, mas a principal contribuição foi, sem dúvida, estabelecer um novo
paradigma, iluminar uma questão até então relegada ao espaço privado. Uma realidade cruel com as mulheres passou a ser tratada
como política pública.
Muito temos que caminhar para a integral efetividade da lei, mas o passo mais difícil foi dado. E foi dado porque encontrou
na democracia o espaço necessário para florescer. Quando a democracia está em risco, a intolerância e o preconceito crescem, e os
avanços são ameaçados.
Hoje, ao celebrarmos uma década dessa legislação, vemos com tristeza, mas com redobrada disposição para a luta,
discursos que parecem ter como único objetivo retroceder ao antigo paradigma. Muitas vezes são proferidos pelos que dizem nos
representar no poder.
Apesar de tudo, a lei se consolida a cada ano. O Brasil não tolera mais a violência contra a mulher. É uma conquista sem
volta, nossa e sua, de todas nós.
JANDIRA FEGHALI, 59, é deputada federal (PCdoB/RJ). Foi deputada estadual do Rio e relatora da Lei Maria da Penha
MARIA DA PENHA, 71, é biofarmacêutica e líder de movimentos de defesa dos direitos das mulheres. Vítima de agressões domésticas do exmarido, que a deixaram
paraplégica, inspirou a criação da lei federal que leva seu nome
[Texto adaptado]
Questão-02 - No início do primeiro parágrafo, as autoras empregam duas vezes o verbo haver cujo sentido,
a) na primeira ocorrência, é de ocorrer; na segunda, de existir.
b) na primeira ocorrência, é de tempo; na segunda, de existir.
c) em ambas as ocorrências, é de existir.
d) em ambas as ocorrências, é de tempo decorrido.

TEXTO: 2 - Comum à questão: 3

CANÇÃO

No desequilíbrio dos mares,


as proas giram sozinhas…
Numa das naves que afundaram
é que certamente tu vinhas.

Eu te esperei todos os séculos


sem desespero e sem desgosto,
e morri de infinitas mortes
guardando sempre o mesmo rosto.

Quando as ondas te carregaram


meus olhos, entre águas e areias,
cegaram como os das estátuas,
a tudo quanto existe alheias.

Minhas mãos pararam sobre o ar


e endureceram junto ao vento,
e perderam a cor que tinham
e a lembrança do movimento.

E o sorriso que eu te levava


desprendeu-se e caiu de mim:
e só talvez ele ainda viva
dentro destas águas sem fim.
MEIRELES, C. Canção. Disponível em:<http://www.revistabula.com/7668-os-melhores-poemas-de-ceciliameireles/> Acesso: 03 dez. 2016.
Questão-03 - Marque a alternativa cujos termos extraídos do texto pertencem à mesma classe gramatical.
a) “Eu” e “de”. c) “Giram” e “esperei”. e) “Mim” e “fim”.
b) “Desequilíbrio” e “destas”. d) “Estátuas” e “alheias”.
Questão-04 - Na frase: “Fora Leonardo algibebe(²) em Lisboa, sua pátria;...”, a forma verbal em negrito pode ser substituída, sem
prejuízo de sentido, por:
a) tinha ido b) tinha sido c) seria d) foi e) iria

TEXTO: 3 - Comum à questão: 5

Texto 1

Empresas atendem protestos no Twitter em até duas horas

Enquanto a interação no SAC ainda é unidirecional, as redes sociais deram rapidez e poder aos usuários. “Antes você reclamava para
seus amigos e nada acontecia. Nas redes sociais você escancara essa situação”, afirma Renato Shirakashi, responsável por uma
empresa de monitoramento de redes sociais. Para ele, a “tirania da transparência” é uma nova realidade à qual as empresas
precisam se adaptar.
Juliana Rios, superintendente do SAC de uma instituição bancária, concorda. “Não existe mais a opção de não estar nas redes
sociais. O efeito avassalador atinge todo mundo.”
Ela afirma que a expectativa de resposta é totalmente diferente nesse novo SAC. No banco onde trabalha, há três metas: protestos
que chegam via Twitter têm de ser atendidos em até duas horas; via Facebook, em 24 horas; via telefone, em até cinco dias úteis.
Outras empresas trabalham com prazos similares.
Para órgãos de defesa do consumidor, o tempo de resposta deveria ser um só. Segundo Karina Alfano, do Idec, “qualquer tentativa
da empresa de facilitar o contato é válida, mas isso não pode virar uma forma de discriminação para um tipo de público”.
(Lucas Sampaio. Folha de S.Paulo, 12.10.2011. Adaptado)

Texto 2

Agilidade da rede flamba a imagem das empresas em poucos instantes

As redes sociais não somente mobilizaram populações contra tiranos, na chamada Primavera Árabe, como são muito mais
eficazes na solução de infrações nas relações de consumo.
A instantaneidade das reclamações e a velocidade de sua propagação queimam a reputação das companhias em ritmo
vertiginoso. Não há negócio que resista a tamanha desconstrução digital.
Os SACs são instrumentos ideais para uma verdadeira gestão de qualidade empresarial. Dirigentes e gestores têm preciosas
informações sobre as falhas de seus produtos e serviços no registro da insatisfação dos clientes, mas continuam de olhos e ouvidos
fechados.
Perdem, assim, a oportunidade de reforçar o respeito e a fidelidade à marca, reduzindo custos de uma maneira mais
inteligente do que por meio de cortes de pessoal e de serviços.
Os reclamantes, porém, não devem se esquecer de formalizar suas queixas nos órgãos de defesa do consumidor, para
atualizar a listagem das empresas que não agem corretamente e para que elas sofram as sanções previstas na lei.
(Maria Inês Dolci. Folha de S.Paulo, 12.10.2011. Adaptado)

Questão-05 - Muitas empresas____________ metas similares para atender a protestos de clientes: o prazo de duas horas_______ o
máximo para mensagens que chegam via Twitter, e cinco dias úteis_______________ o limite para uma resposta às reclamações via
telefone.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas devem ser preenchidas, respectivamente, por:
a) mantém … é … constitui c) mantêm … é … constituem e) mantêm … são … constituem
b) mantém … são … constituem d) mantêm … são … constitui

Questão-06 -

Meninos Carvoeiros

Os meninos carvoeiros
Passam a caminho da cidade.
– Eh, carvoeiro!
E vão tocando os animais com um relho enorme.
Os burros são magrinhos e velhos.
Cada um leva seis sacos de carvão de lenha.
A aniagem é toda remendada.
Os carvões caem.

(Pela boca da noite vem uma velhinha que os


recolhe, dobrando-se com um gemido.)

– Eh, carvoeiro! Só mesmo estas crianças


raquíticas

Vão bem com estes burrinhos descadeirados.


A madrugada ingênua parece feita para eles...
Pequenina, ingênua miséria!
Adoráveis carvoeirinhos que trabalhais como se
brincásseis!

– Eh, carvoeiro!

Quando voltam, vêm mordendo num pão


encarvoado.
Encarapitados nas alimárias,
Apostando corrida,
Dançando, bamboleando nas cangalhas como
espantalhos desamparados!
(BANDEIRA, Manuel. Antologia Poética. 10ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1978)
O poema aborda um grave problema social, que é o trabalho infantil. A gravidade do tema está coerente com um dos versos cuja
conjugação verbal destoa da aparente descontração dos meninos. Assinale-o.
a) “E vão tocando os animais com um relho enorme”.
b) “Vão bem com estes burrinhos descadeirados”.
c) “Adoráveis carvoeirinhos que trabalhais como se brincásseis!”.
d) “Quando voltam, vêm mordendo num pão encarvoado”.
e) “Apostando corrida”.

Questão-07 - Considere o trecho abaixo:


Do que ficou dito até aqui, sabe-se que a finalidade do advérbio é servir ao verbo, acrescentando a ele uma circunstância qualquer.
Sabe-se, no entanto, que o advérbio é cedido do mundo dos acontecimentos ao mundo dos nomes, para auxiliar o adjetivo – no
grau superlativo absoluto analítico – a intensificar ao máximo a qualidade atribuída a um substantivo.
Disponível em: http://linguaportuguesa.uol.com.br/linguaportuguesa/gramatica-ortografia/49/classesde- palavras-velhas-formas-novas-funcoes-327748-1.asp.
Acesso em: 22 nov. 2014.
O “mundo dos acontecimentos” e o “mundo dos nomes” citados no texto apresentam, respectivamente, como classes gramaticais
principais:
a) o adjetivo e o substantivo. c) o verbo e o advérbio.
b) o verbo e o substantivo. d) o adjetivo e o verbo.

Questão-08 - Considere o enunciado: A hidroxiapatita estimula o crescimento ósseo. As células injetadas aumentariam a velocidade
dessa formação.(Folha de S.Paulo, 27.07.2013.)
Na primeira oração, o verbo está no presente do indicativo; na segunda, no futuro do pretérito do indicativo. Isso ocorre porque,
com o emprego do último verbo, circunscreve-se a informação como uma ação
a) durativa no tempo passado. c) já concluída no tempo passado. e) provável de se realizar.
b) que não se realizará. d) certa em tempo futuro.

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